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O MUNDO DISSERTATIVO

O MUNDO DISSERTATIVO. Na dissertação expressamos nossas ideias a respeito de um assunto, apresentamos pontos de vista e argumentos em defesa de nossas posições. EXISTEM RECEITAS PARA FAZER UMA BOA DISSERTAÇÃO?.

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O MUNDO DISSERTATIVO

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Presentation Transcript


  1. O MUNDO DISSERTATIVO Na dissertação expressamos nossas ideias a respeito de um assunto, apresentamos pontos de vista e argumentos em defesa de nossas posições.

  2. EXISTEM RECEITAS PARA FAZER UMA BOA DISSERTAÇÃO? • Não existem receitas, mas apenas métodos. A diferença é capital: a receita é do padronizado, o método é sob medida. • Não é lendo um manual de natação que se aprende a nadar, é mergulhando na piscina. O mesmo vale para a dissertação. • O conselho mais importante é o seguinte: para avançar, o único meio é fazer o máximo possível de planos. Pratique.

  3. Estrutura Em geral para se obter maior clareza na exposição de um ponto de vista, costuma-se distribuir a matéria em três partes: • Introdução: em que se apresenta a ideia ou o ponto de vista que será defendido; • Desenvolvimento ou argumentação: em que se desenvolve o ponto de vista para tentar convencer o leitor; para isso, deve-se usar uma sólida argumentação, citar exemplos, recorrer a opiniões de especialistas, fornecer dados... • Conclusão: em que se dá um fecho ao texto, coerente com o desenvolvimento, com os argumentos apresentados.

  4. PLANEJANDO A DISSERTAÇÃO • Quando queremos ir a algum lugar a que nunca fomos, costumamos, mesmo que só mentalmente, estabelecer um roteiro. Sem esse roteiro prévio, corremos o risco de ficar rodando à toa e não chegar ao destino e, caso tenhamos a sorte de chegar, teremos perdido muito tempo nessa tarefa. • A elaboração de um texto, principalmente dissertativo-argumentativo, não é diferente: se não tivermos um plano ou um roteiro previamente preparados, correremos o risco de ficar dando voltas em torno do tema, sem chegar a lugar algum.

  5. VIOLÊNCIA SOCIAL Atualmente, um dos grandes problemas que afetam a vida de uma sociedade, é a violência nela inserida. Violência essa que devido a vários fatores, segundo sociólogos, psicólogos e outros estudantes das ciências humanas, será praticamente impossível de ser eliminada. A dificuldade na solução deste problema está na complexidade do mesmo. Várias são as causas e para cada uma se faz necessária uma medida especial, medidas essas que muitas vezes são impossíveis de serem colocadas em prática. A violência pode ser gerada pela própria sociedade, por crises econômicas, por um problema mental do individua, pelo grande número de adeptos ao uso de drogas, e por uma enorme série de outros fatores. Devido as perspectivas quase que inexistentes em uma solução a curto ou médio prazo para a questão da violência, o melhor a fazer, é se precaver para não se tornar mais uma vítima de uma dos problemas mais sérios da nossa sociedade. (Redação de aluno)

  6. VIOLÊNCIA SOCIAL A violência no Brasil acontece pela diferença econômica e social que existe nas sociedades nacionais. O Brasil está mudando, crescendo e progredindo, só que ainda existe a má distribuição de renda para as populações. Assim o “cidadão” privilegiado vivendo na pobreza, na miséria fica revoltado e tem como solução de vida violentar os outros para sobreviver. Para outros a sobrevivência formada na miséria é se adaptar as drogas para fugir da realidade e não saber o que se faz. Dentro dessas desigualdades encontra-se o comércio clandestino de armas que se transforma em um ato comum do dia-a-dia do cidadão. A arma é usada como um utensílio “doméstico”. Entretanto o Estado deve dar prioridades a classe baixa, investindo em educação, moradia, saúde, uma distribuição de renda bem feita, para chegarem numa condição de vida melhor e para que esta parte social não tenha necessidades de procurarem e violentarem outras pessoas para terem uma vida decente.

  7. ESQUEMA-PADRÃO • Inicialmente, é preciso não confundir esquema com rascunho. • Cada texto dissertativo-argumentativo, dependendo do tema e da argumentação, pede um esquema. • Esquema, portanto, é um guia no qual colocamos, em frases sucintas, o roteiro a ser seguido para a elaboração do texto.

