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John Locke Teoria do Conhecimento Gnosiologia

Prof. Fábio Mesquita. John Locke Teoria do Conhecimento Gnosiologia. A Favor do Inatismo – Teorias filosóficas que defenderam o inatismo. Contra o Inatismo – Análise dos objetos e valor à experiência. Platão: Alma Racional e Virtuosa – Nascemos com ideias de virtudes e razão

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John Locke Teoria do Conhecimento Gnosiologia

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Presentation Transcript


  1. Prof. Fábio Mesquita John LockeTeoria do ConhecimentoGnosiologia

  2. A Favor do Inatismo – Teorias filosóficas que defenderam o inatismo Contra o Inatismo – Análise dos objetos e valor à experiência • Platão: Alma Racional e Virtuosa – Nascemos com ideias de virtudes e razão • Santo Agostinho: Alma ligada à Deus – Nascemos com ideias de Deus, fé e razão. • Descartes: Alma ligada ao Cogito. Nascemos com ideias em nossa mente. • Aristóteles: Devemos observar os próprios entes e analisar suas causas. • São Tomás de Aquino: Análise do ente e sua ligação com o Ser. • Filosofia Empírica do século XVII e XVIII: Thomas Hobbes, John Locke, David Hume, Berkeley etc. Correntes Filosóficas

  3. Observe os dois filósofos centrais do quadro. Um é Platão, o mais velho, com barba e cabelos brancos. Note que ele está com o braço levantado e apontando para o céu. Esse ato se refere a dualidade de mundos. Platão aponta para o céu para mencionar o local da verdade, que está em um outro mundo, a saber, no mundo intelegível ou mundo das ideias. Já Aristóteles com um dos braços ele carrega um livro e com o outro ele faz referência a algo que esteja no próprio mundo. Para ele, é analisando os próprios objetos que chegamos a sua essência. É analisando o próprio mundo que chegamos a verdade. Apesar da grande distinção entre Aristóteles e os filósofos empiristas do século XVII e XVIII, podemos observar certos traços de familiariadade naquilo que se refere ao foco de suas análises: o próprio mundo percebido. Rafael, Escola de Atenas Comparação entre Platão e Aristóteles

  4. John Locke Obra central: Ensaio acerca do Entendimento Humano. Demonstra como não existe ideia inata. Nascemos sem nenhuma ideia em nossa mente. Empírismo (Experiência)

  5. Tábula: tábua, caderno, folha, local para escrever. Rasa: limpa, vazia, sem informações. Para Locke, nascemos como uma tábula rasa, sem nenhuma ideia, com as experiências que vamos tendo com o desenvolver da vida é que começamos a formar e criar certas ideias. Tábula Rasa

  6. Imagine que você é um filósofo empirista e terá que descrever as dez primeiras experiências que temos ao nascer. Quais são essas experiências? Que ideias nós poderemos gerar depois? Quais são as primeiras ideias que formamos na nossa vida? Sempre tomando como base o campo da experiência. Quais são as experiências mais marcantes na sua vida? Atividade em Sala e Casa

  7. John Locke enfatizou o lado gnosiológico da origem das idéias e representações. A idéia para Locke, é “tudo que o espírito percebe em si mesmo, e que é objeto imediato de percepção e pensamento.”Portanto, essa noção de idéia foi feita e corresponde com a idéia cartesiana. Não tem a ver com a idéia platônica, que aliás John Locke rebateu por ser contrário ao inatismo. A idéia em John Locke deve ser compreendida como o conteúdo da consciência, o material do conhecimento. Ele foi contra o inatismo presente em Platão e Descartes, e defendeu a teoria de que o conhecimento deriva da prática. Compara a mente a uma tabula rasa, uma folha de papel em branco. O intelecto humano não pode formular idéias do nada, nem o espírito traz em si memórias e conceitos presentes a priori. Para Locke, todos os dados da mente derivam da experiência. A experiência é a fonte e o limite do intelecto. Ideias e experiências

