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OSTEOMIELITE E ARTRITE SÉPTICA. Bernardo S. Francio Camila G. Mendes Camila M. Pucci Isabelle D. Cunningham. OSTEOMIELITE - DEFINIÇÃO. Infecção óssea que compromete cortical, a esponjosa e o canal medular. Causada por bactérias piogênicas e micobactérias. OSTEOMIELITE - FISIOPATOLOGIA.
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OSTEOMIELITE E ARTRITE SÉPTICA Bernardo S. Francio Camila G. Mendes Camila M. Pucci Isabelle D. Cunningham
OSTEOMIELITE - DEFINIÇÃO • Infecção óssea que compromete cortical, a esponjosa e o canal medular. • Causada por bactérias piogênicas e micobactérias. Page 2
OSTEOMIELITE - FISIOPATOLOGIA • Geralmente tem início na metáfise, devido a maior vascularização. • Formas de infecção: penetração dos microorganismos por: • Disseminação hematogênica. • Propagação a partir de foco contíguo de infecção. • Ferida penetrante. • Facilitadores de infecção: • Traumatismos. • Isquemia. • Corpos estranhos. Na figura, osteomielite de Rádio distal Page 3
OSTEOMIELITE - FISIOPATOLOGIA • Fagócitos: causam lise óssea ao tentar defender o organismo. • Atuação das bactérias: • Aderem ao osso lesionado. • Penetram nos osteoblastos. • Revestem-se com uma película protetora de polissacarídeos. • Pus: • Espalha-se pelos canais vasculares, elevando a pressão intra-óssea e comprometendo o fluxo sanguíneo. • Ao romper o córtex, forma abscessos abaixo do periósteo. • O periósteo elevado deposita osso novo (“Invólucro”) em vollta do sequestro. • Seqüestro: grandes fragmentos sem vascularização causados pela necrose isquêmica. Page 4
FISIOPATOLOGIA Page 5
OSTEOMIELITE – ACHADOS HISTOLÓGICOS • Os principais são: • Microoganismos. • Infiltrados de neutrófilos. • Vasos sanguíneos congestos ou trombosados. Na figura, TC de osteomielite crônica mostrando engrossamento cortical proximal do úmero. Page 6
ETIOLOGIA • 3 a 4 X mais comum no sexo masculino • Fatores locais que estimulam infecção em crianças: baixa quantidade de fagócitos nas metáfises e as cartilagens de crescimento serem avasculares. • Fatores predisponentes: • Desnutrição • Doenças consutivas • Imunodeprimidos • Condições e hábitos de vida • Presença de focos de infecção Page 7
ETIOLOGIA • Principais bactérias: • Staphylococcus aureus • Estreptococcus do grupo B • Enterococos • Pneumococos • Gonococos Page 8
CLASSIFICAÇÃO • Pelo tempo de evolução: • Aguda: 48 a 72 horas • Sub-aguda: 3 a 10 dias • Crônica: mais de10 dias • Pelo mecanismo de infecção: • Exógeno: fraturas expostas, iatrogênicas, infecção vizinha, corpos estranhos • Endógena: bacteremia Page 9
CLASSIFICAÇÃO • Abscesso ósseo ou de Brodie: • Englobamento do foco inicial • Bactérias ficam contidas no local assim formam o abscesso. • Osteomielite pós-traumática: • Mais comum em adultos • Decorre da contaminação direta com a pele, por ferimentos ou fratura exposta. Page 10
CLASSIFICAÇÃO OSTEOMIELITE CRÔNICA: • Geralmente iatrogênica, por diagnóstico tardio ou incorreto. • Pus invade os canais de Volkmann , o canal medular e expande-se subperiostealmente. • Surge o sequestro ósseo. • Ocorre a formação do sarcófago: neoformação óssea em torno da infecção. • Pode haver fístulas entre o osso e a pele, drenando material purulento e/ou fragmentos de osso necrótico. Page 11
CLASSIFICAÇÃO • OSTEOMIELITE CRÔNICA Page 12
DIAGNÓSTICO • Clínico • Laboratorial • Imagem • CLÍNICA: • Dor • Edema • Hiperemia • Claudicação até impotência funcional • Febre • Vômitos • Comprometimento do estado geral Page 13
DIAGNÓSTICO • LABORATORIAL • Hemograma: leucocitose, desvio à esquerda; posteriormente baixa hemoglobina e anemia. • Velocidade de hemossedimentação (VHS) elevada . • Proteína C reativa (PCR) elevada. • Hemocultura. • Cultura e antibiograma para confirmação do agente etiológico. • Rx. • Cintilografia óssea. • Tomografia computadorizada. Page 14
