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A CDB e a necessidade de implementar Regras Nacionais de Acesso e Repartição de Benefícios. Braulio F. de Souza Dias Diretor de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Meio Ambiente, Brasília Workshop on Access to Biological and Genetic Resources and Benefit Sharing, IEA/USP
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A CDB e a necessidade de implementar Regras Nacionais de Acesso e Repartição de Benefícios Braulio F. de Souza Dias Diretor de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Meio Ambiente, Brasília Workshop on Access to Biological and Genetic Resources and Benefit Sharing, IEA/USP São Paulo, 18 de novembro de 2002
PROBLEMAS • Perda irreversível de espécies • Erosão genética de populações • Espécies sobreexplotadas (perda de viabilidade econômica) • Aumento de espécies exóticas invasoras (pragas, ervas daninhas e doenças) • Perda de serviços ambientais • Biopirataria • Riscos de biossegurança de OGMs
CAUSAS • Expansão da humanidade • Globalização econômica e cultural • Produção e consumo insustentáveis • Mudanças climáticas • Conflitos de interesses • Ignorância & hipocrisia
PERDA DA BIODIVERSIDADE TENDE A AUMENTAR • CRESCIMENTO POPULAÇÃO HUMANA • CRESCIMENTO DO CONSUMO • CONVERSÃO E FRAGMENTAÇÃO • EXTRATIVISMO PREDATÓRIO • MUDANÇAS CLIMÁTICAS • ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS • HOMOGENIZAÇÃO DO GLOBO
CONFLITOS ENTRE HUMANIDADE E BIODIVERSIDADE • Homem sobreexplota e degrada componentes da biodiversidade, provocando erosão genética e extinções • Homem consome e polui excessivamente provocando mudanças globais no meio ambiente • Homem promove a introdução de espécies exóticas invasoras e a uniformização das paisagens e biotas • Homem manipula geneticamente componentes da biodiversidade com engenharia genética produzindo organismos geneticamente modificados (OGMs) • Homem estabelece mecanismos de apropriação intelectual sobre a biodiversidade • Homem de regiões desenvolvidas escapa aos mecanismos de seleção natural com os avanços da medicina
CONVERGÊNCIAS ENTRE HUMANIDADE E BIODIVERSIDADE • Homem como parte da natureza e da biodiversidade – a sociodiversidade • Homem usufrui bens e serviços da biodiversidade – valor econômico • Homem dá valores culturais e religiosos à biodiversidade – valor intrínseco • Homem domestica componentes da biodiversidade ampliando sua diversidade – as variedades locais • Homem promove a conservação da biodiversidade – valor de não uso • Homem promove práticas e negócios de uso sustentável da biodiversidade e repartição de benefícios
O Destino da Biodiversidade está vinculado aos valores da sociedade • conservação é uma questão de escolha individual e da sociedade baseado em diferentes valores e na disponibilidade de opções • Tanto a destruição como a conservação da biodiversidade são resultado de julgamentos de valores dentro de uma estrutura de diferentes conceitos da natureza e de expectativas de vida
O grande desafio é tratar a biodiversidade como tema central na sociedade e economia • Necessidade de balancear as enormes assimetrias na apropriação dos benefícios e custos do uso e da conservação da biodiversidade. • Dada a distribuição assimétrica da riqueza e da biodiversidade em nível global é necessário uma cooperação internacional mais efetiva e balanceada.
A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é uma convenção quadro que objetiva promover a conservação, o uso sustentável e a repartição de benefícios da biodiversidade. É um importante fórum ambiental internacional que reúne grupos de interesse em questões ambientais, sociais e econômicas.Tende a operar como uma estrutura guarda-chuva para os demais acordos internacionais relacionados com biodiversidade.
CONSERVAÇÃO • PORQUÊ CONSERVAR? • O QUE CONSERVAR? • CONSERVAR PARA QUEM?
CONSERVAÇÃO • INTEGRAR A CONSERVAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO REGIONAL • SUSTAR EXTINÇÕES CAUSADAS PELO HOMEM E MANTER OS BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS • UM SEGURO CONTRA O IMPREVISÍVEL[UM MUNDO EM MUNDANÇA]
USO SUSTENTÁVEL • QUAL O POTENCIAL DE USO? • QUAIS OS LIMITES DE SUSTENTABILIDADE? • QUEM PAGA OS CUSTOS?
USO SUSTENTÁVEL • SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA • SUSTENTABILIDADE SOCIAL • SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS • O QUE REPARTIR? • COM QUEM REPARTIR? • COMO REPARTIR?
REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS • TITULARIDADE DA BIODIVERSIDADE E DOS RECURSOS GENÉTICOS • TITULARIDADE DOS CONHECIMENTOS TRADICIONAIS ASSOCIADOS • MECANISMOS DE PROTEÇÃO
RELAÇÃO ENTRE OS TRÊS OBJETIVOS DA CDB CONSERVAÇÃO BENS & SERVIÇOS VALORAÇÃO & CUSTEIO BENEFÍCIOS INTRÍNSECOS REDUÇÃO DE PRESSÕES BENEFÍCIOS ECONÔMICOS REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS USO SUSTENTÁVEL VALORAÇÃO DE PRODUTOS
BARREIRAS PARA CONSENSOS • ASSIMETRIAS NA DISTRIBUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE • DIFERENÇAS DE VALORES • DIFERENÇAS DE “BASELINES” • ASSIMETRIAS NO CRESCIMENTO POPULACIONAL E DA RENDA • ASSIMETRIAS NA APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS E BENEFÍCIOS • DIFERENÇAS NO ACESSO À INFORMAÇÃO E À TECNOLOGIA
ACESSO AOS MERCADOS PARA PRODUTOS SUSTENTÁVEIS COM VALOR AGREGADO (SUBSÍDIOS E RESERVAS DE MERCADO)
ACESSO AOS SERVIÇOS AMBIENTAIS (GESTÃO INTEGRADA DAS PAISAGENS E CRIAÇÃO DE NOVOS MERCADOS)
ACESSO AOS RECURSOS GENÉTICOS E AOS CONHECIMENTOS TRADICIONAIS (REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS E PROTEÇÃO DE CONHECIMENTOS)
ACESSO AOS PRODUTOS BIOTECNOLÓGICOS (RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS E APROPRIAÇÃO DA PESQUISA COM RECURSOS PÚBLICOS)
LIMITES SOCIAIS DA BIOTECNOLOGIA (BIOSSEGURANÇA E APROPRIAÇÃO DA VIDA)
CONSERVACIONISMO FILANTRÓPICO PARA HOTSPOTS SOCIOAMBIENTALISTAS VALORES INTRÍNSECOS COMANDO & CONTROLE CULTIVARES PRODUTIVAS SELECIONADAS & OGMs CONSUMO E PRODUÇÃO SUSTENTÁVEIS CONSERVAÇÃO PARA OS RICOS CONHECIMENTOS TRADICIONAIS ABERTURA DE MERCADO PARA PRODUTOS SUSTENTÁVEIS PRESERVACIONISTAS VALORES ECONÔMICOS INCENTIVOS & PACTOS DIVERSIDADE DE VARIEDADES LOCAIS SUPER CONSUMIDORES + SUPER EXCLUÍDOS CONSERVAÇÃO PARA OS POBRES PROPRIEDADE INTELECTUAL POLARIZAÇÃO DE PERSPECTIVAS
OS VALORES DA BIODIVERSIDADE • USO DIRETO (Recursos Biológicos + Recursos Genéticos) • USO INDIRETO (Serviços Ambientais) • NÃO USO (Preservação) • OPÇÃO FUTURA • INTRÍNSECO (Cultural)
BIOTECNOLOGIAA Biotecnologia vai mudar a forma como a natureza opera?A indústria biotecnológica vai promover o desenvolvimento sustentável?A indústria biotecnológica será um parceiro importante na conservação da biodiversidade?
Progress in CBD negotiations and implementation are hindered by: • Large uncertainties (inadequate scientific support and lack of IPCC-type body); • Insufficient appreciation of diverging interests of Parties and stakeholders; • Lack of common understanding (concepts and language); • Insufficient participation of key stakeholders (business, local communities, science); • Lack of understanding of how international processes operate.
Progress in CBD negotiations and implementation are hindered by: • Lack of political drive (insufficient pressure); • Lack of specific targets; • Hidden agendas; • Few proactive players; • Lack of proposals to bridge the gaps; • Few opportunities for open disclosure of interests and concerns;
THE CBD HAS SUCCEED IN: • 1) becoming a global convention, with the outstanding and unjustified exception of the United States of America; • 2) providing a forum to merge environmental, social and economic concerns; • 3) mapping the issues of common concern to all nations and establishing a series of ecosystem-based Work Programs and complementary cross-cutting Initiatives;
THE CBD HAS SUCCEED IN: • 4) Establishing principles and guidelines(Ecosystem Approach, Sustainable Tourism, Alien Invasive Species); • 5) establishing an international Protocol on Biosafety for the transboundary movement of Genetically-Modified-Organisms; and • 6) establishing an international Treaty on Plant Genetic Resources for Food and Agriculture (FAO).
THE CBD HAS, SO FAR, FAILED IN: • 1) establishing stable rules for Access and Benefit Sharing (just Bonn Guidelines); • 2) establishing legal mechanisms for the protection of traditional knowledge associated with biodiversity; • 3) enhancing international cooperation; • 4) establishing effective implementing mechanisms;
THE CBD HAS, SO FAR, FAILED IN: • 5) reducing the scientific uncertainties associated with biodiversity; • 6) establishing agreed global targets (except for initial 2010 targets adopted by COP 6); • 7) establishing a reliable monitoring program, with agreed indicators; • 8) reverting the current trend of biodiversity loss.
