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Argamassas de revestimento e assentamento

Argamassas de revestimento e assentamento. Histórico. Acredita-se que a argamassa surgiu na pérsia antiga, onde usava-se alvenaria de tijolos secos ao sol, com assentamento de argamassas de cal.

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Argamassas de revestimento e assentamento

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Presentation Transcript


  1. Argamassas de revestimento e assentamento

  2. Histórico Acredita-se que a argamassa surgiu na pérsia antiga, onde usava-se alvenaria de tijolos secos ao sol, com assentamento de argamassas de cal. Seu desenvolvimento como sistema construtivo ocorreu em Roma. Durante o império romano os homens tiveram a idéia de misturar um material aglomerante, a pozolana (cinzas vulcânicas), com materiais inertes, dando origem às primeiras argamassas.

  3. Histórico No Brasil, a argamassa passou a ser utilizada no primeiro século de nossa colonização, para assentamento de alvenaria de pedra. A cal que constituía tal argamassa era obtida através da queima de conchas e mariscos. O óleo de baleia era também muito utilizado como aglomerante, no preparo de argamassas para assentamento.

  4. Conceito As argamassas são materiais de construção que tem na sua constituição aglomerantes, agregados minerais e água. Quando recém misturadas, possuem boa plasticidade; Enquanto que, quando endurecidas, possuem rigidez, resistência e aderência. + + CIMENTO AREIA ÁGUA + + CAL AREIA ÁGUA + + + CIMENTO CAL AREIA ÁGUA

  5. Como a argamassa possui componentes comuns ao concreto, ocorre a tendência de confundir suas tecnologias; • Diferenças entre argamassa e concreto: • O concreto é um elemento estrutural por si só enquanto que a argamassa liga unidades estruturais; • A resistência à compressão é vital para o concreto e secundária para a argamassa.

  6. Campos de aplicação das argamassas 1. Argamassa colante flexível, argamassa de revestimento; 2. Adesivo em dispersão p/ placas de espuma de poliestireno; 3. Argamassa de assentamento; 4. Adesivo para carpete, piso autonivelante; 5. Cola para papel de parede, argamassa de gesso projetado; 6. Argamassa texturizada; 7. Rejuntamento; 8. Argamassa colante para peças grandes; 9. Argamassa colante especial (sauna); 10. Argamassa de revestimento.

  7. Propriedades no estado fresco • Trabalhabilidade: conjunção de outras propriedades • Consistência • Plasticidade • Retenção de água e de consistência • Coesão • Exsudação • Tempo de pega • Massa específica • Adesão inicial • Depende das características da argamassa, da mão-de-obra e das propriedades do substrato.

  8. Consistência: maior ou menor facilidade da argamassa deformar-se sob ação de cargas • Seca: agregados em contato entre si • Plástica: uma fina película de pasta envolve os agregados • Fluida: as partículas de areia ficam imersas na pasta, sem coesão interna

  9. Plasticidade: propriedade pela qual a argamassa tende a conservar-se deformada após a redução das tensões de deformação. Fatores que influem: • Teor de ar incorporado • Tipo, quantidade e finura dos aglomerantes e agregados • Tempo e intensidade de mistura • Presença de aditivos

  10. Classificação • Emprego • Assentamento • Rejuntamentos • Revestimentos • Tipo de aglomerante • Hidráulicas • Aéreas • Mistas • Número de elementos ativos • Dosagem • Consistência • Secas • Plásticas • Fluidas

  11. Classificação NBR 13281

  12. Argamassa de assentamento • Elemento utilizado na ligação entre blocos de concreto garantindo a distribuição uniforme dos esforços. (NBR 8798) • Propriedades: • Trabalhabilidade; • Retentividade de água; • Aderência; • Resistividade mecânica; • Aderência; • Durabilidade; • Resiliência.

