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Os Profetas. Diocese de Guarapuava Faculdade Missioneira do Paraná (FAMIPAR) Curso de extensão em Teologia para Leigos - PROFETAS Frei Roberto Aula 3 em 04 de setembro 2014.
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Os Profetas Diocese de GuarapuavaFaculdade Missioneira do Paraná (FAMIPAR)Curso de extensão em Teologia para Leigos - PROFETAS Frei Roberto Aula 3 em 04 de setembro 2014 O fenômeno profético no Oriente MédioA originalidade do profetismo em IsraelMovimentos proféticosOs escritos proféticosCronologia profética
REVISÃO • O Profeta não o é por profissão, por desejo pessoal, mas sim por vocação; • Dabar = Palavra: dita/vivida pelo profeta é uma Palavra que se cumpre na história: uma vez pronunciada atinge sua finalidade; (//Gn1,3.6.7) • não estava comprometidos com a política estatal; falava somente aquilo que Deus ordenava; era avaliado por sua lealdade à Lei; • não é, portanto, criador de uma nova religião, mas está integrado nas tradições sacras que seu povo há séculos articulava; • Tem uma experiência pessoal com Javé e uma profunda consciência da escolha de Israel: o tema principal de sua pregação é reconduzir o povo à essa compreensão;
Temas Proféticos • Israel deve pertencer de corpo e alma ao Deus da Aliança, mas anda à procura de deuses estrangeiros. Esse é o pecado fundamental de Israel, propriedade pessoal e querida do Deus verdadeiro, que recai em apostasia. • O movimento profético em Israel insurgiu com o advento da monarquia e conduziu à compreensão do Deus único, partindo da idolatria e passando pela monolatria; *trechos de salmos
Temas Proféticos • O tema da conversão; • O tema da justiça social; • O tema do culto; • O tema da ‘intromissão’ política o conteúdo ético e religioso do profetismo hebraico simplesmente não possui paralelo no mundo antigo
O tema da conversão • emerge nos profetas não somente como um reconhecimento formal e oficial da exclusividade de Javé, mas normativo de toda atividade humana
O tema da justiça social • atitude habitual de quem ‘conhece’ Javé (Jr22,16; Os4,1-6): mudança das estruturas injustas, transformação da sociedade. • O conceito de justiça para os profetas é quando as coisas estão como Deus quer: Vontade de Deus
O tema do culto • Estritamente ligado ao tema da Justiça Social, pois exige coerência de vida; • As investidas dos profetas contra o culto não procedem de uma rejeição, mas antes de seu grande respeito, ou seja, vaticinavam contra a degeneração do culto e do templo.
O tema da ‘intromissão política’ • nota original dos profetas de Israel, trás no seu bojo a exigência de que a linha de conduta dos reis de Israel seja determinada pela fé em Deus, numa política de confiança tal que vê apostasia na busca de alianças políticas e apoio em arsenal e exército. Há uma diametral oposição dos profetas às tendências espontâneas da realeza e ao orgulho nacional do povo.
Temas Proféticos • o profeta encontrado na Bíblia Hebraica possui sensibilidade para o mal, se importa com as trivialidades, é luminoso e explosivo, está interessado em um bem maior, é um iconoclasta, demonstra ao mesmo tempo austeridade e compaixão, tem consciência de que embora poucos sejam culpados, todos são responsáveis por seus atos, é alguém que experimenta a explosão do céu em seu ofício profético, é alguém que experimenta a solidão e a miséria e, por fim, o profeta é um mensageiro e uma testemunha.
Através da atividade profética recupera-se a tradição da Aliança Sinaítica, um tanto esquecida no período monárquico. Sem rejeitar as esperanças das promessas feitas a Davi os profetas acusam a ilusão de segurança presente em Israel e convida à observância dos mandamento divinos; • Mesmo pertencendo ao seu tempo, os profetas estão ancorados no passado de seu povo. Suas palavras se baseiam nas Sagradas Tradições históricas de Israel e, a partir dessa compreensão, o Senhor é e continua sendo o Deus que um dia elegeu Israel;
Corpus Profeticum • O cânon hebraico tem uma estrutura tripartide: Torá [Torah], Profetas [Nebiim] e Escritos [Ketubim]; • constituem os ‘profetas anteriores’ os livros de Josué, Juízes, 1+2 Samuel e 1+2 Reis, conhecidos como a Obra Historiográfica Deuteronomista; • constituem os ‘profetas posteriores’ os livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e os doze menores (Dodekapropheton);
→ Pré-literários. • Os antigos profetas viveram no período pré-clássico da profecia, antes do período áureo da profecia literária, iniciado por Amós. Alguns desses profetas detinham as rédeas da liderança em Israel (Moisés, Débora e Samuel). Outros trabalharam na corte real (Natã), e ainda outros foram verdadeiros conselheiros e confrontadores dos reis de Israel (Elias e Eliseu).
