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ELEMENTOS PARA UMA ESTRATÉGIA NACIONAL DE ACESSO AO MERCADO DE CAPITAIS MARÇO 2013 Carlos A. Rocca Lauro M. dos Santos Jr. INDICE. 1. Objetivo e foco do projeto 2. Colocação do problema 3. Financiamento das empresas brasileiras e de seus investimentos
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ELEMENTOS PARA UMA ESTRATÉGIA NACIONAL DE ACESSO AO MERCADO DE CAPITAIS MARÇO 2013 Carlos A. Rocca Lauro M. dos Santos Jr
INDICE 1. Objetivo e foco do projeto 2. Colocação do problema 3. Financiamento das empresas brasileiras e de seus investimentos 4. Acesso ao mercado de capitais brasileiro: alguns elementos de diagnóstico 5. Elementos para uma estratégia nacional de acesso ao mercado de capitais
1. OBJETIVOS E FOCO Proposta do IBMEC no Forum Nacional (05/2012) Objetivos: • Identificar fatores que tem limitado o acesso das empresas brasileiras ao mercado de capitais; • Contribuir para a elaboração e avaliação de propostas para superar esses obstáculos; • Fornecer elementos para uma estratégia nacional de acesso ao mercado de capitais. Foco: Todas empresas, mercados de ações e de dívida corporativa.
MERCADO DE CAPITAIS E O FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS 1. Elevado custo de capital e escassez de recursos de longo prazo limitam competitividade e crescimento da economia brasileira; 2. Somente pequeno numero de grandes empresas tem menor custo de capital e se beneficiam do mercado de capitais: 3. Papel do mercado de capitais Reduzir o custo de capital e aumentar a oferta de recursos de longo prazo para as empresas brasileiras, com a difusão do acesso das empresas ao mercado de capitais inclusive as de menor tamanho:
MERCADO DE CAPITAIS E O FINANCIAMENTO DE INFRAESTRUTURA 1. Oferta de serviços de infraestrutura limita crescimento econômico e produtividade da economia brasileira; 2. Poupança do setor público é negativa, recursos para investimento em infraestrutura são insuficientes; 3. Papel do mercado de capitais: mobilizar recursos para financiar investimento privado em infraestrutura em sinergia com o BNDES;
OPORTUNIDADE MERCADO DE CAPITAIS NA AGENDA DO GOVERNO a. Redução da taxa de juros; b. Nova tributação dos títulos de divida privada; isenção para estrangeiros e debentures de infraestrutura inclusive pessoas físicas, FIDCs; c. BNDES em sinergia com mercado de capitais; d. Comunicado da CVM (23/11/2012)
OPORTUNIDADE MERCADO DE CAPITAIS NA AGENDA DO SETOR PRIVADO • Novo Mercado de Renda Fixa da ANBIMA; • CETIP: propostas e CETIP Trader; • IEDI e Instituto TALENTO: mercado de divida corporativa; • Mercado de Acesso: BOVESPA MAIS • Grupo de Pequenas Ofertas: BM&FBOVESPA, CVM, ABDI,BNDES, IBMEC • Grupo PAC PME • Propostas do PDMC- IBMEC.
3.Financiamento das empresas brasileiras e de seus investimentos
FORTE CONCENTRAÇÃO NO ACESSO A RECURSOS DE FINANCIAMENTO Estimativa do exigível financeiro das Companhias Abertas, Maiores Empresas Fechadas e PMEs versus Ativos totais - 2011 em R$ bilhões Fonte: Economática; Maiores e MelhoresrevistaExameCentro de Estudos do IBMEC
EM MÉDIA, COMPANHIAS ABERTAS E MAIORES FECHADAS TEM CUSTOS DE FINANCIAMENTO MAIS BAIXOS E INFERIORES À TAXA DE RETORNO DOS ATIVOS (CERCA DE 12% A 14% A.A.) DEMAIS EMPRESAS, COM 42% DOS ATIVOS, TEM CUSTO ALTO E DEPENDEM BASICAMENTE DE RECURSOS PRÓPRIOS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS - CUSTO DE EXIGÍVEL FINANCEIRO E OUTROS INDICADORES 2011 • Fonte: Centro de Estudos do IBMEC • Em 2011 a taxa de retorno média dos ativos das companhias abertas e das maiores empresas fechadas não financeiras foi da ordem de 12,2% a.a. a 14,0% a.a. ; • O custo de debêntures (líq. de IR) em 2011 foi de 8,61 % a.a.; enquanto a taxa média das operações de crédito - recursos livres – PJ (líq. de IR) foi de 20,0% a.a e o custo médio total estimado pelo CEMEC (líq. IR) ficou em 12,8% a.a.