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA • Forma mais comum de infecção óssea. • Infecção do osso através de disseminação sanguínea. • O Staphylococus aureus responde por 50% dos casos. • Propagação rápida, com extensa destruição óssea e tendência à cronificação. • De fácil diagnóstico e potencialmente curável em fase inicial. • Se não tratada, pode evoluir para osteomielite crônica (“iatrogenia”). Page 15
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA • Pacientes mais afetados: • Crianças: extremidades de ossos longos. • Adultos de mais idade. • Usuários de drogas injetáveis: região da coluna vertebral (mais comum). • Locais mais comuns: • Tíbia. • Fêmur. • Úmero. • Corpos vertebrais. Page 16
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA • Local mais comum no osso: metáfise de ossos em crescimento (crianças), que é bem perfundida. • Fenestrações vasculares da circulação capilar terminal: permitem o escape das bactérias para o espaço extravascular • Infecção pode disseminar para a epífise e espaço intracapsular, principalmente em articulações com fise intra-articular. Restrição: disco epifísário cartilaginoso hialino. Page 17
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA • Reação inflamatória local/edema. • Aumento de pressão intra-óssea em função da reação inflamatória = isquemia e (posteriormente) necrose. • Abscesso intra-ósseo. • Juntamente com a infecção: • Início dos mecanismos de defesa. • Chegada de PMN. • Ainda não há necrose – fase de 48 horas. • ATB efetivo. Page 18
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA • Isquemia --- necrose --- formação de abscesso (pus). • Pus penetra pelos canais de Havers e Volkman da região metafisária, seguindo para o canal medular e para a região sub-perióstea. Page 19
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA • Pus se estabelece. • Descola o periósteo. • Causa mais necrose. • Invade partes moles. • Fístula. • Drenagem de material purulento ou de osso necrótico. • Já é crônica. Page 20
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA • DIAGNÓSTICO • Deve ser precoce para início de ATB (antes da necrose óssea). • A imagem radiológica é tardia, portanto... • Rx simples, no início da infecção, revela: • Tumefação dos tecidos moles, apenas. • Rx simples, após 10 dias da infecção, revela: • Reação do periósteo. • Osso subperiosteal. • Duplo contorno periosteal. • Rx simples, após 2-6 semanas da infecção, revela: • Lesões líticas. • Perda de 50-75% da densidade óssea. • Necrose óssea. Page 21
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA • TRATAMENTO • Na infância: • 4-6 semanas com ATB: normalmente bem-sucedido + imobilização. • Cirurgia: indicada em casos de abscessos intra-ósseos ou subperiósteos ou em infecções não tratadas em até 72 horas. • No adulto: • Cirurgia: normalmente, debridamento cirúrgico. • PS: • Cirurgia para drenar é essencial na fase aguda e para debridar material necrótico na fase crônica. • Após cirurgia, manter ATB por até 45 dias, ou até normalizar a VHS e a PCR. Page 22
OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA • TRATAMENTO • Iniciar imediatamente após coleta de material. • Staphylococus aureus (resistente á penicilina, sensível à meticilina): oxacilina 150mg/Kg – 4-6 doses diárias. • Staphylococus aureus (sensível à penicilina): cefazolina 100mg/kg/dia EV. • Staphylococus aureus (resistente à meticilina): vancomicina (1g/dose x2). • Estreptococos: penicilina. • Bacilos aeróbios gram-negativos: ampicilina. • Pseudomonas aeruginosa: levo ou ciprofloxacino (750mg/dose x1 e x2). • Bactérias anaeróbias: ampicilina + sulbactam. Page 23
