1 / 14

CONCEITUANDO POLÍTICAS EDUCACIONAIS

CONCEITUANDO POLÍTICAS EDUCACIONAIS. Profa. Dra. Denise Silva Araújo. O que é política?. Que imagem vem a sua cabeça quando você ouve a palavra “política”? Para muitas pessoas, essa palavra evoca imagens de campanhas eleitorais, partidos, propagandas, poluição visual às vésperas de eleição.

darcie
Download Presentation

CONCEITUANDO POLÍTICAS EDUCACIONAIS

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. CONCEITUANDO POLÍTICAS EDUCACIONAIS Profa. Dra. Denise Silva Araújo

  2. O que é política? • Que imagem vem a sua cabeça quando você ouve a palavra “política”? • Para muitas pessoas, essa palavra evoca imagens de campanhas eleitorais, partidos, propagandas, poluição visual às vésperas de eleição. • Outros podem lembrar-se da atuação de políticos profissionais, na maioria das vezes, de maus políticos. • Isto faz com que as pessoas tomem aversão a tudo o que diz respeito à política. Será que política é isso mesmo? Ou melhor, será que política é só isso?

  3. O que é política? • Em sua definição clássica, o termo política emana do adjetivo politikós, originado de polis, que se refere a tudo que se relaciona com a cidade, portanto ao urbano, público, civil. • Polis - Termo grego que se refere à cidade, compreendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos, isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais. • Com o decorrer do tempo, política passou a designar “um campo dedicado ao estudo da esfera de atividades humanas articulada às coisas do Estado”. • Neste sentido, refere-se, hoje, principalmente ao conjunto de atividades, que, de alguma maneira são atribuídas ao Estado moderno, ou que dele emanam.

  4. O que é Estado? Qual sua função? Como surgiu? • Teorias com enfoque liberal: baseam-se numa interpretação feita pela burguesia nos diferentes momentos da história do capitalismo. • Consideram que o Estado é neutro e está acima dos interesses das classes sociais • Objetivo do Estado: a realização do bem comum e o aperfeiçoamento do organismo social no seu conjunto. • Teorias com enfoque marxista: fundamentam-se em uma concepção de sociedade dividida em classes antagônicas, com interesses divergentes. • Negam a idéia de um Estado neutro, voltado para o bem comum. • Estado: instituição política que representa os interesses da classe social dominante, que prevalece sobre o conjunto da sociedade. • Apenas no nível aparente, estes interesses apresentam-se como interesses universais, de todo o corpo social. • Esse enfoque constituí-se, deste modo, uma crítica ao enfoque liberal de Estado.

  5. Estado para Hobbes (1588-1651) • Estado soberano - a realização máxima de uma sociedade civilizada e racional. • No estado natural, sem o jugo político do Estado, os homens viveriam em liberdade e igualdade segundo seus instintos. • Homem: lobo do outro homem • O egoísmo, a crueldade,a ambição, naturais dos indivíduos, gerariam uma luta sem tréguas, levando-os à ruína. • Somente o Estado, um poder acima das individualidades, garantiria segurança a todos. • Para evitar seu fim e promover o bem comum, os homens selariam um pacto, um contrato, que evita a sua destruição. • Hobbes atribui a este contrato social a criação do Estado, de poder absoluto.

  6. O Estado para John Locke(1632-1704) • O homem seria livre no seu estado natural. • Para evitar que um homem pudesse subjulgar o outro a seu poder absoluto, os homens, por meio de um contrato social, delegaram poderes ao Estado, que deveria ter o papel de assegurar seus direitos naturais, assim como, a sua propriedade. • Noção de governo:o consentimento dos governados diante da autoridade constituída. • Enquanto que para Hobbes, o contrato resulta num Estado Absoluto, para Locke, o Estado poderia ser feito e desfeito, como qualquer contrato, caso o Estado ou o Governo não o respeitarem.

  7. O Estado para Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) • A sociedade civil nasce por meio de um contrato social. • Os homens são naturalmente bons, sendo a sociabilização a culpada pela sua "degeneração". • O Contrato Social para Rousseau é um acordo entre indivíduos para se criar uma Sociedade, e, só então, um Estado, isto é, o Contrato é um Pacto de associação, não de submissão. • Os homens não podem renunciar aos princípios da liberdade e igualdade, pois ao povo pertence a soberania. • Ele enfatizava que não há liberdade onde não existe igualdade.

