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“Caracterização da Assistência ao recém-nascido na Região Metropolitana da Baixada Santista”. Mestrado em Saúde Coletiva Marta Cristina Alvarez Rodrigues Dra Aylene Bousquat. APRESENTAÇÃO. Este trabalho é parte da pesquisa “ Caracterização da
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“Caracterização da Assistência ao recém-nascido na Região Metropolitana da Baixada Santista”. Mestrado em Saúde Coletiva Marta Cristina Alvarez Rodrigues Dra Aylene Bousquat
APRESENTAÇÃO Este trabalho é parte da pesquisa “ Caracterização da mortalidade neonatal e perinatal na Região Metropolitana Da Baixada Santista”, financiado pelo CNPq.
INTRODUÇÃO A Mortalidade Neonatal tem-se figurado como crescente preocupação para a saúde publica no Brasil, pois passou a ser o principal componente da mortalidade infantil.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS,2005), 4 milhões de recém-nascidos morrem nos primeiros 28 dias de vida, onde 75% dos óbitos se concentram na primeira semana e 40% nas primeiras 24 horas. Estabelecendo assim uma relação cada vez mais estreita com a assistência de saúde dispensada a gestante no período pré-parto, parto e ao atendimento ao recém-nascido. (Lansky, 2006)
O cuidado ao recém-nascido logo após o nascimento é de vital importância para sua sobrevivência, pois é nesta fase que ocorrem adaptações fisiológicas em seu sistema corporal. Neste momento acontece uma independência do organismo materno, e o recém-nascido assume suas funções vitais . (Fernandes, 2005; Melleiro, 1998)
Mortalidade neonatal A Mortalidade neonatal é um problema para a saúde pública não só no mundo, no Brasil e para a Região Metropolitana da Baixada Santista, que apresenta um dos piores indicadores se comparado ao Estado de São Paulo.
Mortalidade neonatal no Estado de São Paulo e Região Metropolitana da Baixada Santista no período de 1980 a 2004. FONTE: SEADE 2004
As altas taxas de mortalidade neonatal na Região Metropolitana da Baixada Santista são alarmantes e indicam deficiências na assistência prestada ao recém-nascido, portanto este quadro justificou a realização da presente investigação.
A prática do parto humanizado visando um nascimento saudável O objetivo da assistência ao parto é ter como resultado mãe e recém-nascido saudáveis, com o mínimo de intervenção médica, compatível com a segurança. (D’ Orsi 2005) Uma das metas do Ministério da Saúde é tornar o atendimento a mulher parturiente, humanizado. (Reis 2005)
A prática do parto humanizado... Parto Humanizado significa um tipo de assistência que busca o parto normal, resguardando a posição central da mulher no momento do nascimento, dando-lhe autonomia e respeitando sua dignidade. Promove situações que inibem o mal estar e também reduzem riscos para a mulher e recém-nascido. (Reis 2005)
A Humanização do parto surge de movimentos sociais internacionais buscando priorizar a tecnologia apropriada e a qualidade na interação entre mulher e seus cuidadores, contribuindo para diminuir a morbi-mortalidade materna e perinatal (Diniz 2005)
OBJETIVOS Geral: Caracterizar a assistência neonatal prestada na Região Metropolitana da Baixada Santista Especifico: Identificar práticas de humanização aplicadas no atendimento ao recém-nascido nas maternidades da RMBS.
Estudo transversal exploratório abrangendo 15 hospitais da • RMBS. • As visitas e envio dos questionários ocorreram entre Março e • Maio de 2006. • O Instrumento foi elaborado por pesquisadores e técnicos • da DRS4,baseados nas normatizações do Ministério da Saúde, • tratando-se de um questionário estruturado contendo questões • fechadas e abertas. METODOLOGIA:
Os tópicos abordados foram: Dados sobre a Instituição – Capacidade Institucional – Estrutura física para o atendimento – Recursos humanos – Estrutura para o parto – Para a assistência imediata ao recém- nascido – Manutenção do prédio – Suporte laboratorial – Informações sobre o parto humanizado – Rotinas de normatização da assistência – Entrevista com profissionais – Promoção a educação em Saúde e Treinamento para as equipes
Para avaliação do atendimento humanizado foi criado um escore: Baseado no cumprimento dos dez pontos essenciais no programa de humanização do parto do Ministério da Saúde.
RESULTADOS Os hospitais avaliados foram codificados de 1 a 15.
Hospitais da RMBS avaliados 2006
2. Participação em Fórum sistemático de discussão dos óbitos maternos e neonatais.
3. Total de Partos no ano de 2005, taxa de parto cesárea e percentual de RN com peso menor 2.500g p/hospital.
Estrutura para atendimento Recursos Humanos Todas as unidades relataram a presença do médico obstetra, pediatra e anestesista. Apenas quatro das unidades não informaram a respeito da residência ou especialização médica Em relação a presença do enfermeiro, apenas quatro informaram possuir enfermeiros com especialização em obstetrícia, onze unidades não possuem
4. Presença do enfermeiro obstetra nas maternidades
5. Rotinas, Sistematização da assistência e praticas de parto humanizado Cumprimento de normas de humanização e assistência ao parto e puerpério propostas pelo Ministério da Saúde
6. Escore geral de cumprimento das normas de humanização do parto, de acordo com as unidades avaliadas
7. Escore comparativo entre os serviços publico/privado/filantrópico para o cumprimento das normas de humanização do parto.
8. Escore comparativo entre região pólo e não pólo da RMBS, no cumprimento das normas de Humanização do Parto, segundo o Ministério da Saúde
DISCUSSÃO: • Falta de padronização das condutas obstétricas e rotinas de serviço • Carência de enfermeiros obstetras atuando na área • Desconhecimento dos profissionais da área dos Programas Parto Humanizado • Falta de treinamentos específicos na área para a equipe • Altas taxa de cesárea em média de 48% • Pouca atuação dos profissionais na educação em saúde
No tocante às praticas de humanização verificou-se que 6 unidades foram classificadas como Péssima e 9 como Ruim. Nenhuma unidade foi classificada como Boa ou Ótima. Observou-se que as unidades públicas apresentaram resultados superiores às privadas.
Considerações Finais O quadro encontrado, marcado por falta absoluta de padronização da atenção à gestante e ao RN e pouca adesão às práticas de humanização, contribui na explicação das altas taxas de mortalidade neonatal existentes na região. Embora as deficiências materiais sejam encontradas, estas são pontuais, e necessitariam de investimentos de baixa monta para sua resolução.
A reorganização dos fluxos e processos de trabalho e a capacitação das equipes são, sem dúvida, os maiores desafios que precisam ser enfrentados para a reversão do dramático quadro de mortalidade neonatal na região.
“A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” Próv.4.-18 Obrigada a todos