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INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO DE ANÁLISES NOÇÕES PARA A PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS. ANÁLISES TOXICOLÓGICAS. Paula Christiane Soubhia Laboratório de Toxicologia Centro de Controle de Intoxicações. Laboratório de Análises Toxicológicas – LAT Auxílio ao diagnóstico de intoxicações.
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INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO DE ANÁLISES NOÇÕES PARA A PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS ANÁLISES TOXICOLÓGICAS Paula Christiane Soubhia Laboratório de Toxicologia Centro de Controle de Intoxicações
Laboratório de Análises Toxicológicas – LATAuxílio ao diagnóstico de intoxicações Análises quali/quanti Administração de antídotos Diagnóstico diferencial Prognóstico – nomogramas Biomonitorização Pesquisas: toxinologia, toxicocinética, analíticas
Informações História Indivíduo: anamnese Síndrome tóxica Agente tóxico suspeito Quantidade Circunstância Horário da intoxicação PESQUISA DO AGENTE TÓXICO
AMOSTRA • MÉTODO Planejamento da análise 1) Direcionamento – o que pesquisar e onde? 2) Tipos de matrizes biológicas 3) Preparação da amostra - Liberação dos analitos da matriz - Remoção de interferentes endógenos - Técnicas de extração - Aumento da seletividade e sensibilidade 4) Técnicas CCD Cromatografia em fase gasosa Cromatografia líquida
Sangue Sangue total, soro e/ou plasma • Matriz complexa • Anticoagulante • Hemólise • Volume: menor disponibilidade • Correlação com o efeito • Período de detecção: • Etanolemia: assepsia com degermante sem álcool.
Urina Triagens qualitativas Disponível em grandes volumes Coleta não invasiva > Chance de encontrar a substância Presença de produtos de biotransformação Dulteração Triagem Só indicativo de uso Quantificação correção com creatinina
Conteúdo gástrico • Análises qualitativas • Coletar a 1ª porção • Grande volume disponível • Agente tóxico em grandes concentrações e não biotransformado
Amostra ESTABILIDADE Matriz Tipo de agentetóxico: medicamentos, metais, praguicidas ARMAZENAMENTO Período Tubosespeciais: metais (HNO3 10%, águadeionizada) - complexação Praguicidas (acetona) - resíduos
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS Diagnóstico clínico Forense Doping Controle terapêutico Biomonitorização APLICAÇÃO ÁREAS O QUE SE ESPERA ENCONTRAR PROD INALTERADO/BIOTRANSFORMADO QUALI QUANTI sensibilidade TRIAGEM
TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS EM ANÁLISES TOXICOLÓGICAS A preparação de amostras pode ser considerada como uma série de operações unitárias necessárias para que determinada substância (analito) possa ser detectada pela técnica analítica de escolha.
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS Técnicas analíticas Cromatográficas Espectrométricas Imunoensaios Espectrotométricas Colorimétricas
Típicas operações em preparação de amostras: A) Liberação dos analitos da amostra B) Remoção de interferentes endógenos C) Técnicas de extração D) Aumento da seletividade e sensibilidade
A) Liberação dos analitos da amostra Analito na matriz - conjugado - livre
Ácido 11-nor-delta-9-THC-COOH Delta-9-Tetraidrocanabinol (THC) Ácido 11-nor- delta -9 -THC-COOH conjugado BIOTRANSFORMAÇÃOMaconha - 9THC
SUBSTÂNCIAS CONJUGADAS Hidrólise - Alcalina - Ácida - Enzimática
O O á c i d o g l i c u r ô n i c o C O C O H O H O H C H 3 C H 3 O C H 5 11 C H O C H 3 5 11 C H 3 HIDRÓLISE ALCALINA • Vantagens: • -processo mais rápido • -custo baixo • - Desvantagens: • -degradação de analitos não estáveis • p.ex. benzodiazepínicos 60°C NaOH Ácido 11-nor- delta -9 -THC-COOH conjugado Ácido 11-nor-delta-9-THC-COOH
HIDRÓLISE ENZIMÁTICA Esteróides Anabólicos conjugados Beta glucuronidase Esteróides Anabólicos livres 55°C/1 hora • Vantagens: • -não degrada os analitos • - Desvantagens: • -custo mais alto • -maior tempo de reação • -controle mais rigoroso das condições • -enzimas podem ser inibidas por substâncias presentes nas amostras
B) Remoção de interferentes endógenos Uma matriz biológica consiste de muitos componentes, como proteínas, lipídios, carboidratos que podem interferir na análise.