  13. Funções primárias: • Unir solidamente as unidades de alvenaria e ajudá-las a resistir aos esforços laterais; • Distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede por toda área resistente dos componentes de alvenaria; • Absorver as deformações naturais que a alvenaria estiver sujeita; • Selar as juntas contra a penetração de água de chuva.

  14. Argamassa de revestimento • Revestimento é o recobrimento de uma superfície lisa ou áspera com uma ou mais camadas superpostas de argamassa em espessura via de regra uniforme, apta a receber, sem danos, uma decoração final. • Aderência é a propriedade do revestimento de resistir a tensões normais ou tangenciais nas superfícies de interface com o substrato.

  15. Funções • Unir; • Vedar; • Regularizar; • Proteger. • Camadas de constituição: • Emboço: veda a alvenaria, regularizar a superfície, e proteger a base • Reboco: veda o emboço e dar um acabamento estético • Chapisco:une camadas de revestimento ao substrato

  16. Influência dos materiais na aderência • Aglomerantes • Cimento resistência de aderência • Cal extenção de aderência Alta finura Plasticidade retenção de água

  17. Areia • Muito grossa: diminui trabalhabilidade • Alto teor de finos: perda de resistência • Esqueleto indeformável: durabilidade • Água • Deixa a mistura trabalhável • Combina quimicamente com os aglomerantes • Relação a/c • O controle não é tão importante • Deve ser necessário para garantir a trabalhabilidade

  18. Propriedades no estado fresco • Adesão inicial: propriedade de permanecer adequadamente unida à base de aplicação, após o seu lançamento manual ou mecânico, auxiliada pela sua plasticidade e dificultada pela influência da força da gravidade; • Consistência e plasticidade: garantem que o revestimento fique adequadamente aderido ao substrato e dão o acabamento superficial conforme prescrito; • Retenção de água de consistência: propriedade que a argamassa possui de reter mais ou menos água de amassamento ao entrar em contato com uma superfície de maior nível de absorção.

  19. Propriedades no estado endurecido • Resistência mecânica: propriedade de acompanhar a deformação gerada por esforços internos ou externos de diversas origens e de retornar à dimensão original quando cessam esse esforços sem se romperem, ou através do surgimento de fissuras microscópicas que não comprometam o desempenho do revestimento no que diz respeito à aderência, estanqueidade e durabilidade.

  20. As solicitações às quais encontram-se submetidas as argamassas de revestimento são: • Movimentação volumétrica da base; • Deformação da base; • Movimentação do revestimento; • Retração do revestimento.

  21. Influência do preparo e dos tratamentos do substrato na aderência • Preparo da base • Limpeza: remoção de partículas soltas, desmoldante, óleos e graxas; • Correção de falhas: furos e depressões, saliências; • Tratamento superficial • Chapisco: regulariza a absorção de água, aumenta a rugosidade • Bloco cerâmico: descontínuo; • Estrutura de concreto: contínuo; • Bloco de concreto: baixa contribuição.

  22. Armazenamento e manuseio • No manuseio deve-se seguir as recomendações do fabricante e atender rigorosamente aos requisitos da NBR-7200; • O armazenamento adequado deve ser feito da seguinte maneira: • Estocar em recipientes estanques, indeformáveis, com graduação, e sinalizando a validade para a utilização do produto; • A localização da masseira deve estar protegida das intempéries; • Seguir as recomendações do fabricante quanto à quantidade de água e tempo de vida útil para aplicação do produto.

  23. Armazenamento e manuseio • Armazenar o mais próximo possível do local de uso e de forma que permita fácil acesso à inspeção e identificação; • A data de entrega e o local de estocagem, devem ser planejados com antecedência.

  24. Argamassas especiais

  25. Argamassa armada • Histórico • 1848: Joseph Louis Lambot, França - desenvolveu um material que, segundo a patente requerida pelo mesmo em 1856, seria usado como substituto da madeira em construções navais e arquitetônicas. • 1922: cúpula geodésica construída para a fabrica Carl Zeiss em 1922, em Jena na Alemanha, a primeira do mundo. • 1943: Pier Luigi Nervi, engenheiro italiano, realizou experiências sobre o chamado “ferro-cemento”, principalmente no seu emprego na construção naval, e no mesmo ano iniciou a construção de três barcos para a marinha italiana, logo suspensa com o final da guerra.

