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Análise de Demonstrações Financeiras - Aplicação Prática. Prof. Msc . Antônio Pinheiro Teles Júnior. 1) Aspectos Básicos. Necessidade de avaliar os indicadores ao longo do tempo Necessidade de avaliar em relação ao setor; Comparar o desempenho das empresas;
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Análise de Demonstrações Financeiras - Aplicação Prática Prof. Msc. Antônio Pinheiro Teles Júnior
1) Aspectos Básicos • Necessidade de avaliar os indicadores ao longo do tempo • Necessidade de avaliar em relação ao setor; • Comparar o desempenho das empresas; • Verificar tendências e restriões
Análise Horizontal e Vertical • Horizontal: Permite que se avalie evolução dos vários itens de cada demonstração financeira. • Vertical: Constitui no processo comparativo entre as instituições de determinado setor. • Essas duas análises são complementares.
Análise horizontal Conclusão: As receitas operacionais cresceram 22% em X1 e 43% em X2, tomando como base X0, entretanto o Lucro bruto não acompanhou o desempenho dessas receitas, denotando maior elevação dos custos em X1, porem essa situação inverte-se em X2
Situações especiais de análise horizontal O número índice 93,04 obtido em X1 ilustram que as dívidas apuradas correspondem a 93,08% do exercício anterior (Ano Base). Ou seja, houve um decréscimo de 6,6%, em X2 a involução foi ligeiramente menor, 1,8%. Deve-se observar que a análise horizontal torna-se confusa quando se usa números índices.
Situações especiais de análise horizontal • Quando o valor base for negativo, adota-se um número índice base igual a – 100, com isso os sinais dos números índices se inverteriam. Análise Horizontal em contexto de inflação Sabendo que os índices gerais de preço da economia dos anos X0, X1 e X2 foram , 59,4; 77,7 e; 91,8. temos que corrigir os valores observados no Balanço.
Análise vertical • Processo comparativo • É obtida através de valores afins e relacionáveis em uma mesma demonstração contábil • Permite que se conheçam alterações ocorridas na estrutura dos relatórios analisados
Análise Vertical Análise Horizontal
Índices Econômicos e Financeiros • Indicadores de liquidez • Visam medir a capacidade de pagamento das empresas para cumprir obrigações assumidas. • Liquidez Corrente: Relação existente entre ativo circulante e passivo circulante, se o valor obtido for maior que 1, o indicador reflete fluxo de caixa positivo. Liquidez Corrente: (Ativo Circulante/ Passivo circulante) No exemplo. Liquidez corrente em X2 = (3732/3.917) = 0,9532, enquanto que a Liquidez corrente em X0 era de 1,14 (4.585/4012).
Liquidez Seca • Realização dos estoques é mais demorada, apesar de serem contas de curto prazo. • Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques – despesas antecipadas) / (Passivo Circulante ) Liquidez Imediata • Reflete a % das dívidas de curto prazo que podem ser saldas pelas empresas. • Liquidez Seca = (Disponível) / (Passivo Circulante ) Liquidez Geral • Retrata a saúde financeira de longo prazo das empresas . • Liquidez Geral = (Ativo Circulante+ Realizável a longo Prazo) / (Passivo Circulante + Exigível a longo prazo )
Indicadores de Atividade • Mensurar o ciclo operacional das empresas • Prazo médio de estocagem • Indica o tempo médio necessário para renovação dos estoques. • Prazo médio = [(Estoque Médio)/(Custo dos produtos vendidos)] x 360 • Prazo médio de pagamento para fornecedores. • Prazo médio em que a empresa tarda em pagar suas dívidas • Prazo médio = [(contas a pagar a fornecedores)/(compras anuais a prazo)] x 360
Indicadores de Atividade • Mensurar o ciclo operacional das empresas • Prazo médio de cobrança • Tempo que a empresa leva para receber suas vendas a prazo. • Prazo médio = [(valores a receber provenientes de vendas a prazo)/(vendas a prazo anuais)] x 360 • Observação • Evitar utilização da média aritmética para dois períodos, necessário que sejam utilizados mais períodos ou dados trimestrais.