  8. ESQUEMA I TÍTULO 1º PARÁGRAFO:TEMA + ARGUMENTO 1 + ARGUMENTO 2 2º PARÁGRAFO:DESENVOLVIMENTO DO ARGUMENTO 1 3º PARÁGRAFO:DESENVOLVIMENTO DO ARGUMENTO 2 4º PARÁGRAFO:REAFIRMAÇÃO DO TEMA + OBSERVAÇÃO FINAL

  9. ESQUEMA II TÍTULO 1º PARÁGRAFO:APRESENTAÇÃO DO TEMA 2º PARÁGRAFO:CAUSA (COM EXPLICAÇÕES ADICIONAIS) 3º PARÁGRAFO:CONSEQUÊNCIA (COM EXPLICAÇÕES ADICIONAIS) 4º PARÁGRAFO:REAFIRMAÇÃO DO TEMA + OBSERVAÇÃO FINAL

  10. ESQUEMA III TÍTULO 1º PARÁGRAFO:APRESENTAÇÃO DO TEMA 2º PARÁGRAFO:ASPECTOS FAVORÁVEIS 3º PARÁGRAFO:ASPECTOS CONTRÁRIOS 4º PARÁGRAFO:POSICIONAMENTO PESSOAL EM RELAÇÃO AO TEMA + OBSERVAÇÃO FINAL

  11. ESQUEMA IV TÍTULO 1º PARÁGRAFO:APRESENTAÇÃO DO TEMA 2º PARÁGRAFO:ÉPOCA MAIS DISTANTE 3º PARÁGRAFO:ÉPOCA MAIS PRÓXIMA E ÉPOCA ATUAL 4º PARÁGRAFO:RETOMADA DO TEMA AGORA SOB UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

  12. Leia uma proposta de redação da FUVEST e uma dissertação que obteve nota máxima. Observe como o texto foi desenvolvido. • Apresentação do tema e do ponto de vista. • Exemplos a, b, c (do passado, apresentados na sequência). • Exemplo d (do presente). • Apresentação dos porquês. • Reafirmação do ponto de vista.

  13. TERRA DE CEGOS Há um conto de H. G. Wells, chamado A terra dos cegos, que narra o esforço de um homem com visão normal para persuadir uma população cega de que ele possui um sentido do qual ela é destituída; fracassa, e afinal a população decide arrancar-lhe os olhos para curá-lo de sua ilusão. • Discuta a ideia central do conto, comparando-a com a do ditado popular “Em terra de cego quem tem um olho é rei”. Em sua opinião essas ideias são antagônicas ou você vê um modo de conciliá-las?

  14. A AUDÁCIA DE ENXERGAR À FRENTE A capacidade de estar à frente de seu tempo quase nunca confere ao seu possuidor alguma vantagem. A dureza das sociedades humanas em aceitar certas noções desmente, não raro, o ditado popular que diz que “Em terra de cego quem tem um olho é rei”. Exemplos, a história é pródiga em nos apresentar. Sócrates foi obrigado, pela sociedade ateniense, a tomar cicuta, em razão de suas ideias. Giordano Bruno, que concebeu a terra como um simples planeta, tal como sabemos hoje, foi chamado herege e queimado. Darwin debateu-se contra a incompreensão e condenação de suas ideias, mais tarde aceitas. Ainda hoje, temos exemplos de procedimentos similares. Oscar Arias, presidente da Costa Rica e prêmio Nobel da Paz, ainda há pouco tempo se debatia contra a sociedade de seu país, que teimava em colocar obstáculos à sua atuação. Em tempo: o mérito de Oscar Arias nem era o de estar à frente de seu tempo, mas simplesmente o de analisar os problemas do presente. Esse mal não será curado tão cedo. Isso porque as pessoas que conseguem enxergar à frente apresentam ao homem o que ele odeia desde tempos imemoriais: a necessidade de rever as próprias convicções. Enquanto esse ódio – ou será medo – não for superado, a humanidade continuará mandando outros “Giordano Bruno” para a fogueira da incompreensão e do isolamento. E, ignorando as pessoas de visão, continuará cega para o futuro e para si mesma.

  15. A AUDÁCIA DE ENXERGAR À FRENTE A capacidade de estar à frente de seu tempo quase nunca confere ao seu possuidor alguma vantagem. A dureza das sociedades humanas em aceitar certas noções desmente, não raro, o ditado popular que diz que “Em terra de cego quem tem um olho é rei”.

  16. Exemplos, a história é pródiga em nos apresentar. Sócrates foi obrigado, pela sociedade ateniense, a tomar cicuta, em razão de suas ideias. Giordano Bruno, que concebeu a terra como um simples planeta, tal como sabemos hoje, foi chamado herege e queimado. Darwin debateu-se contra a incompreensão e condenação de suas ideias, mais tarde aceitas.

