391 likes | 1.03k Views
Profa Rosaura Leite Rodrigues. Patologias do sistema genital feminino. ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO INTERSEXOS. Como diagnosticar?. PELO FENÓTIPO ?. Como diagnosticar?. SEXO GENÉTICO SEXO GONADAL SEXO FENOTÍPICO. 1. ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO.
E N D
Profa Rosaura Leite Rodrigues Patologias do sistema genital feminino
ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO • INTERSEXOS Como diagnosticar? PELO FENÓTIPO ?
Como diagnosticar? • SEXO GENÉTICO • SEXO GONADAL • SEXO FENOTÍPICO
1.ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO 1.1. Hermafroditismo Hermafroditas verdadeiros estruturas de testículo e ovário incomum Classificação: Bilateral um ovotestis em cada lado Unilateral um ovotestis em um dos lados e um ovário ou um testículo do lado oposto Alternado um testículo em um dos lados e um ovário no outro O restante do trato genital sem definição precisa de sexo ou possui genitália de ambos os sexos
1.2. Pseudo - hermafroditismo • Gônadas de um dos sexos e trato genital lembrando o sexo oposto • Classificação: conforme tecido gonadal presente • Pseudo-hermafrodita macho testículos • Pseudo-hermafrodita fêmea ovários
1.3. Freemartismo Bovinos (raramente ovinos e caprinos) • Gestações gemelares - sexos diferentes • Anastomose entre as circulações fetais Efeitos mais evidentes na fêmea Teoria: células hematopoiéticas do macho colonizariam a fêmea, transportando consigo um antígeno capaz de converter células indiferenciadas em testículos (Fator de Diferenciação Testicular) ovários pouco desenvolvidos / túbulos seminíferos estéreis / presença de vesículas seminais / vestíbulo e vulva hipoplásicos e clitóris aumentado
2. CISTOS OVARIANOS 2.1. Cistos paraovarianos Principalmente na vaca e na égua Remanescentes de estruturas embrionárias Não estão localizados nos ovários, mas junto a eles Até vários cm de diâmetro Sem manifestação clínica
2.2. Cistos de inclusão germinativa • Penetração no ovário de segmentos do peritôneo • Causas: após a ovulação, o peritôneo pode penetrar na papila de ovulação / em casos de traumatismos Sem manifestação clínica
2.3. Cistos foliculares • Solitários ou múltiplos • Uni ou bilaterais • Tensos ou flácidos • Diâmetro variável, segundo a espécie animal Conteúdo: líquido claro, com ou sem hormônios estrogênicos l Causas: distúrbios hormonais de origem hipofisária ou hipotalâmica, com inadequada secreção dos hormônios FSH e LH ou LH biologicamente inativo na vaca : associados a problemas pós-parto no primeiro parto (distocias, retenção de placenta)
Se secretor de estrogênio hiperplasia cística do endométrio Na cadela frequentes os tumores mamários Os folículos maduros não se rompem (não há ovulação) inicialmente hiperestrogenismo e depois anestro Pode haver regressão espontânea Rupturas dos cistos (espontâneas ou provocadas) hemorragias graves
2.4.Cistos luteínicos (anovulatórios) Descritos na vaca e na porca Ocorre luteinização da teca interna de folículos que não ovularam Anestro Causas: insuficiente liberação de LH durante o estro ou liberação tardia ou, ainda, liberação insuficiente de FSH e LH No mesmo ovário podem estar presentes cistos foliculares e cistos luteínicos
2.5. Cistos de corpo lúteo São corpos lúteos que sofreram transformação cística, não se transformando em corpos albicans Apresentam papila de ovulação Patogênese desconhecida Sem interferência no ciclo estral Podem sofrer ruptura espontânea e posterior cicatrização
3. PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 3.1. Ooforite ou ovarite Rara nos animais domésticos Geralmente é piogênica Enucleação do corpo lúteo em vaca com piometrite abscesso ovariano – também pode determinar hemorragia ovariana com aderências ou morte por hipovolemia Brucelose e tuberculose peritoneal em vacas granulomas na serosa dos ovários (macroscopia: pequenos nódulos avermelhados)
3.2. Salpingite Inflamação das trompas Extensão de inflamações uterinas Comumente bilateral Mesmo branda é capaz de interferir com a fertilidade • Geralmente não é visível macroscopicamente.