  26. Características: • Possui pequena espessura (20mm em média), o que lhe permite possuir baixo peso unitário, tornando-se adequado a construções leves; • Fácil modelagem; • Fácil manuseio pois a construção com a argamassa armada é semelhante a um "brinquedo de encaixe“; • Necessita de equipamentos leves; • Apresenta ausência de fissuras macroscópicas quando sob impacto; • Possui adequada resistência mecânica; • Unidade de compra: m2

  27. Emprego: • Escadarias drenantes (escada cuja parte inferior passa a rede de esgoto) sendo, por isso, utilizadas em caminhos de acessos a habitações localizadas nas encostas; • Muros de arrimo; • Cobertura de grandes e pequenos vãos; • Módulos sanitários; • Piso e cobertura de passarelas; • Sistema construtivo para escola de dois pavimentos; • Revestimento de canais; • Silos agrícolas. 

  28. Materiais constituintes: • Constituída principalmente da argamassa simples, bem difundida pela tecnologia do concreto armado, e a armadura difusa, destacando-se as telas de aço; • Outros materiais complementares: conectores metálicos de peças pré-moldadas e os materiais de acabamento como as pinturas e outros revestimentos protetores; • Também conhecida como Ferro - cimento, a argamassa pode ser chamada como um micro-concreto armado; • Pode receber aditivos na mistura, junto da armadura,  faz proteção a agentes agressivos do meio-ambiente e a durabilidade das construções é  proporcional a qualidade da mesma.

  29. Técnicas construtivas • preparação das fôrmas (e cimbramentos, quando houver); • preparação e montagem das armaduras; • preparação da argamassa; • lançamento e adensamento da argamassa; • cura; • transporte e montagem (no caso de pré-moldagem); • acabamento.

  30. Execução sem fôrmas • A argamassa é lançada e adensada tendo como suporte a própria armadura e seus elementos metálicos enrijecedores; • A chamada armadura de esqueleto, um arcabouço metálico rígido constituído de tubos e barras de aço, é responsável pela manutenção do gabarito geral da obra, nela são fixados fios de aço complementares e as telas de aço ; • O lançamento e o adensamento da argamassa são feitos manualmente ou com auxílio de equipamentos como vibradores.

  31. Execução com fôrmas parciais • Fôrmas parciais são aquelas que ficam em contato com a argamassa apenas em parte da superfície da peça a ser exposta, o que acarreta a necessidade de um acabamento manual ou de outros procedimentos com auxílio de dispositivos especiais, como réguas, gabaritos de sarrafeamento, desempenadeiras de aço e colheres-de-pedreiro. 

  32. Argamassa expansiva • Agente demolidor não explosivo, em pó, cujo componente majoritário é a cal virgem. Em contacto com água, iniciam-se reações de hidratação, com aumento de volume durante o progresso dessas reações, promovendo, quando em confinamento, grandes pressões sobre as paredes confinantes, as quais chegam aproximadamente a 78 MPa.

  33. Argamassa expansiva • Vantagens: • não requer permissão especial seu manejo; • não há vibrações, explosões ou emanação de gases; • não há poluição acústica; • obtém-se ganho de recuperação, pois há minimização de microfissuras interiores ao maciço.

  34. Imagem por microscopia eletrônica de grânulos da argamassa expansiva (aumento de 1100 vezes e metalização por carbono).