→ Pré-literários. • Moisés: segundo Dt18,16-18, a instituição do profetismo por Javé remonta-se à teofania no monte Horeb (cf. Ex20,19-21; Dt5,23-28). O ofício profético de Moisés, que recebia diretamente a palavra de Deus, exercia o papel de mediador da Aliança. • Samuel: Depois de Moisés, os judeus consideram Samuel o segundo maior profeta (At3,24; Sl99,6; Jr15,1). Ungiu os dois primeiros reis de Israel, Saul e Davi.
→ Pré-literáriosElias • 1Rs17-19; 21; 2Rs1,1-17 • apareceu no período do reinado de Acab (874-852a.C.), e não estava ligado a nenhum santuário, nem vivia em um grupo de profetas; • no contexto do reinado de Acab, Elias tenta resolver o problema da adoção da cultura e religião cananéias pelos israelitas; • defendeu a antiga ideologia nômade, sobre a propriedade da terra, advogando que o rei não era dono da terra (1Rs21). Elias pregava que Javé, e não baal, era o dono da chuva e da fertilidade. Ele é considerado como um segundo Moisés, tipificando todos os profetas (Ml4,4-5 e Mt17,1-3).
→ Pré-literáriosEliseu • 2Rs2; 3,4-27; 4,1-8,15; 9,1-10; 13,14-21; • está associado com Guilgal, onde morava (2Rs4,38). • Um dos momentos mais notáveis em sua carreira é a participação da unção de Jeú, ardente defensor do javismo, que se empenhou a destruir a dinastia omrita e o culto a baal; • fazia parte dos intelectuais que participaram de tal revolução (1Rs9,1-10); • Eliseu tinha uma característica diferente de Elias: fundou uma escola de profetas, que reunia em torno de si um grupo de profetas, numa localidade fixa.
→ Pré-literários. • Gad: Não atua num grupo. Ele é chamado de vidente (2Sm24,11), e há três aspectos de atuação principal: relaciona-se com o culto (2Sm4.18); aconselha o rei (1Sm22,5) e condena o mesmo (2Sm24.11-12); • Natã: Também atua sozinho. Proclama a eternidade do reinado de Davi (2Sm7); toma partido em causas políticas (2Rs1,11; 23-27) e condena o pecado do rei (2Sm12,1-15); • Aías: de Silo (1Rs11,29-39; 14,1-18). Era silonita e vivia no antigo centro cultual efraimita que se relacionava com Samuel e o sacerdócio de Eli. Seus discursos condenam a realeza salomônica (1Rs11,29-40); • Outros profetas: Jeú (1Rs16,7); Miquéias, filho de Jemla (1Rs22,8s.); Jonas(2Rs14,25); Hulda (2Rs22,14);
→ Literários: • VIII século: Norte – Amós e Oséias; Sul: Isaías e Miquéias. • VII século (transição do Império Assírio para o Babilônico): Naum, Habacuc, Sofonias, Jeremias. • VI século (depois de 587): Abdias (Jerusalém), Ezequiel (Babilônia). • VI século (antes dos persas): Deutero-Isaías (40-55). • VI século (reinício de Jerusalém): Zacarias e Ageu (521-520, em Jerusalém); Terceiro Isaías (56-66). • V e IV século (fim da dominação persa e início da helenista): Malaquias, Joel, Zacarias (9-11; 12-14), Daniel, Jonas;
Inspiração profética • A experiência de Deus exige fidelidade. Para os profetas é a experiência com o Deus que tirou o povo do Egito, o Deus Libertador. Por isso os profetas tornam-se os defensores da Aliança (Jr 31, 31). O profeta, assim, cobra compromisso (Ex 19, 6). Exige santidade, fidelidade, observância da Lei.