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Diagnóstico Diferencial dos Sangramentos da Segunda Metade da Gestação

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências da Saúde Departamento de Tocoginecologia Estágio em Tocoginecologia I. Diagnóstico Diferencial dos Sangramentos da Segunda Metade da Gestação. Dda . Alyssa Carvalho Dda . Juliana Caldas Dda . Lívia Spinelli.

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Diagnóstico Diferencial dos Sangramentos da Segunda Metade da Gestação

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  1. Universidade Federal do Rio Grande do NorteCentro de Ciências da SaúdeDepartamento de TocoginecologiaEstágio em Tocoginecologia I Diagnóstico Diferencial dos Sangramentos da Segunda Metade da Gestação Dda. Alyssa Carvalho Dda. Juliana Caldas Dda. Lívia Spinelli

  2. Descolamento Prematuro da Placenta - DPP

  3. DPP • CONCEITO: • Separação da placenta antes da expulsão fetal; • Gestações maiores que 20 semanas; • Placenta normalmente inserida no corpo uterino;

  4. DPP- EPIDEMIOLOGIA • Incidência: 0.5% a 3,5% • 50% antes do TP, 40% dilatação e 10% no período expulsivo; • 10 x de novo episódio em gravidez subsequente; • 20x se dois episódios anteriores; • Mortalidade fetal: 90% • Mortalidade materna: 3%

  5. DPP: ETIOLOGIA Placenta circunvalada Tabagismo/ Álcool /drogas ilícitas DPP anterior Multiparidade Desnutrição Materna/Deficiência de ác. Fólico idade • Síndromes hipertensivas • Fatores mecânicos traumáticos • Brevidade do cordão relativa ou absoluta • Versão fetal externa • Retração uterina intensa • Miomatose uterina • Torção do útero gravídico • Hipertensão da veia cava inferior por compressão uterina

  6. DPP- FISIOPATOLOGIA • CÍRCULO VICIOSO: Hemorragia decidual  hematoma retroplacentário  formação de “cratera”  deslocamento. • 20% Hemorragia oculta; • 80% Hemorragia externa; • Hemoâmnio; • Ruptura de membranas.

  7. Hematoma retroplacentário

  8. DPP- FISIOPATOLOGIA • Contratilidade uterina: • Hipertonia por taquissistolia + hipertonia autêntica; • Desarranjo cito-arquitetural  hipotonia  útero de Couvelaire. • Sofrimento e morte fetal: • respiração, hipertonia uterina, anemia aguda materna e hemorragia fetal. • Discrasia sanguínea: • Coágulo retroplacentário + CIVD  consumo de fatores de coagulação + ativação da fibrinólise  incoagulabilidade.

  9. DPP-CLÍNICA Dor a palpação uterina; Pulso paradoxal de Boero; Hipertonia uterina (útero lenhoso); Toque vaginal: colo imaturo, bolsa íntegra e tensa. COMPLICAÇÕES!! • Assintomática; • Dor abdominal aguda; • Evolução para o TP; • Sangramento vaginal escuro e discreto; • HipertensãoHipotensão; • Hipertonia uterina; • Sofrimento fetal grave e precoce;

  10. DPP-DIAGNÓSTICO • Clínico! • Grau I (leve): assintomático. • Grau II (intermediário): sinais clássicos de DPP. • Grau III (grave): óbito fetal. • III A: sem coagulopatia; • III B: com coagulopatia. • USG: Hematoma retroplacentário, afastar placenta prévia. • Hemograma ( coagulopatia).

  11. DPP-AVALIAÇÃO • Tempo de evolução; • Estado geral materno e rastreio das complicações; • Comprometimento fetal; • Evolução do trabalho de parto;

  12. DPP- TTT • Amniotomia e ocitocina; • Via de parto: feto vivo? A via mais rápida... • Tratamento da discrasias sanguíneas e distúrbios hemorrágicos: HTA?

