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Desvios Posturais de Tronco

Desvios Posturais de Tronco. A boa postura é um bom hábito que contribui para o bem estar do indivíduo. A estrutura e função do corpo proporciona todas as potencialidades para obter e manter a boa postura.

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Desvios Posturais de Tronco

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Presentation Transcript


  1. Desvios Posturais de Tronco • A boa postura é um bom hábito que contribui para o bem estar do indivíduo. A estrutura e função do corpo proporciona todas as potencialidades para obter e manter a boa postura. • A má postura é um mau hábito e, infelizmente, é de incidência mais alta. Se a falha postural fosse apenas um problema estético, as questões sobre ela seriam limitadas a problemas sobre a aparência. Mas, os defeitos posturais que persistem podem dar origem a desconforto, dores e incapacidade. A amplitude de efeitos, desde o desconforto até o problema incapacitante, relaciona-se com a gravidade e persistência dos defeitos.

  2. As condições dolorosas associadas com mecânica corporal defeituosa são muito comuns. A lombalgia têm sido a queixa mais freqüente. As causas de dor postural são extremamente variáveis no modo de surgimento e na gravidade dos sintomas. Existem casos onde somente aparecem sintomas agudos, geralmente como resultado de uma sobrecarga não usual ou de uma lesão. Alguns casos têm surgimento agudo e desenvolvem sintomas dolorosos cronicamente, enquanto que outros exibem sintomas crônicos que mais tarde se tornam agudos.

  3. Variáveis que aumentam a capacidade de resistência da coluna vertebral • Curvaturas fisiológicas da coluna; • Disco intervertebral (proteção das vértebras); • Aumento progressivo dos corpos vertebrais (vértebras lombares maiores); • Ligamentos (estruturas ligamentares – aumentam estabilidade das vértebras); • Músculos (aumentam área e diminuem o impacto); • Aparatos de proteção (calçado, cinturão, etc...) • Postura Corporal; • Estágio de treinamento (consciência corporal, trabalho sensório motor, etc...)

  4. Fatores que interferem nos desvios: • Grau de angulação; • Postura incorreta; • Genética: • Alterações hereditárias; • Alterações congênitas; • Problemas idiopáticos (sem causa precisa); • Alterações assintomáticas.

  5. Hiperlordose • A “popular” Hiperlordose é o aumento da curva na região cervical ou na região lombar, ou seja, acentuação da cavidade cervical e/ou lombar. A hiperlordose lombar está associada a uma anteversão da pelve (báscula pélvica anterior), que não deve exceder a 20º, pois angulações maiores que esta, já caracterizam acentuação da lordose lombar, e consequentemente um realinhamento de todas as outras curvas da coluna para uma compensação.

  6. A hiperlordose lombar é atribuída pela retração de cadeias musculares importantes do corpo humano. Estas retrações musculares podem causar ao longo dos anos alterações ósseas (osteoartroses "bicos de papagaio"), articulares (coluna, quadril, joelhos, pés...) e também a nível dos núcleos pulposos (protusões discais ou hérnias de disco). Estudos comprovam que a anteversão da pelve está associada a um desequilíbrio dos músculos abdominais e glúteos, que estão enfraquecidos e na musculatura lombar que se apresentará encurtada(iliopsoas e quadríceps). Já a retificação da lordose lombar, está associada a retroversão da pelve, originando uma costa plana, com diminuição da mobilidade.

  7. Ocorre através da adaptação de tecidos moles ( muscular + esqueleto fibroso, tendões, pele) A hiperlordose lombar é mais comum em mulheres em função de usarem salto alto, além da própria postura feminina. A hiperlordose cervical é caracterizada pela proeminência da cabeça associada a hipercifose, caracterizando um pescoço mais alongado à frente. A retificação da lordose cervical caracteriza-se pela diminuição da lordose e consequentemente um pescoço reto, com diminuição da mobilidade cervical.

  8. TRATAMENTO: Para minimizar ou buscar um equilíbrio postural nesses casos, deve-se fortalecer a musculatura abdominal e glútea, alongar a musculatura da região lombar, que provavelmente, está encurtada e diminuir a obliqüidade pélvica. Através de uma reeducação postural é possível alongar e fortalecer estas cadeias musculares responsáveis por estas alterações posturais e suas respectivas sintomatologias, como por exemplo formigamento nos pés, dores ciáticas (lombociatalgia), lombalgias, dores musculares na coluna entre outros.

  9. Hipercifose torácica • Aumento da curvatura da região dorsal, podendo ser flexível ou irredutível. Na região torácica, a curvatura fisiológica normal é entre 20° e 45°. Acima de 45º definimos como hipercifose torácica. Podemos classificá-la como sendo: postural, congênita, traumática, metabólica, inflamatória, tumoral e outras.

