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Gerenciamento de Transportes. Como a infra-estrutura de transporte e movimentação afeta a Cadeia de Abastecimento. Visão Geral. O fator logístico é um elemento primordial nas considerações da cadeia de abastecimento e na movimentação de produtos e materiais de um ponto a outro.
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Gerenciamento de Transportes Como a infra-estrutura de transporte e movimentação afeta a Cadeia de Abastecimento
Visão Geral O fator logístico é um elemento primordial nas considerações da cadeia de abastecimento e na movimentação de produtos e materiais de um ponto a outro. A idéia de movimento remonta aos tempos pré-históricos. A invenção da roda por exemplo, nasceu seguramente da necessidade de levar e trazer coisas com um esforço menor.
Visão Geral • Mudança de conceito de nômade para sedentário • Rodovias cortam os países de norte a sul, leste a • oeste • Competição entre cadeias de abastecimento • Competição entre Nações. • O transporte deve receber todas as prioridades necessários. Seja para movimentar produtos finais, matérias-primas, componentes ou pessoas, ele deve ser rápido, eficiente e barato.
Fatores que afetam os Meios de Transporte • Mudanças nos Modelos das Organizações • Demanda e Serviço ao Cliente • Globalização • Tecnologia • Transporte por Diferentes Meios • ADMINISTRAÇÃO DA FROTA • Administração dos Ativos • Mão-de-Obra • Consumo de Combustível • Manutenção • Estoque de Peças de Reposição • Planejamento de Atividades Administrativas • Eficiência da Frota • Indicadores de Desempenho e Produtividade
A Atividade de Transporte O transporte é o elemento mais visível da operação logística.
Função do Transporte É o movimento ou fluxo de bens desde o ponto de origem até o ponto de consumo. Inclui também a logística reversa no caso de devoluções de produtos, embalagens retornáveis, etc. Têm a função básica de proporcionar elevação na disponibilidade de bens aos permitirem o acesso a produtos que de outra maneira não estariam disponíveis para uma sociedade.
Importância do Transporte A atividade de transporte responde por até 2/3 dos custos logísticos totais.
Matriz de Transporte Brasileira AEROVIÁRIO 0,4% AQUAVIÁRIO (*) 13,0% FERROVIÁRIO 25,0% DUTOVIÁRIO 4,0% RODOVIÁRIO 57,6% FONTE: GEIPOT / ANTT - 2006 . (*) Inclui navegação interior, de cabotagem e de longo curso.
Matriz de Transporte do Estado de São Paulo AQUAVIÁRIO 0,4% OUTROS 0,8% FERROVIÁRIO 5,5% • Extensão da Malha SP: • 200 mil km de rodovias • 5,1 mil km de ferrovias • 2,4 mil km de hidrovias • 36 aeroportos • 2 portos RODOVIÁRIO 93,3% Dados de 2000
Formas de Transportes Modo Rodoviário – É o meio de transporte mais utilizado em território brasileiro, transportando a maior parte dos produtos. Tem a vantagem de chegar a qualquer ponto do território, e boa freqüência e disponibilidade, simplicidade e praticidade na entrega de mercadoria porém, como desvantagens, é considerado viável apenas para curtas distâncias, em razão de seu frete relativamente alto, capacidade de tração de carga reduzida, os veículos utilizados para tração possuem um elevado grau de poluição ao meio ambiente, como aumento no uso de combustíveis e trânsito dentre outros.
Formas de Transportes Modo Ferroviário – Este é um modal que opera com uma maior capacidade de cargas, tendo a vantagem de ser eficiente em termos de consumo de combustível, possui diversas opções energéticas (vapor, diesel, eletricidade), o material rodante é de longa duração e a desvantagem de apresentar um custo fixo muito alto, diferença na largura de bitolas, menor flexibilidade no trajeto, percursos sujeitos a obstruções, transporte mais lento. Assim, a preferência é por transporte de cargas grandes como os produtos a granel. Vagão Isotérmico – Destinado a produtos congelados em geral.
