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FORMAÇÃO ADVENTO E NATAL. Reflexão. O que é o Tempo? Como lidamos com o tempo? Como sentimentos o tempo? Que tempo na vida estamos?. Tempo é. LENTO para os que esperam RÁPIDO para os que têm medo LONGO para os que lamentam CURTO para os que festejam ETERNO para os que amam.
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Reflexão • O que é o Tempo? • Como lidamos com o tempo? • Como sentimentos o tempo? • Que tempo na vida estamos?
Tempo é ... LENTO para os que esperam RÁPIDO para os que têm medo LONGO para os que lamentam CURTO para os que festejam ETERNO para os que amam...
História de Moussa ... • MoussaAgAssarid, um tuaregue, vive no sul da França. Mas nasceu e passou a maior parte da sua vida sobre as areias do deserto do Saara. De lá trouxe toda a sabedoria dos "homens azuis", como os da sua tribo são chamados, e a colocou em seus livros
QUEM SÃO OS TUAREGUES? • Tuaregue significa “abandonado”, porque somos um velho povo nômade do deserto, um povo orgulhoso: nos chamam Senhores do Deserto. Nossa etnia é a amazigh (berbere), e nosso alfabeto, o tifinagh.
A que ele se dedica? • Ao pastoreio de rebanhos de camelos, cabras, cordeiros, vacas e asnos, num reino feito de infinito e de silêncio. • Quando se está sozinho naquele silêncio, ouvem-se as batidas do próprio coração. Não existe melhor lugar para quem deseja encontrar a si mesmo. O deserto é mesmo tão silencioso?
Que recordações da sua infância no deserto você conserva com maior nitidez? • Acordo com o sol. Perto de mim estão as cabras de meu pai. Elas nos dão leite e carne, nós as conduzimos para onde existe água e grama. Assim fizeram meu bisavô, meu avô, meu pai e eu. No mundo não havia nada além disso, e eu era muito feliz assim.
Bem, isso não parece muito estimulante. • Mas é, e muito. Aos 7 anos de idade, já permitem que você se afaste do acampamento e descubra o mundo sozinho, e para isso lhe ensinam coisas importantes: a cheirar o ar, a escutar e ouvir, a aguçar a visão, a se orientar pelo sol e pelas estrelas. E a se deixar conduzir pelo camelo; se você se perde, ele lhe conduzirá até onde existe água.
Esse é um conhecimento muito valioso, não há dúvida. Lá tudo é simples e profundo. Há poucas coisas no deserto, e cada uma delas possui grande valor. • Assim sendo, este mundo e aquele são bem diferentes, não é mesmo?Lá, cada pequena coisa proporciona felicidade. Cada roçar é valioso. Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos, de estarmos juntos. Lá ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um jáé.
O que mais o chocou ao chegar pela primeira vez na Europa? Ver a gente correr nos aeroportos. No deserto, só corremos quando uma tempestade de areia se aproxima. Fiquei assustado, é claro. • Corriam para buscar suas bagagens. Sim, devia ser isso. Também vi cartazes mostrando moças nuas: “Por que essa falta de respeito para com a mulher?”, perguntei-me. Depois, no Hotel Íbis, vi uma torneira pela primeira vez em minha vida: vi a água correr e tive vontade de chorar.
Que abundância, que desperdício, não é mesmo? Até então, todos os dias da minha vida tinham sido dedicados à procura d’água. Até hoje, quando vejo as fontes e os chafarizes decorativos que existem aqui, sinto uma dor imensa dentro de mim.
POR QUÊ? • No começo dos anos 1990 houve uma grande seca, os animais morreram, nós adoecemos. Eu tinha uns 12 anos e minha mãe morreu. Ela era tudo para mim. Contava-me histórias e ensinou-me a contá-las bem. Ensinou-me a ser eu mesmo.
Na sua opinião, qual é a pior coisa que existe aqui? A insatisfação. Vocês têm tudo, mas nada é suficiente. Vivem se queixando. Vocês se acorrentam por toda a vida a um banco por conta de um empréstimo, e existe essa ânsia de possuir, essa correria, essa pressa. No deserto não há engarrafamentos, sabe por quê? Porque lá ninguém quer passar na frente de ninguém!
Relate um momento de felicidade intensa que você viveu no seu distante deserto. • Esse momento se repete a cada dia, duas horas antes do pôr do sol: o calor diminui, o frio da noite ainda não chegou, homens e animais retornam lentamente ao acampamento e seus perfis aparecem como recortes contra o céu que se tinge de rosa, azul, vermelho, amarelo, verde.
É fascinante. E então... • Esse é um momento mágico. Entramos todos na tenda e fervemos a água para o chá. Sentados, em silêncio, escutamos o barulho da água que ferve. A calma toma conta de nós. As batidas do coração entram no mesmo compasso dos gluglus da fervura.
Que paz... • Aqui, vocês têm o relógio; lá, temos o tempo.
Para contextualizar o Advento… O Ano Litúrgico
Dia 1 de dezembro inicia-se mais um Ano Litúrgico, no qual relembramos e revivemos os Mistérios da História da Salvação. NATAL e PÁSCOA centralizam as celebrações, Que são vividas Em três momentos: Antes, durante e depois... Nesse Ano A, o Evangelho de MATEUS terá uma atenção especial. Com o Advento, entramos no tempo que nos prepara para o Natal do Senhor.
É perigoso representar o Ano Litúrgico dentro de um círculo. Nós não estamos presos no tempo nem vivemos um eterno retorno.
Se assim fosse, não haveria novidade, nada tinha valor. A História da Salvação diz-nos que o tempo é progresso e que o futuro pode ser radicalmente novo.
O esquema à direita ajuda-nos a compreender que o tempo tem futuro e que, na História da Salvação, é Cristo que ocupa o lugar central.
