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INSTITUTO EVANDRO CHAGAS SVS/MS SEÇÃO DE MEIO AMBIENTE (SEMAM)

INSTITUTO EVANDRO CHAGAS SVS/MS SEÇÃO DE MEIO AMBIENTE (SEMAM). Conferência Internacional sobre Ambiente e Condições de Saúde de Populações Rurais na América Latina Estudo de Populações Expostas ao Mercúrio na Região Amazônica: Contribuição do Instituto Evandro Chagas Elizabeth Santos

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INSTITUTO EVANDRO CHAGAS SVS/MS SEÇÃO DE MEIO AMBIENTE (SEMAM)

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  1. INSTITUTO EVANDRO CHAGAS SVS/MS SEÇÃO DE MEIO AMBIENTE (SEMAM)

  2. Conferência Internacional sobre Ambiente e Condições de Saúde de Populações Rurais na América Latina Estudo de Populações Expostas ao Mercúrio na Região Amazônica: Contribuição do Instituto Evandro Chagas Elizabeth Santos coehma@amazon.com.br Belém - Pará Nov-2004

  3. CONCEPÇÃO E OBJETIVOS • Criação da Coordenação de Ecologia Humana e Meio Ambiente – COEHMA (1992), atualmente Seção de Meio Ambiente – SEMAM; • Desenvolver estudos de riscos e dos impactos ambientais na região amazônica e seus efeitos sobre a saúde da população.

  4. AMBIENTE • O ambiente é entendido como um espaço geográfico, território ou lugar de distintas escalas, dinamizado pelos movimentos geofísicos, biológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos que interagem em um processo histórico evolutivo. • Riscos ambientais para a saúde são todos os fatores ou situações que sob determinados contextos e condições da relação homem-sociedade-ambiente podem afetá-la.

  5. CRIAÇÃO DA SEÇÃO DE MEIO AMBIENTE • NOVA ÓTICA INSTITUCIONAL: Com a criação da SAMAM a Instituição acrescentou uma nova ótica de trabalho: interação Saúde Pública, pesquisa biomédica e meio ambiente; • HOUVE UMA MUDANÇA DE PARADIGMA: Agora se procura a saúde como condição importante da qualidade de vida, o que significa trabalhar a saúde humana num espaço ecogeosocial, em pesquisas interdisciplinares e multi-institucionais; • METODOLOGIA: Investigações de saúde humana e meio ambiente de Natureza Clínica, Epidemiológica e Laboratorial, em busca de informações que permitam análise de risco para posterior monitoramento.

  6. A SAMAM ATUA EM QUATRO INSTÂNCIAS DIFERENTES DA SAÚDE PÚBLICA E DA PESQUISA BIOMÉDICA • Vigilância em Saúde e Meio Ambiente - feita em áreas de risco já avaliado e cujo acompanhamento foi definido juntamente com a CGVAM/SVS (Recursos de Brasília); • Atendendo a Problemas de Saúde e Meio Ambiente que emergem nos Estados amazônicos, tais como mortandade de peixes, suspeita de contaminação da água por metais, e ou pesticidas clorados ou fosforados, casos de doença humana em que haja suspeita de intoxicação, etc. (Recursos do IEC);

  7. A SAMAM ATUA EM QUATRO INSTÂNCIAS DIFERENTES DA SAÚDE PÚBLICA E DA PESQUISA BIOMÉDICA (Cont.) • Como apoio das Instâncias Estaduais e Municipais em demandas que não são atendidas pelos LACENs (Recursos do IEC); • Em Projetos de pesquisa na área de Saúde e Meio Ambiente, custeados por agências financiadoras no Brasil e no exterior e pelo Ministério da Saúde.

  8. SEÇÃO DE MEIO AMBIENTE - CAMINHOS DO DESENVOLVIMENTO • Ampliação das Linhas de Pesquisa em atendimento a demanda na área de Saúde e Meio Ambiente; • Em função do aumento sistemático da consciência das populações residentes sobre a influência que os problemas ambientais exercem na Saúde e na Qualidade de Vida; • Esse crescimento foi possível através do mecanismo de incorporar ao grupo profissionais de nível superior por prestação de serviços, que pudessem atender as crescentes responsabilidades na área da pesquisa e da vigilância em saúde e ambiente.

  9. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SAMAM • VIROLOGIA AMBIENTAL • Técnicas sorológicas de isolamento viral e biologia molecular; • Laboratório de Referência Regional para os vírus da Rubéola e do Sarampo. O LACEN assumiu a rotina. A tendência é parar; • Está em fase de implantação, a pesquisa com vírus de água.

  10. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SAMAM • VIROLOGIA AMBIENTAL (Cont.) • CITOMEGALOVÍRUS • Diagnóstico Diferencial dos casos clínicos de doença neurológica congênita do recém-nascido; • Suspeitos de intoxicação por metais das investigações ambientais; • Pacientes dos processos de transplante de órgãos (Hospital Ophyr Loyola) • Pacientes que fazem regularmente transfusão de sangue, e apoio ao HUJBB nos casos de pacientes com SIDA. • Técnicas sorológicas de isolamento viral e Biologia Molecular.

  11. MICROBIOLOGIA AMBIENTAL • Realiza o isolamento e identificação fenotípica e molecular de enteropatógenos bacterianos de espécimes ambientais, inclusive em águas superficiais destinadas ao consumo humano; • Caracterização dos espécimes bacterianos isolados com a pesquisa de fatores de virulência para a saúde humana; • Tem sido objeto de investigação a capacidade de alguns Patógenos de interferir nos processos de transformações de metais; • No início do ano de 2003, foram iniciadas as pesquisas e diagnóstico das cianobactérias.

  12. CULTURA DE TECIDOS • Possui um banco de cultura primária de tecidos de animais da região, primatas e não primatas, provenientes de diferentes órgãos, inclusive tecido nervoso. • Essas culturas são utilizadas experimentalmente para inoculação de espécimes humanos para isolamento de agentes virais e estudos de toxicidade. • Além de culturas animais, desenvolve também culturas primárias de origem humana, tecidos de diferentes órgãos, esclera, córnea e prepúcio. • Participamos de pesquisa voltada para o desenvolvimento de terapia celular usando células tronco, com o Projeto Genoma/USP.

  13. LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA • Responsável pelo processamento e análise de materiais biológicos e ambientais em relação à presença de metais (Mercúrio (Hg), Cádmio (Cd), Manganês (Mn), Arsênio (As), Selênio (Se), etc...) • Técnicas analíticas para determinação de Resíduos de Pesticidas Organoclorados e Organofosforados em amostras de Soro Sanguíneo e Água para Consumo.

  14. ESTRUTURA DO LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA HERBICIDAS, CARBAMATOS, PIRETRÓIDES... PESTICIDAS ORGANOCLORADOS E FOSFORADOS CROMATOGRAFIA GASOSA – CP 3800 MERCURY ANALIZER HG 3500 CG3800-ECD CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL E HUMANA POR Hg LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA ESPECTROFOTÔMETRO SPECTRAA 220/220Z VGA-77/ICP-OES-VARIAN AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇAO POR METAIS PESADOS CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUA ESPECTROFOTÔMETRO DR-2000/DR-4000

  15. LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA • Os laboratórios de toxicologia estão capacitados para trabalhar com as seguintes matrizes: Sangue, Urina, Cabelo, Pescado, Solos, Sedimentos, Água e Vegetais; • Em água, além das análises toxicológicas, são realizadas determinações físico-químicas.

  16. LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA MERCURY ANALIZER HG-3500 #Convênio entre o Brasil e o Japão/JICA# Hg TOTAL (Cabelo, Sangue, Urina, Peixe, Solo, Sedimento, Água....)

  17. LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA CROMATOGRAFIA GASOSA - ECD (Metil-mercúrio: Sangue, Cabelo, Peixe...) #Convênio entre o Brasil e o Japão/JICA#

  18. LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA: CHAMA, FORNO, GERADOR DE HIDRETOS Metais Pesados: Pb, Cd, Cr, As, Se, Sb.... (Matrizes biológicas e ambientais) # Verba Orçamentária do IEC/FUNASA/MS)#

  19. LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA CROMATOGRAFIA GASOSA – CP 3800 (Organoclorados-Fosforados-Nitrogenados) # Verba Orçamentária do IEC/FUNASA/MS)#

  20. LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA PERFORMANCE: HPLC (Detetor UV/Fluorescência) # Financiamento do VIGISUS #

  21. EPIDEMIOLOGIA • Instrumento de interação interdisciplinar das áreas de Pesquisa na SAMAM, a Epidemiologia norteia o método de investigação, aliado à Clínica e ao Laboratório para atender à missão de conhecer a relação Saúde-Ambiente e contribuir para o desenvolvimento de Políticas e Estratégias para as ações dirigidas à preservação e ao controle de riscos ambientais e seus efeitos à Saúde Humana.

  22. ADMINISTRAÇÃO • A organização da Seção de Meio Ambiente para cumprir suas finalidades e subsidiar ações de Políticas Públicas, possui arcabouço técnico administrativo que permite planejar, executar, gerar e analisar informações organizadas em bancos de dados e produzir relatórios e trabalhos científicos. • Seu desempenho pode ser avaliado pela qualidade e quantidade de sua produção científica, e pelos relatórios anuais de atividades em Saúde Pública e Meio Ambiente.

  23. ESTUDOS DESENVOLVIDOS • PRIMEIRO PROGRAMA DE TRABALHO (1992) Pesquisar o perfil de saúde, inclusive a presença de mercúrio, de populações humanas residentes em ambientes epidemiológicos diversos, situados na bacia hidrográfica do rio Tapajós. • CONTROLE Comunidades fora da área de risco do mercúrio oriundo da garimpagem, que tenham em comum o mesmo hábito alimentar, como forma de estabelecer controle para as demais pesquisas, e construir parâmetros de “normalidade” para a região.

  24. ESTUDOS DESENVOLVIDOS • PESCADO COMO INDICADOR DA SITUAÇÃO • Programa incorporou a investigação de peixes nos principais rios e lagos do Estado do Pará: Amazonas, Trombetas, Xingu, Guamá, Tapajós, Araguaia, Caxiuanã (reserva), Arapiuns e Tocantins, lago Arari, lago Salé e lago Grande, assim como amostras de pescado da área do salgado (Oceano Atlântico). • Atualmente dispomos de cerca de 16.700 amostras de pescado na Amazônia.

  25. ESTUDOS DESENVOLVIDOS PRINCIPAIS RESULTADOS DAS PESQUISAS EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE NA REGIÃO AMAZÔNICA REALIZADAS PELA SAMAM-IEC AO LONGO DOS 12 ANOS DE CRIAÇÃO • Estabelecimento de Padrões de Normalidade para Hg em cabelo e soro de populações da região Amazônica e pescado, diferentes dos valores estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde; • Utilização de Diagnóstico Diferencial na pesquisa de populações dentro e fora de áreas de risco de exposição ao Hg na região Amazônica;

  26. ESTUDOS DESENVOLVIDOS PRINCIPAIS RESULTADOS DAS PESQUISAS EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE NA REGIÃO AMAZÔNICA REALIZADAS PELA SAMAM-IEC AO LONGO DOS 12 ANOS DE CRIAÇÃO(Cont.) • Nossas pesquisas NÃO ENCONTRARAM até o momento casos de Doença de Minamata expressa clinicamente, no vale do Tapajós; • Realizamos estudo pioneiro em Recém-Nascidos em áreas de risco de contaminação por Hg na região Amazônica e registramos a presença de teores elevados de Hg ao nascimento;

  27. ESTUDOS DESENVOLVIDOS Cont. PRINCIPAIS RESULTADOS DAS PESQUISAS EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE NA REGIÃO AMAZÔNICA REALIZADAS PELA SAMAM-IEC AO LONGO DOS 12 ANOS DE CRIAÇÃO(Cont.) • Mapeamos grande parte das bacias hidrográficas do Estado do Pará e de algumas áreas da Amazônia, em relação aos teores de Hg no pescado; • Construímos o maior banco de peixes na região amazônica com cerca de 16.700 amostras analisadas e estocadas, pertencentes a aproximadamente 60 espécies;

  28. ESTUDOS DESENVOLVIDOS PRINCIPAIS RESULTADOS DAS PESQUISAS EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE NA REGIÃO AMAZÔNICA REALIZADAS PELA SAMAM-IEC AO LONGO DOS 12 ANOS DE CRIAÇÃO(Cont.) • Construímos um banco de soros humanos e de cabelos com cerca de 12.000 amostras analisadas para metais pesados e estocadas; • Comprovação clínica e laboratorial da ausência de contaminação humana por arsênio na comunidade do Elesbão, Santana-AP; • Formação de uma equipe multidisciplinar e multi-institucional capacitada para investigação de acidentes ambientais;

  29. ESTUDOS DESENVOLVIDOS Cont. PRINCIPAIS RESULTADOS DAS PESQUISAS EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE NA REGIÃO AMAZÔNICA REALIZADAS PELA SAMAM-IEC AO LONGO DOS 12 ANOS DE CRIAÇÃO(Cont.) • Sequenciamento do”operon” mer que confere resistência ao mercúrio em um isolado ambiental de Acinetobacter balmanni; • Identificação pela primeira vez de ocorrência do alelo aadA7 que confere resistência aos antimicrobianos espectinomicina e estreptomicina em cepas ambientais de Víbreo cholerae não 0:1 e não 0:139.

  30. ESTUDOS DESENVOLVIDOS COMUNIDADES HUMANAS INVESTIGADAS • Seis comunidades em áreas de risco ambiental no Estado do Pará, sendo três indígenas; • Onze comunidades no Estado do Acre; • Uma comunidade no Estado do Amapá; • Quatro áreas garimpeiras no Estado do Pará; • Grupos de queimadores de ouro em casas de compra e venda em duas cidades do Estado do Pará; • Quatro áreas controle das comunidades ribeirinhas; • Dois grupos profissionais controle dos queimadores; • Dois mil recem-nascidos e mães em maternidades de Itaituba/Pa. • Duas comunidades sob vigilância em saúde no vale do Tapajós/Pa. • Banco de amostras humanas contendo cerca de 16.000 espécimes de soro, e outro tanto de cabelo.

  31. ESTUDOS DESENVOLVIDOS Amazônia X Mercúrio • Valores regionais de normalidade maiores que os preconizados pela OMS; • Área de preservação ambiental fora da influência dos fatores de risco para Hg ( garimpos, barragens, hidroelétricas, queimadas, desmatamentos, com teores acima do esperado; • Região do rio Negro, Amazônia Oriental, com teores altos de Hg natural, provavelmente presentes há centenas de anos; • Comunidades ribeirinhas sob risco de contaminação pelo Hg da garimpagem, situadas no vale do rio Tapajós com teores alterados de Hg, que variam de 0,10a 94,5 0 g/gsem evidência clínica de doença provocada pelo metal

  32. 25 Média de Mercúrio Total Não expostas 20 Amazônia - Não expostas Amazônia - Expostas 15 10 5 0 B.Legal N.Guiné Hem. Sul Caxiuanã Barreiras Sai Cinza Tabatinga Ioguslavia S.do Ituqui Hem. Norte Lago Grande S.L.do Tapajós Hem. Norte (lat.220) Fonte: Horvat et al.; Ayrey; Suzuki et al.; Santos et al. ESTUDOS DESENVOLVIDOS TEORES DE MERCÚRIO TOTAL EM CABELOS DE POPULAÇÕES EXPOSTAS E NÃO EXPOSTAS AO MERCÚRIO

  33. AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE MERCÚRIO AO NASCIMENTO NA REGIÃO DO TAPAJÓS: MAGNITUDE DA EXPOSIÇÃO • A vida pré natal é considerada muito sensível à ação de substâncias tóxicas • Diversas ou continuadas exposições que a mãe venha a sofrer no decorrer da gestação, resultam no acúmulo dessas substâncias ou componentes no feto • Podem produzir danos da mais variada gravidade se caracterizando como Doença Congênita

  34. AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE MERCÚRIO AO NASCIMENTO NA REGIÃO DO TAPAJÓS: MAGNITUDE DA EXPOSIÇÃO Níveis de Hg em sangue de recém – nascidos e puérperas atendidas em maternidades de Itaituba no período de novembro de 2000 a março de 2002 Mães Recém - nascidos Faixa Etária n Média e DP Am plitude Média e DP Amplitude m m Hg ( g/L) Hg ( g/L) ± ± 12 - 15 92 0.96 - 42.60 0.73 – 68.48 10.81 6.92 15.87 11.51 ± ± 16 - 20 575 0.38 - 117.62 0.35 – 135.04 10.84 9.87 15.59 15.16 ± ± 21 - 25 459 0.65 - 90.95 0.70 – 131.65 11.74 11,56 16.46 17.02 ± ± 26 - 30 212 0.65 - 76.26 0.76 – 111.62 11.88 11. 41 17.50 19.43 ± ± 31 - 35 103 0.62 - 93.91 1.22 – 126.87 14.37 16.27 21.87 25.39 ± ± 36 - 40 59 0.70 - 101.31 0.76 – 90.50 13.71 15.88 18.37 17.34 ± ± 41 - 46 10 3.88 - 33.01 5.10 – 39.30 11.96 9.63 16.49 10.25 ± ± Total 1510 0.38 - 117.62 0.35 – 135.04 11.53 11.30 16.68 17.16

  35. NÍVEIS DE MERCÚRIO EM MÃES POR FAIXA ETÁRIA E EM RECÉM-NASCIDOS ATENDIDOS EM TRÊS MATERNIDADES DA CIDADE DE ITAITUBA, PARÁ, BRASIL, 2002. Faixa etária Recém-nascido Mãe • As curvas dos níveis de Hg de mães e filhos pareados segundo intervalo de idade materna, apresentaram comportamento semelhante, estando a curva dos recém nascidos em patamar mais elevado, indicando níveis maiores de exposição

  36. CORRELAÇÃO (PEARSON) ENTRE OS NÍVEIS DE MERCÚRIO EM SANGUE DE RECÉM-NASCIDOS E MÃES RESIDENTES NA BACIA DO TAPAJÓS, PARÁ, BRASIL, 2002 • Os níveis de mercúrio em sangue de recém-nascidos e mães mostraram correlação positiva forte, com bom ajustamento linear

  37. EXPOSIÇÃO AO MERCÚRIO EM RECÉM NASCIDOS E MÃES • Os níveis de Hg encontrados nas mães e RN caracterizam um quadro de exposição com teores médios de Hg acima dos limites de normalidade (8-10 g/L para sangue) e, em alguns casos, acima dos Limites de Tolerância (30 g/L para sangue) padronizados internacionalmente (OMS, 1990) • Níveis de mercúrio no grupo de mães mostraram uma correlação positiva em relação à idade e à ingestão do pescado

  38. EXPOSIÇÃO AO MERCÚRIO EM RECÉM NASCIDOS E MÃES • As variáveis idade e nível de mercúrio em sangue materno mostraram boa correlação com os teores de mercúrio no sangue dos recém-nascidos como fatores preditivos positivos de exposição. • Não foram observados, ao nascer, sinais clínicos que pudessem ser associados aos níveis de mercúrio encontrados nesses recém-nascidos. • Entretanto, esse processo de transferência de Hg pela via placentária pode continuar através do aleitamento materno, que é prática tradicional na região, caracterizando-se como um risco potencial de contaminação dos fetos.

  39. ESTUDOS DESENVOLVIDOS BANCO DE AMOSTRAS HUMANAS E TEORES MÉDIOS DE Hg - 1992 A 2003 GARIMPEIROS, QUEIMADORES E CONTROLES

  40. ESTUDOS DESENVOLVIDOS BANCO DE AMOSTRAS HUMANAS E TEORES MÉDIOS DE Hg EM CABELO E/OU SANGUE - 1992 A 2003 COMUNIDADES RIBEIRINHAS E CONTROLES

  41. ESTUDOS DESENVOLVIDOS BANCO DE AMOSTRAS HUMANAS E TEORES MÉDIOS DE Hg- 1992 A 2003 ESTADO DO ACRE

  42. ESTUDOS DESENVOLVIDOS BANCO DE AMOSTRAS HUMANAS E TEORES MÉDIOS DE Hg EM CABELO - 1992 A 2003 COMUNIDADES RIBEIRINHAS INDÍGENAS E CONTROLES

  43. PROBLEMAS DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE QUE EMERGEM NOS ESTADOS AMAZÔNICOS • Análises Microbiológicas e Físico-químicas de Água para Esclarecimento de Padrões de Potabilidade e Surtos de Doença Humana: 1.689 ocorrências • Investigação Microbiológica, Físico-Química, Toxico-lógica e Biológica de Mortandade de Peixes: 5 ocorrências • Investigação de acidentes por Resíduos de Processos Industriais e Minerários: 5 ocorrências • Acidente por Contaminação por Pesticidas Organoclorados e Organofosforados: 4 ocorrências

  44. PESQUISAS NECESSÁRIAS • Investigar a importância dos hábitos, inclusive os alimentares, que possam justificar a ausência de formas clínicas em indivíduos que apresentam indicadores biológicos de exposição acima dos recomendados pela OMS; • Mapear as diferentes formas de liberação do Hg para o ambiente (queimadas, desmatamentos, hidrelétricas, barragens e garimpagem).

  45. PESQUISAS NECESSÁRIAS • Avaliar os teores de mercúrio nos diferentes compartimentos ambientais e o seu potencial de acumulação e mobilização e introdução nos ecossistemas aquáticos; • Conhecer os mecanismos de absorção, eliminação e metilação do mercúrio em organismos vegetais e animais terrestres.

  46. PESQUISAS NECESSÁRIAS • Investigar outros elementos presentes nos alimentos da região que possam interferir na eliminação do mercúrio, como é o caso do Selênio. • Avaliar o potencial das condições meteorológicas na dispersão do mercúrio na Amazônia, e conhecer as emissões de mercúrio para o meio ambiente amazônico em relação ao balanço global.

  47. OBRIGADA

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