  10. Divide-se em: Cifose Fléxivel ou Atitude Cifótica - Causada por maus hábitos posturais e pela hipertrofia da musculatura anterior do tórax. Deve-se enfatizar um trabalho para musculatura posterior do tronco. Correção se obtém com uma contração muscular voluntária. Cifose Rígida ou Fixa - Correção não ocorre de forma voluntária. Um trabalho específico se faz necessário para correção postural. Neste caso, indica-se o RPG e um trabalho muscular global. Costa Plana - Inexistência ou inversão das curvaturas na coluna vertebral. Causada pela hipertrofia da musculatuar abdominal e hipotonia da musculatura lombar.  

  11. A cifose pode localizar-se na região dorsal, dorso-torácica e toracolombar. Neste último caso, encontraremos uma retificação da lordose lombar, contribuindo para a redução da mobilidade desta região. Quanto mais aumenta o ápice, mais estruturada é a superfície(mais rígida e difícil de modificar). Quem tem hipercifose pode também ter ombros e braços em rotação interna. Deve-se trabalhar a rotação externa.

  12. Outras Causas • Dorso curvo juvenil de etiologia postural, leves até 50º, moderadas > 50°. Se não cuidada pode vir a se estruturar. • Doença de Scheuermann: cunhamento vertebral; leve até 50°; moderada de 50° a 70º e, severa > 70°. • Paralíticas:de origem neuromuscular (paralisia infantil ou paralisado cerebral). • Congênitas: devido à má formação. • Inflamatória: devido à osteomielite. • Pós-traumática: devido a fraturas, traumas ou osteoporose.

  13. DIAGNÓSTICO Os procedimentos de diagnóstico podem incluir os seguintes:       • Raios X - Mediante o uso de uma placa de raios X da coluna vertebral completa, o médico ou o radiólogo pode medir o ângulo da curvatura da coluna. Com frequência, a decisão sobre o tratamento se baseia nesta medição.       • Avaliação Postural. TRATAMENTO Depende da causa que origina a deformação: se é consequência de uma postura incorreta, o tratamento é feito por meio de exercícios de fisioterapia, pelo uso de colchões mais firmes e, se necessário, o uso de coletes ortopédicos até se completar o crescimento. Dentre as técnicas de fisioterapia, podemos utilizar a Reeducação Postural Global (RPG), técnica que possibilita o trabalho das cadeias musculares, proporcionando correção e alívio da dor.

  14. Escoliose • É um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um formato de “C”ou "S". A maioria das escolioses apresentam rotação vertebral para o lado da convexidade provocando uma assimetria do gradio costal, conhecida como gibosidade, que se apresenta para o lado da convexidade. • (Giba seria o aumento visível de algum segmento após 1 minuto em “mergulho” (Teste de 1 min. para detectar escoliose).

  15. A escoliose é uma deformidade vertebral de diversas origens. Para melhor entender a definição de uma escoliose, é preciso opô-la à atitude escoliótica: Sem gibosidade Sem rotação vertebral A atitude escoliótica, é diferente da escoliose, e deve-se, em 8 entre 10 casos, a uma desigualdade de comprimento dos membros inferiores, e desaparece com o paciente na posição horizontal.

  16. Classificação: • Escoliose não estruturadas: • Escolioses posturais: freqüentes em adolescentes, as curvas são leves e desaparecem por completo com a flexão da coluna vertebral ou bem com o decúbito. • Escolioses secundárias: a diferente longitude dos membros inferiores levam a uma obliqüidade pélvica e secundariamente a uma curva vertebral. A curva desaparece quando o paciente senta-se ou ao compensar a dismetria com uma palmilha no sapato correspondente. • Escoliose estruturada transitoriamente: • Escoliose ciática: secundária a uma hérnia discal, pela irritação das raízes nervosas. Com a cura da lesão desaparece a curva • Escoliose inflamatória: em casos de apendicite ou em abscessos perinefrítico.