CUSTO DE FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS DEPENDE DO ACESSO A FONTES DE RECURSOS COM TAXAS MAIS BAIXAS: BNDES E MERCADO DE CAPITAIS Fonte: BACEN e Centro de Estudos do IBMEC
FONTES DOMESTICAS DE MENOR CUSTO SOMAM 45,9% DO EXIGIVEL TOTAL 09/2012: BNDES 26,3% E MERCADO DE CAPITAIS 19,8% Fonte: BACEN e Centro de Estudos do IBMEC
NO MERCADO DE CAPITAIS 2/3 DAS EMPRESAS QUE SE BENEFICIAM SÃO GRANDES (294/444) (*) Estimativasóconsideraempresas SA fechadasqueemitiramdebêntures, nãoconsidera a utilização de outros títuloscorporativoscomo FDICs, CRIs, Venture Capital, etc. Fonte: IBGE, BM&FBOVESPA, ANBIMA e Centro de Estudos do IBMEC
BNDES: 2/3 DOS DESEMBOLSOS SE DESTINAM A EMPRESA TAMANHO GRANDE E MÉDIA GRANDE Desembolsos do BNDES por Porte em R$ milhões Fonte: BNDES (www.bndes.gov.br) MPME: Micro, pequenas e médias empresas Porte na definição BNDES
60% DO EXIGÍVEL DAS PMEs (195,3/325,6) PROVEM DE CRÉDITO DE RECURSOS LIVRES COM TAXAS MAIS ELEVADAS; 40% TEM TAXAS FAVORECIDAS Fonte: Centro de Estudos do IBMEC
CIAS ABERTAS TEM O MENOR CUSTO DE FINANCIAMENTO 56,4% * DO EXIGÍVEL SÃO DE FONTES DOMÉSTICAS DE MENOR CUSTO ALÉM DE 23,2% DE FONTES EXTERNAS * (27,8% DO MERCADO DE CAPITAIS, 28,6% DO BNDES, LINHAS ESPECIAIS E RECURSOS DIRECIONADOS) Fonte : Centro de Estudos do IBMEC - DemonstraçõesFinanceirasdas Cias. Abertas NãoFinanceirasemdezembro de 2011 excetoPetrobrás e Vale
3.2 Como as empresas brasileiras financiam seus investimentos
ESTIMATIVAS DO CENTRO DE ESTUDOS DO IBMEC Recursos próprios são a principal fonte de recursos dos investimentos privados BNDES e mercado de capitais vem em seguida RecursosPróprios 56,6% Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
DADOS DE BALANÇOS CONFIRMAM Recursos próprios (lucros retidos e aumentos de capital) são a principal fonte de financiamento de investimento das companhias abertas e maiores empresas fechadas; abertas usam mais divida PADRÃO DE FINANCIAMENTO DE INVESTIMENTOS COMPANHIAS ABERTAS E MAIORES EMPRESAS DE CAPITAL FECHADO – 2005 a 2011 Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
MAS ACESSO A DÍVIDA É IMPORTANTE PARA REALIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS DAS CIAS ABERTAS INVESTIMENTOS, RECURSOS PRÓPRIOS E DÍVIDA - CONSOLIDADO DAS COMPANHIAS ABERTAS EXCETO PETROBRAS E VALE Período 2005 – 2011 em R$ bilhões nominais Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
ACESSO A DÍVIDA TAMBÉM É IMPORTANTE PARA REALIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS NAS MAIORES EMPRESAS FECHADAS Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
MERCADO DE CAPITAIS AGORA TEM IMPORTANCIA ESTRATÉGICA Atual participação do BNDES não é sustentável: Financiado por dívida pública, tem implicações fiscais e inibe o mercado de capitais
4. Acesso ao mercado de capitais brasileiro: alguns elementos de diagnóstico
DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS POR VALOR DE FATURAMENTO BRUTO Fonte: CEMEC Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
Tamanho do mercado acionário brasileiro ocupa posição intermediária entre os emergentes Fonte : WFE
O número de empresas listadas é o menor entre as economias emergentes e o valor médio de IPOs é um dos maiores do mundo NÚMERO de EMPRESAS LISTADAS – agosto2012 Fonte WFE Valor Médio de Emissão - IPO US$ milhões 2011 Fonte:WFE
CICLO RECORDE DE IPOs DE 2006/2007: Empresas emissoras são grandes e maiores que as existentes; colocação das ações: 70% em investidores estrangeiros Ativo Médio (R$ Mil) Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
Baixo custo de capital no período é um fator explicativo desse ciclo. Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
CICLO DE IPOs 2006/2007ALGUMAS CONCLUSÕES • Predominam grandes empresas; seu tamanho médio é ainda maior que o das companhias existentes • Baixo custo de capital próprio (maior valorização das empresas) é fator importante para explicar o ciclo recorde de IPOs de 2006/2007: • Custo de capital próprio em 2006/2007 é o menor dos últimos anos; • Desinvestimentos dos fundos de VC/PE (FIPs) ratificam HIPÓTESE: • Em 2006/2007 proporção de desinvestimentos via IPO (40%) é a maior da série; • Em 2008/2009, aumenta numero absoluto de desinvestimentos (para 98, de 88 em 2006/2007) mas apenas 5% são feitos via IPO
CICLO DE IPOs 2006/2007ALGUMAS CONCLUSÕES 3. Cerca de 70% das ações foram vendidas para investidores estrangeiros 4. Resposta rápida do numero de emissões à redução do custo de capital: • Já existia um “estoque” de empresas preparadas para IPO • Regulação deve facilitar velocidade de resposta para empresas explorarem janelas de oportunidade;
BRASIL: CUSTOS DE IPO/FOLLOW ON SÃO ELEVADOS PARA EMISSÕES MUITO PEQUENAS * Fonte: Deloitte – BM&FBOVESPA * Entre os anos 2005 e 2011, 214 ofertas foram registradas e, ao todo, renderam R$ 180 bilhões.