3.3. Metrites • ENDOMETRITE geralmente o ponto de ínicio das infecções • MIOMETRITE • PERIMETRITE • PARAMETRITE (ligam/ largo) • CERVICITE • Se todas as camadas= metrite ♦ PIOMETRITE (coleção purulenta) - Pode ser sequela de endometrite... piometrite rôta peritonite
Útero não gravídico muito mais resistente aos processos inflamatórios e infecciosos No estro aumento normal de leucócitos na parede uterina mais resistente durante este período Útero gravídico:influência da progesterona - mais sensível
ENDOMETRITE MACROSCOPIA Inflamações agudas e brandas imperceptíveis • Inflamações graves mucosa tumefeita, com superfície irregular.... fase aguda ... fase crônica MICROSCOPIA • depósitos de fibrina e restos necrosados • podem surgir glândulas císticas na fase crônica: substituição da necrose por fibrose tecido cicatricial sem glândulas
PIOMETRITE Coleção purulenta no útero fechado Importante na vaca, porca, cadela e gata Causas: ♦ corpo lúteo persistente ♦ complicação de pseudociese ♦ hormonioterapia com fins anovulatórios
MACROSCOPIA • conteúdo purulento, cremoso, opaco, de tonalidade esverdeada à acinzentada, com ou sem grumos - serosa acastanhada, com vasos túrgidos e proeminentes - parede friável, podendo romper ou perfurar PERITONITE - mucosa com espessura irregular, podendo ter úlceras MICROSCOPIA • mucosa com áreas de necrose ou até ulceradas ou com hiperplasia cística
Agentes envolvidos: • cadela: E. coli, Proteus spp • vaca: estreptococos hemolíticos, estafilococos, Corynebacteriumpyogenes • égua: Streptococcus zooepidemicus, E. coli, Pasteurella spp
3.4. Vaginites e vulvites - geralmente ocorrem ao mesmo tempo - locais bastante resistentes às infecções devido ao epitélio de revestimento e ao pH ácido • Podem acontecer pós-parto consequência de: ♦ partos distócicos (infecção secundária) ♦ contato sexual com machos infectados: • eqüinos durina Trypanosoma equiperdum • bovinos vulvovaginite pustular infecciosa por herpesvírus
De um modo geral, o trato genital feminino pode sofrer processos inflamatórios decorrentes de : • agentes infecciosos e parasitários • vias: hematogênica contiguidadade venérea • traumatismos • partos distócicos, toque, cobertura... • distúrbios endócrinos
3. HIDROMETRA E MUCOMETRA - frequentes na cadela e na vaca - a diferença fundamental está no grau de hidratação do muco - Hidrometra – pode chegar a vários litros Causas: ♦ hímen imperfurado ♦ oclusão de vulva, vagina ou cérvix ♦ hiperplasia cística do endométrio ♦ cistos ovarianos
MACROSCOPIA • parede uterina distendida • conteúdo de ligeiramente turvo e aquoso a viscoso e aderente - líquido estéril, praticamente sem hemácias ou células inflamatórias
4. HIPERPLASIA CÍSTICA DO ENDOMÉTRIO • é a hiperplasia das glândulas endometriais, acompanhada de sua transformação cística • resposta do endométrio a um estímulo estrogênico excessivo e prolongado • na cadela e na mulher relacionada ao uso de estrógenos com fins terapêuticos ou anovulatórios • pode ser uma complicação de cistos foliculares secretores de estrogênio - na cadela e na gata é comum ocorrer endometrite secundária
MACROSCOPIA - parede uterina espessada, de consistência amolecida - endométrio gelatinoso, com vesículas de 1-2 mm (fêmeas de pequeno porte) até 5 cm ou mais ( fêmeas de grande porte), com conteúdo líquido claro translúcido MICROSCOPIA...
4. NEOPLASIAS 4.1. OVÁRIOS 4.2. ÚTERO 4.3. VAGINA E VULVA
4.1.1. Tumor da granulosa • nas diversas espécies • geralmente unilateral e benigno (exceto na gata e, mais raramente, na cadela) • pode ser secretor de estrógenos, principalmente na égua e na vaca - na égua, são reconhecidos três padrões de comportamento associados à neoplasia: • anestro • estro contínuo ou intermitente • masculinização (altos níveis plasmáticos de testosterona)
MACROSCOPIA: • massa redonda ou oval, podendo ser lobada; • consistência sólida; • superfície de corte com cavidades císticas de conteúdo líquido claro a hemorrágico
4.1.2. Teratoma • a maioria dos teratomas é constituída por células bem diferenciadas, sendo benignos, mas alguns são malignos - teoria mais aceita : derivados de células pluripotenciais
MACROSCOPIA • MICROSCOPIA - estrutura complexa tecidos de origem ectodérmica (pele,pêlos), mesodérmica (cartilagem, osso) e endodérmica (intestino,traquéia...)
4.1.3. Disgerminoma - uni ou bilateral - na vaca, cadela e porca - potencialmente maligno - não tem atividade endócrina
MACROSCOPIA: - massa sólida, lobada, com áreas de hemorragia e sugestivas de necrose • Macro e micro: indistinguível do seminoma que ocorre no testículo dos machos derivado de uma célula equivalente às células da linhagem das espermatogônias
4.1.4. Tumor da teca (Tecoma) - pouco frequente - geralmente - unilateral e benigno (exceto na gata e na cadela) - pode ser secretor de estrógenos MACROSCOPIA: - firme, sólido, amarelo-pálido
4.2.1. Leiomioma - da musculatura lisa - benigno e sem fundo hormonal - é o tumor uterino mais importante das fêmeas domésticas - simples ou múltiplo (cadela) MACROSCOPIA: - pode alcançar grandes volumes - firme, aspecto fibroso, brancacento
4.2.2. Carcinoma4.2.3. Adenocarcinoma • maior frequência na vaca: ♦ sem manifestação clínica ♦ achado de matadouro/necropsia • também acometem a coelha
4.3.1. TVTC - histogênese desconhecida - frequente a regressão espontânea - geralmente comportamento benigno MACROSCOPIA: - massa de aspecto esponjoso, avermelhada, friável, que sangra e ulcera com facilidade