O Ano Litúrgico é a celebração, no decurso de um ano de todo o mistério de Cristo. Mas atenção: celebração não de uma ideia mas sim de uma pessoa, que nos é próxima: Jesus Cristo.
Advento Advento
O Advento é um tempo litúrgico que começa no Domingo mais próximo à festa de Santo André Apóstolo (30 de Novembro) e abarca quatro Domingos. O primeiro Domingo pode ser adiantado até 27 de Novembro, e então o Advento tem vinte e oito dias, ou atrasar-se até o dia 3 de Dezembro, tendo somente vinte e um dias.
O tempo do Advento tem uma duração de quatro semanas. Este ano, começa no domingo 01 de dezembro, e se prolonga até a tarde do dia 24 de dezembro, em que começa propriamente o Tempo de Natal
Podemos distinguir dois períodos . No primeiro deles, que se estende desde o primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico e nos é orientado à espera da vinda gloriosa de Cristo. As leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: sua vinda ao fim dos tempos, sua vinda agora, cada dia, e sua vinda há dois mil anos.
No segundo período, que abarca desde 17 até 24 de dezembro, inclusive, se orienta mais diretamente à preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. Os evangelhos destes dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus.
Com a intenção de fazer sensível esta dupla preparação de espera, a liturgia suprime durante o Advento uma série de elementos festivos. O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.
Os paramentos são de cor roxa, como sinal de recolhimento e conversão em preparação para a festa do Natal. A única exceção é o terceiro domingo do Advento, Domingo Gaudete ou da Alegria, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do Salvador que está bem próxima.
O nome de Domingo Gaudete refere-se à primeira palavra do intróito deste dia, que é tirado da segunda leitura que diz: "Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto"(Fl 4, 4). Também é chamado "Domingo mediano", por marcar a metade do Tempo do Advento, tendo analogia com o quarto domingo do Tempo da Quaresma, chamado Laetare.
Todas estas coisas são uma maneira de expressar tangívelmente que, enquanto dura nosso peregrinar, nos falta algo para que nosso gozo seja completo. E quem espera, é porque lhe falta algo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, haverá chegado a Igreja à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.
Quanto às leituras das Missas dominicais, as primeiras leituras são tomadas de Isaías e dos demais profetas que anunciam a Reconciliação de Deus e, a vinda do Messías. Nos três primeiros domingos se recolhem as grandes esperanças de Israel e no quarto, as promessas mais diretas do nascimento de Deus. Os salmos responsoriais cantam a salvação de Deus que vem; são orações pedindo sua vinda e sua graça. As segundas leituras são textos de São Paulo ou das demais cartas apostólicas, que exortam a viver em espera da vinda do Senhor.
Temos quatro semanas nas quais de domingo a domingo vamos nos preparando para a vinda do Senhor. A primeira das semanas do Advento está centralizada na vinda do Senhor ao final dos tempos. A liturgia nos convida a estar em vela, mantendo uma especial atitude de conversão.
A segunda semana nos convida, por meio do Batista a “preparar os caminhos do Senhor”; isso é, a manter uma atitude de permanente conversão. Jesus segue chamando-nos, pois a conversão é um caminho que se percorre durante toda a vida.
DOMINGO GAUDETE A terceira semana preanuncia já a alegria messiânica, pois já está cada vez mais próximo o dia da vinda do Senhor
Finalmente, a quarta semana nos fala do advento do Filho de Deus ao mundo. Maria é figura central, e sua espera é modelo e estímulo da nossa espera.
É o profeta por excelência do tempo da espera; está espantosamente perto, é entre os nossos, de hoje. Está presente por seu desejo de libertação, desejo do absoluto de Deus; isaías
Foi chamado por Deus desde a concepção. Sua missão era anunciar a chegada do Salvador. Preparou-se durante toda a sua vida para aquele momento, viveu no deserto em jejum e penitência, chamava as pessoas ao arrependimento dos pecados e denunciava o que não estava certo diante de Deus. João batista
Esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi". José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus. São JOSÉ
Ao longo do ano, a Liturgia nos educa e prepara a essa grande solenidade, seguindo os passos da mãe de Jesus. • 25 de março – nove meses antes do Natal – celebramos a solenidade da Anunciação do Senhor (Lc 1,26-38). • 31 de maio – festa da Visitação de Nossa Senhora. É o encontro de duas mães e o encontro do Precursor com o Salvador. (Lc 1,39-56). • 24 de junho – em clima de festas juninas – celebramos a Natividade de São João Batista, e é interessante imaginar Maria ajudando Isabel no parto de João. • 08 de setembro – Enfim, podemos preparar-nos com a festa do aniversário de Maria (não se sabe ao certo quando ela nasceu). Sua natividade foi o ponto de partida para que o Messias chegasse até nós.
No dia do início do Advento são montados o Presépio, a Árvore de Natal e a Coroa do Advento. Tradicionalmente este é o dia correto para montagem do Presépio e da Árvore de Natal,apesar de o dia de montar as decorações natalinas variar em alguns países.
COROA DO ADVENTO Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição pagã européia. No inverno, se acendiam algumas velas que representavam ao “fogo do deus sol” com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltasse. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. Partiam de seus próprios costumes para ensenhar-lhes a fé. Assim, a coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos:
As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a progressiva vitória da luz sobre as trevas.
A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da história. O círculo indica o sol no seu ciclo anual, sua plenitude sem jamais se esgotar, gerando a vida. Para os cristãos este sol é símbolo de Cristo.
As ramas verdes: Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. Bênçãos que nos foram derramadas pelo Senhor Jesus, em sua primeira vinda entre nós, e que agora, com esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na sua segunda e definitiva volta.