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O Papel das Universidades na formação de professores. Desafios atuais. As universidades publicas e o compromisso social. Dificuldades em comprometimento das Instituições publicas com a formação dos professores (as) da educação básica.
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O Papel das Universidades na formação de professores. Desafios atuais
As universidades publicas e o compromisso social • Dificuldades em comprometimento das Instituições publicas com a formação dos professores (as) da educação básica. • Dicotomia entre a pesquisa e a pratica social/a pós graduação como a única possibilidade. • Alegações : rebaixamento da formação. • Poucas condições de ensino. • Rebaixamento das pesquisas. • Etapa ideológica parcialmente vencida :recuperação do compromisso com a formação de professores da educação básica. • Universidade Aberta – resistências à educação à distancia, preferencialmente formação inicial presencial – necessidade de ampliação da formação no interior.(dados revelam que a educação à distancia não tem cumprido este papel – principalmente na educação privada)
Concepção de formação. • LDB – formação em nível superior . • Diretrizes curriculares – licenciaturas com integralidade própria – Os bacharelados e as licenciaturas cursos diferentes. • Reformas curriculares internas que buscam manter integrado , principal motivo a pouca procura pelos cursos de licenciatura e contraditoriamente o risco de deixar de existir os bacharelados. • As reformas permitem cursos de curta duração e de rebaixamento da formação do professor, apesar de contraditoriamente ampliarem os conhecimentos obrigatórios :libras, historia e cultura africana e sua influencia na cultura brasileira, educação inclusiva, etc... • A partir de LDB (1996) educação infantil passou a ser entendida como educação- muita coisa mudou desde lá.
Múltiplos fatores ligados a concepção da formação em licenciatura • As politicas educacionais. • Aspectos culturais nacionais, regionais e locais. • Hábitos estruturados. • A naturalização em nossa sociedade da situação critica das aprendizagens das amplas camadas populares. • A forma de estruturação e gestão das escolas. • O nível de escolaridade dos pais e mães dos estudantes e s condições sociais. • As condições gerais de trabalho os docentes, plano de carreira etc. • Concepção de formação inicial e continuada. • E no caso da formação inicial o papel desempenhado pelas instituições de educação superiores ,principalmente as universidades.
Concepção de formação. • resolução 1 de 15/05/2006O diretrizes curricular do curso de pedagogia deixou de ser bacharelado e passou a ser licenciatura. • No entanto no mesmo curso se forma, o professor , o gestor, o coordenador etc..- fim das habilitações.
Crise das licenciaturas. • A desvalorização do professor foi reflexo da implantação do projeto neoliberal. • A desvalorização se deu não só no campo salarial, mas fundamentalmente no que havia sido conquistado em 80 o entendimento do professor como profissional com direitos e com necessidade de formação sólida, contextualizada e com autonomia- como se entende a autonomia da escola. • O professor deixou de ter autonomia –na rede pública – através de um processo cada vez maior de privatização e na rede privada pelo modelo de gerenciamento e também pela intervenção externa comercial na escola.
Crise das licenciaturas. • Apesar das conquistas – muito pequenas ainda ( o piso salarial nacional, o plano de carreira etc. estamos ainda muito longe de retomar a valorização e a auto estima do profissional da educação). • Isto sem contar a visão produtivista que perdura na maioria dos Estados e também na avaliação externa que se quer impor à escola. Que além de outras coisas tem desvalorizado um conjunto de saberes. • A crise das licenciaturas e os contratos temporários tem levado a uma situação na qual o professor não leciona na sua área de formação, isto desvaloriza o fazer profissional. • Além disto , diante dos diferentes problemas enfrentados pela sociedade brasileira e escola reflete suas mazelas, de desprestigio do saber, do consumismo , do utilitarismo, do individualismo , da agressividade. E da falta de infraestrutura e condições de vida básicas.
Crise das licenciaturas. • Chamar as universidades a atuarem na formação dos professores é pouco, é preciso mais que isto. • Assim como não adiantam também os programas de incentivo a formação de professores. • O discurso da qualidade se descolou dos sujeitos que atuam na escola, principalmente dos professores e professoras e das condições nas quais se efetiva o fazer escolar. • A crise das licenciaturas revela a crise da educação brasileira em vários de seus aspectos.
dados • 2001 a 2005 total de 1360 cursos presenciais. • No período as matriculas em pedagogia dobrou – 94% • Outras licenciaturas – 52% • Mas este crescimento foi proporcional porque as matriculas no geral cresceram 37% e em pedagogia 43%. • 63% em Universidades sendo que destas 80% nas universidades privadas. • *GATTI,. Bernardete.A. Formação de professores: características e problemas.IN Ed &Sociedade.,Campinas,v.31, n.113.p 1355 a 1379.outubro- dezembro 2010.
Os dados. • No INEP principal fonte de dados da evolução da educação superior no Brasil, não encontramos dados específicos sobre o comportamento das licenciaturas no Brasil. • Os dados apenas nos revelam o numero de curso de licenciatura e de bacharelado existentes no Brasil por região . • Encontramos os dados da rede publica e da rede privada, mas não encontramos a evolução tanto do numero de formandos e de ingressantes nas modalidades de cursos em separado. • Verifica-se em estudos isolados uma queda do numero de matriculas nas licenciaturas – principalmente em alguns cursos (matemática, e nas chamadas ciências naturais) • A rede privada mantem seus cursos de licenciatura . Isto ocorre pela mensalidade e pelas facilidades com o FIES nesta área de formação.
Superação da crise e valorização das licenciaturas • As universidades publicas e privadas de qualidade possuem um papel fundamental na superação da crise e na valorização das licenciaturas, mas para isto além das pesquisas e dos cursos de formação que proporcionam, devem se integrar na luta pela valorização do magistério, pela dedicação exclusiva e plano de carreira docente . Ou seja, as bandeiras que são consideradas como bandeiras sindicais, são na verdade bandeiras de fortalecimento da educação básica . • A secretaria de educação básica e a CAPES tem colocado a disposição das instituições programas de formação com o objetivo de fortalecer as licenciaturas e colocar as IES a serviço desta tarefa. Mas existem ainda muitos problemas que precisam ser equacionados mesmo considerando todas estas iniciativas.
Prof.ª Dra. Madalena Guasco Peixoto. • Coordenadora Geral da CONTEE. • Professora Titular do Departamento de Fundamentos da Educação da PUCSP.