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Afecção,Doença, Enfermidade,Moléstia [ 1] maranhao@ensp.fiocruz.br emarasnhao@hotmail.com Obs: material apresentado[em 2006] e discutido no pós graduação estrito senso da Casa de Oswaldo Cruz - Fiocruz-Disciplina História de Doenças -Dpto de pesquisa.
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Afecção,Doença, Enfermidade,Moléstia[ 1]maranhao@ensp.fiocruz.bremarasnhao@hotmail.comObs:material apresentado[em 2006] e discutido no pós graduação estrito senso da Casa de Oswaldo Cruz - Fiocruz-Disciplina História de Doenças -Dpto de pesquisa • Diferença semântica entre afecção, doença,enfermidade,moléstia--> objeto de indagação, tanto do ponto de vista lingüistico , de terminologia médica, e histórico • grego clássico- a “ciência médica” buscou elementos formadores de sua terminologia • para expressar a doença com os radicais gregos utilizam-se nósos e páthos, com que formaram numerosos compostos, tais como nosologia, nosografia, patologia, cardiopatia, patogenia, etc. • Páthos[em grego], tem o sentido muito mais amplo do que nósos, e tanto se refere ao infortúnio físico como moral--> as paixões exacerbadas. • Para designar o estado mórbido em geral , prevaleceram na terminologia médica palavras de origem latina, populares ou semicultas, de livre transito entre médicos e leigos, como: achaque,incomodo, padecimento, mal, afecção, doença, enfermidade, moléstia • As 4 últimas são as de +or uso no vocabulário médico • Originalmente cada uma caracterizava um aspecto particular da perturbação da saúde, o que estava implícito em sua própria etimologia
Afecção, doença,enfermidade, moléstia [2] • Afecção---> provem do latim affectione , ação de afetar,atingir, influência, estado resultante da influência sofrida;modificação • Doença--->em latim, era designada morbus, i, donde mórbido, morbidade, morbífico, morbígeno etc. A palavra procede do latim dolentia, de dolens,entis, particípio presente do verbo doleo, dolere, sentir ou causar dor,afligir-se, amargurar-se • Enfermidade---> do Latim infirmitas, atis, de infirmus, que, por sua vez,resultou da fusão do prefixo in (negação) + firmus, firme, robusto, saudável. Denota, debilidade,fraqueza, perda de forças. • Moléstia---> provém de igual palavra latina, molestia, que exprime enfado, incômodo, desassossego, inquietação • obs: cada uma das palavras tinha originalmente seu conteúdo semântico próprio e este foi variando através do tempo
Afecção,Doença,Enfermidade, Moléstia[ 3] • Afecção: expressava as modificações sofridas pelo organismo resultantes da ação de uma causa; • Doença: traduzia o sofrimento, a dor que acompanha os estados patológicos; • Enfermidade: caracterizava o enfraquecimento, a debilitação do organismo; • Moléstia: refletia a sensação de desconforto e mal-estar que acompanha o estado mórbido; • Obs; o uso alternativo de um e de outro termo para indicar uma condição que enfeixa o significado dos demais, forçosamente levaria a uma metonímia, o que efetivamente ocorreu • Metonímia= substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento.
