E N D
1. PROVAS DE FUNÇÃO PULMONAR Aline Rocha Camporez
3. Testes de Função Pulmonar VOLUMES E CAPACIDADES PLMONARES
CPT = Capacidade pulmonar total
CV = Capacidade vital
CRF = Capacidade residual funcional
VR = volume residual
VC = Volume corrente
VRE = Volume de reserva expiratório
VRI = Volume de reserva inspiratório
4. Testes de Função Pulmonar CURVAS FLUXO-VOLUME PULMONARES
Determinam os fluxos instantâneos com finalidade de avaliação de vias aéreas periféricas
Realizadas com ar ou com hélio
5. Testes de Função Pulmonar CURVAS PRESSÃO-VOLUME
Obtêm-se a partir dessas medidas: a complacência pulmonar (CP) e a pressão elástica máxima
É necessário passar-se o balão esofágico e transdutores para a medição da pressão transpulmonar: pouco usadas em pediatria
6. ESPIROMETRIA Padrão ouro para a identificação e acompanhamento de pacientes com doenças pulmonares obstrutivas e restritivas
Mede volumes, capacidades e fluxos pulmonares, a partir de manobras respiratórias padronizadas e os compara com padrões de referência para altura, sexo e idade
7. ESPIROMETRIA Depende muito da compreensão e do esforço voluntário do paciente (> 6 anos).
A partir da curva expiratória forçada, obtida expelindo-se com toda força e rapidez o ar existente nos pulmões acumulado após uma inspiração máxima, podem ser calculados vários parâmetros
Capacidade Vital Forçada (CVF): volume total de ar expelido durante a manobra
Volume Expiratório Forçado no 1º segundo (VEF1): volume expirado no primeiro segundo da CVF
Fluxo Expiratório Forçado (FEF): representa a relação entre o volume expirado e o tempo gasto na sua expiração
VEF1/CV e VEF1/CVF: Índice de Tiffeno
8. Testes de Função Pulmonar Na prática, podem ser medidos vários fluxos
FEF 25-75% ou fluxo médio expiratório forçado: representa o fluxo entre 25 e 75% da curva da CVF
Depende da força de retração elástica dos pulmões, da permeabilidade de pequenas vias aéreas e pouco da força muscular
Sua medida traz informações sobre a permeabilidade de pequenas vias aéreas
FEF 75-85% e FEF 75-90%: representam os fluxos da fase final da curva expiratória forçada
Não existem valores de normalidade
Se alteram mais precocemente que FEF 25-75% nas doenças que comprometem as pequenas vias aéreas;
Ventilação voluntária máxima (VVM): é o máximo do volume de gás que pode ser mobilizado pelos pulmões durante um minuto, pelo esforço voluntário do paciente
Pico de fluxo expiratório (PFE): representa o máximo de volume expirado num determinado tempo; é obtido expirando-se com toda força o ar dos pulmões a partir da CV
9. Espirometria
10. Critérios de Aceitabilidade
Volume retroextrapolado = 5% da CVF ou 150ml ( o que for maior )
Pico de fluxo expiratório: ? máx de 10% ou 500ml dos picos de outras curvas
Término adequado da expiração: 6 seg ou platô de 1 seg
Curvas livres de artefatos
11. Espirometria Critérios de Reprodutibilidade
Diferença entre os 2 maiores valores de VEF1 e CVF
< 150ml
Crianças: < 200ml
Critério final
3 curvas aceitáveis e 2 reprodutíveis
Máximo de 8 tentativas
12. Espirometria Uma curva normal apresenta o seguinte aspecto:
13. Espirometria Já as curvas patológicas apresentam diferenças significativas:
14. Testes de Função Pulmonar Em caso de Síndrome Ventilatório Obstrutivo, deve proceder-se a Broncodilatação, sendo positiva se a curva apresentar o seguinte aspecto:
15. Interpretação da Espirometria Em resumo
16. Espirometria Quantificação do distúrbio
17. Testes de Função Pulmonar TESTES DE FUNÇÃO PULMONAR EM CRIANÇAS PEQUENAS E LACTENTES
Equipamento sofisticado
A capacidade residual funcional é o único volume pulmonar que pode ser medido com certa acurácia, sendo a CV medida durante o choro, e a CPT medida pelo pletismógrafo de corpo inteiro
Técnica da deflação forçada: insuflar os pulmões da criança até a pressão de 40 em H2O e, então, esvaziá-los até o volume residual, o mais rápido possível; a criança deve ser intubada, sedada, e é usado relaxante muscular
Técnica de compressão torácica rápida: através de um colete inflável tóraco-abdominal, é aplicada uma rápida e alta pressão positiva sobre o tórax e abdômen, medindo-se simultaneamente os fluxos na boca, através de um pneumatocógrafo
18. Testes de Função Pulmonar PLETISMOGRAFIA CORPÓREA
É bastante complexo e caro
Mede a resistência de vias aéreas (RVA) e o seu inverso, a condutância (GVA) e o volume gasoso pulmonar total (CPT)
É empregada em pesquisas clínicas e de fisiologia
19. Testes de Função Pulmonar PLETISMOGRAFIA
A Pletismografia é realizada dentro de uma cabine e, para além das funções da espirometria, tem ainda a capacidade de avaliar os débitos e as resistências das vias aéreas.