Formas de Transportes Modo Aéreo – Não apresenta muitas limitações quanto ao tipo de produto a ser transportado. No entanto, por ter um custo de frete muito maior que os demais, é utilizado apenas para o transporte de produtos que compensem esse custo. É o caso de peças e equipamentos eletrônicos, instrumentos óticos, peças de máquinas e outros. Dentre as vantagens pode-se destacar: Fretes com prazos mais curtos, maior segurança e a desvantagem de custo de frete alto, capacidade de carga menor que o marítimo e ferroviário, custo elevado de infra-estrutura que se reflete nos custos operacionais, impossilibidade de transporte de carga a granel, como por exemplo, minérios, petróleo, grãos e químicos.
Formas de Transportes Modo Ferroviário – Este é um modal que opera com uma maior capacidade de cargas, tendo a vantagem de ser eficiente em termos de consumo de combustível, possui diversas opções energéticas (vapor, diesel, eletricidade), o material rodante é de longa duração e a desvantagem de apresentar um custo fixo muito alto, diferença na largura de bitolas, menor flexibilidade no trajeto, percursos sujeitos a obstruções, transporte mais lento. Assim, a preferência é por transporte de cargas grandes como os produtos a granel. Vagão Isotérmico – Destinado a produtos congelados em geral.
Formas de Transportes Modo Hidroviário – A característica desse modal é o transporte de produtos a granel como carvão, minério, petróleo, ferro, entre outros. São produtos não perecíveis que podem ser transportados de forma lenta e sazonal, com um baixo custo de frete. O Brasil, em vista de sua extensão territorial costeada pelo mar e rico em rios navegáveis, possui uma das melhores malhas hidroviárias do mundo. São cerca de 48 mil quilômetros navegáveis, mas que, infelizmente, são subutilizados. O grande entrave está na falta de regulamentação, o que impede a realização de investimentos de forma ordenada e a longo prazo. Podemos separar o transporte aquaviário em três tipos: Transporte Marítimo, Transporte Fluvial e Transporte de Cabotagem.
Formas de Transportes Modo Hidroviário Principais Vantagens Apresenta elevada capacidade de carga; Transporta toda a espécie de mercadorias; É um transporte vantajoso para médias e longas distâncias, visto permitir a amortização dos elevados custos operacionais, sendo o custo médio por unidade de carga/km relativamente baixo; Permite descongestionar as vias terrestres, sobretudo as rodoviárias. Principais Desvantagens É um potencial agente poluidor dos mares e áreas litorais; O tempo gasto nas viagens não permite ainda o transporte de certos produtos mais delicados; Necessidade de transbordo nos portos; Distância dos centros de produção; Maior exigência de embalagens; Menor flexibilidade nos serviços aliados a freqüentes congestionamentos nos portos.
Formas de Transportes No Brasil, podemos utilizar qualquer tipo de modal, mas, infelizmente, com algumas restrições. As ferrovias não apresentam uma ampla cobertura no Brasil; O transporte aéreo é destinado quase que sua totalidade para o transporte de passageiros, tendo pouca expressão no transporte de cargas; O aquaviário, assim com o aéreo, também possui pouca amplitude e o transporte rodoviário, por sua vez, encontra-se refém da péssima qualidade das estradas brasileiras.
Matrizes de Transportes Comparativo Internacional 81% 8% 11% Rússia1 46% 43% 11% Canadá2 43% 53% 4% Austrália6 43% 32% 25% EUA4 China3 37% 50% 13% Brasil5 24% 62% 14% Ferroviário Hidroviário Rodoviário
Comparativo de Custos de Transporte entre Modais • No Brasil, o frete rodoviário é , em geral, 80% mais caro que o frete ferroviário. Nos países desenvolvidos esse percentual chega a 300%. • A diferença dos custos de transporte de carga por rodovia e por vias aquáticas é, normalmente, de 8 para 1. No Brasil atinge 3 para 1. Nos EUA, é de 11 para 1.