ARTRITE SÉPTICA – DEFINIÇÃO • Também chamada de Artrite Infecciosa. • Infecção purulenta de articulações. • Causa: bactérias piogênicas. • Comprometimentos: • Destruição das cartilagens articulares. • Luxação ou subluxação. • Destruição da epífise e linha epifisária. • Derrame purulento na cápsula articular. Page 24
Epidemiologia • É mais comum na primeira década de vida • Nos recém-nascidos e lactentes a articulação do quadril é a mais acometida. • Nas crianças pré-escolares e escolares a articulação do joelho é a mais acometida. • Com relação aos pacientes adultos, acomete mais aqueles com: • doenças sistêmicas • doenças que acometem a imunidade • Focos infecciosos a distância quem podem induzir a bacteremias recorrentes e predispor a infecção articular • Maior prevalência em homens Page 25
ARTRITE SÉPTICA – Etiopatogenia • Causadores mais comuns: • Staphylococcus aureus. • Estreptococos do Grupo B. • Neisseria gonorrhoeae. • Haemophilus influenzae • Micobactérias. • Pseudomonas aeruginosa • Espiroquetas. • Fungos. • Vírus. Page 26
Fisiopatologia • Vias mais comuns de doença: • Hematogênica de foco à distância. • Inóculo articular direto. • Inóculo por drenagem de osteomielite aguda hematogênica • Dentro da articulação a bactéria encontra no liquido sinovial e na cavidade articular um excelente meio de cultura causando aumento na produção do fluido sinovial e diminuição de sua viscosidade. • Bactéria localiza-se na membrana sinovial e gera uma reação inflamatória. Page 27
ARTRITE SÉPTICA – FISIOPATOLOGIA • Como as bactérias penetram na articulação: • A partir da corrente sanguínea (hematogênica). • A partir de local contíguo de infecção no osso ou em tecidos moles. • Por inoculação direta (durante cirurgia, injeção mordida de animal, traumatismo). • Destruição da cartilagem hialina por condrólise química. • Inicialmente há perda da matriz cartilaginosa, seguida de perda de colágeno cartilaginoso. • Enzimas proteolíticas promovem erosões na superfície articular, que se desprendem para dentro da articulação em forma de pequenos grumos. Page 28
Fisiopatologia • Aumento da pressão intra-articular • Isquemia da membrana sinovial e ,conseqüente , diminuição da irrigação sanguínea, com menos suprimento nutricional para cartilagem hialina. • Pode haver isquemia da epífise com conseqüente necrose epifisária. • Articulação escápuloumeral e coxofemoral são suscetíveis a necrose, pois a cápsula articular na qual estão as artérias que nutrem as epífises se prolonga até a região metafisária. • Distensão por aumento de líquido intra-articular pode levar a uma luxação ou sublixação. Page 29
ARTRITE SÉPTICA – QUADRO CLÍNICO • Na infecção aguda, acomete-se normalmente uma ou poucas articulações (mono ou oligoartrite) – 90% dos casos. • Normalmente acomete o joelho. • Achados clínicos: • Dor articular rapidamente progressiva. • Edema e calor local. • Rubor local. • Febre. • Mal estar • Calafrios • Recusa em usar ou deixar examinar o membro acometido • Impotência funcional e imobilidade. • História de trauma antecedendo o inicio dos sintomas é comum. Page 31
Quadro Clinico • Sinais clássicos de infecção podem estar ausente. • Peltola e Vah vanem reportam que apenas 24% apresentam temperatura acima de 37,5 graus Celsius. • No recém-nascido: • Irritabilidade intensa • Aumento do volume articular • Febre ou febrícula • Imaturos ou de baixo peso podem ter infecção óssea e articular multifocal com achados clínicos mal definidos e frustos. Page 32