Afecção,doença, enfermidade,moléstia[ 4] • Impossibilidade de manter a distinção semântica entre moléstia e doença [ Dicionário de terminologia médica portuguesa-- Plácido Barbosa] “ Moléstia-.> A significação originária deste termo é a de enfado, incômodo, ação ou efeito do que é molesto, e não a de doença,que hoje se lhe dá ” . ‘ Mas como a doença é sempre acompanhada de +or ou - or moléstia, esta relação constante favoreceu e determinou a metonímia, pela qual moléstia passou a significar doença” • Miguel Couto(1865-1934)[clínica médica, professor,escritor,político, conhecedor da língua portuguesa]--.> Tentou atribuir um significado próprio a cada um dos nomes, propõe as seguintes definições: • doença: termo genérico ,significando desvio do estado “normal” • moléstia: conjunto de fenômenos que evoluem sob a influencia da mesma causa • afecção: conjunto de fenômenos na dependência da mesma causa • enfermidade: desarranjo na disposição material do corpo
Afecção,doença, enfermidade,moléstia [5] • No seu Manual de Semiologia, Arnaldo Marques reconhece a dificuldade de atribuir a cada vocábulo um sentido próprio • “É, contudo , questão complexa, passível de sérias controvérsias, definir e conceituar os vocábulos doença,moléstia,incômodo, achaque, enfermidade, padecimento, entidade mórbida, condição mórbida- usadas todas elas, para significar, de uma maneira vaga e imprecisa, o fato mórbido, o sofrimento”. [A . Marques] • Mesmo que possamos encontrar pequeninas diferenças entre o significado de cada uma dessas palavras, não resta dúvida de que não raro influem na sua preferência, até certo ponto, fatores pessoais; um deles é a literatura estrangeira a que se habituou o médico ou o historiador • Inglês-->disease,illness,morbid condition -->empregam de preferência -->condição móbida • Espanhol[castelhano]-->empregam de preferência -->enfermidad • Francês-->maladie-->moléstia • “ Se falamos de uma certa doença, referindo-se a uma simples lesão anatômica- “ulcera do estômago” ,“fratura do rádio”- se emprega a expressão afecção e não moléstia”
[6] • Lemos Torre dá as seguintes definições: • Doença- do latim dolentia de dolens = dor, portanto indica perturbação em que há dor, corresponde a palavra grega algos, algema--> algia = dor • Moléstia- do latim moléstia, perturbações da molens( massa de matéria mole, corpo) sob o influxo de uma mesma causa, que importuna, acarreta mal-estar e atormenta, corresponde em grego a nosos, nosema, que nos deu nosologia, nosografia e nosogenia • Afeccção- No sentido amplo e filosófico, afectar significa atuar sobre um ser vivo, especialmente consciente, maximé em sua sensibilidade e sentimentalidade ou em seus interesses vitais. • No sentido médico, indica ação maléfica atuando sobre um órgão ou tecido vivo, acarretando-lhe desvios de suas funções ou lesando-o fisicamente • Afecção seria a expressão de um estado morbífico do organismo vivo ou do ânimo • Obs: Entretanto, a afecção não é o mesmo que moléstia, veio como esta do latim, mas de affectio,onis, deriva afficio, significa relação, disposição, estado e modo de ser, corresponde no grego a pathos, pathéma, que significa modificação qualquer, sofrimento, moléstia, afecção mórbida
[7] • Enfermidade- do latim infirmita,infirmitatis ( de infirmus) que significa fraqueza,debilidade. Incapacidade de realizar algo de habitual devido a uma deficiência no grego astheneia = astenia, que designa + apropriadamente fraqueza muscular • “ Quando se define doença, ou estado mórbido, pressupõe-se a coexistência de uma lesão, de uma etiopatogenia, de uma conjunto sintomático e de uma evolução. Doença é considerada um evento biológico cuja causa pode ser ou não reconhecida pelos métodos clínicos. Não deve ser confundida com moléstia , vocábulo que provém de molesto-(o)-ia e que tem a acepção de mal estar, inquietação, não sendo bom(português) emprega-lo com o sentido de doença ou enfermidade.Molestar não significa produzir doença, mas sim atormentar, causar incômodo. Por esta o razão usa-se história da moléstia atual” [ O.P. Cirne ] • Obs: Na realidade nem sempre se usa história da moléstia atual. Em muitos serviços médicos, universitários, “acadêmicos”,usa-se também história da doença atual. Assim, não há consenso quanto ao significado preciso de cada um dos termos empregados para indicar a alteração da saúde. [ são utilizados como sinônimos, independentemente da conotação semântica que cada um possa ter. De todos , o que + se diferencia é, sem dúvida , afecção , ao qual se procura ligar a idéia de alteração anatômica conseqüente ou determinante do estado mórbido.
