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Usar Ou Não Usar A Informática Como Meio De Educação?. A pesquisa foi realizada no “Colégio Estadual Frei Tomás”, situado no município de Itaocara, região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, no período de maio a julho do ano de 2002.
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A pesquisa foi realizada no “Colégio Estadual Frei Tomás”, situado no município de Itaocara, região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, no período de maio a julho do ano de 2002. • Inicialmente foi solicitado aos professores e alunos do Primeiro e Segundo Segmentos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, o preenchimento de um questionário, com o intuito de se obter informações sobre o uso do computador no processo ensino-aprendizagem. • O diretor do colégio foi entrevistado a fim de colher dados sobre o grau de informatização em que a escola se encontra e verificar como o responsável pela tomada de decisões vê o uso do computador na escola.
Questionário Aplicados aos Professores do Colégio Estadual “Frei Tomás”
Você acha importante o uso do computador no processo de aprendizagem?
Questionários Aplicados aos Alunos do Colégio Estadual “Frei Tomás”
Embebidos pelo espírito prático do século XXI, estamos vivendo hoje a era da "Qualidade Total", inspirada nos princípios do Capitalismo, mas a escola não pode ser vista como uma empresa, basta levarmos em consideração que o produto final é o aluno, um ser biológico, histórico e social. • Nessa ótica, surge a inserção de novas tecnologias em educação, entre elas o computador. As escolas públicas consideradas aptas após apresentação de projeto receberam os equipamentos para a montagem dos laboratórios de informática. O que se vê na prática, são laboratórios sem infra-estrutura nenhuma: espaço físico inadequado, equipamento não condizente com a necessidade real das escolas, falta de softwares educacionais, inexistência de equipe técnica e a maioria deles ainda não permite acesso à Internet. • O que se verifica é o sub-uso do computador, seja na secretaria da escola ou na sala de aula. A realidade descrita não condiz com o que é recomendado para uma escola do século XXI, mas existem alguns recursos que podem ser utilizados para a melhoria dessa situação.
A Anatel deseja estender o acesso à rede para cerca de 13 mil escolas, o que facilitaria a utilização dos freeewares. As escolas do interior utilizam provedores locais e ainda arcam com a conta telefônica. No interior do Estado do Rio de Janeiro fala-se em Rede Livre, onde o custo mensal é o mesmo de um provedor e não se pagam as chamadas telefônicas, o que pode ser uma boa opção até a chegada do programa da Anatel. Com isso, o acesso à Internet seria estendido aos alunos, os softwares educativos livres poderiam ser baixados e colocados em funcionamento no minúsculo Laboratório. • Foi divulgado no ano passado um programa do governo federal que previa a troca do Windows pelo Linux a fim de evitar gastos com a compra de programas. É conveniente ressaltar que a mudança do Windows para o Linux requer suporte e treinamento. Poucos profissionais de Informática do interior do país dominam o Linux, o que dificultaria o acesso ao treinamento, mas é inquestionável que o uso do software aberto diminui os gastos de implantação dos sistemas e oferece mais segurança para os usuários. É de suma importância que alternativas sejam criadas para superar essa dificuldade inicial.
Na prática, o laboratório de informática é um local sombrio cuja porta está sempre fechada e a chave guardada pelos diretores, que na maioria das vezes não olham com “bons olhos” aqueles professores que teimam em deixar a luz entrar pelos blecautes das cortinas. • É impossível não levantar a questão de que ainda hoje, profissionais de educação com vasta experiência, não estão abertos à inserção de novas tecnologias, entre elas o computador. Cabe ressaltar que as escolas públicas brasileiras, pelo menos as do interior do país, ainda são dirigidas pelas mesmas pessoas de vinte anos atrás e a mudança de paradigmas não é tão fácil de ocorrer. • Primeiramente é preciso convencer a direção e todo o pessoal envolvido. Logo, o primeiro passo é mostrar que existem saídas para diminuir os custos com equipamentos e softwares. O segundo passo é não cometer o erro de importar modelos, que na maioria das vezes não se encaixam no contexto da escola em questão, podendo representar um grande desperdício de recursos. O terceiro passo é exatamente a integração de toda comunidade escolar nas discussões sobre a inserção do computador na escola.
O professor não utiliza o computador por se sentir inseguro. O treinamento do profissional de educação esbarra na falta de recursos e na incompetência do pessoal gerenciador na montagem dos cursos, que geralmente são ministrados por profissionais altamente técnicos sem nenhum contato com a Pedagogia, intensificando ainda mais a distância entre a teoria e a prática. • É imprescindível a inserção da Informática Educativa nos cursos de Formação de Professores. Assim, os novos profissionais de educação estarão aptos a utilizar o computador em suas aulas, o que certamente tornará o ensino mais produtivo. • Na escola pública básica, percebe-se a preocupação dos alunos de todas as idades com sua inserção no mercado de trabalho. O domínio das novas tecnologias, especialmente do computador, é visto como pressuposto para um futuro melhor.
A motivação quando o computador é utilizado no processo de ensino-aprendizagem não se explica apenas pelo interesse no trabalho futuro, mas o uso dessa ferramenta desperta curiosidade, melhora a concentração e permite a descontração, tornando a tarefa de aprender mais divertida. • Em síntese, a informática encontra-se presente em nossa vida cotidiana e, incluí-la no processo ensino-aprendizagem, significa preparar os estudantes para o mundo tecnológico e científico, inserindo a escola nesse mundo real. • A escola pode ser centenária ou não, basta estar aberta a essa nova realidade e fazer bom uso dessa tecnologia no processo ensino-aprendizagem para oferecer a sua clientela a apropriação do conhecimento, dando-lhe as bases necessárias para a competição em um mundo que hoje exige a qualidade total.