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Aula 10 – Lagarta Elasmo e Gafanhotos

Aula 10 – Lagarta Elasmo e Gafanhotos. Cenário. LAGARTA ELASMO Elasmopalpus lignosellus  - A lagarta elasmo ou broca do colo é potencialmente importante na formação da pastagem. O risco será maior quando, após a semeadura, prevalecer período quente e seco .

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Aula 10 – Lagarta Elasmo e Gafanhotos

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Presentation Transcript


  1. Aula 10 – Lagarta Elasmo e Gafanhotos

  2. Cenário LAGARTA ELASMOElasmopalpuslignosellus - A lagarta elasmo ou broca do colo é potencialmente importante na formação da pastagem. O risco será maior quando, após a semeadura, prevalecer período quente e seco. Assim, recomenda-se atenção redobrada quando de plantios antecipados e/ou tardios (no início ou final da estação chuvosa)

  3. Biologia Trata-se de inseto de ampla distribuição geográfica, passível de ocorrer em todos os estados brasileiros. A lagarta, que é a fase responsável pelos danos, é pequena, atingindo, quando completamente desenvolvida, de 12-15 mm de comprimento. Apresentam coloração verde claro, sempre com bandas ou faixas (tipo anéis) transversais escuras. É característico dessa lagarta, quando perturbada, movimentar-se vigorosamente, contorcendo-se e, mesmo saltando para trás, na tentativa de se esquivar de possíveis agressores.

  4. Biologia Inicialmente, no geral até o terceiro instar, alimenta-se na superfície de folhas e raízes, vivendo no interior de um túnel de seda no solo ou sob restos vegetais na superfície do solo. Posteriormente, a lagarta perfura o colmo da gramínea penetrando no seu interior avançando no sentido apical. Essa perfuração ocorre ligeiramente abaixo, ou mesmo ao nível da superfície do solo.

  5. Biologia Outra característica desse inseto, é que a lagarta não permanece todo o tempo no interior do colmo, na realidade ela constrói um tubo de seda com partículas de solo (grãos de areia) externamente, que lhe serve de invólucro protetor. Este tubo permanece preso junto ao colmo, justamente encobrindo a abertura feita pela lagarta. É no interior do mesmo onde a lagarta transforma-se em pupa e, de onde, emerge como inseto adulto.

  6. Biologia Os adultos são pequenas mariposas alongadas de coloração escura, tendo as asas dobradas sobre o corpo quando em repouso. Devido ao pequeno tamanho e sua cor uniformemente escura, é inexpressiva, passando facilmente despercebida.

  7. Identificação

  8. Identificação

  9. Identificação

  10. Identificação

  11. Identificação

  12. Biologia • Os adultos são pequenas mariposas que medem de 8-10 mm de comprimento (Figura 3). As fêmeas depositam ovos no solo ou diretamente nas plantas de arroz. Uma fêmea produz mais de 100 ovos que eclodem em quatro dias. As larvas broqueiam o colmo na sua base, próxima da superfície do solo. Cinco a sete dias após, as plantas de arroz já exibem sintomas de “coração morto” (Figura 4). Uma única lagarta pode matar vários colmos de arroz. A fase depupa ocorre no interior de um casulo que permanece ligado à planta. Seu ciclo biológico dura de 22 a 27 dias. Surtos da praga são mais freqüentes em solos arenosos, quando predominam precipitação baixa e temperatura elevada. Ataques da praga podem ser esporádicos e localizados ou devastar grandes áreas da lavoura.

  13. Biologia • Adulto: A mariposa mede de 15 a 25 mm de envergadura, com as asas de coloração cinza. • Lagartas: Completamente desenvolvidas medem 15 mm de comprimento. São de coloração verde-azulada e muito ativas. Inicialmente alimentam-se das folhas para em seguida localizar-se na parte inferior do colmo, rente ao solo. Após penetração nas plantas constroem galerias.

  14. Prejuízo Broca do colmo se aloja no interior do colmo de gramíneas

  15. Prejuízo Broca do colmo também ataca o colmo da soja.

  16. Prejuízo Broca do colmo também ataca o colmo da soja.

  17. Danos Os danos, então, são causados pela lagarta que funciona como uma broca minando o interior das plântulas das gramíneas, causando o murchamento, atraso no desenvolvimento, mas principalmente redução do stand, pela morte das plantas em fase inicial de desenvolvimento (sintoma denominado "coração morto"). 

