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Efeitos da Radiação Não- Ionizante Sobre a Saúde. As antenas e aparelhos de telefonia celular podem causa r dandos à saúde?. Efeitos da Radiação Não- Ionizante Sobre a Saúde.
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Efeitos da Radiação Não-Ionizante Sobre a Saúde As antenas e aparelhos de telefonia celular podem causar dandos à saúde?
Efeitos da Radiação Não-Ionizante Sobre a Saúde “A exposição à radiação não-ionizante na faixa de RF dentro dos limites estabelecidos parece não estar associada a aumento de riscos à saúde humana e, portanto, é segura para a população”
Efeitos da Radiação Não-Ionizante Sobre a Saúde -> noções gerais de campos eletromagnéticos e interação com seres vivos; -> normas e como demonstrar efeito nocivo de uma exposição a agente nocivo (poder e limite da ciência); -> conclusão.
A Física das Radiações Eletromagnéticas O que são? Ondas eletromagnéticas fazem parte do nosso dia-a-dia. Iniciando pelo Sol, a maior e mais importante fonte para os seres terrestres, cuja vida depende do calor e da luz recebidos através de ondas eletromagnéticas, algumas delas com potencial nocivo.
A Física das Radiações Eletromagnéticas O que são? O que nos interessa aqui são as fontes terrestres de radiaçãoeletromagnética (estações de rádio e de TV, o sistema detelecomunicações à base de microondas, e muitas outras). O benefício dessas tecnologias é imenso – custo x riscos potencias!
A Física das Radiações Eletromagnéticas O que são? Campo eletromagnético (EMF) é caracterizado pela sua freqüência ou comprimento de onda correspondente (wavelength). Essas ondas são carregadas por partículas denominadas “quanta” que carregam maior energia quanto maior a freqüência da onda.
A Física das Radiações Eletromagnéticas O que são? Radiações ionizantes são radiações eletromagnéticas de alta freqüência e que carregam energia suficiente para quebrar ligações químicas. Radiações eletromagnéticas na faixa da comunicação celular tem muito menor energia e são incapazes de quebrar ligações químicas -> não ionizantes! A energia de um fóton na radiação de RF é menor que 0.1% da energia cinética de ligação (1.6x10-19J).
A Física das Radiações Eletromagnéticas Efeitos Biológicos Diferenciar efeito biológico x efeito adverso na saúde: -> efeito biológico é uma resposta mensurável a um estímulo ou mudança no ambiente, não necessariamente perigoso (exemplo: ouvir música, futebol); -> um efeito adverso na saúde é quanto o efeito biológico causa uma disfunção detectável na saúde de um indivíduo exposto (ou de seu descendente).
A Física das Radiações Eletromagnéticas Efeitos Biológicos Não há dúvidas que campos eletromagnéticos de alta intensidade por curto tempo são capazes de induzir efeito biológicos adversos. Por exemplo, catarata, performance mental diminuída. Esses efeitos estão associados ao efeito térmico das ondas eletromagnéticas de maior intensidade (microondas!!).
A Física das Radiações Eletromagnéticas Efeitos Biológicos Então é essencial que efeitos térmicos das radiações eletromagnéticas sejam evitados. Normas internacionais restringem a exposição de indivíduos a essas radiações de maior intensidade. Para freqüências de 800 MHz a 2 GHz, a interação com tecidos biológicos é dada pela razão entre deposição de energia por unidade de massa. Specific absorption rate (SAR) expressa em W/Kg (ou W/cm2 para antenas fixas). ICNIRP statement. Health Physics 70: 587-593, 1996
A Física das Radiações Eletromagnéticas Normas Telefones celulares em uso ocupacional: SAR localizado na cabeça deve ser limitada a 10 W/kg em qual massa de tecido de 10 g (0.1 W absorvido em qualquer massa de tecido de 10 g na cabeça) – para o público em geral, é utilizado um fator de segurança de 5 x (ou seja 2 W/kg). ICNIRP statement. Health Physics 70: 587-593, 1996
A Física das Radiações Eletromagnéticas Normas Normas implicam que, dentro de terminado valor, a exposição a um campo eletromagnético saúde é seguro de acordo com o conhecimento científico vigente. Baseadas no efeito térmico das radiações eletromagnéticas e fundamentalmente em estudos comportamentais em animais de laboratório. Importância das normas. Necessidade de implantação, de controle e policiamento das mesmas. O risco potentical aumenta graduamente com o nível de exposição. Qualidade técnica do produto!
