A escola em tempos de crise: uma análise sociológica

1. A escola em tempos de crise: uma análise sociológica Pais e Professores em Formação/Ação Viseu, 11 janeiro 2013 Teresa Sarmento

2. Crise: Económica Organizacional Pessoal • Pais ==» Crianças • Professores

3. Alterações nas vidas das mulheres e dos homens ==» na vida das crianças • homens desempregados levados a assumirem papeis ‘normalmente’ assumidas por mulheres • busca de empregos no exterior (emigração): • desestruturação das famílias • possibilidade de aumento da violência • diminuição da natalidade

4. Situação da escola portuguesa na atualidade • Instabilidade e precipitação de reformas educativas • Sobrevalorização de disciplinas ditas centrais e diminuição de importância das disciplinas promotoras de competências transversais • Constrangimentos económicos • Ação perniciosa da comunicação social

5. Professores – lidam com problemas de ordem pessoal e profissional ==» influência/contaminação de tempos (profissionais e pessoais) • Situação dos pais professores: Com a alteração dos horários (por minutos) e aumento do nº de alunos por turma, os pais-professores, vêem o seu tempo sobreocupado • Intensificação do trabalho dos professores e dos pais – repercussões no acompanhamento dos filhos/ versus desemprego e falta de motivação para um acompanhamento adequado

6. A crise e novas formas de organização escolar ==» repercussões para a relação pedagógica com os alunos • ==» reconstruções identitárias (dentro de cada departamento) • A crise não estará a criar novas formas de dominação dos adultos sobre as crianças? Aulas dirigidas, necessidade de maior controle comportamental • A crise permite evidenciar que as escolas são, essencialmente, espaços onde vivem pessoas • Novas formas de solidariedade em contraponto com uma fase de pós-modernidade, com prevalência do individualismo • Oportunidade para investir fortemente na educação para a cidadania – novas formas de participação e de reflexividade crítica

7. Renovar a agenda das escolas • Criar condições de vida estável para todos – pais e professores • Efetivar a autonomia das escolas • Reconhecer a ação das escolas enquanto instituições educativas, e dos professores como profissionais da educação • Investir na formação dos professores, também para saberem lidar com as novas problemáticas sociais • Criar redes de reflexão e ação entre professores e pais (comunidade) • Rever e investir em novos sentidos sobre o sucesso educativo • Ouvir as crianças, os pais e os professores • Recentrar a ação educativa nas crianças e jovens