B) Remoção de interferentes endógenos - PROTEÍNAS - Matriz: sangue total/plasma Determinação: fármacos (ligado/livre) Método: precipitação/desnaturação Finalidades: precipitação em contato com a fase móvel e obstruir a coluna cromatográfica
Agentesprecipitantes- alteração da solubilidade na solução aquosa Ácidos: formação de sais insolúveis com a forma catiônica das proteínas • Ácido tricloroacético e ácido perclórico Solventes orgânicos: solventes que são miscíveis em água como acetona, metanol, etanol e acetonitrilapodem abaixar a solubilidade de proteínas. Sais: retirada da água de solvatação e diminuição da solubilidade das proteínas – efeito salting-out : sulfato de amônio
C) Técnicas de extração 1) Extração líquido-líquido (LLE) 2) Extração em fase sólida (SPE) 3) Extração por head space (HS) 4) Micro extração em fase sólida (SPME) 5) Derivação
C) Técnicas de extração Transferir os analitos (matriz original) de forma adequada para análise em instrumentação cromatográfica
Extração Propriedades físico-químicas (analitos, interferentes e matriz) Polaridade Solubilidade Estabilidade química e térmica Clean-up – interferentes endógenos ou exógenos Concentração – sensibilidade Tempo: 80% da análise
1) Extração líquido-líquido (LLE) Extração direta do material biológico com um solvente imiscível com a água. Fenômeno: partição Coeficiente de partição/distribuição: K= C2/C1 pH fase aquosa proporção vol. das fases ↑ da fase extratora 2 ou mais extrações
Solventeorgânico urina Drogas/ metabólitos urina Agitação Centrifugação Separação da fase orgânica Extrato ELL
Solvente extrator • Solubilidade da substância (ordem de polaridade – série eluotrópica) • Baixa viscosidade – interação com a matriz • Baixo ponto de ebulição • Corrosão em equipamentos • Toxicidade • Menos polares: matrizes biológicas • Custo • Aditivos e estabilizadores de solventes
ESCOLHA DOS SOLVENTES Drogas ácidas e neutras • acetato de etila, diclorometano, éter-isopropanol 7:3, n-hexano-éter 1:1, entre outros. Drogas básicas e neutras • álcool isoamílico 1 ou 2% em n-hexano, éter etílico, diclorometano, n-hexano-acetato de etila 7:3, etc Praguicidas • n-hexano, éter de petróleo Metais • metil-isobutilcetona (Pb-pirrolidina ditiocarbamato de amônia)
OH -- Forma ionizada H C H C H N 2 H H C H 3 C H C H N 2 H Matriz Anfetamina C H 3 neutro INFLUÊNCIA DO pH NA SOLUBILIDADE Substâncias de caráter básico – extração básica Ex. anfetaminas Ajuste do pH NaOH 2% Impurezas ácidas Convertidos em ânions
O C O H Neutro O H O C H 3 O C H C O H 5 11 C H 3 O H C H 3 O C H 5 11 C H 3 INFLUÊNCIA DO pH NA SOLUBILIDADE Substâncias de caráterácido – Extraçãoácida Ex. ácido 11-nor-delta -9-THC-COOH Ajuste do pH HCl 5% Impurezas básicas cátions H+ ácido 11-nor-delta -9-THC-COOH
AJUSTE DE pH Drogas ácidas e neutras • Soluções ácidas (HCl diluido, NH4Cl saturado, tampão acetato, tampão fosfato) • Tampões sólidos (fosfato) Drogas básicas e neutras • Soluções alcalinas (NaOH diluído, NH4OH diluido, Na2CO3, Na3BO3, tampão fosfato, tampão borato) • Tampões sólidos (carbonato/bicarbonato)
H H C C H H C C H H N N 2 2 H H C C H H 3 3 Na+ Cl- ELL • Melhora do coeficiente de partição/distribuição entre um solv. orgânico e a aquosa • Diminui a formação de emulsões • Aumenta a recuperação do analito Efeito Salting-out = molécula de água + NaCl +
Vantagens - ELL • Fácil execução • Não requer instrumentação especial • Boa seletividade • Grande variedade de sistemas de extração
Desvantagens - ELL • Amostras com alta afinidade com a fase aquosa • Impurezas do solvente • Formação de emulsões • Toxicidade do solvente extrator • Grandes volumes de amostra e solvente – resíduos • Procedimento trabalhoso e demorado • Difícil automação
2) EXTRAÇÃO EM FASE SÓLIDA Extração em Fase Sólida (SPE) A técnica de SPE é a mais utilizadas no preparo de amostras, tanto quando se quer pré-concentrar compostos de interesse, quanto em casos em que se pretende simplesmente separá-los de constituintes que possam interferir na análise.
