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ASPECTOS CONTROVERSOS NA INTERPRETAÇÃO CLÍNICA DA ESPIROMETRIA. SBPT FUNÇÃO PULMONAR 2007. MENSAGEM.
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ASPECTOS CONTROVERSOS NA INTERPRETAÇÃO CLÍNICA DA ESPIROMETRIA SBPT FUNÇÃO PULMONAR 2007
MENSAGEM “... em um check-up médico, principalmente em um paciente tabagista, é extremamente útil a realização de espirometria, exame que informa de maneira mais precoce o acometimento pulmonar em doenças freqüentes... este teste teve seus princípios descritos em 1846, sendo portanto mais antigo que a própria radiografia (1895), medida da pressão arterial (1896) e o eletrocardiograma (1903) ... Carta da SBPT a revista Veja (Abril, 2003, não publicada)
ATS/ERS : Standartisation of Lung Function. Eur Respir J 2005, 26 (1,2,3,4,5) ESPIROMETRIA SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
CONTROVÉRSIAS • Nomenclatura • Calibração • Controle de infecção • Interpretação • Broncodilatador
NOMENCLATURA • Tabela “AMB 90” espirometria simples* determinação da mecânica respiratória * curva fluxo-volume com estudo dos fluxos * prova farmacodinâmica * * subitens da tabela
NOMENCLATURA • Termo “Espirometria Simples” – Tabela “AMB 90” desconhecimento dos auditores (“pagar o pedido”) mede somente a CV lenta (escassez de dados ) nãoafere o VEF1 não mostra alças fluxo-volume nãoclassifica um distúrbio ventilatório nãodeve ser realizada de forma isolada SBPT, Boletim, ano VIII (6); 2002 SPPT, Boletim, ano XVIII (23); 2004
NOMENCLATURA • CBHPM 2005 (4a edição) FUNÇÃO RESPIRATÓRIA “prova de função pulmonar ou espirometria” difusão volumes AMB. www.amb.org.br (a partir de setembro de 2005) Pg 125
ATS/ERS, Standardisation of spirometry. Eur Respir J Aug 2005 CHECAR CALIBRAÇÃO • Calibração é o procedimento de estabelecer a relação entre os valores determinados pelos sensores de fluxo ou volume do aparelho, e o sinal atual gerado de fluxo ou volume. • A checagem da calibração é diferente da calibração, sendo o procedimento utilizado para avaliar se o equipamento está dentro dos limites da calibração. É realizada diariamente. • Se um equipamento falha na checagem, é necessária uma nova calibração ou manutenção do aparelho. SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
CASO - FUNÇÃO PULMONAR 1,63m, 46 anos, 68 Kg CVF = 5,81 145% VEF1 = 4,46 136% VEF1/CVF 0,77 Dispnéia , nega fumo, Fem. Limite inferior (CVF) = 3,13 Limite inferior (VEF) = 2,48 Limite inferior (IT) = 0,73 VALORES SUPRANORMAIS? SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
Standardisation of spirometry. Eur Respir J 2005 SERINGA COM VAZAMENTO! • Checar vazamentos (mensalmente) • A seringa deve ser validada anualmente
ATS/ERS, Considerations for LFT. Eur Respir J 2005 Burgos F, Torres A. Eur Respir J 1996 Constatações – Higiene e Infecção • O número documentado de casos de infecção é muito pequeno • Amostras com culturas positivas: 90%(volume) x 13%(fluxo) • Lavar as mãos entre os pacientes e na limpeza do aparelho • Peças bucais, tubos, clipes nasais: esterilizados ou descartados • Idem para qualquer superfície com condensação visível • Equipamentos podem ser danificados durante esterilização SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
ATS/ERS, Considerations for LFT. Eur Respir J 2005 FILTROS • FILTROS: • resistência baixa • proteção do equipamento • proteção do paciente • proteção contra vírus (?) • PROCEDIMENTOS: • troca do filtro • troca do elemento filtrante • esterilização (?) SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
ATS/ERS: Considerations for LFT. Eur Respir J 2005 “Conclusões”- Higiene e Infecção • O uso de filtros é uma área de controvérsia • Se toda a prevenção é seguida, não é obrigatório o filtro • A contaminação é maior nos espirômetros de volume • Não há risco apreciável em imunocompetentes • O risco hipotético maior é em imunossuprimidos • Os diretores de laboratórios, questionados e preocupados sobre a proteção aos técnicos e pacientes, usam filtros, demonstrando a estes que sua proteção é considerada.