[10] • Doença, enfermidade e moléstia se equivalem como atestam os textos médicos atuais e os modernos léxicos da língua portuguesa, especializados ou não. • Mas nem sempre tiveram o mesmo significado quando lemos em textos do passado, em textos antigos. • É importante, ressaltar que (nos epônimos), emprega-se de preferência e,+ raramente,moléstia ( mal de Hansen, mal de Pott, doença de Chagas). • Obs: De modo análogo, as pessoas que apresentam qualquer perturbação na saúde, mesmo que seja rotulada de afecção ou moléstia são sempre doentes ou enfermos • Em termos etimológicos, doente é o que sente dor, o que sofre, o que padece; enfermo é o que está debilitado, enfraquecido pela doença. • A etimologia ,entretanto, não determina o significado das palavras; serve apenas como esclarecimento de sua origem • Obs: A menos que haja uma convenção, torna-se muito difícil, na atualidade, estabelecer quando se deve empregar afecção, doença, enfermidade, moléstia ou mal. O fato, não constitui mal maior( Mas para se fazer história é necessário se considerar e estar alerta para o uso da época) • Nota Epônimo = 1- que dá ou empresta o seu nome a alguma coisa. 2-que recebeu o nome de uma pessoa: Doença epônima
[11] • Obs: Deve-se evitar é o emprego cada vez + or , de patologia como sinônimo de afecção, doença,enfermidade ou moléstia • Ouve-se com freqüência , em comunicações orais e publicações, de historiadores de doença, de médicos, que o doente teve ou tem uma determinada patologia ou até mesmo duas ou + patologias! • Nota patologia = ciência que estuda a origem, os sintomas e a natureza das doenças. Patologia geral = a que define os termos, fixa-lhes as significações, determina as leis dos fenômenos mórbidos, investiga e classifica as causas, os processos, os sintomas etc.
Sinal,sintoma, síndroma[12] • Sinal- São indícios objetivos vistos pelo médico - ex: icterícia, rubor, eritema, exantema • Sintoma- É um indício de doença que o paciente sente[subjetivo] ex: inapetência, alterações do paladar, astenia( fraqueza), tontura e vertigem • Síndroma(síndrome)- É uma conjunto de sinais e sintomas[ + de 3] ex: Sindromes exantemáticas ( exantema morbiliforme, febre[+ 37,5 C],tosse, sinal de Koplic= sarampo?) • sintoma-->sinal--> sindrome-->doença • Evolução do raciocínio diagnóstico
Nosologia,nosografia • Nosologia->As entidades que se classificam são doenças ou transtornos. Se trata de construir uma taxinomia de fenômenos [de doenças,enfermidades, patológicos]. Supõe uma organização baseada em pressupostos teóricos sobre a natureza da doença • Nosografia-> Distribuição metódica da doença por classe, ordem, gênero e espécie • Taxonomia refere-se à classificação das coisas, e aos princípios subjacentes da classificação. Quase tudo – objetos animados, inanimados, lugares e eventos(doenças)- pode ser classificado de acordo com algum esquema taxonômico • “ A mente humana organiza naturalmente seu conhecimento do mundo em tais sistemas”[epistemologia de Kant}
O idioma analítico de John Wilkins • El idioma analítico de John WilkinsJorge Luis BorgesHe comprobado que la decimocuarta edición de la Encyclopaedia Britannica suprime el artículo sobre John Wilkins. Esa omisión es justa, si recordamos la trivialidad del artículo (veinte renglones de meras circunstancias biográficas: Wilkins nació en 1614, Wilkins murió en 1672, Wilkins fue capellán de Carlos Luis, príncipe italiano; Wilkins fue nombrado rector de uno de los colegios Oxford, Wilkins fue el primer secretario de la Real Sociedad de Londres, etc.); es culpable, si consideramos la obra especulativa de Wilkins. Éste abundó en felices curiosidades: le interesaron la teología, la criptografía, la música, la fabricación de colmenas transparentes, el curso de un