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Manuela Pires da Fonseca Unidade de Macroecologia & Conservação Universidade de Évora. Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza Bragança, 14 de Fevereiro de 2004. Macroecologia.
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Manuela Pires da Fonseca Unidade de Macroecologia & Conservação Universidade de Évora Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza Bragança, 14 de Fevereiro de 2004
Macroecologia • Designa-se por Macroecologia a busca de padrões que descrevam a distribuição, a abundância e a riqueza de espécies de fauna e flora, a escalas locais ou globais, assim como o desenvolvimento e verificação de hipóteses que tentam explicar esses mesmos padrões (Lawton 1999) Lawton,J.H. (1999) Are there general laws in ecology? Oikos, 84:177-192
A UMC investiga seis questões fundamentais: 1) Que factores determinam padrões de diversidade e raridade entre as espécies? 2) Que variáveis influenciam a distribuição de espécies a diferentes escalas espaciais? 3) Que factores afectam a distribuição de espécies a diferentes escalas temporais? 4) Que variáveis explicam a presença de determinados agrupamentos de espécies? 5) De que modo as esperadas alterações globais afectarão a distribuição das espécies? 6) Quais as espécies prioritárias para conservação? 7) Onde se situam as principais áreas para conservação da biodiversidade?
Inventariações, Monitorizações, Bases de dados Análises de dados, Teste de hipóteses
Os montados Qual a origem dos montados? São um ecossistema natural, ou um resultado da intervenção humana? Porque varia a biodiversidade entre os montados?
Projecto PAMAF 8151 “Ensaio metodológico para a identificação e monitorização de indicadores de biodiversidade em montados de sobro e azinho ao nível da unidade de gestão” Coordenação: UMC Equipas: CEA, CEABN, ERENA, ICN, UE
Objectivos • Quantificar a contribuição do homem para a estruturação dos montados • Identificar os factores que determinam o ecossistema montado • Investigar a existência de Bioindicadores para os montados do Alentejo • Contextualizar a Biodiversidade dos montados
Área de estudo: • 60 montados • distribuídos por todo o Alentejo
Metodologia • Dados biológicos: plantas, líquenes, carabídeos, lepidópteros, aves • Variáveis explicativas: • Agroeconómicas • Estruturais • Ambientais • Análise estatística: RDA (Análise Canónica de Redundância), GLM
Variáveis agro-ambientais Agricultura: rotações, uso de pesticidas e fertilizantes, etc Pastorícia: espécies, encabeçamento, maneio, etc Silvicultura: podas, limpezas,descortiçamento
Variáveis estruturais Usos do solo (classes de densidade de montado, pastagem, etc) Métricas da paisagem (número de parcelas, orlas, etc)
Variáveis ambientais: Temperatura máx Temperatura mín Amplitude da geada Altitude pH do solo etc nº de dias com temperatura superior a 25ºC
1º objectivo Quantificar a contribuição do homem para a estruturação ecológica do Montado
Variáveis explicativas Covariáveis Variância explicada Significância 1º Eixo p < 0,045 21,7 % - Modelo p < 0,005 13,7 % AMB - - Agro-económicas (AE) N = 20 17,6 % USOS - - 1º Eixo p < 0,260 AMB e USOS 13,0 % Modelo p < 0,035 1ºEixo p < 0,005 22,8% - Modelo p < 0,005 14,9 % AE - - Ambientais (AMB) N = 20 17,5 % USOS - 1ºEixo p < 0,190 12,9 % AE e USOS Modelo p < 0,015 1ºEixo p < 0,110 20,7 % - - Modelo p < 0,030 - - Uso e Estrutura (USOS) N = 20 16,6 % AE - 15,4 % AMB 1º Eixo p < 0,190 AE e AMB 1º Eixo 14,7 % Modelo p < 0,015 USOS + AMB + AE (Global) p < 0.060 - 51,1 % Modelo p < 0.005 RDA parcial
AE** (21,7) AMB** (22,8) 13,0* 4,6 12,9* 3,4 1,9 0,7 Global* 51,1% 14,7* USOS* (20,7) Homem versus Natureza (I)
Aves Aves e Plantas Plantas Homem versus Natureza (II)
2º objectivo Identificar os factores que estruturam o ecossistema montado
Data da 1ª geada Nº de dias geada Latitude Longitude Insolação Altitude Área/perímetro* Pastagem Descortiçamento Caprinos* Sul (sem geadas) Litoral Interior “montanhoso” Sobreiral Caso de estudo: plantas Variáveis: Biplot da RDA, p < 0.001 46.4% da variância explicada
Variáveis: • Data da 1ª geada • Nº de dias geada • Latitude • Longitude • Insolação • Altitude • Montado disperso* • Montado mt disperso* • Pastagem • Descortiçamento • Trabalho no solo* • Pastoreio* Caso de estudo: aves Biplot da RDA, p < 0.001 44.8% da variância explicada
1º e 2º eixo da RDA plantas (var = 30%) 1º eixo 2º eixo
1º e 2º eixo da RDA aves (var = 24%) 1º eixo 2º eixo
3º objectivo Investigar a existência de Bioindicadores para os montados do Alentejo
A riqueza de espécies de plantas não está relacionada com a riqueza de espécies de aves! (Teste de correlação de Spearman Test R=0.063, p=0.96)
Outros caminhos • Uma tipologia para os montados?
Comportamento da vegetação com a latitude Índice de cobertura Latitude Extensão do gradiente: 250 Km
Resposta da vegetação à continentalidade Índice de cobertura Longitude Extensão do gradiente: 150 Km
Bom, mas então e depois? A biodiversidade dos montados é muita... Ou pouca?... Perdemos ou ganhamos se os montados desaparecerem?
A biodiversidade na área de regolfo do Alqueva • Área ocupada: faixa com 50km de comprimento e 25km de largura • Dados biológicos: inventariação de plantas, carabídeos, aranhas, moluscos, répteis, anfíbios, mamíferos e aves • Tipos de uso do solo: montado, olival, eucaliptal, pastagem, matos, linhas de água
Conclusões • 1. Homem e Natureza continuam a ser factores importantes na estruturação dos montados • 2. Plantas respondem melhor ao ambiente; aves respondem ao ambiente e aos usos do solo • 3. É possível agrupar as espécies de acordo com o respectivo comportamento face às variáveis ambientais – hipótese para uma tipologia dos montados • 4. Importância da diversidade de habitats na manutenção da biodiversidade dos montados
Observãções de Linx pardinus Densidade de observ. Análises de vizinhança Conservação aplicada O Projecto Greenbelt um Cordão Verde no Sul de Portugal