A Física das Radiações Eletromagnéticas Conclusão 1 Existem normas internacionais que estalecem limites de segurança no contato a radiações eletromagnéticas. Seguindo-se rigorosamente essas normas internacionais, a evidência atual não confirma a existência de qualquer conseqüência negativa à saúde dos indivíduos induzida por baixos níveis de radiação eletromagnética. Como demonstrar a segurança da exposição prolongada a baixos níveis de radiação eletromagnética?
Telefonia celular e danos à saúde Primeiras especulações • As especulações de que telefones celulares poderiam ser prejudiciais à saúde vieram à tona pela primeira vez em 1993. • Um homem da Flórida foi a um popular programa de TV alegar que o câncer no cérebro de sua esposa teria sido causado pela radiação de seu telefone celular. O processo foi arquivado em 1995 por falta de embasamentos médicos e científicos.
Telefonia celular e danos à saúde Primeiras especulações • Esses fatos aumentaram o interesse da comunidade científica na biologia, física e epidemiologia da radiação EM. • Publicações mais, como a deRepachioli e col.(1997) que sugere que a exposição à radiação RF aumenta a incidência de linfomas em ratos, trouxe de vez à tona a discussão sobre o assunto. • Proximidade do celular (da fonte de radiação EM) da cabeça. O usuário de celular é exposto a campos EM maiores que os presentes no ambiente (acredita-se que a energia absorvida esteja nos limites das recomendações atuais).
Telefonia celular e danos à saúde Estudos científicos • Existem três tipos de investigação (ferramentas) diferentes que buscam verificar aspectos vários do efeito adverso potencial das reações eletromagnéticas: • estudos em células; • estudos em animais de laboratório; • estudos epidemiológicos.
Telefonia celular e danos à saúde Estudos científicos Características básicas (que faltam em muitos trabalhos): - metodologia adequada (número de indivíduos, efeito térmico não interessa, explicação biológica aceitável (hipótese), análise adequada); - associação/efeito forte e consistente; - reprodutibilidade do estudo em laboratórios/regiões diferentes; - relação dose X resposta.
Telefonia celular e danos à saúde Estudos científicos • Estudos em células • fundamental para entender mecanismos moleculares e celulares de efeitos possíveis de campos eletromagnéticos. Buscam o entendimento de como é que uma força física é convertida em efeito/ação biológico. • buscam principalmente efeitos mutagênicos, de proliferação e transformação celular. Efeitos esses que correlacionam com potencial carcinogênico/tumorigênico. • grande controle experimental, pequenos erros, custo relativamente baixo, razões de ética animal/humana, uso de células humanas.
Citogenética • Vários estudos foram feitos e não demonstraram qualquer efeito genotóxico (dano ao material genético – DNA) das radiações de RF: Weed & Hursting, 1998; Leonard e col., 1983; Loyd e col., 1986; Saunders e col., 1988; Meltz e col., 1987; Meltz e col., 1989; Meltz e col., 1990; Balcer-Kubiczek & Harrison, 1991; Antonopoulos e col., 1997; Maes e col., 1996. • Entretanto, 2 estudos de particular interesse demonstraram efeitos genotóxicos
Citogenética Maes e col., 1993 – linfócitos humanos • Expôs linfócitos humanos a 2450 MHz por 30 120 min com uma SAR de 75 W/kg. • Encontrou aberrações cromossomiais em várias células. Problemas: • As medidas de densidade de potência e SAR não foram feitas de maneira acurada • A sonda metálica utilizada para medir a temperatura aqueceu ao ser exposta a radiação RF e isto pode ter causado dano térmico as células.
Citogenética Lai & Singh, 1995 • Estudo relata que exposição de ratos a 2450 Mhz por 2 horas com SAR de 1.2 W/Kg causa quebra nas fitas de DNA das células cerebrais após 4 horas. Problemas • O intervalo de 4 horas é inconsistente com os mecanismos conhecidos de reparo do DNA. • A forma utilizada para sacrificar os animais após a exposição(CO2) causa por si só dano ao DNA (apoptose celular). • O método utilizado para detectar dano ao DNA causa por si só dano ao DNA. • Esses resultados não foram reproduzidos pelo estudo de Malyapa e col., 1998.