Quadro Clínico • De acordo com o artigo “Septic arthritis in adults” dos autores Don L Goldenberg e Daniel J Sexton publicado em dezembro de 2009 e realizado • O joelho está envolvido em mais de 50% dos casos, mas pulsos, tornozelos e quadril também podem estar envolvidos. • Infecções da sínfise púbica é incomum, em uma revisão de 100 casos, quartro fatores foram identificados: Paciente feminina que passou por cirurgia de incontinência urinaria( 24%), atletas (19%), malignidade pélvica ( 17%), ou uso de drogas injetáveis( 15%). • Apenas 20% das infecções são poliarticulares, usualmente envolvendo 2 a 3 articulações.São mais provaveis de acontecer em pacientes com artrite reumatóide • Dores na articulção, calor e movimento restrito são relatados pela maioria dos pacientes.( 85 a 78%). • Pacientes mais velhos podem se mostrar afebris. • Usuários de drogas injetáveis tem predisposição para desenvolver artrite reumatóide principalmente nas articulações esternoclavicular e esternomanubrial. Page 33
ARTRITE SÉPTICA - DIAGNÓSTICO • Punção Articular: deve ser realizada se houver suspeita clínica, com análise do líquido sinovial aspirado. - bacterioscopia: coloração de Gram (sensibilidade 29-50%) - cultura: o Staphylococcus aureus é a bactéria mais encontrada; pode ser negativa em pacientes que receberam ATB recentemente ou em algumas infecções por Streptococcus ou Micoplasma. - citologia: leucócitos (50 a 100 mil/mm3), especialmente PMN. - bioquímica: glicose 50mg/dL < que a glicemia. - antibiograma GOLDENBERG, DL. SEXTON, DJ. Septic arthritis in adults. UpToDate, 2010. Page 34
ARTRITE SÉPTICA - DIAGNÓSTICO • Hemograma: alterações de infecção aguda - leucocitose e desvio à esquerda - VHS: pode não ser compatível com a gravidade da infecção *estudo de Unkila-Kalio com 44 pacientes pediátricos relatou aumento do VHS em 92% dos casos, com volta à normalidade em 3 semanas. - PCR: é mais sensível para diagnóstico e controle evolutivo (aumenta nas primeiras 24 a 48h do processo infeccioso e decresce rapidamente quando cessada a infecção) *O mesmo estudo mostrou PCR aumentada em 98% dos casos e normalização uma semana após a cura da infecção. Page 35
ARTRITE SÉPTICA - DIAGNÓSTICO • Radiografia: - infiltração e edema de partes moles; - espessamento capsular e aumento do espaço articular; - subluxação ou luxação articular; - quebra do arco de Shenton (na articulação do quadril); - Rx tardios (1 a 2s.) mostram osteopenia na área subcondral ou sinais de osteomielite concomitante. Page 36
ARTRITE SÉPTICA - DIAGNÓSTICO • Ultrassonografia: - coleção líquida intra-articular (fase precoce) DD com osteomielite - hipertrofia da membrana sinovial + espessamento capsular DD com sinovite transitória (DORR et al.) • Cintilografia: - precoce, alta sensibilidade e baixa especificidade - útil para localizar o processo infeccioso nas infecções de pelve • Ressonância Magnética: - edema e abcessos intra-ósseos - coleção líquida intra-articular - DD com neoplasias do esqueleto - investigação dos pacientes que já receberam tratamento parcial Page 37
ARTRITE SÉPTICA - DIAGNÓSTICO Page 38
ARTRITE SÉPTICA – DIAG. DIFERENCIAL • Gota e Pseudo-gota: QC pode ser semelhante, incluindo monoartrite com calafrios, febre alta e leucocitose. O diagnóstico é feito a partir da análise do líquido sinovial, que demonstrará os cristais de urato ou pirofosfato. Presença de tofo, envolvimento da 1ª articulação metatarso-falangeana e artrite prévia sugerem estas afecções. Por envolver joelho e punho a pseudo-gota pode ser de mais difícil diferenciação. • Artrite Reativa: doenças inflamatórias articulares crônicas, pode apresentar episódios agudos de edema articular que simulam a AS. Geralmente há sintomas gastrointestinais e genitourinários recentes, conjuntivite e lesões de pele e mucosas. • Doença de Lyme: pode se apresentar como uma monoartrite aguda, que aparece meses após o rash, a febre e as artralgias migratórias caracterísicas. Investigar exposição a áreas endêmicas. Western Blot pode confirmar a presença de IgG contra a Borrelia burgdorferi. GOLDENBERG, DL. SEXTON, DJ. SEPTIC ARTHRITIS IN ADULTS. UpToDate, 2010. Page 39