  8. Locke formulou suas críticas ao inatismo, argumentando contra os pensadores platônicos da escola de Cambridge, entre os quais Ralph Cudworth, que sustentava que a idéia da existência de Deus provinha de uma noção inata. Para Cudworth, a teoria empirista que Locke adota, segundo a qual não há nada na mente que não tenha estado antes nos sentidos, deve ser combatida, por ser ateísta. O livro I do Ensaio é dedicado à crítica do inatismo. Locke julga o inatismo uma doutrina de preconceito que leva ao dogmatismo individual. Mostra que há outros modos de se chegar ao consenso universal, que na verdade não existe. Ele dá exemplos de coisas que crianças e deficientes não possuem, como o princípio da identidade, não contradição e fundamentos éticos. Até mesmo a concepção não é inata, pois apresenta diversidade e varia a crença de cada povo. Em alguns , até não existe essa crença. Locke afirma ser absurdo existir certos princípios inatos, mas não se estar consciente disso. Se há algo na alma , há a consciência desse algo. também é assim com os princípios morais. Locke fala que em certos lugares coisas são repreensíveis, e em outros as mesmas coisas são motivo de mérito. Locke também destitui de validade o argumento ontológico para a existência de Deus, da autoria de Santo Anselmo. Para o argumento de que o intelecto pode criar idéias, John Locke responde que ele pode apenas combinar as idéias percebidas pelos sentidos. Mas não pode criá-las, nem tampouco destruí-las. Concluindo, Locke aponta a experiência como a única fonte possível de idéias. A alma trabalha o material percebido depois. Crítica ao inatismo

  9. Locke aponta duas fontes para o conhecimento empírico: ele é derivado da experiência sensível ou da reflexão. As idéias estão no intelecto, e no mundo objetivo existe algo que tem o poder de fazer o intelecto entendê-las como tal. Um corpo tem qualidades primárias, como a extensão, a solidez, a figura. E secundárias como a cor o odor e o sabor. As secundárias são variações das primárias, são subjetivas, parecem como são para os sentidos. As idéias simples forçam uma passividade por parte do sujeito , que pode operar sob diversos modos sob os dados dos sentidos e sob a reflexão, formando assim as idéias complexas. As idéias se conservam depois de percebidas. A memória é necessária para a ação intelectual, pois faz representações. Fontes do conhecimento

  10. A atividade do intelecto produz idéias complexas, dividas em três grupos principais: a) de modo: estado e constituições de coisas e processos, não existem por si mesmas, mas dependem da sensação. Os modos simples tem componentes homogêneos (por exemplo um número) os modos mistos tem componentes heterogêneos (por exemplo muitas sensações que dão idéia de beleza). Exemplos de idéias de modo: a gratidão e o homicídio. b) de substância. Nascem do hábito de ver idéias simples juntas, que são tomadas como uma complexa. Não nos tornamos conscientes sem saber porque nem como isso acontece. Nesse grupo estão a representação de coisas como o homem e de coletividade, o universo. Deus também pertence ao grupo de idéias complexas de substâncias. c) relações- nascem da comparação e confronto entre as idéias que o intelecto percebe. Por exemplo, o conceito de pai, filho, sogro, diferença e semelhança. Ideias complexas

  11. O infinito, para Locke, é um modo simples. Não podemos realmente conceber o infinito. O infinito é a repetição de número, duração e espaço. O infinito portanto não é anterior, a causa última do finito. Na filosofia anterior a Locke, havia a teoria de que a substância constitui a essência das coisas. Essa noção estava em Descartes. Locke observa que a essência não pode ser a substância. Ou melhor, a substância não é conhecida pelos sentidos na sua essência. A identidade, o eu, está fora da substância. Infinito: crítica a descartes

  12. No quarto livro do Ensaio, Locke trata do conhecimento. As idéias são o material do conhecimento, que nasce da percepção delas, e faz conexões, concordâncias, contrastes e discordâncias entre as idéias. A correspondência entre duas idéias é importante para o conhecimento. São de quatro tipos: a) identidade e diversidade . Uma idéia se diferencia da outra. b)relação. A ciência nasce da relação entre idéias diferentes. c)coexistência ou não de um mesmo objeto. Pertence às substâncias. d)existência real. Independente do eu individual que a percebe. A percepção da realidade pode ser feita de dois modos: a) por intuição- é claro e certo, não necessita de prova. Vem da evidência imediata. b) por demonstração- o espírito percebe as diferenças e semelhanças das idéias, mas não de imediato. Procede e se desenvolve por concatenações, associação das intuições. A existência de Deus pode ser demonstrada racionalmente. John Locke usa a prova cosmológica para isso. Sabemos, de forma intuitiva, que algo existe desde a eternidade, pois se não existisse, o início teria de vir de alguma outra coisa. Para John Locke, a certeza que Deus existe é mais absoluta que as impressões dos sentidos. Nesse ponto, ele concorda com Descartes. Ideias: material do conhecimento

  13. John Locke reconhece duas classes de ciências: as reais (naturais e metafísicas) e as idéias (matemática e ética) . A matemática deve trabalhar com modelo próprio. A ética também se refere ao conteúdo que provém da mente humana. Assim, não há liberdade total e Estado juntos. Todo o delito deve ser castigado. CLASSES DE CIÊNCIA

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