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Custeio, Precificação e Orçamento de Serviços

Custeio, Precificação e Orçamento de Serviços. FACILITADOR: Luis Paulo Guimarães Mestre em Controladoria e Contabilidade FEA/USP Professor Assistente – Departamento de Ciências Contábeis/UFBA.

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Custeio, Precificação e Orçamento de Serviços

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  1. Custeio, Precificação e Orçamento de Serviços FACILITADOR: Luis Paulo Guimarães Mestre em Controladoria e Contabilidade FEA/USP Professor Assistente – Departamento de Ciências Contábeis/UFBA

  2. Considera-se que o setor de serviços inclui todas as atividades econômicas cujo resultado não é um produto físico, que geralmente é consumido na época da produção e que apresenta valor adicionado em formas que são essencialmente intangíveis para o consumidor.

  3. Para Kotler (1996), serviço é qualquer atividade ou benefício que uma parte possa oferecer à outra que seja essencialmente intangível e que não resulte em propriedade de alguma coisa. Sua produção pode ou não estar ligada a um produto físico.

  4. Com isso, gerir serviços torna-se tarefa diferente de gerir a produção de bens. Mas, mais importante do que reconhecer esta diferença é compreender quais são as características especiais das operações de serviços em relação ao produto. Essas características são identificadas como:

  5. Intangibilidade: Os serviços, de acordo com Gianesi e Corrêa (1994), são experiências que o cliente vivencia enquanto que os produtos são coisas que podem ser possuídas. • Necessidade da presença do cliente: É o cliente que inicia o serviço através de sua solicitação, dizendo o que quer, para quando quer e como quer. • Produção e consumo simultâneos de serviços: Geralmente, não há uma etapa entre a produção de um serviço e seu consumo por parte do cliente. Os serviços são criados e consumidos simultaneamente e, portanto, não podem ser estocados.

  6. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO Núcleo de Pós-Graduação em Administração – NPGA Programa de Capacitação Profissional Avançada – CPA Custos ... afinal, o que é isto?

  7. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO Núcleo de Pós-Graduação em Administração – NPGA Programa de Capacitação Profissional Avançada – CPA Definição de Custos • Custo costuma ser definido como um recurso sacrificado ou que se abre mão para um determinado fim. • Contudo, custo é mais comumente entendido como “quantias monetárias que devem ser pagas na obtenção de mercadorias ou serviços

  8. PARA QUE SERVEM AS INFORMAÇÕES DE CUSTOS? • Determinação do lucro. • Controle das operações. • Tomada de decisões.

  9. Por que estudar os Custos? Atender necessidades gerenciais de três tipos: • informações sobre a rentabilidade e desempenho de diversas atividades da entidade; • auxílio no planejamento, controle e desenvolvimento das operações; • informações para a tomada de decisões.

  10. COMEÇANDO A ENTEDER OS CUSTOS NAS ORGANIZAÇÕES !

  11. Terminologia contábil Algumas das terminologias mais usuais: • Gastos: sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer; • Investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos; • Custos: gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços; • Despesas: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas; • Desembolso: pagamento do bem ou serviço; • Perda: bem ou serviço consumido de forma anormal.

  12. Demonstrativo de Resultado do Exercício Balanço Patrimonial Produtos ou Serviços Elaborados Custos Despesas Consumo associado à elaboração do produto ou serviço Consumo associado ao período Investimentos Gastos Diferença entre Custos e Despesas

  13. Balanço Patrimonial Custos Diretos Indiretos Demonstrativo de Resultado do Exercício (+) Receitas Estoques Materiais Diretos Produtos em Elaboração Produtos Acabados (-) Custos do DRE CMV CPV CSP (-) Despesas (=) Resultado Fluxo dos Custos

  14. CUSTO, DESPESAS, PREÇOS E LUCROS EQUAÇÃO GENÉRICA DO RESULTADO: L = R – C – D Onde: L = lucro R = Receita C = Custos D = Despesa

  15. Classificação dos Custos MD Materiais Diretos Matéria-Prima Embalagem MOD Mão-de-Obra Direta Mensurada e identifi- cada de forma direta CIF Custos associados indiretamente à prestação do serviço DESPESAS Gastos não associados à prestação do serviço Custo primário ou direto Custo total custo integral (Custeio para Precificação)