planeta invisible, la posibilidad de un viaje a la luna, la posibilidad y los principios de un lenguaje mundial. A este último problema dedicó el libro An Essay Towards a Real Character and a Philosophical Language (600 páginas en cuarto mayor, 1668). No hay ejemplares de ese libro en nuestra Biblioteca Nacional; he interrogado, para redactar esta nota, The life and Times of John Wilkins (1910), de P. A. Wrigh Henderson; el Woertebuch der Philosophie (1924), de Fritz Mathner; Delphos (1935), de E. Sylvia Pankhurst; Dangerous Thoughts (1939), de Lancelot Hogben. Todos, alguna vez, hemos padecido esos debates inapelables que una dama, con acopio de interjecciones y de anacolutos jura que la palabra luna es más (o menos) expresiva que la palabra moon. Fuera de la evidente observación de que el monosílabo moon es tal vez más apto para representar un objeto muy simple que la palabra bisilábica luna, nada es posible contribuir a tales debates; descontadas las palabras descompuestas y las derivaciones, todos los idiomas del mundo (sin excluir el volapük Johann Martin Schleyer y la romántica interlingua de Peano) son igualmente inexpresivos. No hay edición de la Gramática de la Real Academia que no pondere "el envidiado tesoro de voces pintorescas, felices y expresivas de la riquísima lengua española", pero se trata de una mera jactancia, sin corroboración. Por lo pronto, esa misma Real Academia elabora cada tantos años un diccionario, que define las voces del español... En el idioma universal que ideó Wilkins al promediar el siglo XVII, cada palabra se define a sí misma. Descartes, en una epístola fechada en noviembre de 1629, ya había anotado que mediante el sistema decimal de numeración, podemos aprender en un solo día a nombrar todas las cantidades hasta el infinito y a escribirlas en un idioma nuevo que es el de los guarismos; también había propuesto la formación de un idioma análogo, general, que organizara y abarcara todos los pensamientos humanos. John Wilkins, hacia 1664, acometió esa empresa. Dividió el universo en cuarenta categorías o géneros, subdivisibles luego en diferencias, subdivisibles a su vez en especies. Asignó a cada género sin monosílabo de dos letras; a cada diferencia, una consonante; a cada especie, una vocal. Por ejemplo: de, quiere decir elemento; deb, el primero de los elementos, el fuego; deba, una porción del elemento del fuego, una llama. En el idioma análogo de Letellier (1850) a, quiere decir animal; ab, mamífero; abo, carnívoro; aboj, felino; aboje, gato; abi, herbívoro; abiv, equino; etc. En el Bonifacio Sotos Ochando (1854), imaba, quiere decir edificio; imaca, serrallo; image, hospital; imafo, lazareto; imarri, casa; imaru, quinta; imedo, poste; imede, pilar; imego, suelo; imela, techo; imogo, ventana; bire, encuadernador; birer, encuadernar. (Debo este último censo a un libro impreso en Buenos Aires en 1886: el Curso de lengua universal, del doctor Pedro Mata). Las palabras del idioma analítico de John Wilkins no son torpes símbolos arbitrarios; cada una de las letras que las integran es significativa, como lo fueron las de la Sagrada Escritura para los cabalistas. Mauthner observa que los niños podrían aprender ese idioma sin saber que es artificioso; después en el colegio, descubrirán que es también una clave universal y una enciclopedia secreta. Ya definido el procedimiento de Wilkins, falta examinar un problema de imposible o difícil postergación: el valor de la tabla cuadragesimal que es base del idioma. Consideremos la octava categoría, la de las piedras. Wilkins las divide en comunes (pedernal, cascajo, pizarra), módicas (mármol, ámbar, coral), preciosas (perla, ópalo), transparente (amatista, zafiro) e insolubles (hulla, greda y arsénico). Casi tan