Indicadores de endividamento e estrutura • Utilizados para aferir a composição das fontes passivas de recursos de uma empresa. Ilustram com isso a forma pela qual o recurso de terceiros são utilizados pela empresa. • Relação Capital de Terceiros/ Capital próprio. • Revela a dependência da empresa em relação ao seu financiamento por meio de recursos próprios • Relação Capital de Terceiros/ Capital próprio= [(passivo circulante + exigível a longo prazo)/( Patrimônio Líquido)]
Indicadores de endividamento e estrutura • Relação Capital de Terceiros/ Passivo Total • % de recursos da empresa financiada por terceiros • Relação Capital de Terceiros/ passivo total = [(passivo circulante + exigível a longo prazo)/(exigível total + Patrimônio Líquido)] • Imobilização de Recursos Perm. • % de recursos passivos a longo prazo. • Imob. Recur. Perman. = [(Ativo Permanente) / (Exigível a longo prazo + Patrimônio Liquido)]
Tópico especial • Indicadores do investimento e Lucratividade
Retorno • Retorno sobre o Investimento – ROI • OBS: Rentabilidade dos recursos de terceiros Investimento = Ativo total - Passivo de funcionamento. Investimento = Oneroso + Patrimônio líquido ROI = Lucros Gerados pelos Ativos/Investimento Médio • Retorno sobre o Patrimônio Líquido • Rentabilidade dos recursos próprios. • ROE = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido Médio • Quando ROE > ROI = alavancagem positiva • Custo de captação inferior ao retorno da empresa.
Rentabilidade • Rentabilidade das vendas • Margem Operacional = Lucro Operacional/Vendas Líquidas • Margem Líquida = Lucro Bruto/ Vendas Líquidas.
Lucro por ação • LPA = Lucro Líquido/Número de ações emitidas • Índice de preço/lucro • P/L= Preço de Mercado (Aquisição) da Ação/Lucro por Ação.
Aplicação prática da Análise de demonstração de resultado • Avaliar os demonstrativos de resultados, balanços e relatórios que obrigatoriamente são publicados no Brasil. • Qualquer Análise se inicia pela avaliação vertical e Horizontal das empresas
Análise Vertical e Horizontal do Balanço patrimonial a) Redução na participação do Ativo Permanente b) Crescimento do Passivo circulante foi superior as aplicações de curto Prazo (Ativo Circulante); c) Crescimento acentuado das dividas de curto prazo apresenta pressões sobre o equilíbrio Financeiro das empresas. Nessa estrutura as dívidas de curto prazo representam 53,9% dos ativos totais
Análise da demonstração de resultado Expansão nominal da receita operacional; Redução na participação dos custos; Aumento na participação dos lucros brutos; Obs. Empresa não provisionou impostos por conta da legislação Brasileira.
Cálculo do IR Indicadores de Liquidez da empresa
Conclusões acerca do equilíbrio Financeiro • Evolução financeira acompanhou a evolução observada; • Porém houve deterioração da liquidez da empresa; • Demanda maior por recursos de terceiros no curto prazo (passivo circulante); • Liquidez decresceu em função de maior participação dos estoques no capital de giro. • Capital Circulante = Ativo circulante – passivo circulante
Variação do capital circulante líquido A geração de capital circulante líquido foi insuficiente para financiar os compromissos de dividendos pagos, imobilizações de recursos e outras atividades. Com isso o capital circulante líquido se elevou de (570) em dez de 00 para (1464) em dez de 01, gerando uma acumulado de (2034)
Análise do endividamento da estrutura. Em 00, para cada 1 real de capital próprio a empresa levantou 1,24 de recursos de terceiros, esse indicador se elevou para 1,75 em 2001; A proporção de capital de terceiros corresponde a 63,6% do ativo em 01. Obs. Passivos Onerosos são os que geram despesas financeiras – Passivos Não onerosos não geram despesa financeira (Passivos de funcionamento)
Retorno, endividamento e lucratividade – Apuração do Investimento
Resumo dos indicadores de rentabilidade e lucratividade Calculados com base na média entre os períodos analisados, com exceção da margem líquida. O custo de captação da empresa é superior ao retorno que se pode auferir com a captação de recursos de terceiros (Retorno – custo financeiro de juros pagos). Spreads Negativos. ROE ficou abaixo do ROI, isso significa presença de recursos de terceiros sem a possibilidade de alavancagem da empresa
Conclusões • Situação financeira da empresa não apresentou bom desempenho; • Elevação no endividamento total da empresa; • Resultados operacionais foram bons; • Rentabilidade ficou comprometida pelo elevado custo das dívidas; • Análise não está completa porque falta avaliar o risco da empresa em relação ao mercado ( Próximos capítulos)