  17. Escoliose estruturada: Escoliose idiopática (causa desconhecida): hereditária na maioria dos casos. Provavelmente se trata de uma herança multifatorial. É o grupo mais freqüente das escolioses. Segundo a idade de aparição há três tipos: Infantil – antes dos três anos de idade: Geralmente são muito graves, pois ao final do crescimento podem vir a apresentar uma angulação superior a 100 graus; Juvenil - desde os três até os 10 anos; Adolescente - desde os 10 anos até a maturidade: (Após a primeira menstruação e ao final da puberdade antes da maturidade óssea completa). Escoliose congênita: provavelmente não é hereditária, e sim o resultado de uma alteração ocorrida no período embrionário

  18. Costa Plana • Costa Plana – é a diminuição das curvaturas da coluna. • (trabalho com bolão é muito indicado nesses casos. Não é bom acentuar essas curvaturas)

  19. Ação dos Músculos Sobre a Coluna X Atividade Física: • Os músculos longitudinais tem ação indireta sobre a coluna e os transversais são diretos. • Mas, os transversais tem pouca ação sobre a proteção da coluna em relação aos longitudinais, que são os principais músculos estabilizadores da coluna (Músculos posturais). • Os trabalhos de força devem ser geralmente simétricos para beneficiar o alinhamento. Os distensionamentos estratégicos são essenciais para diminuir os problemas posturais e esses distensionamentos podem e devem ser assimétricos sempre que necessário. • Os abdominais podem ser trabalhados de maneira isométrica, que é bastante eficiente.

  20. Esses problemas surgem por vários fatores que serão apenas citados aqui, mas que merecem um estudo mais aprofundado para quem vai trabalhar com postura. São eles: - Inclinação pélvica anterior; - Músculos abdominais anteriores fracos; - Flexores de quadril uniarticulares retraídos (principalmente o Iliopsoas); - Flexores de quadril biarticulares retraídos (retofemural e tensor da fáscia lata); - Retração dos músculos lombares; - Músculos extensores do quadril fracos; - Inclinação pélvica posterior; - Postura “desleixada”; - Dorso plano; - Flexão excessiva (ou hiperflexão lombar); - Inclinação pélvica lateral; - Fraqueza do glúteo médio;

  21. Conhecendo Melhor a Dor Lombar: • As dores na região lombar não se limitam a hiperlordose lombar. Elas incluem distensão lombosacral, distensão sacroilíaca e, resumidamente, deslizamento facetário e coccialgia. A distensão lombossacral pode ser de origem postural. As outras três não são consideradas primariamente problemas posturais, mas há geralmente problemas associados de alinhamento e desequilíbrio muscular que afetam essas condições. • Distensão lombossacral é o tipo mais comum de problema lombar. A palavra “distensão”, denota uma tensão que causa lesão, não contudo os defeitos mecânicos que estão presentes. Esses são essencialmente dois problemas: compressão indevida sobre estruturas ósseas, presente especialmente durante a sustentação de peso (em pé ou sentado); tensão indevida sobre os musculoso e ligamentos durante a sustentação de peso e durante movimentos. Uma coluna pode ter bom alinhamento na sustentação de peso, mas se os músculos lombares forem tensos eles serão sujeitos à tensão indevida em uma tentativa súbita ou descuidada de inclinar-se para frente. Pode ocorrer distensão muscular aguda.

  22. Uma coluna pode ter bom alinhamento na sustentação de peso, mas se os músculos lombares forem tensos eles serão sujeitos à tensão indevida em uma tentativa súbita ou descuidada de inclinar-se para frente. Pode ocorrer distensão muscular aguda. Por outro lado, uma coluna pode ter um alinhamento defeituoso acentuado, como uma lordose sem retração dos músculos lombares. O movimento pode não causar uma distensão, mas ficar em pé por certo período de tempo pode dar origem à dor. A sobrecarga compressiva que resulta do mau alinhamento, quando acentuada ou constante, pode provocar sintomas dolorosos. Quando está presente uma combinação de alinhamento defeituoso e retração muscular, tanto a posição quanto o movimento pode dar origem à dor. A dor tende a ser constante embora possa variar em intensidade com a mudança de posição. As sobrecargas que não seriam excessivas sob circunstâncias normais podem dar origem à dor. Um ato aparentemente sem conseqüência pode provocar uma crise aguda de dor.

  23. Espondilolistese • Espondilolistese – é o deslizamento da vértebra L5 sobre a S1 (na maioria das vezes) • Dor intensa, normalmente cirúrgica. É possível tratamento conservador até 20 a 30% de deslizamento. Acima disso a dor é muito intensa. • Com menos deslizamento o tratamento conservador é muito indicado e sugere-se: trabalho de força da cadeia muscular posterior, trabalho abdominal isométrico, alongamento posterior (“reverência”) e exercícios com apoios lombares (exercícios semelhantes aos indicados para hiperlordose).

  24. Vista Posterior (no meio Postural conta sempre o lado da convexidade) Escoliose Total Sinistro Convexa Escoliose Torácica Sinistro Convexa Escoliose Lombar destro convexa (direita) Escoliose Toraco lombar destro convexa Escoliose Torácica Sinistro Convexa “Triangulo de Tales”

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