Comparativo de Custos de Transporte entre Modais • US$ 1,00 é o custo para movimentar uma tonelada por: • 24 km de rodovia • 102 km de ferrovia • 536 km de hidrovia • 1 litro de combustível é consumido por tonelada ao percorrer: • 25 km de rodovia • 85 km de ferrovia • 217 km de vias aquáticas
No Brasil.... • Mais de 12.000 empresas de transporte rodoviário de cargas atuando no mercado estimado em R$ 40 bilhões. • 51% da frota de caminhões pertencentes a autônomos. • Idade média da frota é de 18,8 anos, com desvio-padrão superior à média. • Roubo de cargas consome de 5% a 15% da receita bruta das empresas de transporte de cargas; em 2004 o prejuízo foi de R$ 1,5 bilhão. • Apesar de possuirmos uma malha rodoviária de mais de 1.700.000 km , apenas 9,4% dela está asfaltada.
No Brasil.... • Segundo a pesquisa da CNT em 2004, 75% das estradas pavimentadas apresentavam algum tipo de imperfeição. • Os investimentos do Governo Federal representam menos de 1% do PIB em infra-estrutura de transportes nos últimos anos; especialistas recomendam investimentos na ordem de 2% a 3% ao ano. • Muitas empresas atuando na informalidade em função da alta tributação do setor de transportes que atinge 30% do faturamento das empresas. • Muitos armazéns rudimentares (baixo pé-direito, ausência de docas elevadas, piso ruim, pátios mal dimensionados, etc).
No Brasil.... • A malha ferroviária no país é pequena e pouco interligada. Há 80 anos o Brasil tinha 30.000 km de ferrovias; hoje a malha é de 29.798 km! • No Brasil a velocidade média dos trens é de apenas 25 km/h; nos EUA é de 60 a 80 km/h. • Apesar de contarmos com 30 portos marítimos e 10 portos interiores, os 10 maiores portos do Brasil concentram 75% da carga movimentada. O porto de Santos (SP) respondeu por 25% do valor total movimentado no comércio exterior e por quase 50% dos contêineres que entraram e saíram do país.
No Brasil.... • Dos 42.000 quilômetros de rios navegáveis no Brasil, apenas 8.500 km são efetivamente utilizados. O modal hidroviário conta com poucos investimentos públicos e sérias restrições ambientais. Além disso, como o uso das hidrovias nunca foi uma prioridade, foi construída uma série de obras que atrapalham a navegação.
No Brasil.... • Contamos com 36 aeroportos domésticos e 30 aeroportos internacionais e outros 2.624 aeródromos e pequenos aeroportos. • 65% da carga movimentada nos aeroportos brasileiros está concentrada em 4 deles: Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Manaus (AM) e Galeão (RJ). Na intermodalidade somos como um PATO, ele anda, nada e voa, mas faz tudo mal feito!
Demanda por Transportes.... Crescimento do volume de carga transportada até 2008 Fonte: Anut / Mdic Acréscimo Previsto (Milhões/T) Setor Produção Atual (Milhões/T) Crescimento (%) 40,0 40,0 21 Siderurgia Grãos e Fertilizantes Exportações Agrícolas via Marítima* 100,0 176,0 62,5 40 22 33,6 * Volume em 2003 (granéis e produtos agroindustriais). Até out. 2004, exportações agrícolas somaram 61,8 mi/ton.