  17. Ainda hoje, temos exemplos de procedimentos similares. Oscar Arias, presidente da Costa Rica e prêmio Nobel da Paz, ainda há pouco tempo se debatia contra a sociedade de seu país, que teimava em colocar obstáculos à sua atuação. Em tempo: o mérito de Oscar Arias nem era o de estar à frente de seu tempo, mas simplesmente o de analisar os problemas do presente.

  18. Esse mal não será curado tão cedo. Isso porque as pessoas que conseguem enxergar à frente apresentam ao homem o que ele odeia desde tempos imemoriais: a necessidade de rever as próprias convicções. Enquanto esse ódio – ou será medo – não for superado, a humanidade continuará mandando outros “Giordano Bruno” para a fogueira da incompreensão e do isolamento. E, ignorando as pessoas de visão, continuará cega para o futuro e para si mesma.

  19. Tema da dissertação (FUVEST- 1990) “ — Não é preciso zangar-se. Todos nós temos as nossas opiniões. — Sem dúvida. Mas é tolice querer que uma pessoa tenha opinião sobre assunto que desconhece. [...] Que diabo! Eu nunca andei discutindo gramática. Mas as coisas da minha fazenda julgo que devo saber. E era bom que não me viessem dar lições. Vocês me fazem perder a paciência.” Você tem opinião sobre as informações acima? Se tem, defenda sua opinião. Se não, explique por quê.

  20. Opinar é humano Para discutir um assunto, não é necessário conhecê-lo a fundo, é preciso apenas ter pontos de vista bem definidos, e bons argumentos para defendê-los. Sem dúvida, há temas que exigem algum conhecimento técnico, uma certa experiência na área em que o debate é centrado. Mas, de maneira geral, as experiências de vida podem fazer com que a pessoa em questão emita opiniões sensatas. Ter uma certa cultura geral, sem se fechar em determinados focos de atenção, também possibilita a sensatez nas opiniões.

  21. Tomemos, como exemplo, o trabalho de um arquiteto. Ao projetar uma casa, ele está aplicando toda a bagagem técnica adquirida na faculdade. No entanto, uma pessoa que não seja formada em Arquitetura, mas que tenha senso estético, pode muito bem ter opiniões coerentes e úteis a respeito do projeto. É nesse sentido que entra o aspecto da cultura geral. Para poder ter pontos de vista definidos, deve-se ter uma visão ampla de mundo, adquirida com a cultura. Não a cultura acadêmica, dos livros, mas aquela que se adquire da observação da vida, e que é mais importante para a sobrevivência. Uma pessoa experiente sempre conhece um pouco de cada assunto, mesmo que seja apenas na sua forma mais abrangente.

  22. E, ao emitir seus pontos de vista, possibilitando o surgimento de um debate, ela abre oportunidades para aprender novas coisas, aumentando, desse modo, seus conhecimentos.

  23. INTRODUÇÃO Tem como finalidade apresentar o assunto e a posição assumida diante dele, isto é, a tese a ser defendida.

  24. Essa apresentação pode ser feita de muitas maneiras: • Definição: Pode-se começar a dissertar fazendo uma definição do tema, para atribuir maior clareza e objetividade ao texto. Violência é... A violência se caracteriza como.... Um ato é violento quando... Existe violência se...

  25. Comparação: Tem-se também a opção de começar, buscando uma definição do tema por comparação. A violência é como... A violência é semelhante a... A violência parece-se com..., lembra...

  26. Citação: Pode-se ainda iniciar o texto com uma citação relativa ao tema. Uma frase interessante, um verso, um fragmento... O ideal é que a citação seja feita do modo clássico: entre aspas, reproduzindo exatamente as palavras do autor e com indicação da fonte de onde foi retirada. Em seguida, faz-se uma pequena análise, um breve comentário a respeito da opinião citada, expondo, ao mesmo tempo, nosso ponto de vista sobre o assunto.

  27. Histórico: o início do texto pode fazer um histórico, uma explanação rápida do tema através dos tempos, dando ao tema uma abordagem temporal. Antes, a violência era “X”; agora é... Ontem, a violência era “X”; hoje é “Y”; amanhã será... Depois do histórico, apresenta-se a tese e inicia-se a argumentação.

  28. Exemplo: Pode-se também escolher um fato-exemplo expressivo para iniciar o texto. Em seguida, fazemos uma análise interpretativa desse exemplo – que poderá ou não ser retomado mais adiante – , revelando nossa visão sobre o tema. Iniciar uma dissertação a partir de um exemplo dá concretude e comunicabilidade ao texto.