  18. Danos • Importância econômica - é uma praga esporádica com grande capacidade de destruição num intervalo curto de tempo. • Seus danos estão associados a à estiagem logo após a emergência das plantas, condições que aumenta a susceptibilidade da planta pelo atraso no desenvolvimento da planta e favorece a explosão populacional de lagartas na lavoura. • Maiores danos são observados em solos leves e bem drenados, sendo sua incidência menor sob plantio direto.

  19. Danos • Ataca as plantas de milho com até 30 cm de altura e, pela destruição da gema apical, ocorre a morte da folha ainda enrolada. Este sintoma é conhecido como coração morto. • Ocorre com maior frequência em solos arenosos e em períodos secos após as primeiras chuvas • Os maiores prejuízos são causados nos primeiros 30 dias após a germinação das plantas.

  20. Prejuízo Região do coleto da planta, onde inserem-se os perfilhos.

  21. Prejuízo Sintoma do “coração morto” em arroz.

  22. Prejuízo Sintoma do “coração morto” em milho.

  23. Prejuízo NÃO CONFUNDA • Atípico ataque da lagarta-do-cartucho (Spodopterafrugiperda) em plântulas de milho recém germinadas – Fazenda em Nazareno/MG.

  24. Prejuízo NÃO CONFUNDA • Ataque da lagarta rosca (Agrotisipsilon)

  25. Prejuízo NÃO CONFUNDA • Orifício de entrada e saída da broca da cana-de-açúcar (Diatraeasaccharalis) no colmo da cana.

  26. Prejuízo NÃO CONFUNDA • Broca da cana-de-açúcar (Diatraeasaccharalis) abrindo galeria no interior do colmo da cana.

  27. Prejuízo • Galerias formadas pela alimentação das lagartas no colmo da cana.

  28. Prejuízo • Sintoma típico do ataque da broca-da-cana: plantas com as folhas centrais secas (“coração-morto”).

  29. Prejuízo Uma outra alternativa de controle biológico é o uso da vespinha Trichogrammagalloi, que parasita os ovos da broca-da-cana. A associação das vespinhas C. flavipes e Trichogrammatem garantido excelente controle, visto que estas atuam em diferentes fases de desenvolvimento da praga (ovo e lagarta). Três liberações semanais consecutivas de T. galloie uma de C. flavipesacarretam uma diminuição de mais de 60% no índice de intensidade de infestação causado pela broca. • Liberação da vespinha Cotesiaflavipes  em copos contendo 1.500 adultos.

  30. Controle Químico • Controle: Lembrar que se trata de praga esporádica e de importância localizada. Ocorre mais freqüentemente em solos mais leves e bem drenados, durante períodos mais secos do ano e mesmo logo após queimadas. Assim, redobrar a atenção, monitorando as áreas quando prevalecerem tais condições. • O controle é difícil, considerando o hábito do inseto, ora sob o solo, ora no interior do colmo. Recomenda-se, no entanto, controlá-lo quimicamente logo após sua constatação, evitando que os danos se expandam na área. • Os danos no colmo são permanentes, mesmo que eventual aplicação de inseticida contribua para a redução do número de lagartas, há de se avaliar a necessidade de replantio na área inicialmente atacada.

  31. Controle Químico • Métodos de controle - em áreas de risco, deve ser usado o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos à base de tiodicarb (Semevin, Futur), carbofuran(Furadan) ou imidacloprid(Gaucho). • Sob condições de estresse hídrico mesmo esse tratamento não é efetivo, recomendando-se a aplicação de um inseticida de ação de contato e profundidade como os a base de clorpirifós (Lorsban, Vexter, Astro, Sabre, Nufos, Clorspirifos, Klorpan, etc) . • A alta umidade do solo contribui para reduzir os problemas causados pela lagarta-elasmo no milho.

  32. Cenário • Gafanhotos - Orthoptera: Acrididae • Schistocercaspp. - gafanhoto migratório sul-americano • Rhammatocerusspp. - crioulo ou tucura • Os estados de Rio Grande do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, são os mais atacados por esta praga.