20. Pletismografia Determina volumes pulmonares de forma mais acurada que a espirometria
21. Testes de Função Pulmonar TESTES DE PROVOCAÇÃO BRÔNQUICA PARA AVALIAÇÃO DE HIPER-RESPONSIVIDADE DE VIAS AÉREAS
Princípio: a hiperresponsividade da árvore brônquica do paciente asmático diante de vários estímulos que pouco afetariam a criança normal
Hiperatividade pode ser testada com metacolina, histamina, carbacol, soluções hipertônica ou hipotônica e antígenos específicos
Indicação: pacientes sem alterações funcionais pulmonares, com dúvida no diagnóstico da asma
A resposta do paciente é avaliada através do gráfico dose/ resposta (das quedas percentuais do VEF1 em relação ao repouso contra as doses progressivamente maiores de droga inalada até que se atinja a queda de 20% - é a concentração de provocação-CP20)
Para histamina, o teste é positivo com a concentração abaixo de 8 mg/ml
22. Testes de Função Pulmonar TESTE DO EXERCÍCIO PARA PROVOCAR BRONCOESPASMO
Indicações:
Crianças que apresentam tosse crônica
Crianças que têm sintomas relacionados ao período imediatamente posterior ao exercício do tipo cansaço fácil, tosse, sibilância e/ou falta de ar
Crianças com desempenho baixo nas competições; e d) em todos os asmáticos para detectar asma induzida pelo exercício(AIE)
23. Testes de Função Pulmonar Critérios de Diagnóstico de AIE:
Queda de 20% ou mais de VEF1, ou
15% deste teste quando associado à queda de 20% ou mais de FEF 25-75%, ou
queda maior que 20% em dois entre três testes capazes de detectar o broncoespasmo
24. Oximetria Permite a estimativa da saturação do oxigênio ( SaO2) através da analise de absorção da luz pela hemoglobina
Valores acima de 90% - indicam aporte satisfatório de O2 no organismo
Valores menores – indicam algum tipo de distúrbio pulmonar
25. ESTUDO DE GASES ARTERIAIS As provas funcionais pulmonares devem ser completadas com estudo de gases arteriais para se terem informações exatas quanto às trocas alveolocapilares, pela gasometria em repouso ou durante exercício
Gradiente alveolocapilar de O2: Diferença das pressões de oxigênio do alvéolo e sangue arterial = PaO2-PAO2
PaO2 baixa e diferença de pressão alveolocapilar normal: há hipoventilação de causa central ou distúrbio na caixa torácica, sendo o pulmão normal
PaO2 baixa e diferença de pressão do O2 alveoloarterial baixa: distúrbios entre ventilação/perfusão de causa pulmonar ou “shunt” ou alteração na capacidade de difusão
26. Capacidade de difusão Usado nas doenças intersticiais difusas, reflete a extensão das doenças e o comprometimento pulmonar, mesmo quando as radiografias se apresentam normais
Permite diferenciar paciente com asma e obstrução irreversível ( DPOC) de pacientes com enfisema
27. Testes de Função Pulmonar MEDIDAS SERIADAS DE PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO
Monitorização da função dos asmáticos a domicílio, pelo uso de monitores de pico de fluxo expiratório (PFE) portáteis
Reflete o calibre das vias aéreas maiores
Medir 2 a 3 vezes ao dia, por 14 dias
Indivíduos normais e pacientes asmáticos com asma leve tem variabilidade de PFE menor que 20%; os asmáticos com doença moderada a grave têm variabilidade maior que 20% e freqüentemente maior que 30%
28. Pico de Fluxo Expiratorio – PFE São usados no diagnóstico da asma e monitorização de asmáticos
29. Refletem a força dos músculos respiratórios e permitem diferenciar pacientes com doença neuromuscular e dispnéia e paralisia diafragmática
30. Conclusão Os resultados obtidos nas diferentes provas laboratoriais que podem ser utilizadas para o diagnóstico das doenças pulmonares devem ser relacionados com uma história clínica detalhada, com um exame físico minucioso e com outros métodos diagnósticos
31. Obrigada!
32. BIBLIOGRAFIA KLIEGMAN, S. M.; JENSON, H. B.; BEHRMAN, Richard E. Nelson: tratado de pediatria.
Doenças Pulmores em Pediatria:diagnóstico e tratamento . Tatiana Rosov .Editora: Ateneu.