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Regras e limites na educação de crianças. Mônica Milharézi Mendonça PUC-SP 2009. Quais são as maneiras pelas quais aprendemos?. Imitação. Quais são as maneiras pelas quais aprendemos?. Interação com o meio físico e com as pessoas. Quais são as maneiras pelas quais aprendemos?. Regras.
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Regras e limites na educação de crianças Mônica Milharézi Mendonça PUC-SP 2009
Quais são as maneiras pelas quais aprendemos? • Interação com o meio físico e com as pessoas
O que são limites? • “São fronteiras que demarcam o que é permitido ou possível fazer e o que não é”. • As três formas pelas quais aprendemos estabelecem limites, pois limites são aprendidos na interação diária com o ambiente e com as pessoas. • Entretanto, quando falamos em “Dar limite” em geral nos referimos às interações que estabelecemos por Regras, do tipo “se...então..” • De certa maneira, regras são a descrição dos limites.
Limites “da natureza” e limites sociais • Limites da “natureza”: • Leis descritas pela física, química e biologia. • Limites sociais: • Leis governamentais • Regras sociais
Porque regras são importantes? • Regras são uma das maneiras pelas quais aprendemos. • Em algumas situações, levam ao aprendizado de forma mais • “Mundo maior que a sua casa”. • Regras auxiliam na convivência em sociedade. rápida, segura eeficaz
Porque limites são importantes? • Limites são a estrutura da casa. Evita ter que chamar 10.000x, implorar e principalmente acessos de raiva. • Limites trazem segurança (a falta de limites leva a atitude de testar cada vez mais os limites = proporção perigosa na adolescência) • A criança que cresce sem limites tem maior dificuldade de aceitar regras sociais, pois está “acostumado a ter todas suas vontades satisfeitas”.
O comportamento de seguir uma regra depende da consequência que lhe é dada, e pode portanto, deixar de ocorrer quando não houver mais consequência por fazê-lo. Entretanto, conforme seguimos regras aprendemos não somente a seguir aquelas regras específicas mas também aprendemos a seguir regras, de maneira geral. Isto faz com que seja mais difícil de o comportamento cessar.
Assim, temos que nos perguntar o que a criança está aprendendo quando: • Permitimos que ela leve um brinquedo do colega para casa e não devolva? • Dizemos que não é permitido levar brinquedo do colega para casa e, no entanto, não tomamos nenhuma atitude quando ela leva um brinquedo que não seja seu para casa?
Colocar limites exige supervisão e monitoria • O que determina os limites que os pais darão aos filhos? Expectativas que têm sobre eles. Condições momentâneas dos pais: Tempo Disposição Energia Quão aversivo/ruim é o comportamento do filho para o pai Quão “favorecedor” de alguma situação, mesmo que “oculta”
Como decidir quais limites são importantes? • Cada família decide o que é negociável e o que não é. Dica é: Pense nas CONSEQUÊNCIAS do comportamento de seu filho: ..para ele mesmo ...para a família Hoje.. E no futuro! ....para a sociedade Às vezes os pais erram com o intuito de agradar demais, só pensam no prazer momentâneo da criança e não no que aprenderá a longo prazo
Como colocar limites?? • Estabelecer regras claras e específicas • As regras devem ser coerentes e razoáveis para a idade da criança.
Como colocar limites?? • Prever o comportamento inadequadoe fazer o combinado antes que ele ocorra. • Repetir as regras sempre que necessário. • Explicar o motivo para a regra, de maneira breve. • Verificar se a regra está sendo cumprida (supervisão) e se é adequada. • Se não estiver sendo adequada, reformulá-la. • Regras podem e devem ser mudadas se não surtem efeito, só não podem ser burladas!
Se a regra for adequada e seu filho estiver “fazendo manha” não voltar atrás. Valorize sempre que seu filho seguir a regra! Como colocar limites?? • Para cada regra deve haver uma consequência (que deve ser especificada na regra). • Os pais devem ser consistentes e cumprir as consequências que prometem. • As consequências mais adequadas são às mais próximas do que seriam consequências “naturais” do comportamento.
A importância de ser consistente • Consistência constrói confiança. • Ameaças não cumpridas perdem a razão de ser e deixam o pai/mãe sem crédito. Sua palavra não tem valor. • Avisos podem ser dados, mas se forem muitos perdem a eficácia. • É preciso coerência entre os pais (não pode haver competição para ver quem é o mais “bonzinho”).
Decifrando um simples exemplo do cotidiano: • A mãe chega em casa e o filho, que deveria estar fazendo a lição, está assitindo tv. • A mãe diz: • “Ah, tá bom, hoje estou contente porque me dei bem no trabalho e você está tão fofo, pode ver tv antes da tarefa”. • O que esta criança aprenderá sobre do que dependem as regras??
Algumas questões que influenciam no comportamento das crianças • Relembrando: Imitação Não dá pra negar: crianças imitam muitos dos comportamentos que vêem nos adultos. Pais são as pessoas mais próximas da criança durante grande parte da infância. Portanto: Pais também devem seguir regras, mesmo que em alguns casos sejam diferentes da das crianças.
Algumas questões que influenciam no comportamento das crianças • Interação baseada em críticas e repressão • Só faz na frente do pai/mãe • Contra-controle: oposição marcada a pais repressores • “A qualidade do vínculo é quando a criança se sente compreendida, segura e amada; os pais não devem fazer tudo o que ela quer, mas mostrar interesse em tudo o que ela faz; ela deve se sentir importante e esse sentimento ela vai levar até o fim da vida” • “Enfoque as qualidades positivas de seus filhos sempre, mas ame-os porque são seus filhos e não porque se comportam bem”
Uma última consideração... • A última e mais preciosa regra que os pais devem ensinar a seus filhos é a de observar as consequências do comportamento, pois só assim poderá ele próprio formular as regras mais eficazes para um mundo que está em constante mudança...
Muito obrigada! • monicamilharezi@gmail.com