  33. Cenário • Os gafanhotos são ortópteros (Orthoptera, do grego orto - pteros, asas retas) são uma ordem de insetos que possuem as asas superiores retas e coriáceas, recobrindo as asas inferiores mais largas, dobradas no seu sentido longitudinal. • Tais insetos possuem pernas posteriores longas e possantes, apropriadas para saltar, o aparelho bucal e mastigador. Pertencem a esta ordem os insetos conhecidos popularmente como grilos, gafanhotos, esperanças e paquinhas. Esses insetos possuem o terceiro par de pernas do tipo saltatorial, sendo esse o caráter que os separa das demais ortopteróides (baratas, louva-a-deus e bichos-paus).

  34. Gafanhotos possuem o terceiro par de pernas do tipo saltatorial.

  35. Cenário • A infestação de pastagens por gafanhotos é um problema complexo. • São várias as espécies que podem causar danos em pastagens e que podem se espalhar por áreas muito extensas, indo além dos limites da propriedade, tornando, por vezes, inócuas as eventuais medidas localizadas de controle. • Com exceção feita às infestações generalizadas, como as constatadas no Estado de Mato Grosso e em estados do Nordeste, cujas tentativas de controle têm sido coordenadas pelo governo federal, os danos em pastagens podem ser ocasionais

  36. Cenário • Neste caso e em áreas com histórico de infestações, recomenda-se uma permanente vistoria da área, para se detectarem focos iniciais. • O controle das formas jovens (ninfas, saltões) é mais eficiente, pois nessa fase a capacidade de dispersão é menor, se comparada à dos adultos. • Apesar dos esforços da pesquisa em avaliar métodos alternativos de controle, incluindo inimigos naturais, atualmente o controle tem sido feito exclusivamente pela utilização de inseticidas químicos.

  37. Biologia • O adulto de Schistocercaspp. mede cerca de 45 mm de comprimento, asas anteriores são marrom avermelhadas e as posteriores são amarelo claras. A postura é feita no solo (50 a 120 ovos), sendo que à medida que a fêmea vai retirando seu abdome do solo, ela libera uma secreção espumosa, que secando, forma uma espécie de tampa protetora e impermeável. • A este conjunto (ovos + camada protetora, dá-se o nome de "cartucho").

  38. Biologia • Após 30 dias surgem as ninfas, que durante suas duas primeiras trocas de pele recebem o nome de "mosquito" (12 mm de comprimento), a partir da terceira muda recebem o nome de "saltões" (18 mm de comprimento). • Possuem cinco trocas de pele, findo as quais estarão com 45 mm de comprimento. • Os mosquitos são de coloração amarelo clara e não apresentam nenhum vestígio de asas.

  39. Troca de pele de gafanhotos.

  40. Biologia • Após este período surgem os saltões com rudimentos de asas, e de coloração amarelo escura. • Estas tecas alares vão desenvolvendo-se com as trocas de tegumentos até que após a última muda, surgem os adultos alados. • O ciclo evolutivo completo é de aproximadamente 100 dias. • Com relação a espécie Rhammatocerussp., ocorre principalmente nos estados de São Paulo,Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

  41. Identificação Espécie Rhammatocerussp

  42. Identificação Espécie Rhammatocerussp

  43. Identificação espécie Rhammatocerussp

  44. Identificação Schistocerca gregária

  45. Identificação Schistocerca gregária

  46. Identificação A forma gregária dos gafanhotos (à esq.) e a solitária (à dir.) (Foto: Tom Fayle/Divulgação) uma das principais diferenças entre a forma solitária dos insetos e a forma gregária, que vive em imensos bandos, é a quantidade de serotonina, três vezes maior nos bichos de vida grupal. 

  47. Prejuízo • As formas jovens de Schistocercasp. se alimentam de plantas rasteiras e, posteriormente, atacam arbustos e até árvores. Permanecem sempre reunidas e se movem em conjunto; somente à noite, em tempo muito frio ou em épocas de calor muito intenso permanecem estacionadas procurando abrigos. • Os "mosquitos" causam pequenos danos, porém à medida que se desenvolvem ("saltões") os danos são mais severos. • Os adultos reunidos em grandes nuvens, são extremamente vorazes, não se podendo conter a sua marcha invasora.

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