  35. Argamassa baritada • Revestimento em salas de raio-x composta de carbonato de bário extrafino; • Quantidade de barita por metro quadrado: • Espessura consumo em kg por m² 1,0 cm 22,50 1,5 cm 35,00 2,0 cm 45,00

  36. Argamassa polimérica Pré-fabricadas, à base de cimento com adição de polímeros e expansores para inibir retração, grande densidade, aderência e resistências iniciais e finais. Recomendadas: danos superficiais. Polímeros: materiais sintéticos com características de adesividade e impermeabilidade.

  37. Argamassa projetada São produtos com alto conteúdo de aglomerantes que, quando misturados com água, geram uma massa fluida que pode ser bombeada. Constituídos basicamente de gesso, cimento Portland, resinas acrílicas e cargas inertes, tais como poliestireno expandido, celulose e preservantes.

  38. Aplicação da argamassa projetada: • Deve ser aplicada de acordo com as especificações do fabricante, atendendo às especificações da obra; • A temperatura ambiente para aplicação não deve ser inferior a 4°C; • Os materiais projetados devem ser aplicados imediatamente após a concretagem das lajes e antes de quaisquer outros serviços, como alvenaria ou instalações; • Todas as superfícies que receberão o revestimento contra fogo devem estar limpas, secas, livres de óleos, graxas, ou quaisquer corpos estranhos que possam prejudicar a aderência.

  39. Argamassa fibrosa projetada • Usado no revestimento de vigas metálicas, é um sistema de proteção constituído de lã mineral reciclada e ligantes hidráulicos e inorgânicos; • Não possui amianto ou outros materiais nocivos; • Apresenta-se sob a forma de flocos de neve de cor branca cru; • Não apodrece e é inatacável por roedores e parasitas; • Aplicada por projeção mecânica; • Garante resistência ao fogo do material que reveste por até 120 minutos.

  40. Argamassa pastosa projetada • Usada na proteção de estruturas metálicas, é sistema de proteção composto por inertes leves de perlita e vermiculita expandidos, cargas refratárias e ligantes de cimento; • Isenta de amianto e outros materiais nocivos; • Sua composição não permite a degradação por fungos, insetos ou roedores, é quimicamente inerte e não envelhece e nem se degrada; • Garante estabilidade ao fogo por até 180 minutos.

  41. Argamassa não-retrátil • Sistema constituído por uma argamassa hidráulica resistente ao fogo; • Não retrátil e muito leve, permite a realização de selagens corta-fogo, transitáveis e de grandes dimensões; • Facilmente perdurável para novos atravessamentos, sem risco de desmoronamento; • Garante 240 minutos de resistência.

  42. Argamassa celulósica • Constituída de matriz de cimento e areia, reforçada com fibras de celulose obtidas a partir de papel reciclado, é eficiente na fabricação de placas de forro, perfis estruturados de 2,5 metros e 1 metro que podem ser usados na forração de habitações populares; • Assim como o papel reciclado, outras fibras naturais, como a do sisal e da piaçava, também podem ser aproveitadas na composição de argamassas celulósicas; • Pode ser usada para fabricação de painéis internos de vedação, como forros e divisórias; • Não causa danos ao meio ambiente.

  43. Argamassa microporosa • Argamassa de saneamento composta por uma rede de microporos que absorvem e extraem a água do muro evaporando-a e lançando-a para a atmosfera na forma de vapor; • Aplicações: • Secagem de muros e abóbadas em sótãos afetados pela umidade por filtragem; • Secagem de superfícies de paredes no rés-do-chão danificadas pela umidades por capilaridade ou ascensional • Particularmente útil para secar muros mais rapidamente após impermeabilização; • Para evitar umidade por condensação em ambientes saturados, muros mal isolados ou de espessura insuficiente.

  44. Argamassa para revestimento decorativo • Constituída pela mistura homogênea dos seguintes materiais básicos, variando eventualmente conforme o fabricante: • cimento branco estrutural; • agregado proveniente de dolomita, passante nas peneiras de abertura 0,15mm e 0,075mm; • cal hidratada; • pigmentos minerais inorgânicos; • retentor de água; • incorporador de ar; • fungicidas; • plastificantes.

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