  13. Placenta Prévia

  14. Introdução • É a implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior do útero após 28 semanas de gestação. • Classificação: • PP completa ou total; • PP parcial; • PP marginal. • Incidência: 0,5 a 1%.

  15. Classificação PP completa ou total PP parcial PP marginal

  16. Fatores de risco • Idade (>40 anos); • Multiparidade; • Danos endometriais/miometriais; • Endometrites; • Placentas grandes; • Tabagismo.

  17. Fisiopatologia • Decidualização pobre do útero; • Alterações inflamatórias ou atróficas do endométrio; • Vascularização defeituosa; • Hipertrofia compensatória.

  18. Diagnóstico Quadro clínico • Sangramento vermelho rutilante espontâneo – ausência de esforços físicos ou traumatismos; • Indolor; • Final do 2° trimestre ou ao longo do 3° trimestre • Útero normotônico; • Boa vitabilidade fetal; • Não realizar toque vaginal!!!

  19. Diagnóstico • USG (confirmatório): • Localização placentária. • Outros: • Dooplerfluxometria; • RNM.

  20. Conduta • Depende da IG, intensidade do sangramento e tipo de inserção. • Expectante (< 36 semanas) • Avaliação Laboratorial (hemograma/coagulograma/eas) • USG (IG, Apresentação e PBF) • Corticoterapia(26 a 34 semanas)

  21. Conduta Ativa • A via de parto depende do tipo de inserção: • PP total: sempre cesariana; • PP parcial: cesariana, com poucas exceções; • PP marginal: vaginal com amniotomia precoce Em caso de sangramento vaginal intenso, a via de parto é sempre a cesariana.

  22. Complicações • Acretismo placentário; • Atonia pós-parto e hemorragia; • Infecção puerperal; • Lacerações do trajeto; • Distócia de parto; • Parto prematuro; • Amniorrexe prematura; • Apresentações anômalas; • Discinesias uterinas.

  23. Prognóstico • Mortalidade materna: não expressiva; • Mortalidade fetal perinatal: • Prematuridade; • Maior incidência de malformações fetais.

  24. Inserção Anômala da Placenta • Acretismo placentário • Qualquer implantação placentária na qual há aderência anormalmente firme à parede uterina. • Incidência: 1:2500 partos • Classificação: • Placenta Acreta: as vilosidades penetram profundamente no endométrio. É a mais comum. • Placenta Increta: as vilosidades penetram no miométrio. • Placenta Percreta: as vilosidades alcançam a serosa e órgãos vizinhos.

  25. Inserção Anômala da Placenta • Fatores de Risco • Placenta prévia; • Implantação no segmento inferior do útero, implantação sobre uma cicatriz de cesariana prévia ou outras incisões uterinas prévias; • Curetagens uterinas de repetição • Idade Materna (> 40 anos); • Multiparidade • Defeitos endometrias; • Leiomiomas submucosos • Tabagismo

  26. Inserção Anômala da Placenta • Manifestações clínicas • Hemorragia profusa – no momento da tentativa de descolamento placentário • Diagnóstico • USG • Dopplerfluxometria • RNM • Em geral é feito no momento da extração placentária • Complicações • Hemorragia maciça • CIVD • SARA • Falência Renal

  27. Inserção Anômala da Placenta • Conduta: • Acreta: retirada manual da placenta seguida de curetagem/ HTA • Increta: HTA • Percreta (HTA, Metrotexate)

  28. Rotura Uterina

  29. Rotura Uterina • É uma das complicações mais graves da gestação; • Relacionada à assistência ao parto; • Consiste no rompimento parcial ou total do miométrio na gestação ou no trabalho de parto (TP).

  30. Rotura Uterina • Classificação: • Rotura Uterina Parcial: • Preserva a serosa; • Associa-se a deiscência de cicatriz uterina; • Assintomática. • Rotura Uterina Total: • Espontânea ou traumática;

  31. Rotura Uterina • Fatores de Risco: • Cirurgia miometrial; • Trauma uterino; • Malformação congênita; • Outros: adenomiose, doença trofoblástica gestacional, secundamento patológico, desnutrição, multiparidade, manobra de Kristeller, uso de ocitócitos e prostaglandinas na indução do parto.