  16. Valor Valor $ $ Quantidade Quantidade Produzida Produzida Custos Fixos Custos Variáveis Valor Valor $ $ Quantidade Quantidade Produzida Produzida Custos Semivariáveis Custos Semifixos PADRÃO DE COMPORTAMENTO DE CUSTOSClassificações em relação ao Volume de Produção • Fixos • Variáveis • Semifixos • Semivariáveis

  17. Elementos de Custos CS = MD + MOD + GG ONDE: CS = custo do serviço MD = Materiais Diretos MOD = Mão-de-Obra Direta GG = Gastos Gerais ou Custos Indiretos

  18. Material Direto

  19. Material Direto O material direto, ou, simplesmente, MD, é o material utilizado no processo de prestação de serviço e que possa ser diretamente associado ao serviço.

  20. Três problemas básicos de MD • a) avaliação: qual o montante a atribuir quando várias unidades são compradas por preços diferentes. • b) controle: como distribuir as funções de compra, pedido, recepção e uso, como organizar o controle, como inspecionar para verificar o efetivo consumo; • c) programação: quanto comprar, como comprar, fixação de lotes econômicos de aquisição, definição de estoques mínimos de segurança etc.

  21. O QUE INTEGRA O CUSTO DOS MATERIAIS? REGRA GERAL: todos os gastos incorridos para colocação do material em condição de uso ou em condição de venda.

  22. Avaliação de MD • Sistema de inventário periódico: quando a empresa não mantém um controle contínuo dos estoques. • Consumo de material direto = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final • Sistema de inventário permanente: existe o controle contínuo da movimentação do estoque.

  23. Critérios de avaliação de MD (Inventário Permanente) • UEPS: último a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, Last In, First Out (LIFO). (legislação fiscal brasileira não permite). • PEPS: primeiro a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, First In, First Out (FIFO). • Custo Médio Ponderado: O custo a ser contabilizado representa uma média dos custos de aquisição.

  24. Mão-de-Obra Direta

  25. Conceito de MOD • Refere-se apenas ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, "desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio".

  26. Aspectos Importantes sobre a Mão-de-Obra • No cálculo da MOD, é importante considerar: • restrições e imposições da legislação; • encargos sociais; • Benefícios

  27. Alguns aspectos da Legislação Trabalhista sobre a Mão-de-Obra • Jornada de trabalho semanal é de no máximo 44 h. • Fixada em 6 h a jornada para trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. • É obrigatório a concessão de intervalo para repouso e alimentação, em jornada diária acima de 6 h, de no mínimo 1 h e no máximo 2 h. Na jornada de 6 h esse intervalo é de 15 min. Quando o intervalo não for concedido o empregado fará jus ao salário do período correspondente, com acréscimo de 50%

  28. Alguns aspectos da Legislação Trabalhista sobre a Mão-de-Obra • Serviço em condições de periculosidade tem direito a um adicional de 30%, incidente sobre o salário. • Serviço em condições insalubres tem direito a um adicional de 10%, 20% ou 40% incidente sobre o salário mínimo. • O índice de periculosidade não pode ser acumulado com o de insalubridade. Em qualquer situação o empregado deve optar por um deles. • Serviço realizado entre às 22 e 5 h da manhã, tem direito a um adicional de 20%, incidente sobre o salário/hora, e para cada hora trabalhada devem ser computados mais 7 min. E 30 seg. de trabalho . A hora noturna corresponde a 52,5 min.

  29. Cálculos da MOD • Supondo as regras da legislação brasileira, considerando semana de 6 dias, a jornada máxima diária de disponibilidade de MOD será: 44 ÷ 6 = 7,3333 horas • Número máximo de horas que o funcionário pode disponibilizar:

  30. Exemplo de cálculo do custo da MOD

  31. Encargos Sociais Básicos incidentes sobre a MOD

  32. Cálculo do Custos da MOD – Resumo

  33. Benefícios da MOD • Refeição subsidiada • Vale transporte • Alojamento • Seguro de vida e acidentes em grupo • Plano de saúde • Plano de previdência privada • outros

  34. Custos Indiretos

  35. Exemplos de Custos Indiretos: • DESPESAS ADMINISTRATIVAS: são os componentes que representam as despesas da administração da empresa, tais como: água, luz, telefone, aluguel, IPTU, salários do pessoal administrativo, material de consumo, conservação e limpeza, treinamento de pessoal, depreciação de equipamentos administrativos, etc.