Resumindo.... • Rodovias • Infra-estrutura degradada, com deterioração das condições operacionais (aumento do número de acidentes e perda energética elevada) • Inexistência de capacidade nas regiões desenvolvidas • Extensão inadequada da malha nas regiões com potencialidade de desenvolvimento • Ferrovias • Invasão da faixa de domínio nos centros urbanos e nos acessos aos portos • Idade média elevada e quantidade insuficiente de vagões e locomotivas • Integração operacional deficiente entre concessionários • Malha pouco extensa para o atendimento da demanda
Resumindo.... • Portos • Infra-estrutura próxima da saturação (falta de berços) • Restrições de acesso marítimo (profundidade) • Restrições de acesso terrestre (rodoviário e ferroviário) • Hidrovias • Inadequação da sinalização e do balizamento • Restrições de calado • Marinha Mercante • Inadequação da frota nacional para cabotagem e longo curso • Déficit elevado no mercado de fretes
Desafios • INFRA-ESTRUTURA CAPAZ DE: • Atender com eficiência à demanda decorrente do crescimento interno e do comércio exterior • Permitir a ligação do Brasil com os países limítrofes, fortalecendo a integração na América do Sul • Reduzir o Custo Brasil: • Acidentes • Tempos de viagem • Custos de transportes • Estruturar os corredores estratégicos de transportes • Estimular a participação dos modais hidroviário e ferroviário, com maior utilização da intermodalidade • Apoiar o desenvolvimento da indústria do turismo
A Origem dos Problemas Investimentos em Transportes / PIB (%) % (1)
Desafios • A Infra-Estrutura de Transporte influencia a Economia Brasileira. O desafio é melhorar os modos individuais de transporte, de forma que a intermodalidade e a integraçãologística sejam os eixos da política. A definição de políticas públicas é tarefa de governo, ainda que auxiliado pela sociedade. É essencial que a política de transportes seja integrada, assim como as decisões de investimento. Assim, a política de transportes estaria voltada à integração dos modais e à redução dos custos de logística do País.
Propostas 1ª Conf. Nac. Infra-Estrutura Logística – CIESP - 2007 • Ações fundamentais para as soluções necessárias • Transformação do Ministério dos Transportes em Ministério da • Logística; • • Nomeação de ministro com competência sobre logística; • • Implantação do conceito de planejamento com visão • sistêmica dos problemas do setor; • • Recapacitação profissional dos agentes públicos; • • Revisão dos marcos regulatórios para liberar e dar segurança • ao investimento privado; • • Investimentos concretos em obras consideradas prioritárias • pelo setor; • Implantação efetiva da multimodalidade; • • Fomentar a ampliação dos mercados de Cabotagem.
Decisões Estratégicas em Transportes • Nível de serviço x Custo • Escolha do modal de transporte mais adequado / Intermodalidade • Dimensionamento e perfil da frota de transporte e distribuição • Gestão de Custos (diretos e indiretos / fixos e variáveis) • Embalagens e unitização de cargas • Tecnologia em Transportes • Modalidade de frete (CIF/FOB) • Frota própria / frota de terceiros
Transporte Intermodal e Multimodal Transporte Intermodal – É o tipo de transporte que requer tráfego misto ou múltiplo, envolvendo mais de uma ou várias modalidades de transporte, sendo indicado para acesso a locais mais difíceis ou distantes. Transporte Multimodal – É o tipo de transporte que requer articulação entre vários modos de transporte, de forma a tornar mais rápidas e eficazes as operações de transbordo. O Transporte Multimodal é aquele em que serão necessários mais de um tipo de veículo para conduzir a mercadoria até ao seu destino final.
Fontes Pesquisadas.... • BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009. • NOVAES, Antonio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. • PASSOS, Paulo Sérgio Oliveira. Logística de Transportes para a Desenvolvimento Nacional - A Visão do Governo Federal. 15º Fórum de Debates Projeto Brasil: LOGÍSTICA – Como Integrar para Crescer São Paulo, SP. 23 de Março de 2005. • VILAÇA, Rodrigo. Avaliação do Setor de Transporte Ferroviário de Cargas: PAC e PNLT. 2a Conferência Nacional de Infra-Estrutura Logística. São Paulo, 4 de setembro de 2007. • CIESP. Centro das Industrias do Estado de São Paulo. Panorama do setor da Infra-Estrutura Logística do Brasil. 2º Conferência Nacional de Infra-Estrutura Logística, 4 de setembro, 2007. • www.abml.com.brwww.antf.org.br • www.cnt.org.brwww.ilos.com.br • www.ntcelogistica.org.brwww.portalntc.org.br/ • www.tigerlog.com.br