Fluído biológico é misturado com um adsorvente e posteriormente eluido com solvente apropriado. • Mecanismo de retenção das substâncias • Adsorção • Partição • Mecanismos de dessorção • Solvente orgânico • Dessorção térmica
EXTRAÇÃO EM FASE SÓLIDA ETAPAS • Condicionamento:Umidificação e ativação dos • Adição da amostra: Retenção quantitativa do composto de interesse e remoção de parte da matriz • Lavagem: Remoção da maioria dos componentes da matriz, o que aumenta a seletividade • Eluição: Eluição quantitativa do composto de interesse na coluna
EXTRAÇÃO EM FASE SÓLIDA Amostra + água + PI + tampão fosfato Diclorometano/ isopropanol / NH3 (80:20:2) Metanol + tampão fosfato Água + HCl 0,1M + metanol BE PI Interf. COC 1 2 3 4
EFS aparato PREENCHIMENTO Fase sólida - • empacotada em coluna (cartuchos) Natureza • Polímeros porosos
CH Ciclo hexil Tipos de colunas (SPE) APOLARES/fase reversa: octadecil, octil, fenil INTERAÇÕES NÃO-POLARES (Van der Waals) C8 Octil S i PH Fenil S i
Tipos de colunas (SPE) POLARES/fase normal: cianopropil, diol INTERAÇÕES tipo hidrofílica: dipolo-dipolo, pontes H N S i C CN Cianopropil O H NH2 Aminopropil H S i N H O H 2OH Diol S i O O H O H H N H
Tipos de colunas (SPE) - TROCA IÔNICA - INTERAÇÕES IÔNICAS (Eletrostáticas) O CBA Ácido carboxílico C - S i O + N H R 3 SCX Ácido benzenosulfônico S i - + S O N H 3 3 SAX Trimetil aminopropil + - S i N ( C H ) S O R 3 3 3
FATORES QUE AFETAM A EXTRAÇÃO EM FASE SÓLIDA • pH • Tipo de amostra • Volume de amostra • Tratamento do adsorvente • Condicionamento • Lavagem • Dessorção (eluição)
EXTRAÇÃO EM FASE SÓLIDAVANTAGENS / DESVANTAGENS • Redução do volume da amostra e do solvente extrator • Maior rapidez na análise • Aumento de eficiência da extração (recuperação) • Não formação de emulsões • Volume de evaporação diminuído • Maior facilidade de automação • Maior seletividade • Boa reprodutibilidade • Várias possibilidades de adsorventes e solventes • Alto custo, importação • Viscosidade da amostra afeta o fluxo
3) EXTRAÇÃO POR HEAD SPACE DETERMINAÇÃO DE VOLÁTEIS Amostra (urina, sangue ou saliva) + sulfato de sódio + PI seringa ESTUFA 70°C 30 min GC
4) MICRO EXTRAÇÃO EM FASE SÓLIDA (SPME) -Baseado na partição do analito entre a fibra de extração e a matriz (amostra)
1 2 3 4 5 6 SPME