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O terremoto de 8,8 pontos na Escala Ritcher seguido de um tsunami que abalou as cidades no noroeste do Japão, na última sexta-feira, é considerado por especialistas como uma das mais caras tragédias naturais de todos os tempos, segundo informações da rede americana CNN. Agora, além da preocupação com as vítimas e a questão nuclear, o Japão tenta evitar um “terremoto econômico”.
CALCULANDO PERDAS De acordo com a CNN, a empresa Eqecat estimou as perdas causadas pela tragédia em pelo menos US $ 100 bilhões, incluindo US $ 20 bilhões em danos a residências e US $ 40 bilhões em danos à infraestrutura (estradas, ferrovias e instalações portuárias), segundo analistas dos Estados Unidos.
Muitas das grandes companhias do Japão reduziram ou inclusive interromperam a atividade em suas fábricas, em parte pelo apelo do governo em prol da redução de consumo de energia elétrica após os problemas em algumas usinas nucleares e os previstos blecautes.
A gigante Toyota interrompeu a produção em suas fábricas e fornecedores filiados em todo o país até a próxima quarta-feira (16), o que reduzirá nestes três dias sua produção em 40 mil veículos. "Estamos priorizando e apoiando os esforços de ajuda na região afetada, além de garantir a segurança de todos os nossos funcionários", disse Dion Corbett, porta-voz da Toyota.
A Suzuki também interromperá suas atividades em todo o Japão até quarta, enquanto a Honda estendeu sua atual paralisação até o próximo domingo. Essas empresas, que fazem parte de um setor que representa quase um quinto do PIB japonês, previam problemas no recebimento de peças por parte de seus fornecedores.
O porta-voz do governo japonês, YukioEdano, informou hoje que serão destinados 30,2 bilhões de ienes (264 milhões de euros) para fornecimento de comida e atendimento médico nas áreas mais afetadas pelos desastres.