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Os desafios para a Igreja latino-americana no século XXI - Análise final –. Eva Aparecida Rezende de Moraes. Existem duas possibilidades de posicionamento da Igreja institucional frente aos desafios:. 1ª) Ela acolhe e enfrenta os desafios; ou 2ª) ela se recolhe e os ignora.
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Os desafios para a Igreja latino-americana no século XXI - Análise final – Eva Aparecida Rezende de Moraes
Existem duas possibilidades de posicionamento da Igreja institucional frente aos desafios: 1ª) Ela acolhe e enfrenta os desafios; ou 2ª) ela se recolhe e os ignora.
Análise da primeira possibilidade: * Para acolher, ela terá que assumir outro modelo eclesiológico. Quais são as questões de fundo envolvidas?
Por que assumimos determinado modelo e não outro? • Entram razões de cunho psicológico, social, cultural, ideológico e teológico (em última instância: a teologia usada deverá elaborar ou se apropriar de uma determinada imagem de Deus que fundamente o modelo, porque a instituição envolvida é a Igreja.
2) Por que nos mantemos em determinado modelo? Nos mantemos nele se ele tem plausibilidade. Então, a pergunta pelo modelo deverá se articular com uma análise social estrutural e conjuntural, a partir da seguinte pergunta: quais as forças sociais que estão subjacentes a tal modelo?
Para a Igreja institucional se recolher – como este modelo atual tem feito – ela precisa encontrar forças internas e externas para isto. Análise da segunda possibilidade: Devemos nos perguntar: 1) Internamente, quais forças conjugam este modelo? Com que lideranças ele trabalha? Que público ele acolhe? Que público o acolhe?
Conclusões: ◙ Analisar o modelo é, necessariamente, analisar a plausibilidade dele na sociedade vigente: se um modelo vige, é porque há espaço social para ele. ◙ A chave de leitura não está na discussão dos modelos, mas na estrutura (psicológica, cultural, social, ideológica e teológica) que está subjacente ao modelo.
◙ Portanto, analisar o modelo eclesiológico, levará, forçosamente, a analisar o modelo social – ou seja: não se faz análise de conjuntura da Igreja sem se fazer uma análise de conjuntura da sociedade.
◙ Se o modelo eclesiológico e a plausibilidade social estão unidos, então vocêr tem que atuar – necessariamente – nos dois âmbitos, ao mesmo tempo: quanto mais você atuar na Igreja, mais você ajudará a criar condições – ou para manter tal modelo – ou para fortalecer outro; e quanto mais você atuar na sociedade, mais vai criar forças de plausibilidade – pró ou contra o modelo vigente.
◙ A Igreja possui duas índoles: sacramental e institucional. Atualmente, o modelo vigente é o insitucional – ou seja: um pólo dela está deficitário. ◙ O leigo e a leiga possuem duas índoles: a eclesial e a secular – aliás, segundo o Vat II, somos os únicos membros da Igreja a possuí-las. Tem algum pólo nosso que está ruim?? ◙ O modelo vigente da hierarquia gasta forças para se manter – não está muito livre para fazer o jogo da articulação – então, sobrou para nós, leigos e leigas, fazê-lo.
◙ Em primeiro lugar, para realizarmos esta tarefa, devemos nos perguntar: qual é o modelo eclesiológico que assumimos ou vamos assumir – nós, leigos e leigas? ◙ Qual a conjugação de forças com que vamos trabalhar? Dentro da Igreja, quais? Na sociedade, quais? ◙ O CNLB, enquanto organismo, para articular forças, precisa – como outros organismos na Igreja – de plausibilidade. A temos? Qual tem sido? Não temos? Qual será e como será construída?
◙ O certo não seria forçar a polaridade. Ou seja: o binômio hierarquia – laicato. Quanto mais se força um pólo, mais o outro se ressente, reage e cria forças. A saída é a Igreja-Comunhão – ou seja: não trabalhar o binômio, mas o modelo que queremos, para realizar os desafios. Há hierarquia, religiosos e leigos que possuem o mesmo modelo.
Sai a analista e entra a teóloga: 1) A questão não é tão simples, por se tratar da Igreja e, não de uma outra instituição. Uma instituição social ocidental possui democracia – a Igreja possui outro regime. Ou seja: não pode haver na Igreja a pura medição de forças. 2) Ao tratarmos dos modelos, devemos saber separar o papel social das pessoas dos agentes do modelo vigente. Ou seja: na Igreja, não somos militantes partidários, mas irmãos e irmãs. Então, a relação entre nós na Igreja não é só funcional, técnica, sociológica.
3) Devemos, sempre, incluir, na reflexão e na ação quanto aos modelos eclesiológicos, alkém da eclesiologia, os seguintes dados: teológico (o querer de Deus, as fontes bíblicas, o paradigma jesuânico, a Tradição, etc), sacramental e afetivo (a Igreja primitiva se reunia nas casas – o modelo era a família). 4) Devemos, sempre, nos incluir na análise: eu também tenho uma ideologia, uma eclesiologia, uma teologia, e uma cultura, que fundamentam a minha escolha do modelo.
E=mail da Evinha: rem.eva@gmail.com eva632005@hotmail.com evarem@terra.com.br Tel: (21)2484-8812 (21) 9881-4102