TESTES ADEQUADOS Sistema de espirometria(exato, preciso, validado e calibrado) Curvas obtidas (TÉCNICA)1. Aceitáveis 2. Reprodutíveis VALORES DE REFERÊNCIA AVALIAÇÃO CLÍNICA INTERPRETAÇÃO
ASMA? Cortesia: Dr. Luis Medici, 2005
DIAGNÓSTICO DA “ASMA” CARCINÓIDE ADENÓIDE CÍSTICO TRAQUEAL Cortesia: Dr. Luis Medici, 2005
DIAGNÓSTICO DA ASMA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Cortesia: Dr. Paul Enright, 2004
MENSAGEM “...a espirometria é indicada na avaliação inicial e no controle de tratamento da asma, e também para monitorar o tratamento, evitando nossa ida aos tribunais; assim, mande soprar para sua defesa!” Petty TL Chest 2002;122
INTERPRETAÇÃO • CV(F) • VEF1 • FEF25-75% • PFE • Curva fluxo-volume • VEF1/CV (F) (%) • FEF25-75%/CV (F) (%) FEF25-75%/CVF adiciona sensibilidade para detecção de obstrução ao fluxo aéreo
ATS/ERS Standardisation of spirometry. Eur Respir J 2005 INTERPRETAÇÃO - LAUDO • Normal • Distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO) • Distúrbio ventilatório restritivo (DVR) • Distúrbio ventilatório combinado (DVC) • DVO com CV(F) reduzida • Distúrbio ventilatório inespecífico (DVI) SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
ATS/ERS Standardisation of spirometry. Eur Respir J 2005 CASO - FUNÇÃO PULMONAR 1,60m, 68 anos, 73 Kg CVF = 2,10 74% VEF1 = 1,52 69% VEF1/CVF 0,72 50 maços/ano, Dispnéia, Fem. Limite inferior (CVF) = 2,29 Limite inferior (VEF) = 1,76 Limite inferior (IT) = 0,70 CV = 2,51 88% VEF1/CV 0,60 DVO SOMENTE DETECTADO POR VEF1/CV SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
CV (LENTA) É IMPORTANTE! CI VRI CV CPT VAC VRE CRF VR Manobra de obtenção da Capacidade Vital Lenta. O nível de volume endoexpiratório corresponde a linha de base expiratória do volume corrente.
ATS/ERS Standardisation of spirometry. Eur Respir J 2005 DISTÚRBIO OBSTRUTIVO • Redução desproporcional de fluxos em relação ao volume pulmonar • VEF1/ CV(F) < LI e VEF1 < LI: • São os índices mais usados e padronizados para o diagnóstico de DVO • VEF1/ CV(F) < LI e VEF1 normal, em sintomático respiratório • Razão VEF1/CV(F) limítrofe e o achado de FEF2575%/CVF < LI SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
DISTÚRBIO OBSTRUTIVO 1,60m, 65 Kg, chiado CV = 2,24 74% CVF = 2,23 73% VEF1 = 1.32 54% VEF1/CVF 0,63 VEF1/CV 0,59 CV Bd = 2,85 94% CVF Bd = 2,72 89% VEF1 Bd = 1,91 78 % DVO COM CVF BASAL REDUZIDA - ASMA
ATS/ERS Standardisation of spirometry. Eur Respir J 2005 DVO = VEF1/CVF < 0,70 : NEM SEMPRE! G.O.L.D. Falso Negativo VEF1/CVF Falso positivo LIMITE IDADE VEF1/CVF LIMITE INFERIOR DE REFERÊNCIA
ATS/ERS Standardisation of spirometry. Eur Respir J 2005 DISTÚRBIO RESTRITIVO • A redução na CPT é o achado definitivo para o diagnóstico de DVR • A redução na CVF e CVL sugere restrição se: • História clínica positiva para doença pulmonar fibrosante ou • FEF25-75%/CVF > 150% ou • CVF 50% do previsto SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
DISTÚRBIO RESTRITIVO Pneumonia por Amiodarona CVF=2,04 (77%) VEF1=1,60 (81%) VEF/CVF=78% DISTÚRBIO VENTILATÓRIO RESTRITIVO Gulmini L, Pereira CAC. SBPT, J Pneumol 2001