MAS CUSTOS FIXOS DE EMISSÕES PRIMARIAS DE AÇÕES NO BRASIL SÃO SEMELHANTES AOS INTERNACIONAIS PARA EMISSÕES DE US$75MM a US$ 120MM CUSTOS FIXOS DE EMISSÕES PRIMARIAS ( IPO) - COMO PORCENTAGEM DO VALOR CAPTADO Fonte: Relatório do Grupo BM&BOVESPA,CVM,ABDI,BNDES
CUSTOS DE MANUTENÇÃO DE COMPANHIAS ABERTAS SÃO RELATIVAMENTE ELEVADOS SIMULAÇÃO DOS CUSTOS ANUAIS DE MANUTENÇÃO DA CONDIÇÃO DE CIA. ABERTA Fonte:http://www.bmfbovespa.com.br/pdf/CustosSA.pdfcom custos corrigidos para 2012 por IPCA; porte por receita operacional liquida: pequeno até R$ 150MM, médio entre R$150MM até R$300MM; grande > R$300MM Não-obrigatórios: contabilidade em padrão internacional (US GAAP/ IFRS) novo mercado e nível 2 é obrigatório , área de relações com investidores e apresentações ao mercado.
AS EMPRESAS INDUSTRIAIS E A ABERTURA DE CAPITAL • Resultados preliminares sugerem: • 1. Conhecimento do mercado de capitais é limitado; • 2. Poucas empresas tem a intenção de abrir o capital; • 3. Desvantagens predominam INTENÇÃO DE ABERTURA DE CAPITAL(0 Com certeza não a 10 Com certeza sim) Fonte: Pesquisa FIESP -Centro de Estudos do IBMEC
AS EMPRESAS INDUSTRIAIS E A ABERTURA DE CAPITAL FATORES INFLUENCIADORES PARA A DECISÃO DE NÃO ABERTURA DE CAPITAL – (Empresas de Capital Fechado) (Nota de 0 Nenhuma influência a 10 Extrema influência)
ATRATIVIDADE DE TITULOS PUBLICOS: TAXA ELEVADA, LIQUIDEZ E BAIXO RISCO
INVESTIDORES INSTITUCIONAIS: PREFERENCIA POR TITULOS PUBLICOS PEQUENA PARCELA EM RENDA VARIAVEL E DÍVIDA CORPORATIVA Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
RENDA VARIÁVEL NA CARTEIRA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO: 9% NO BRASIL, 40% NO MUNDO Fonte: Relatório do Grupo PAC-PME
INVESTIDORES ESTRANGEIROS: É A CARTEIRA COM MAIOR PARTICIPAÇÃO DE RENDA VARIÁVEL (57,2%); TITULOS PUBLICOS COM 32% É A SEGUNDA MAIOR PARCELA; APLICAÇÕES EM TITULOS PRIVADOS TRIBUTADAS ATÉ 12/2010 Nota: Emissão de Debêntures de Infraestruturadependem da aprovação de cadaprojetonosrespectivosministérios Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
INVESTIDORES PESSOA FÍSICA: BASE É PEQUENA Investidores em Ações: pessoas físicas : 95MM/1.340MM = 7,1% (i) baixa educação e familiaridade com teoria de portfolio de investimento → menor entendimento de diversificação e não percebem valor em renda fixa; e (ii) propensão a assumir maiores riscos → especulação e negociação ativa; Investidores em Ações: pessoas físicas580 mil/192MM = 0,3% (i) baixa educação e familiarização com mercado de ações; (ii) aversão a maiores riscos; (iii) histórico de alta inflação → maior tendência ao consumo do que poupança; MÉDIA DOS EMERGENTES : Investidores/População: 5%a Fonte: Relatório do Grupo PAC-PME; Centro de Estudos do IBMEC
INVESTIDORES PESSOAS FISICAS: PARTICIPAÇÃO NO MERCADO SECUNDÁRIO • TEM FORTE REDUÇÃO APÓS A CRISE DE 2008