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Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Horácio Bento de Gouveia História e Geografia de Portugal. 3.2. Mudanças no campo. Prof. J. António Sousa Maio 2008. A modernização da agricultura. Até ao séc. XIX, a maior parte das pessoas vivia no campo e trabalhava na agricultura.
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Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Horácio Bento de GouveiaHistória e Geografia de Portugal 3.2. Mudanças no campo Prof. J. António Sousa Maio 2008
A modernização da agricultura Até ao séc. XIX, a maior parte das pessoas vivia no campo e trabalhava na agricultura. Contudo, a produção agrícola era pouca e não chegava para alimentar a população. Portugal: país agrícola
A modernização da agricultura Para aumentar a produção agrícola, o ministro Mouzinho da Silveira publicou algumas leis: • Umas para que os camponeses deixassem de ter as obrigações nas terras senhoriais • Outras para criar novos proprietários que cultivassem o mato e as florestas Estas e outras medidas provocaram grandes mudanças na agricultura
Novos proprietários para as terras Até ao séc. XIX, a maior parte das terras pertencia à nobreza e às ordens religiosas. No séc. XIX, o governo liberal confiscou parte dessas terras e vendeu-as
Novas áreas cultivadas Com as novas leis, nos meados do séc. XIX, os terrenos baldios (terrenos incultos e utilizados por todos os moradores do lugar) começaram a ser ocupados e cultivados. A área cultivada também aumentou com a destruição de florestas, fertilização de terrenos arenosos no litoral e ocupação de zonas de montanha.
Novos produtos agrícolas Até ao séc. XIX, os solos eram dividido em pequenas parcelas e uma delas, rotativamente, ficava em descanso, em pousio, para se poder renovar. No séc. XIX, o cultivo da batata dispensou o pousio. Esta planta não desgasta a terra que, por isso, passou a ser ocupada, todos os anos com culturas alternadas.
Sistema rotativo/alternado Sistema de cultura rotativo Sistema de cultura alternado
Novos produtos agrícolas No séc. XIX – principais culturas em Portugal: Batata – esta cultura espalhou-se por todo o País, principalmente a norte do rio Tejo, substituindo a castanha na alimentação. Milho – no noroeste, cultura de verão, que era alternada no outono/inverno com prados para o gado. Arroz – junto aos rios Sado, Tejo e Mondego: aumento da área cultivada e passou a ser consumido em maior quantidade.
Novas técnicas agrícolas • As terra, agora mais intensamente ocupadas, começaram a ser fertilizadas com adubo. • O tradicional arado de madeira foi substituído pela charrua de ferro, que revolve mais profundamente a terra, tornando-a mais fértil.
Mecanização da agricultura • Foi nessa altura que teve início a mecanização da agricultura. • As primeiras máquinas agrícolas em Portugal foram as ceifeiras e as debulhadoras, que começaram a ser utilizadas, principalmente, nas grandes propriedades do sul.
Cultivar para vender • Na segunda metade do séc. XIX, o espírito dos negócios chegou também à agricultura: • Produtos agrícolas exportados: vinho, fruta, cortiça, gado. Os novos meios de transporte facilitaram a venda para os mercados interno e externo.
A população • Na segunda metade do séc. XIX, registou-se um crescimento da população. • Razões do crescimento da população:
Evolução da população portuguesa - Durante o séc. XIX, a população portuguesa aumentou cerca de 2 000 000 de habitantes, sendo que na segunda metade do século o crescimento foi muito maior.
Saída dos campos • O aumento da população e a mecanização da agricultura fizeram aumentar o número de desempregados. • Muitos outros tinham salários miseráveis, que mal davam para sustentar as famílias. • Registou-se, assim, um êxodo rural – saída de muitas pessoas do campo para a cidade. Os camponeses partiram para as grandes cidades, como Lisboa e Porto, aumentando o número de pessoas e aumentando o contraste na distribuição da população.
Emigração • Muitos partiram para o estrangeiro. • O Brasil foi o país que recebeu mais portugueses, sobretudo a partir de 1869, pois foi proibido nessa data o comércio de escravos no território de África. • Assim, os portugueses encontraram aí trabalho mais facilmente. • Muitos enriqueceram no comércio e regressaram ricos.
A vida quotidiana no campo: alimentação O milho, a batata e o arroz vieram melhorar a alimentação, diminuindo as fomes, responsáveis por tantas epidemias e mortes, ao longo dos séculos. Mas o alimento diário dos camponeses continuava a ser pouco. A carne e os doces eram alimentos só de famílias ricas, nos dias festivos. Ao longo do ano, as festas do calendário religioso eram marcadas por receitas características e variáveis de região para região.
A vida quotidiana no campo: habitação A casa do lavrador não era igual em todas as regiões do País. O clima e os materiais de construção, diferentes em cada local, faziam variar a habitação de Norte a Sul de Portugal. Os camponeses mais pobres viviam em casebres.
A vida quotidiana no campo: vestuário • O trajo dos camponeses não seguia a moda! • Estava adotado aos trabalhos que realizavam e ao clima. • Eram variáveis de região para região.
A vida quotidiana no campo: atividades e distrações • Os trabalhos agrícolas, muitas vezes, eram acompanhados de cantares e danças. • Nas vindimas, nas ceifas, nas desfolhadas cantava-se ao desafio e à desgarrada.
A vida quotidiana no campo: atividades e distrações • Aos serões, rezava-se e contavam-se histórias. • Nas festas religiosas organizavam-se arraiais e jogos populares. • As novidades da terra contavam-se, habitualmente, na tenda, na fonte ou na taberna.