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PR - RS - SC. Educação para a Comunicação. Vera Gasparetto - Jornalista, Educadora da Escola Sindical Sul da CUT. Introdução. As relações entre as pessoas e as relações sociais se dão pela interação, pela troca de experiências e saberes.
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PR - RS - SC Educação para a Comunicação • Vera Gasparetto - Jornalista, Educadora da Escola Sindical Sul da CUT
Introdução • As relações entre as pessoas e as relações sociais se dão pela interação, pela troca de experiências e saberes. • A luta social, a construção da cidadania e de uma nova sociedade necessitam de diálogos que partem dos indivíduos e somam-se no coletivo. • A sensibilidade para a comunicação individual é um direito. A democratização dos meios de comunicação de massa é um direito social que necessita de nossa disputa constante. • A Escola Sul apresenta uma proposta nesta área, para o fortalecimento da estratégia político-organizativa da CUT.
Desafios para a CUT • Lutar pela democratização do país, por geração de trabalho e renda, por melhores salários e condições de vida, por políticas públicas para a inclusäo social. • Dialogar com a sociedade sobre o papel da Central e a sua importância na construção de novos paradigmas de desenvolvimento econômico e social, através da visibilidade de suas formulações e ações.
Desafios para a CUT • Implementar uma política de comunicação que amplie as relações da Central com a sociedade à altura do papel que lhe cabe - neste momento histórico - de disputa do caráter do governo Lula, mantendo sua autonomia. • Sensibilizar e educar o ser humano para enfrentar o monopólio da informação e comunicação, resgatando através de uma comunicação alternativa, a sua identidade e referências culturais. • O reconhecimento ao direito da comunicacão é necessário para o exercício dos demais direitos humanos.
A Filipina Susanna George, na Conferência Mídia e Globalização no Fórum Social Mundial ilustrou o grande desafio em relação à Comunicação: “A democratização da comunicação e damídia é uma das lutas sociais mais importantes do século. Precisamos levantar a bandeira da comunicação, pois toda a ação tem um componente comunicacional. O direito à informação e à liberdade de comunicação é um processo interativo fundamental para a organização social e a garantia da liberdade de expressão. Precisamos articular um sistema público e promover a formação para a comunicação na sociedade, a construção de sujeitos críticos.”
Princípios da Formaçãopara a Comunicação • Integralidade da Comunicação • Educomunicação • Dimensão interpessoal e institucional
Integralidade da Comunicaçäo • Processo Comucacional = emissor -> mensagem -> receptor -> emissor, numa interação dialógica permanente. • Comunicação - relação de poder -> ideologia -> Atores sociais são sujeitos da produção de informação e não receptores passivos. • Comunicação entrelaçada à ação sindical. • Formação para a comunicação dentro da perspectiva de educação integral e indelegável -> partir da realidade dos sujeitos. • Resgatar aspectos da subjetividade, partindo do sujeito -> relação interpessoal -> relações sociais -> globalização.
Educomunicação 1) Aeducação para a comunicação - sujeitos do processo de comunicação*1 e programas de formação de receptores autônomos e críticos frente aos meios. 2) Compreensão sobre as novas tecnologias na educação -> inclusão digital - domínio da técnica. 3) A gestão da comunicação - planejamento, execução e avaliação de planos, programas e projetos de intervenção social que relaciona Comunicação/Cultura/ Educação (ecossistemas comunicativos*2). *1Emissor -> mensagem -> receptor -> emissor, numa interação dialógica permanente. *2 Relacionamento mútuo entre os fatores.
