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Filosofia

Filosofia. Prof. Everton da silva correa. Romanos: a construção do príncipe. https://www.facebook.com/Prof.EvertonCorrea.

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Presentation Transcript


  1. Filosofia Prof. Everton da silva correa

  2. Romanos:a construção do príncipe https://www.facebook.com/Prof.EvertonCorrea

  3. Após o primeiro período de sua história política, a época arcaica e lendária dos reis patriarcais, semi-humanos e semidivinos, Roma torna-se uma república aristocrática governada pelos: Grandes senhores de terras, os patrícios, E pelos representantes eleitos pela plebe, os tribunos da plebe.

  4. Roma é uma república por três motivos principais: O governo está submetido a leis escritas impessoais; A res publica (coisa pública) é o solo público romano, distribuído às famílias patrícias, mas pertencente legalmente a Roma, isto é, a propriedade da terra é coisa pública cujo uso é concedido pelo Estado a cidadãos privados; O governo administra os fundos públicos (recursos econômicos provenientes de impostos, taxas e tributos), usando-os para a construção de estradas, aquedutos, templos, monumentos e novas cidades, e para a manutenção dos exércitos.

  5. Os dois poderes: administrativo e imperium No centro do governo estavam dois cônsules, eleitos pelo Senado e Povo Romano, aos quais eram entregues dois poderes: • O administrativo (gestão dos fundos e serviços públicos); • E o imperium, isto é, o poder judiciário e militar.

  6. Duas autoridades O Senado reservava para si duas autoridades: • O conselho dos magistrados; • E a autoridade moral sobre a religião e a política.

  7. Fórum Romano O Fórum Romano, o centro político, econômico, cultural e religioso da cidade durante a República e, mais tarde, durante o Império, está agora em ruínas.

  8. República oligárquica, Roma é uma potência com vocação militar. Em cinquenta anos, conquista todo o mundo conhecido, com exceção da Índia e da China. Esse feito é obra militar dos cônsules, que, como dissemos, foram investidos com o imperium (poder judiciário e militar). São imperatores.

  9. Auge e decadência Pouco a pouco, à medida que Roma se torna uma potência mundial, alguns dos cônsules (Júlio Cesar, Numa, Pompeu) reivindicam mais poder e mais autoridade, que lhes vão sendo concedidos pelo Senado e Povo Romano. Gradualmente, sob a aparência de uma república aristocrática, instala-se uma república monárquica. E dessa monarquia senhorial surge o principado. O príncipe é imperador: chefe militar, detentor do poder judiciário, magistrado, senhor das terras do Império Romano, autoridade suprema.

  10. “César” Por isso mesmo, vários pensadores romanos republicanos, como Tácito, Cícero, Tito Lívio, consideram que a decadência política de Roma coincide com o momento de seu maior esplendor econômico e militar, Isto é, o principado, quando o nome “César” deixa de nomear a pessoa de Júlio Cesar e passa a indicar a posição do governante – o príncipe é um césar.

  11. A mudança da república para o principado ou cesarismo transparece na teoria política Embora esta continue afirmando os valores republicanos – importância das leis, do direito e das instituições públicas, particularmente do Senado e Povo Romano –, a preocupação dos teóricos se mantém voltada para a figura do príncipe.

  12. Bom governo Inspirando-se no governante-filósofo de Platão, os pensadores romanos produzirão o ideal do príncipe perfeito ou do Bom Governo. A nova teoria política mantém a ideia grega de que a comunidade política tem como finalidade a vida boa ou a justiça, identificada com a ordem, harmonia ou concórdia no interior da cidade. No entanto, agora, a justiça dependerá das qualidades morais do governante. O príncipe deve ser o modelo das virtudes para a comunidade, pois ela o imitará.

  13. Na verdade, os pensadores romanos viram-se entre duas teorias: • A platônica, que pretendia chegar à política legítima e justa educando virtuosamente os governantes; • E a aristotélica, que pretendia chegar à política legítima e justa propondo qualidades positivas para as instituições da cidade, das quais dependiam as virtudes dos cidadãos. Entre as duas, os romanos escolheram a platônica, mas tenderam a dar menor importância à organização política da sociedade (tripartite) e maior importância à formação do príncipe virtuoso.

  14. O príncipe O príncipe, como todo ser humano, é passional e racional, porém, diferentemente dos outros humanos, não pode ceder às paixões, apenas à razão. Por isso, deve ser educado para possuir um conjunto de virtudes que são próprias do governante justo, ou seja, as virtudes principescas.

  15. O verdadeiro vir (“varão”, em latim) possui três séries de virtudes ou qualidades morais. É comum a todo o homem virtuoso, sendo constituída por quatro virtudes universais que cada um deve possuir se quiser ser virtuoso: sabedoria, justiça, coragem e temperança. O conjunto das virtudes propriamente principescas: honradez, magnanimidade ou clemência, e liberalidade. Refere-se aos objetivos que devem ser almejados pelo príncipe virtuoso: honra, glória e fama.

  16. Cícero insiste Em que o verdadeiro príncipe é aquele que nunca se deixa arrastar por paixões que o transformam numa besta. Não pode ter a violência do leão nem a astúcia da raposa, mas deve, em todas as circunstancias, comportar-se como homem dotado de vontade racional. O príncipe será o Bom Governo se for um Bom Conselho, isto é, sábio, devendo buscar o amor e o respeito dos súditos.

  17. Em contraponto ao Bom Governo, A teoria política ergue o retrato do tirano ou o príncipe vicioso: Bestial, intemperante, passional, injusto, covarde, impiedoso, avarento e perdulário, sem honra, fama ou glória, odiado por todos e de todos temeroso. Inseguro e odiado, rodeia-se de soldados, vivendo isolado em fortalezas, temendo a rua e a corte.

  18. A teoria do Bom Governo A teoria do Bom Governo deposita na pessoa do governante a qualidade da política e faz de suas virtudes privadas virtudes públicas. O príncipe encarna a comunidade e a espelha, sendo por ela imitado tanto na virtude como no vício.

  19. Próxima aula O poder teológico-político: o cristianismo

  20. FIM CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 14. ed. São Paulo: Ática, 2010. p. 448-450.

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