ARTRITE SÉPTICA – DIAG. DIFERENCIAL • Artrite Reumatóide: apesar de tipicamente ser uma poliartrite simétrica crônica, exacerbações agudas ou subagudas em uma ou algumas articulações são comuns. Pode inclusive apresentar um quadro de “pseudo-artrite séptica” com febre e leucocitose sinovial. Coloração de Gram e cultura do líquido sinovial são essenciais. Além disso, a dosagem de glicose sinovial nesse caso é idêntica à glicemia. • Osteomielite aguda: pode apresentar derrame estéril simpático na articulação adjacente, no entanto a dor mais intensa é a região metafisária. Punção óssea metáfisária seguida de punção articular são úteis. • Artrite por fungos e micobactérias: importante no HIV + • Artrite por Micoplasma: em pacientes com hipogamaglobulinemia • Artrite gonocócica • Artrite pós-traumática GOLDENBERG, DL. SEXTON, DJ. SEPTIC ARTHRITIS IN ADULTS. UpToDate, 2010. Page 40
ARTRITE SÉPTICA - TRATAMENTO • Drenagem: limpeza articular (aspiração), lavagem abundante, remoção dos grumos, descompressão articular. - Agulha grossa: em articulações periféricas repetidamente - Artroscopia: melhor limpeza, irrigação e visualização da articulação; para joelho, ombro, punhos. *estudo multicêntrico de 46 casos de AS de joelho tratadas com artroscopia revelou taxa de 78% de cura. - Artrotomia (abertura cirúrgica): em geral, mais eficaz. Gold Standart para infecções de quadril. *estudo retrospectivo com 6 pacientes com AS de quadril mostrou que o tratamento artroscópico com irrigação abundante foi efetivo. • Nas AS de quadril, além da drenagem, é rotina a perfuração com broca na região metafisária proximal do fêmur para drenar eventual osteomielite (drenagem óssea profilática) GOLDENBERG, DL. SEXTON, DJ. Septic arthritis in adults. UpToDate, 2010. Page 41
ARTRITE SÉPTICA - TRATAMENTO Page 42
ARTRITE SÉPTICA - TRATAMENTO • Após a drenagem pode-se manter a ferida aberta para drenagem espontânea. • Após 24h se efetua nova drenagem cirúrgica e colocação de dreno de sucção sob irrigação de solução salina pura para drenagem contínua por 24 a 48h, de acordo com o aspecto do líquido e resultado da cultura. • Após 48h o cateter deve ser retirado, pois seu índice de contaminação é elevado. • Antibioticoterapia: deve ser iniciada imediatamente após a drenagem articular, mesmo antes dos resultados de cultura e antibiograma. Tempo de uso variável, girando em torno de 3 semanas. - RN: penicilina semi-sintética + aminoglicosídeo - 1 mes a 5 anos: cefalosporina 2ª geração (cefuroxima) - após 5 anos: penicilinas semi-sintéticas ou cefalosporina 1ª geração GOLDENBERG, DL. SEXTON, DJ. Septic arthritis in adults. UpToDate, 2010. Page 43
ARTRITE SÉPTICA – COMPLICAÇÕES • ICC • Pneumonia • Pericardite séptica • Encurtamentos e desvios angulares (destruição da linha epifisária) • Alongamentos (estimulação da linha epifisária por hiperemia local) • Fraturas/luxações patológicas • Necrose avascular da cabeça Page 44
REFERÊNCIAS COHEN, Moisés. Tratado de Ortopedia. 1ª ed. 2007. São Paulo. Editora: Roca Ltda. FAUCI. A.S. et al. Harrison – Medicina Interna. 17. ed. Vol. II. São Paulo: McGraw-Hill, 2009. GOLDENBERG, D.L. Septic Arthritis in Adults. CUNHA, L.A.M; OLIVEIRA FILHO, O.B.A; OHARA, S.A.Y. Osteomielite Hematogênica Aguda. 2007. Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/7_volume/36-Osteomieli.Hematogenica.pdf http://www.uptodate.com/online/content/topic.do?topicKey=skin_inf/7197&selectedTitle=1%7E150&source=search_result#H9. Page 45