Renée Descartes e o Racionalismo

1. Renée Descartes e o Racionalismo

2. A filosofia não surge do nada, ou isoladamente, ela é fruto de um conexto histórico, político, econômico e social. O saber filosófico surge como resposta aos problemas do mundo na época em que estão contextualizados. Assim, como surgiu o racionalismo? Contexto Histórico

3. Durante a alta idade Média (séculos V ao X): declínio das atividades comerciais e artesanais, fragmentação do poder político e isolamento social. Feudalismo. • Forte poder da igreja, predomínio de uma visão mística do mundo. • Séculos IX ao XIII: cruzadas, processo de abertura e expansão desses horizontes. Renascimento comercial e urbano, aumento da produção agrícola e crescimento da população europeia. • Desestruturação do sistema feudal. Crescimento do comércio, a população rural deslocava-se para as cidades, ou burgos. • A economia monetária ia, aos poucos, substituindo a economia de trocas e subsistência. • Século XIV: peste negra, guerras, fome. Crise. Idade Média

4. Para conter as revoltas populares e aumentar a produtividade os senhores feudais acabaram com a servidão. Iniciou-se o trabalho assalariado. Os trabalhadores arrendavam as terras e, com isso, eram estimulados a produzir mais. • O feudalismo foi perdendo suas características: relações servis, economia voltada para a subsistência e o sustento do senhor feudal e a terra como principal fonte de riqueza. • nasce um sistema econômico voltado para o mercado e para o lucro, baseado na propriedade privadada e meios de produção. O trabalhador é livre, mas é forçado a vender sua força de trabalho. A revolução comercial

5. Substituição dos feudos pelo Estado moderno, com governo centralizado. Absolutismo: monarquias absolutistas, ascensão de uma nova classe social: a burguesia. • O poder da nobreza e do clero diminuem, mas a religiosidade cristã ainda tem forte influência. • Individualismo: valorização do indivíduo. competição. • Racionalismo: valorização da razão. Para competir o indivíduo tem que buscar estratégias A sociedade moderna

6. Rompimento com a fé e explicações religiosas da filosofia cristã. Período anterior - idade Média, filosofia escolástica. • Tentativa de representar o mundo pela razão e coerência • ex: substituição do geocentrismo (terra como centro do universo) pelo heliocentrismo (sol como centro do universo) • O Renascimento cultural foi o marco inicial da idade moderna e da filosofia moderna Idade Moderna

7. Século XV - colocou a razão acima da fé cristã. • Cidades italianas: Roma, Milão e Florença. Artistas e intelectuais se inspiravam na antigüidade clássica. • Humanismo renascentista: reativação dos ideais clássicos de valorização do homem. Individualismo. • Teocentrismo (Deus como centro do universo) X antropocentrismo (homem como centro do universo) Renascimento cultural

8. O conhecimento deveria ter ordem e método rigorosos. • Razão: uma capacidade inata de todos os seres humanos. • Filósofo como sujeito do conhecimento e o mundo como o objeto a ser conhecido. Método

9. Penso, logo existo! • René Descartes: 1596 - 1650, França. A filosofia de Descartes tem o mesmo princípio da filosofia de Sócrates, Platão e Aristóteles: a razão como instrumento de conhecimento. Para se conhecer algo, verdadeiramente, é necessário eliminar todas as dúvidas. Duvidamos porque temos capacidade de pensar. Cogito cartesiano: penso, logo existo! René Descartes

10. Existo, porque sou antes de tudo algo que pensa. razão: primeira fonte do verdadeiro conhecimento. Um ser pensante tem uma compreensão real do mundo. Semelhança com Platão, que julgava mais apropriado conhecer o mundo pela razão (ideias) do que pelos sentidos. Assim como Platão separou o mundo das idéias do mundo dos sentidos, Descartes também separa a alma (razão, cogito) do corpo (sentidos). O conhecimento obtido pela razão é mais seguro do que o obtido pelos sentidos. "Penso, logo existo"

11. Para Descartes, as ideias são inatas e inquestionáveis. Assim, já nascemos com elas. • A existência de Deus era evidente para ele, pois se pensamos em Deus, então ele existe. Tudo o que pensamos existe, pensar é igual a existir. • Deus nos deu a capacidade de pensar, para encontrarmos a verdade do mundo, das coisas e de nós mesmos. Deus existe e nos deu a capacidade de pensar

12. O sujeito (o cogito, a razão) investiga o objeto (o mundo). O indivíduo que quer compreender o mundo. O método da dúvida de Descartes torna o homem cético num primeiro momento, mas esse ceticismo deixa de existir quando ele consegue demonstrar a existência real das coisas, por meio da razão. A dúvida metódica

13. A corrente filosófica cartesiana é conhecida como racionalismo e sua importância foi resgatar a razão. No período anterior, da filosofia cristã, a explicação das coisas e do mundo se dava pela fé e pela existência de Deus. • A explicação de Descartes para a existência de Deus é dada por uma seqüência de raciocínios, não pela fé, superando o pensamento da escolástica. • outra contribuição cartesiana foi a questão do método. Racionalismo

14. Racionalista. Século XXVII. Nascido em Amsterdã, Holanda (1632-1677) • Família de imigrantes hispano-portugueses que migraram para Holanda fugindo de perseguições religiosas. • Foi educado na tradição judaica, mas afastou-se por receber influências do pensamento platônico-renascentista e cartesiano. • Por romper com a tradição e ortodoxia judaica foi excomungado e excluído da comunidade, além de deserdado pela família. Passou a viver de cidade em cidade, doente e trabalhando como polidor de lentes. Espinosa

15. Racionalista. Século XXVII. Nascido em Amsterdã, Holanda (1632-1677) • Família de imigrantes hispano-portugueses que migraram para Holanda fugindo de perseguições religiosas. • Foi educado na tradição judaica, mas afastou-se por receber influências do pensamento platônico-renascentista e cartesiano. • Por romper com a tradição e ortodoxia judaica foi excomungado e excluído da comunidade, além de deserdado pela família. Passou a viver de cidade em cidade, doente e trabalhando como polidor de lentes. Perseguições religiosas

16. Substância: é o que existe em si e por si é concebido. Só existe 1 substância: Deus. • Natureza: conjunto das infinitas manifestações da substância única que é Deus. • Deus = natureza = substância. • Monista: grego (monos = único). Toda a realidade é composta de apenas uma única substância: Deus. • PanteÍsta: grego (pan = tudo Theos = deus). Deus está em todas se coisas.

17. A inteligência humana identifica apenas 2 manifestações da substância. São os atributos. • 1) pensamento • 2) extensão • Ex: Um livro é o modo de expressão do atributo extensão. As ideias que o livro contém são os pensamentos. • corpo: manifestação do atributo extensão. • alma: manifestação do atributo pensamento Atributos

18. Para Espinosa a natureza humana é uma das expressões da natureza única, Deus, a substância. O corpo é um modo de extensão e a alma é um modo de pensamento, representado de maneira finita, a substância infinita. • Conatus: latim: esforço, impulso instintivo. Desejo. Contribuem para afirmar e expandir o ser. • encontro dos corpos. • Bom encontro: afecções alegres. Aumenta a vontade de agir e existir. Afecto: alegria • Mau encontro: afecções tristes, diminuem a vontade de Agir e existir. Afecto: tristeza. As afecções