Telefonia celular e danos à saúde Estudos científicos Estudos em animais de laboratório: - aproximam um pouco mais da situação dos seres humanos e são importantes para estabelecer níveis seguros de exposição e investigar dose-resposta. - estudo da exposição de animais de laboratório a diferentes radiações por períodos prolongados e verificando a incidência de tumores benignos e malignos, sobrevida e resposta a injeção de tumores.
Exposição Prolongada em Animais • Vários estudos foram feitos: Spalding e col., 1971;Toler e col., 1988;Chou e col, 1992;Liddle e col., 1994;Prausnitz & Susskind, 1962. Nenhuma diferença significativa dentro das densidades de potência abaixo do padrão estabelecido foi notada entre o grupo exposto e o grupo não exposto!!!
Exposição Prolongada em Animais Repacholi e col, 1997 • Os camundongos foram expostos a 900 Mhz, a 1.3 mW/cm2 e SAR 4.2 W/Kg durante 18 meses. • Os autores observaram um aumento na incidência de linfomas nos animais expostos. Problemas • Usou animais geneticamente modificados para serem mais susceptíveis ao desenvolvimento de tumores. • Os resultados não foram confirmados por outros estudos de desenho experimental similar (Frei e col., 1998; Toler e col., 1997; Utteridge et al., 2002).
Telefonia celular e danos à saúde Estudos científicos • Estudos epidemiológicos: • São de grande valor pois aplicam diretamente ao ser humano. Porém ... apenas detectam associações estatísticas entre exposição e incidência de efeitos de saúde adversos em seres humanos. • Achar uma associação estatística não implica em causa e efeito (necessidade de estudos mecanísticos). • A dificuldade epidemiológica de distinguir pequenos efeitos adversos de nenhum efeito adverso é patente. A ausência de efeito demonstrável não é igual a ausência real de efeitos. Implica simplesmente que o efeito não é detectável pelo método (exemplo do cigarro).
Estudos Epidemiológicos Câncer • A dificuldade de detalhar a exposição real dos indivíduos à radiação EM é patente – dose-resposta inexistente!; • Mesmo nos estudos em que alguma associação com algum tipo de câncer é encontrada, nenhum tipo específico de câncer tem sido consistentemente associado com exposição EM (na faixa não-ionizante de radio-freqüência) – inconsistência! • É claro que, se houver qualquer associação entre campos eletromagnéticos e câncer, essa associação será muito pequena – portanto de difícil demonstração!
Estudos Epidemiológicos Então ... • De acordo com Mobile telephones: an evaluation of health effects,Health Council of the Netherlands, The Hague, 2002não existem evidências de que o uso de telefonia celular cause qualquer tipo de sintomatologia geral (tonteira, náusea, cefaléia, problemas visuais); efeitos sobre o sono;câncer e efeitos neurológicos.
Conclusão • Foi utilizando este julgamento que diversas comissões internacionais como a National Council on Radiation Protection and Measurements (NCRP); International Comission on Non-Ionizing Radiation Protection (ICNIRP); National Radiation Protection Board (NRPB); Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) e o Holland Health Council concluiram que: “A exposição a radiação de RF dentro dos limites estabelecidos é segura para a população”
Conclusão / entretanto ... • Apesar da maioria dos estudos trazerem grande tranqüilidade, pelo exposto acima e de forma inerente às ferramentas científicas disponíveis, não há como a ciência garantir com absoluta segurança a ausência de efeitos adversos da radiação de RF. • O que há então no futuro? Tentar responder com a maior certeza (CERTAINTY) possível sobre os efeitos biológicos das radiações EM na faixa de RF.
Cuidados “O risco de acidentes e fatalidades associados ao uso de telefones celulares por indivíduos ao volante (dirigindo) já foi definitivamente estabelecido. No presente estado de conhecimento, este é o único risco para a saúde da telefonia celular, mesmo sendo um risco muito sério” http://www.sante.gouv.fran/htm/dossiers/telephon_mobil/conclus_uk.htm