  32. Rotura Uterina • Contra-indicações à indução do parto em gestantes com cersárea anterior: • Cesariana anterior com incisão corporal; • Ausência de informações sobre a vitalidade fetal; • Apresentações anômalas; • Placenta prévia total; • Rotura uterina prévia; • Múltiplas incisões uterinas; • Desproporção feto-pélvica.

  33. Rotura Uterina na Gravidez • Quadro clínico: • Gestações iniciais: • Quadro de abdome agudo: dor intensa, hemorragia e irritação peritoneal. • Diagnóstico diferencial com prenhez ectópica. • Na segunda metade da gestação: • Quadro brando. • Dor hipogástrica associada à metrorragia. • Exame físico: duas massas (útero e feto). Os batimentos são inaudíveis. Evolui com óbito fetal.

  34. Rotura Uterina na Gravidez • Tratamento: • Laparotomia exploradora imediata. • Em nulíparas: rafia simples em dois planos. • Multíparas: histerectomia total ou subtotal. • Antibioticoterapia profilática. • Hemotransfusão.

  35. Rotura Uterina no Parto • Quadro clínico: • Iminência de rotura ou Síndrome de Bandl-Frommel: • Contrações vigorosas e dolorosas. • Sinal de Bandl: palpação de revelo que separa o corpo uterino do segmento inferior na altura da cicatriz umbilical. • Sinal de Frommel: palpação dos ligamento redondos na face ventral do útero. • Alterações na frequência cardíaca fetal.

  36. Rotura Uterina no Parto • Sinais de rotura uterina consumada: • Dor súbita e lancinante em hipogástrio. • Parada do trabalho de parto. • Sinal de Clark: enfisema subcutâneo. • Sinal de Reasens: subida da apresentação.

  37. Rotura Uterina no Parto • Tratamento: • Identificar a iminência de rotura. • Uterolíticos para controle da distensão do útero. • Se há suspeita: intervenção cirúrgica imediata.

  38. Rotura da Vasa Prévia

  39. Rotura da vasa prévia • O que são vasos prévios?

  40. Rotura da vasa prévia • Quadro clínico: • Pode-se palpar vaso fetal nas membranas. Essa compressão pode causar alteração na frequência cardíaca fetal. • Hemorragia pré-parto ou intraparto (amniorrex ou amniotomia) • Esfregaço de sangue (Wright): hemácias nucleadas.

  41. Rotura da vasa prévia • Fatores de risco: • Inserção marginal do cordão umbilical. • Placenta bilobadas. • Placenta suscenturiada. • Inserção velamentosa.

  42. Rotura da vasa prévia • USG com dopplerfluxometria: placenta baixa, bilobada, suscenturiada e gravidez por técnica de reprodução assistida. • Prognóstico: artéria umbilical ou veia umbilical. • Interrupção da gestação por via alta após 36 semanas (não há consenso).

  43. Rotura do Seio Marginal

  44. Rotura do Seio Marginal • Consiste na extrema periferia do espaço interviloso. • Episódios de sangramento indolor, de pequena quantidade e vermelho-vivo. • É considerado a maior causa de sangramento da gravidez avançada. • Diagnóstico: avaliação histopatológica da placenta.

  45. QUESTÕES

  46. QUESTÃO 1 • Primigesta 37 semanas de gestação trazida ao PS com dor abdominal e sangramento vaginal há 30 minutos. PA de 90X60mmhg, hipertonia uterina, BCF=100. Exame especular: sangramento escuro pelo orifício externo do colo. Ao toque: colo grosso pérvio para 3cm. Diante do caso, a hipótese diagnóstica e a melhor conduta para o caso são:

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