Dimensões da Comunicação Interpessoal • Todos comunicam -> sujeitos de comunicação. • Qualificação para falar em público, ouvir, interpretar fatos e situações, elaborar/escrever, uso de instrumentos • Formação de sujeitos críticos Institucional • Comunicação interna -> pactos entre os sujeitos, planejamento, interação entre as políticas/secretarias, oficinas de sensibilizaçäo. • Comunicação externa -> estratégias de comunicação integrada para os diferentes públicos alvos (trabalhadores(as)/ramo, sistema CUT, sociedade, poder público, etc) -> formação de opinião • Expressões de vida da nossa gente - cultura
O Programa de Formação para a Comunicação & Eixos Prioritários da CUT • 1) Gestão: • Democracia e transparência • Respeito às diferenças • Estrutura financeira • Financiamento da CUT • Formação • Escolas • 3) Disputa de hegemonia • Projeto de desenvolvimento • Papel do Estado • Democratização da comunicação • Ampliação de direitos Comunicação para a ação sindical • 2) Fortalecimento do projeto sindical cutista • Discutir a organização da CUT • Organização por Local de Trabalho • Estrutura - ramos • Fortalecimento das instâncias • Mulheres • Jovens • Informais
Desafios a todos nós... • Sermos Educomunicadores • Envolvimento do conjunto da direção e dos trabalhadores da entidade. - Transformar a comunicação em algo de “todos nós”. - Investimentos - Comunicação sindical integrada • Construir Redes de Comunicação dentro da CUT -> política de distribuição. • Veiculação de informações diversas, plurais, de conteúdos inovadores, com uma linguagem que dialogue com o homem e a mulher modernos – subjetividade e simbólico. • Projetos culturais - PP
Desafios a todos nós... • Incidir nas Políticas Públicas de Comunicação – Conselho de Comunicação Social, nova Lei da Comunicação Eletrônica, TV Digital, criação de meios de comunicação públicos, luta contra o monopólio. • Campanha mundial “Direito à comunicação na sociedade da informação”. • MEC -> incluir na grade curricular programa de capacitação para a leitura crítica da mídia e inclusão digital. • Criação de cursos para a formação de jornalistas e de estudantes de jornalismo -> sentido
Perguntas que não querem calar • Como a comunicação sindical pode contribuir para transformar a vida? • Nossa comunicação conta a história da classe trabalhadora, mobiliza à participação cidadã e constrói a solidariedade? • Qual nosso papel – dirigentes, comunicadores e formadores, diante desses desafios?
Na Conferência “Como enfrentar o império” (FSM 2003), a escritora indiana Arundathi Roy foi enfática: “Vivemos uma globalização internacional de governos corruptos e autoritários. Uma imprensa que faz de conta que é livre, tribunais que fazem de conta que administram a justiça. É uma acumulação obscena de poder. Há uma distância muito grande entre quem toma as decisões e quem tem que obedecê-las. Nossa luta é para diminuir essa distância... Cara-a-cara com o império, parece que estamos perdendo. Mas nós os desnudamos. Perderam sua máscara estão sob céu aberto. (...) Nosso desafio é ajudar a construir a opinião pública até um ruído ensurdecedor. Reinventar a desobediência civil e criar um milhão de formas de nos tornar um pé no saco coletivo. Vamos sitiá-los, fazê-los passar vergonha. Vamos expor nossa arte, nossa música, literatura, teimosia, alegria, brilho, implacabilidade,nossacapacidade de contar as próprias histórias.”
Bibliografia BAPTISTA, Maria Luiza C. Comunicação trama de desejos e espelhos. Ed. da ULBRA,1996. BAUDRILLARD, Jean. A sombra das maiorias silenciosas. Ed. Record, 1996. CALVINO, Italo. Seis propostas para o próximo milênio. Companhia das Letras,1993. ESCOLA SINDICAL SUL. Programa de Formação para a Comunicação. ESS, 2003/04. FÓRUM SOCIAL MUNDIAL. Como enfrentar o império. Conferencia, 2003. FÓRUM SOCIAL MUNDIAL. Mídia e Globalização. Conferencia, 2003. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Paz e Terra, 12ª ed., 1999. GUATARI, Félix. As Três Ecologias. Ed. Papyrus. MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. Ed. UFMG, 2001. MORAES (org.), Denis de. Por uma outra comunicação – Mídia, mundialização, cultura e poder. Ed. Record, 2003. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. Ed. Record, 9ª ed., 2002. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Núcleo de Comunicação e Educação. http://www.eca.usp.br/nucleos/nce. Apresentação: Vera Gasparetto – Jornalista, Formadora da Escola Sul - verag@escolasul.org.br