To implement its objectives and work programs the CBD uses the following mechanisms: • SBSTTA – Subsidiary Body on Scientific, Technical and Technological Advice (Assessments and Recommendations); • CHM – Clearing-House Mechanism (Information and Cooperation); • GEF – Global Environment Facility (Financial Mechanism);
To implement its objectives and work programs the CBD uses the following mechanisms: • Secretariat (Organization and Support); • Parties (Member Countries); • Intergovernmental Negotiating Committees (Protocols); • COP - Conference of the Parties (Decisions).
CBD initiatives on ABS: • Working Group on Access and Benefit Sharing • Working Group on the Implementation of Article 8(j) and Related Provisions • Bonn Guidelines on Access to Genetic Resources and the Fair and Equitable Sharing of the Benefits arising from their Utilization (COP Decision VI/24)
Other initiatives important for ABS: • UPOV Convention - International Union for the Protection of New Varieties of Plants • WTO – Agreement on Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights (TRIPS) • FAO – International Treaty on Plant Genetic Resources for Food and Agriculture • Paris Convention for the Protection of Industrial Property • Lisbon Agreement for the Protection of Appellations of Origin and their International Registration
Other initiatives important for ABS: • UN Forum on Forests (UNFF) – “Traditional Forest-related Knowledge” (TFRK) • World Intellectual Property Organization (WIPO) - "Intergovernmental Committee on Intellectual Property and Genetic Resources, Traditional Knowledge and Folklore" • UN Conference on Trade and Development (UNCTAD) – “Bio-Trade Initiative” • UNESCO Convention on the Means of Prohibiting and Preventing the Illicit Import, Export and Transfer of Ownership of Cultural Property.
Other initiatives important for ABS: • Agenda 21: Principle 22 - recognizes that indigenous peoples have a vital role to play in environmental management and development because of their traditional knowledge and practices; • The International Labour Organization's Convention 169 on Indigenous and Tribal Peoples - calls for action to protect the rights of indigenous peoples; • The Commission on Human Rights of the United Nations - open-ended inter-sessional Working Group to elaborate a draft United Nations Declaration on the Rights of Indigenous Peoples.
Other initiatives important for ABS: • Commission on Human Rights WGIP - Draft Principles and Guidelines for the Protection of the Heritage of Indigenous People; • WIPO/UNESCO Model Provisions for National Laws on the Protection of Expressions of Folklore Against Illicit Exploitation and Other Prejudicial Actions; • FAO International Code of Conduct for Plant Germplasm Collecting and Transfer • International Code of Conduct (Microorganisms Sustainable Use and Access Regulation - International Code of Conduct - MOSAICC, European Commission)
Other initiatives important for ABS: • Guidelines established by regional and economic integration organizations; • Guidelines established by National Institutions; • Guidelines established by NGOs; • Guidelines established by indigenous and local community organizations; • Guidelines elaborated by relevant professional societies; • Guidelines elaborated by the private sector.
TRIPS Article 27.3(b) should be amended in order to include the possibility of Members requiring, whenever appropriate, as a condition to patentability: • (a) the identification of the source of the genetic material; • (b) the related traditional knowledge used to obtain that material; • (c) evidence of fair and equitable benefit sharing; and • (d) evidence of prior informed consent from the Government or the indigenous community for the exploitation of the subject matter of the patent.
NECESSIDADE DE SE REDUZIR AS PRINCIPAIS INCERTEZAS SOBRE:Tamanho e distribuição geográfica da biodiversidadeValores e serviços da biodiversidadeTaxa de perda da biodiversidade e efetividade dos esforços de conservaçãoSustentabilidade e limiares do uso da biodiversidadeEquitabilidade da repartição dos benefícios
NECESSIDADE DE SE CRIAR INSTRUMENTOS OPERACIONAIS:Marco legal superior (princípios e regras básicas)Regulamentação e normatização (flexível e adaptável)Incentivos econômicos e mecanismos financeirosPesquisa e agregação de valorCapacitação e mecanismos de intermediaçãoMudança de cultura
Evolução dos Sistemas de Proteção de Recursos Genéticos e de Produtos Biotecnológicos:
RELAÇÃO ENTRE ABS & IPR CONTROLE DO ACESSO E DA REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS ACESSO AUTORIZADO ANUÊNCIA (PIC) CONTRATO DE ACESSO E REPARTIÇÃO PROPRIEDADE DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS PROPRIEDADE INTELECTUAL INVESTIMENTO EM P&D NOVOS PRODUTOS E PROCESSOS REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS