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Como ser famoso e ter prestígio no século XIX?

Módulo II: Colonizadores e colonos 1) Que mundo novo é esse? Quem é quem? As peças se arrumam no tabuleiro (2 aulas – 09/09 a 14/09). Como ser famoso e ter prestígio no século XIX?. Personagens Principais. Leopoldo II Portugal Itália. Coadjuvantes.

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Como ser famoso e ter prestígio no século XIX?

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Presentation Transcript


  1. Módulo II: Colonizadores e colonos1) Que mundo novo é esse? Quem é quem? As peças se arrumam no tabuleiro (2 aulas – 09/09 a 14/09)

  2. Como serfamosoe ter prestígiono século XIX?

  3. Personagens Principais • Leopoldo II • Portugal • Itália

  4. Coadjuvantes • David Livingstone – inglês/médico /explorador 1866 - Busca nascente do Nilo 1871 – Encontra rio Lualaba Atravessa o continente de Oeste a Leste (Luanda – Quilimane) 1870 – desaparece ao tentar encontrar a nascente do Nilo

  5. Henry Morton Stanley (John Rowlands Jr.) país de Gales - inglês/norte-americano/inglês filho bastardo – reformatórios - juventude nos EUA (Nova Orleans) adota nome do pai adotivo luta com o sul (confederados) /preso/ = luta pelo norte (unionistas) trabalha como correspondente e guerra fim da Guerra de Secessão - New York Herald (encontrar Livingstone) 1871 – zarpou de Zanzibar (10 de novembro) – “dr. Livingstone, I presume!” 1877 – fim da viagem de 999 dias até 1885 trabalha para Leopoldo II

  6. Pierre Savorgnan de Brazza – ítalo-francês 1875 - ganhou expedição para a África – alma exploradora missão: subir o rio Ogowe (Gabão) – encontrou a bacia do Congo Viagem de um ano durou três! Reivindicou o Congo para França • Verney Lovett Cameron – inglês – comandante da marinha e assistente de Livingstone 1875 - Atravessou a África de Leste a Oeste • Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto 1877 – Saiu de Benguela - rios congo e zambeze – até sul de Angola (Maputo) 1975 – Menongue – sudeste de Angola

  7. Leopoldo II

  8. Reino da Bélgica • 1830 – criação do reino da Bélgica • Reino pequeno – posição estratégica • Um dos países mais desenvolvidos da Europa (ferrovias, minas, alto-fornos)

  9. Neutralidade Início do séc XIX: • dominação holandesa - imposição do holandês como língua oficial + orientação protestante no ensino • insurreição em Bruxelas em 1830 = independência da Bélgica • 1831 - Conferência de Londres - grandes potências lideradas pelo Reino Unido e França, acordam a neutralidade “perpétua” do país

  10. País industrial – voltado ao comércio “para dentro” (sem comércio ultramarino) • Não tinha colônias – doutrina liberal: as colônias não serviam – práticas de monopólio eram excomungadas: livre comércio • Colônias geravam enormes gastos com administração e defesa. • Tendência dos países baixos e Dinamarca - sem Marinha forte como Inglaterra e França

  11. O sonho do rei... • Leopoldo II • Relação formal com os pais. • Frustração levada à vida amorosa: muitas amantes. Reputação escandalosa. • Interesses: comércio, navegação e expansão ultramarina (observava as possessões holandesas) • Sempre atento aos lucros que as colônias davam aos territórios holandeses (Java, por exemplo) • 1865 – sobe ao trono – aquisição de colônia = objetivo da sua política internacional • 1861 – lê: Jawa or how to Manage a Colony – política agrícola holandesa, calcada nos trabalhos forçados e monopólio estatal - regime de plantations

  12. Por que não possuir uma mina de ouro? • Apesar da insistência do rei, a Bélgica não queria uma colônia! • Passou a buscar uma colônia para si com o intuito de fazer seu país ter proeminência na política internacional e no tabuleiro europeu (provar que estava certo).

  13. Para esconder seus objetivos • Fundou comitês, sociedades, companhias e empresas sempre com a palavra “internacional” no nome e nos estatutos. • Questão de incluir a palavra “filantrópica” • 1873 – Companhia da África Oriental (tentativa de montar uma possessão em Moçambique)

  14. 1876 – Conferência Geográfica de Bruxelas • Internacional, humanitária e científica • Civilização tenha acesso à última parte do globo que não havia se beneficiado dela • Criação de bases de ação e estudos na África (Zanzibar e estuário do Congo) + trabalho beneficente • AIA – Associação Internacional Africana – sede em Bruxelas – Leopoldo como presidente

  15. Sir H.M.Stanley

  16. Leopoldo e Stanley • 1877 – Stanley ressurge (viagem de 999 dias) – novo alento para a sobrevivência da AIA – vaidade de Stanley e desdém da Grã-Bretanha = oportunidade para Leopoldo • 1878 – Encontro entre Stanley e Leopoldo – projeto p/ desbravar o Congo + ferrovia até Stanley Pools + navegação rio acima (Congo navegável)

  17. Risco • $ - África é investimento arriscado e incerto • É preciso crédito – crédito só é dado a quem tem reputação sólida • Novembro de 1878 – CEAC – Comitê de Estudos do Alto Congo – não apenas filantrópico, em comércio (diferenciava da AIA).

  18. Stanley de volta • Janeiro de 1879 – Stanley parte para a região do Congo • 1880 – assinatura dos primeiros contratos com as chefarias locais – controle da produção agrícola e direito de construção de estradas – vantagens do monopólio e da concessão.

  19. África em 1880

  20. Fator Brazza

  21. Pierre Savorgnan de Brazza • Percebeu os planos de Leopoldo desde o início • Voltou ao Congo para excursão militar de um ano (e passou três) • Estabelecimento de postos para disseminação do saber (ciência) e do cristianismo – ações contra a escravidão • Ações sem o conhecimento da França

  22. Tratados, muitos tratados • 1880 – Tratado Brazza–Makoko – estendeu a proteção da França ao território do rei Iloo do Bateke. Margem direita do Congo. • Em vez de duas bases científicas – estabeleceu uma colônia francesa!!!!!! • Cessão de soberania, exploração da mão-de-obra e hereditariedade de posse • Até 1885 - Profusão de tratados • Só Stanley assinaria 500 !!!!!!

  23. 1882 – primeiros problemas diplomáticos • Missão batista inglesa enviou cópia de alguns tratados de Brazza à Grã-Bretanha • Portugueses – inquietavam-se pois tinham o direito de posse por terem descoberto a região e feito contatos mais longos e bases no litoral • Governos Inglês e Francês se estranharam – diplomaticamente era diferente anexar um território e ratificar um documento de posse • Ministro da Marinha execrou os documentos e a própria figura do Brazza

  24. Para lembrar...

  25. Brazza na Berlinda • teve que quebrar o silêncio! • Junho de 1882 – chegou a Paris para salvar a pele – pressão sobre o influente grupo de entusiastas coloniais • Sociedade Geográfica o recebeu com pompa e circunstância • Imprensa o viu como herói

  26. Leopoldo se assusta • Viu com preocupação as notícias sobre as anexações de Brazza e a maneira como foi recepcionado em Paris • Criação da Associação Internacional do Congo = reflexo das aspirações coloniais leopoldinas • Rede de cidades-livres – cidades e territórios livres – míni-Estados livres – Estado Livre do Congo (1884). • Fim de 1882: • França ratifica os dois tratados de Brazza – Congo entra de vez no foco da arena política européia • Leopoldo envia centenas de formulários em branco a Stanley com assinatura e nome da nova AIC

  27. E Portugal? • Reivindicava os territórios porque tinham “direitos de descobridor” • Stanley e Brazza se tornaram inimigos da diplomacia portuguesa • Portugal – fraco e atrasado – burguesia se fortalecia lentamente - via o futuro de Portugal na expansão colonial e criação de mercados protegidos • Nacionalismo e orgulho pelas glórias do passado • Presença pontual pelo litoral (Moçambique e Angola + Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe) • Reivindicavam o estuário do Congo – mas apenas a região litorânea

  28. Imagem de Portugal • vistos com antipatia: ação displicente para a abolição da escravatura – altas taxas alfandegárias • no século XIX a reputação de Portugal era ligada a duas palavras: protecionismo e corrupção! • Pagava-se primeiro os impostos oficiais e as taxas “oficiosas” aos fiscais alfandegários

  29. Baila comigo 1882/83 • Reivindicações portuguesas caíram em ouvidos moucos – mesmo nos da Grã-Bretanha, que era a protetora de Portugal! • Aproximação fracassada com a França - Protecionismo francês levou Portugal de volta aos braços bretãos! • Para os ingleses, promover a presença portuguesa era afastar as pretensões francesas

  30. Grã-Bretanha e Portugal • Fim de 1882 – Início da reaproximação entre a Bretanha e Portugal • Durante o ano de 1883 – negação dos tratados franceses e apoio aos pleitos portugueses • Para a Grã-Bretanha havia um único jogador a considerar: a França e suas pretensões na África!

  31. Grã-Bretanha e a lenha na fogueira • Não deu o devido valor a Bismarck e a Leopoldo – duas das figuras-chave da futura Conferência de Berlim • 1884 – assina o tratado anglo-português – reconhece a soberania portuguesa sobre toda a região do estuário do Congo

  32. Leopoldo arranca os cabelos • O reconhecimento da Grã-Bretanha de que Portugal controla área do Congo é ameaça direta às centenas de tratados assinados pela AIC cedendo as soberanias locais por garrafas de gin, uniformes, tabaco e ferramentas • Armou vários homens no interior e via a extensão de suas cidades-Estado diminuírem se os portugueses controlassem o acesso a essas áreas pelo estuário do rio Congo, isolando os territórios da AIC.

  33. Ações desesperadas • Leopoldo oferece comércio livre se respeitada a extensão do futuro “Estado Livre do Congo”; • Com a recusa portuguesa e como “retaliação” à assinatura do tratado Anglo-português, oferece à França direito de preferência caso tenha que abrir mão dos territórios sob a tutela da AIC; • Atrelou Portugal à idéia de não deixar que a AIC perdesse seus status • Livre comércio e direito preferencial levaram Leopoldo a ter o apoio de Bismarck

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