  29. Estatística: Pode-se começar a redação pela apresentação de um dado estatístico esclarecedor sobre o tema. O procedimento é praticamente idêntico ao de iniciar o texto pela exemplificação. • Resumo: Um resumo daquilo que se pensa sobre o assunto da redação é uma das possibilidades de início. O começo da dissertação funcionaria, assim, como uma espécie de índice, de sumário do texto, em que se apresentaria de modo sintético o tema, o ponto de vista e a argumentação.

  30. MIL E UMA NOITES Era uma vez um sultão que descobriu que sua mulher o traía. Cortou-lhe a cabeça. Triste e infeliz, dedicou o resto da vida à vingança. Todas as noites, dormia com uma mulher diferente, que mandava matar no dia seguinte. Sherazade, jovem princesa, se oferece para dormir com o cruel sultão. Caprichosa, garante que tem um plano infalível que a livrará da morte. Assim aconteceu. Passa mil e uma noites com o rei, contando histórias de traições. O sultão enganado mudou seu destino. Esquece a vingança, ouvindo muitos outros casos iguais ao seu. O que aconteceu com o sultão? Conformou-se, pois a traição faz parte da vida? Sossegou ao saber que muitos outros também eram enganados? Perdeu a inveja dos homens felizes? Ou simplesmente ficou entretido com as histórias de Sherazade?

  31. Não se sabe como termina a história. O rei voltou a acreditar nas mulheres ou mandou matar Sherazade ao final das mil e uma noites? Histórias emendadas umas às outras distraem, divertem e não fazem pensar. Anestesiam. As histórias têm certa magia. Tenho pensado nos inúmeros casos de corrupção contados por jornais e revistas. Emendados uns aos outros, parecem histórias das mil e uma noites brasileiras. A denúncia da imprensa é o instrumento mais importante de que dispõe a democracia para combater a corrupção e saber o que acontece por trás dos bastidores.

  32. A sociedade precisa ter acesso a fatos que a convençam. A esperada e saudável indignação não vai surgir com denúncias feitas sem provas. Histórias de corrupção em cores, fotos cruéis, denúncias vazias levam a quê? Infelizmente, a hora não é para brincadeiras. Do contrário, as pessoas esperarão os jornais e revistas apenas ansiosas pelo próximo capítulo da novela das mil e uma corrupções brasileiras. O que vai acontecer com os brasileiros? Vão se conformar com a corrupção pois faz parte da vida? Sossegar ao saber que existem casos iguais em outros países? Perder a admiração pelos homens honestos? Ou ficar simplesmente entretidos com histórias de Sherazade?

  33. A corrupção não pode se tornar mais uma distração entre os brasileiros. Corrupção faz parte da natureza humana. Para controlar, a imprensa deve apresentar a denúncia com o máximo possível de provas. Só assim a sociedade pode reagir e a Justiça atuar. Os casos são contatos muitas vezes apenas com insinuações e sem fatos. Muitos são esquecidos e substituídos por outros mais novos. Confundem as pessoas e levantam dúvidas sobre a veracidade da notícia. Não há tempo para se perder em histórias de mil e uma noites. Estamos escrevendo a história de um país com mais de 130 milhões de habitantes. Gente muito sofrida. Pessoas não podem virar ficção. É preciso cuidado.

  34. A IMPORTÂNCIA DO EXEMPLO • Os exemplos dão vida ao texto. • Esclarecem o raciocínio. • Iluminam a compreensão. • Intensificam o processo de persuasão, expondo as ideias de modo concreto. • Não só ilustram o texto, mas levam o leitor a sentir, a pensar, a viver.

  35. Há textos que apresentam uma sequência, uma série organizada de exemplos para dar ênfase ao processo de argumentação. INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA? Durante debate ocorrido no mês de novembro/2000, em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Segundo Cristovam, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como ponto de partida para a sua resposta:

  36. De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalização.

  37. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade do dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não pertence apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.

  38. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattam deveria pertencer a toda Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares do EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.

  39. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.

  40. A linguagem dissertativa • Adequação: A redação deve obedecer à norma culta escrita, evitando-se repetições inexpressivas, gírias, vocabulário impreciso... • Clareza: Deve-se evitar ambiguidade e obscuridade. • Concisão: Evitar redundâncias, prolixidade. • Coesão: Evitar frases e períodos desconexos. • Expressividade: Evitar as frases feitas e os lugares-comuns.

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