DISTÚRBIO RESTRITIVO Pneumonia por Amiodarona, 45 dias após interrupção CVF=2,21 (84%) VEF1=1,66 (84%) VEF/CVF=75% NORMALIZAÇÃO FUNCIONAL Gulmini L, Pereira CAC. SBPT, J Pneumol 2001
DISTÚRBIO INESPECÍFICO • Redução proporcional de CV(F) e VEF1; IT normal e: • CPT NORMALou (na faltade CPT) os abaixo: • ausência de sinais de doença restritiva; • CV(F) > 50% do previsto; • Ausência de normalização na CV(F) após Bd; • FEF25-75%/CVF < 150%; • Difusão normal (se disponível ) SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002 Hyatt RE et al. Interpretation of PFT. 1997; 2003(2nd)
DISTÚRBIO INESPECÍFICO 26 anos, 1,70m, 72 Kg, nega tabagismo CV = 3,56 73% CVF = 3,56 73% VEF1 = 3,05 73% VEF1/CVF 0,86 VEF1/CV 0,86 FEF/CVF 1,06 CPT NORMAL Sem normalização na CV e CVF após Bd SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
CAUSAS DE DVI • 1/3: Asma + obesidade; Asma; Obesidade • 1/3: Infiltrado parenquimatoso tênue (“restrição incipiente?”) • 1/3: Variante da normalidade (?) Hyatt RE et al. Interpretation of PFT. 1997; 2003(2nd)
DISTÚRBIO COMBINADO • A redução de ambas, CV(F) e da razão VEF1/CV(F) • Se houver dado clínico de doença restritiva e CVF(%) - VEF1(%) 12% considerar distúrbio misto • Pode ser interpretada apenas como “DVO com CVF reduzida” • O ideal é medir a CPT
Masculino, 44 anos, tabagista (50 maços-ano), tuberculose residual DVC
VEF6 E VEF1/VEF6 (?) Bom substituto para a CVF, e útil no diagnóstico de DVO e DVR. Swanney et al – Am J Respir Crit Care 2000; 162 Vandevoorde J et al. Chest 2005; 127
SINTOMA: DISPNÉIA 1,80m, 102 Kg, 29 anos CVF 5,10 95% VEF1 4,24 93% VEF1/CVF 0,80 CV 5,10 95% Nega tabagismo, masc. Limite inferior (CVF) = 4,52 Limite inferior (VEF) = 3,76 Limite inferior (IT) = 0,77 NORMAL ? VEF1Bd 4,83 106% DVO SOMENTE DETECTADO APÓS BD SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002
DISPNÉIA, PRÉ-OP BARIÁTRICA 42anos 1,75m, 200 Kg CVF 3,66 76% VEF1 3,13 79% VEF1/CVF 0,86 CV 3,69 77% Nega tabagismo, masc. Limite inferior (CVF) = 3,96 Limite inferior (VEF) = 3,16 Limite inferior (IT) = 0,74 CVFBd 4,19 87% VEF1Bd 3,48 88% DVI (R)? Bd DVO
BRONCODILATADOR “Quando um paciente é submetido a um exame de função pulmonar pela primeira vez, é altamente recomendável a realização da espirometria antes e após a administração de broncodilatador” Hyatt RE, Scanlon PD, Nakamura M 1997
RESPOSTA AO BD BRONCODILATADOR • Melhora clínica no exercício, sem melhora no VEF1 • Queda de VR (redução da hiperinsuflação) • Aumento de CV e/ou CI • Wolkove N et al. Chest 1989 • Hay et al. Eur Respir J 1992 • Guyatt GH et al. Am Rev Respir Dis 1987 • O`Donnell DE et al. Chest 1992 • Bellamy D et al. Br J Dis Chest 1981
RESPOSTA AO BD • Curva expiratória forçada: • VEF1: 200 ml e/ou 7% do previsto (fluxo) • CVF: 350 ml (volume) • Curva expiratória lenta: • CV: 400 ml e/ou 15% do inicial (volume) • CI: 300 ml e/ou 15% do inicial (volume) SBPT, Diretrizes para Função Pulmonar. J Pneumol 2002 Bussamra MH et al, Chest 2005 Tavares FMB et al. J Pneumol 2005