  8. O Estado para Karl Marx (1818-1883) • Rejeição categórica à concepção de Estado como agente da "sociedade como um todo", bem como da possibilidade da existência de um "interesse nacional". • base da sociedade, da sua formação, das instituições e regras de funcionamento, das idéias e dos valores são as condições materiais, ou seja, as relações sociais de produção. • Estado -compreendido como uma estrutura de poder que aglutina, sintetiza e coloca em movimento a força política da classe dominante. • Estado moderno: um comitê para administrar os assuntos comuns da burguesia, o que o torna um mecanismo destinado a reprimir a classe oprimida e explorada. 

  9. O Estado para Karl Marx (1818-1883) • O Estado consiste, também, numa organização burocrática, isto é, um conjunto de instituições e organismos, ramos e sub-ramos, com suas respectivas burocracias, que exerce a dominação das classes exploradas, por meio do jogo institucional de seus aparelhos. • Deste modo, em condições historicamente determinadas, o Estado desempenha a função de reprodutor das relações econômicas e políticas de classe. • No pensamento marxista, o Estado molda a sociedade. • Visto que não existe organização social sem Estado, pelo menos após a divisão da sociedade em classes antagônicas, esse Estado é sempre aquele que traduz o pensamento dos dominantes, ou seja, aquele que constrói as condições para o máximo desenvolvimento daquelas classes.

  10. Estado para Antonio Gramsci (1891-1937) • Impossibilidade, exceto nas ditaduras, da existência do domínio bruto de uma classe social sobre a outra, por meio, apenas, do Estado-coerção. • Uma classe dominante, para assegurar-se como dirigente, deve construir um conjunto de alianças e obter o consenso passivo das classes e camadas dirigidas. • A classe dominante, muitas vezes, sacrifica parte dos seus interesses imediatos e supera o horizonte corporativo, na busca de articular alianças e construir uma hegemonia ética e política.

  11. Para Antonio Gramsci (1891-1937) • Conceito de Estado ampliado: composto por dois segmentos distintos, a sociedade política e a sociedade civil. • Ambos atuam com a mesma finalidade: manter e reproduzir a dominação da classe hegemônica. • O conceito de sociedade civil e sociedade política é fundamental para compreendermos o que vem a ser políticas educacionais e para situá-las interior das políticas públicas • Nas sociedades de tipo ocidental, a hegemonia (que se realiza nas diversas instâncias da sociedade civil) não pode ser negligenciada pelos grupos sociais dominados, que pretendem modificar sua condição e a assumir o comando do conjunto da sociedade.

  12. Para Antonio Gramsci (1891-1937) • É importante para as classes subalternas construir uma contra hegemonia, articulando-se para interferir nos sindicatos, partidos políticos, meios de comunicação, escolas e demais instituições que constroem a hegemonia ética e política. • É neste processo que as políticas educacionais são produzidas. • As políticas educacionais situam-se no âmbito das políticas públicas de caráter social e, como tal, não são estáticas, mas dinâmicas, ou seja, estão em constante transformação. • Para compreendê-las, é necessário entender o projeto político do Estado, em seu conjunto, e as contradições do momento histórico em questão.

  13. Políticas públicas • Se política fosse a arte de administrar o bem público, toda política deveria ser considrada pública ou social. • Entretanto, nas sociedades em que os meios de produção são apropriados por uma determinada classe social, o Estado acaba por ser apropriado, também, por esta classe, a fim de gerir seus interesse econômicos. • Na sociedade capitalista, o Estado assume a função de impulsionar a política econômica, tendo em vista a consolidação e a expansão do capital, favorecendo, assim, interesses privados, em detrimento dos interesses da coletividade. • O que carateriza a política econômica é seu carater anti-social. • Os efeitos gerados por esta polítca econômica concentradora de riqueza, contraditoriamente, ameçam a continuidade do sitema econômico capitalista. • Para contrabalancear estes efeitos, o Estado precisa promover políticas públicas ou políticas sociais, nas áreas de saúde, habitação, assitência e previdência social, cultura e educação.

  14. Políticas educacionais • São emanadas do Estado, como qualquer outra política pública. • Implicam em escolhas e decisões, que envolvem indivíduos, grupos e instituições. • Não são fruto de iniciativas abstratas, mas constroem-se na correlação entre as forças sociais, que se articulam para defender seus interesses. • Para entender como se elaboram as políticas públicas, em uma determinada sociedade, é preciso analisar seus significados históricos. • Embora, nas sociedades capitalistas, o Estado esteja submetido aos interesses do capital, na organização e na administração do público, as políticas públicas são produto das lutas, pressões e conflitos entre os grupos e classes que constituem a sociedade.

More Related