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III Encontro de Produtores de Sementes e Treinamento de Resp. Técnicos. Ecofisiologia aplicada à alta produtividade em trigo. Osmar Rodrigues osmar.rodrigues @ embrapa.br Livramento,12 de Agosto de 2014. PROGRAMA. Bases Fisiológicas. Introdução. Crescimento e Desenvolvimento.
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III Encontro de Produtores de Sementes e Treinamento de Resp. Técnicos Ecofisiologia aplicada à alta produtividade em trigo Osmar Rodrigues osmar.rodrigues@ embrapa.br Livramento,12 de Agosto de 2014
PROGRAMA Bases Fisiológicas Introdução Crescimento e Desenvolvimento Metabolismo de Nitrogênio Objetivo: Entendimento dos processos fisiológicos fundamentais para o crescimento e desenvolvimento das plantas, que ajudem a assistência técnica na tomada de decisões.
RECURSOS DE AMBIENTE ÁGUA, LUZ, TEMPERATURA, RADIAÇÃO E NUTRIÇÃO Ruídos- Escala Temporal (dias) FISIOLOGIA DA PLANTA MANEJO
DEFINIÇÕES DESENVOLVIMENTO Mudanças morfológicas (fases fenológicas) que identificam a evolução da planta (Ex. Estado vegetativo e estado reprodutivo) estas mudanças são influenciadas pelos fatores do meio. CRESCIMENTO Mudança na forma e tamanho dos órgãos devido a acumulação de matéria seca ao longo do ciclo da cultura.
IDENTIFICAÇÃO DAS FASES DE DESENVOLVIMENTO CRITÉRIOS 1.0-Morfologia externa 2.0-Morfologia do ápice de crescimento
1.0-MORFOLOGIA EXTERNA O desenvolvimento se quantifica de acordo com as características externas da planta que são facilmente visíveis. Etapas: 1-Semeadura 2-Germinação 3-Emergência 4-Início do afilhamento (aparecim.da 3 e 4 folha) 5-Final do afilhamento 6-Aparecimento do primeiro nó 7-Aparecimento da folha bandeira 8-Espiga emborrachada 9-Aparecimento da espiga 10-Floração 11-Grão leitosos 12-Grão pastoso 13-Maturação
2.0-MORFOLOGIA DO ÁPICE DE CRESCIMENTO O estádio de desenvolvimento é quantificado pelo grau de evolução do ápice de crescimento. O ápice de crescimento apresenta quatro etapas ou fases principais: 01-Semeadura - Duplo Anel 02-Duplo Anel - Espigueta Terminal 03-Espigueta Terminal - Antese 04-Antese - Mat. Fisiológica
Meristema Primórdio Foliar 0,2 mm
Anel de espigueta 1,2 mm 4 - 10 folhas Anel de folha
Duplo Anel Espigueta Terminal
A partir do estádio de Espigueta terminal (começo do alongamento), em cada espigueta do ápice ( que se localiza no último entrenó do colmo) começam a diferenciar os distintos órgãos das flores. Cada espigueta pode produzir até 10 flores sendo que, apenas entre 2 a 4 são férteis. Depois do aparecimento das espigas e quando todos os órgãos das flores já estão formados, ocorre a fecundação (Antese).
Fase de Desenvolvimento 300 GD ( Em-DA) 30 dias x 10 o C 10 dias x 30 oC Menor Reserva Maior Reserva - Folhas - Afilhos + Folhas + Afilhos
Fase de Desenvolvimento Não Vernalizante Vernalização 30 dias x 30 oC 10 d x 30 oC 10 d x 10oC 30 dias x 10 o C Maior Reserva Maior Reserva + Folhas + Afilhos
Fase de Desenvolvimento FN + 6 hrs Fot. Normal 30 dias 10 d Menor Reserva Maior Reserva + Fertilid.
Pré Antese Cresc. dos Colmos Cresc. da Espiga Núm. Espigueta Pos Antese Num. De Folhas Num.Grãos/m2 Num.Afilhos Sem----DA DA---ET ET--------------------ANT ANT----------------------MF Fase Reprodutiva Fase Vegetativa
Alta produção de trigo Adequada Nutrição Nitrogenada Rápido estabelecimento de grande Canopy para Fotossíntese: i.e. alto IAF Manutenção desse Canopy: i.e. Duração da área foliar Estabelecimento dos órgão de reserva: i.e. Grande capacidade dos drenos
Pré Antese Pos Antese 30 % Abs.Cor Folhas N-Redução N-Assimilação 70 % N Raízes Grãos Sem----DA DA---ET ET--------------------ANT ANT----------------------MF N
Figura 1. Duração das fases de desenvolvimento das cultivares BRS Tarumã e BRS Guamirim.
Tabela 4. Interação entre doses de nitrogênio e estádios de aplicação, no rendimento de grãos de trigo. Passo Fundo, RS. * Estádios de aplicação: PS= Pré-semeadura; DA=Duplo Anel; ET= Espigueta Terminal e DA+ET= (½ dose no DA + ½ dose no ET). ** Médias seguidas pela mesma letra, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 6. Interação entre doses de nitrogênio e estádios de aplicação, no número de grãos/m2. Passo Fundo, RS. * Estádios de aplicação: PS= Pré-semeadura; DA=Duplo Anel; ET= Espigueta Terminal e DA+ET= (½ dose no DA + ½ dose no ET). ** Médias seguidas pela mesma letra, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 7. Interação entre doses de nitrogênio e estádios de aplicação, no peso de mil grãos, PMG (g) de trigo. Passo Fundo, RS. * Estádios de aplicação: PS= Pré-semeadura; DA=Duplo Anel; ET= Espigueta Terminal e DA+ET= (½ dose no DA + ½ dose no ET). ** Médias seguidas pela mesma letra, maiúsculas nas linhas e minúsculas nas colunas, não diferem significativamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 10. Número de espiguetas/espiga em função dos estádios de aplicação de nitrogênio. Passo Fundo, RS. * Estádios de aplicação: PS= Pré-semeadura; DA= Duplo Anel; ET= Espigueta Terminal e DA+ET= (½ dose no DA + ½ dose no ET). ** Médias seguidas por letras diferentes diferem significativamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 1. Relação entre o peso médio de grãos e número de espiguetas/espiga em função da dose de nitrogênio em cobertura.
Figura 2. Associação entre peso de grãos (PMG) e número de grãos por metro quadrado das cultivares BRS Guamirim e BRS Tarumã, quando submetidos a aplicação de nitrogênio no estádio de duplo anel (a e c) e espigueta terminal (b e d). ( A linha pontilhada representa uma produção de grãos constante de 200 g m-2 em função do número de grãos avaliados).
CONCLUSÕES O aumento no número de espiguetas/espiga aumenta o peso médio de grãos da espiga e contribui para reduzir a associação negativa entre o número de grãos/m2 e peso de grãos. A aplicação do nitrogênio no estádio de duplo anel (DA) propicia maior número de espiguetas/espiga e favorece o maior peso médio de grãos. A relação negativa entre peso médio de grãos e o número de grãos/m2 não é decorrente de limitação de fonte