alarmante como la octava, es la novena categoría. Esta nos revela que los metales pueden ser imperfectos (bermellón, azogue), artificiales (bronce, latón), recrementicios (limaduras, herrumbre) y naturales (oro, estaño, cobre). La belleza figura en la categoría decimosexta; es un pez vivíparo, oblongo. Esas ambigüedades, redundancias y deficiencias recuerdan las que el doctor Franz Kuhn atribuye a cierta enciclopedia china que se titula Emporio celestial de conocimientos benévolos. En sus remotas páginas está escrito que los animales se dividen en (a) pertenecientes al Emperador, (b) embalsamados, (c) amaestrados, (d) lechones, (e) sirenas, (f) fabulosos, (g) perros sueltos, (h) incluidos en esta clasificación, (i) que se agitan como locos, (j) innumerables, (k) dibujados con un pincel finísimo de pelo de camello, (1) etcétera, (m) que acaban de romper el jarrón, (n) que de lejos parecen moscas. El Instituto Bibliográfico de Bruselas también ejerce el caos: ha parcelado el universo en 1000 subdivisiones, de las cuales la 262 corresponde al Papa; la 282, a la Iglesia Católica Romana; la 263, al Día del Señor; la 268, a las escuelas dominicales; la 298, al mormonismo, y la 294, al brahmanismo, budismo, shintoísmo y taoísmo. No rehúsa las subdivisiones heterogéneas, verbigracia, la 179: "Crueldad con los animales. Protección de los animales. El duelo y el suicidio desde el punto de vista de la moral. Vicios y defectos varios. Virtudes y cualidades varias." He registrado las arbitrariedades de Wilkins, del desconocido (o apócrifo) enciclopedista chino y del Instituto Bibliográfico de Bruselas; notoriamente no hay clasificación del universo que no sea arbitraria y conjetural. La razón es muy simple: no sabemos qué cosa es el universo. "El mundo -escribe David Hume- es tal vez el bosquejo rudimentario de algún dios infantil, que lo abandonó a medio hacer, avergonzado de su ejecución deficiente; es obra de un dios subalterno, de quien los dioses superiores se burlan; es la confusa producción de una divinidad decrépita y jubilada, que ya se ha muerto" (Dialogues Concerning Natural Religion, V. 1779). Cabe ir más lejos; cabe sospechar que no hay universo en el sentido orgánico, unificador, que tiene esa ambiciosa palabra. Si lo hay, falta conjeturar su propósito; falta conjeturar las palabras, las definiciones, las etimologías, las sinonimias, del secreto diccionario de Dios. La imposibilidad de penetrar el esquema divino del universo, no puede, sin embargo, disuadirnos de planear esquemas humanos, aunque nos conste que estos son provisorios. El idioma analítico de Wilkins no es el menos admirable de ésos esquemas. Los géneros y especies que lo componen son contradictorios y vagos; el artificio de que las letras de las palabras indiquen subdivisiones y divisiones es, sin duda, ingenioso. La palabra salmón no nos dice nada; Zana, la voz correspondiente; delfine (para el hombre versado en las cuarenta categorías y en los géneros de esas categorías) un pez escamoso, fluvial, de carne rojiza. Teóricamente, no es inconcebible un idioma donde el hombre de cada ser indicara todos los pormenores de su destino, pasado y venidero.) Esperanzas y utopías aparte, acaso lo más lúcido que sobre el lenguaje se ha escrito son estas palabras de Chesterton: "El hombre sabe que hay en el alma tintes más desconcertantes, más innumerables y más anónimos que los colores de una selva otoñal... cree, sin embargo, que esos tintes, en todas sus fusiones y conversiones, son representables con precisión por un mecanismo arbitrario de gruñidos y de chillidos. Cree que del interior de un bolsista salen realmente ruidos que significan todos los misterios de la memoria y todas las agonías del anhelo" (G.F.Watts, pág.88, 1904).FIN