  36. Exemplos de Custos Indiretos: • DESPESAS FINANCEIRAS: são os componentes que representam as despesas decorrentes de empréstimos bancários para manutenção de capital de giro, descontos de duplicatas, financiamentos, etc. • DESPESAS COMERCIAIS: são os relacionados com os esforços que e empresa incorrer para promover e vender seus serviços, tais como despesas com propaganda, comissões sobre as vendas, etc.

  37. Elementos de custos Componentes principais: Material Direto (MD) Mão-de-Obra Direta (MOD) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) Custos Diretos Indiretos Serv. A (+) Receitas Rateio (-) CSP Serv. B (-) Despesas Serv. C (=) Resultado

  38. Departamentalização de Custos

  39. Departamentalização de Custos • Departamento é a unidade mínima administrativa de acumulação de custos que desenvolve atividades homogêneas. • Pode ser dividido em dois grandes Grupos: • DEPARTAMENTOS DE PRODUCÃO; e • DEPARTAMENTOS DE APOIO.

  40. ?! ESQUEMA BÁSICO DO PROCESSO DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO • Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos serviços. • Apropriação dos Custos Indiretos que pertencem, visivelmente, aos Departamentos, agrupando, à parte, os comuns. • Rateio dos Custos Indiretos comuns e dos da Administração Geral aos diversos Departamentos, quer de Produção quer de Apoio. • Escolha da seqüência de rateio dos Custos Acumulados nos Departamentos de Apoio e sua distribuição aos demais Departamentos. • Atribuição dos Custos Indiretos dos Departamentos de Produção aos serviços.

  41. Calculo do Preço de Venda a partir do Custo PREÇO DE VENDA = CS + L + CT • ONDE: • CS= Custo do Serviço • L= Lucro • CT= Custo Tributário

  42. CS = MOD + MD + GF LUCRO Lucro Bruto = Lucro Líquido + IRPJ + CSL Lucro Líquido = retorno desejado pela empresa Custo Tributário = ISS + PIS + COFINS + CPMF

  43. LUCRO LÍQUIDO = TAXA DE LUCRO x CUSTO DO SERVIÇO Logo, considerando IRPJ = 15% e CSL = 12%: Lucro Bruto = TL x CS + 0,15LB + 0,12LB Ou Lucro Bruto = TL x CS / 1 – (0,15 + 0,12)

  44. CUSTO TRIBUTÁRIO • Considerando Impostos: • ISS = 5% ou 0,05 • PIS = 0,65% ou 0,0065 • COFINS = 3% ou 0,03 • CPMF = 0,38% ou 0,0038 CT = TI x (CS + L) / 1 – TI Ou CT = 0,0903 x (CS + L) / 1 – (0,0903)

  45. Relação Custo / Volume / Lucro

  46. CONCEITOS BÁSICOS PVu -(C+D)u variáveis Margem de Contribuição(MC) = (unitária) (C +D) Fixos MCu Ponto de Equilíbrio (PE) = Receitas Atuais -Receitas no PE Receitas Atuais Margem de Segurança (MS) = Margem de Contribuição Total Lucro Operacional Alavancagem Operacional (AO) =

  47. $ Ponto de Equilíbrio Lucro (C+D) variáveis (C+D) totais Prejuízo (C+D) fixos Volume Gráfico do Ponto de Equilíbrio

  48. ESTIMAÇÃO DO COMPORTAMENTO DOS CUSTOS

  49. MÉTODOS PARA ESTIMATIVA DE CUSTOS • Análise de Contas • Abordagem de Engenharia • METODOS DOS MÍNIMOS QUADRADOS OU ANÁLISE DE REGRESSÃO

  50. METODOS DOS MÍNIMOS QUADRADOS OU ANÁLISE DE REGRESSÃO ESPRESSÃO MATEMÁTICA: Y = a + bX Onde: Y = variável dependente X = variável independente a = intercepto ou termo constate b = coeficiente angular ou taxa de variação

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