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Ambiente Econômico - Situação Atual e Cenários -. Prof. Antonio Lanzana. 2011. S u m á r i o. Cenário Mundial Cenário Brasil Considerações Sobre o Mercado de Implementos Rodoviários. I. Cenário Mundial. A Economia Mundial em 2010 O Início de 2011 Perspectivas
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Ambiente Econômico - Situação Atual e Cenários - Prof. Antonio Lanzana 2011
S u m á r i o • Cenário Mundial • Cenário Brasil • Considerações Sobre o Mercado de Implementos Rodoviários
I. Cenário Mundial • A Economia Mundial em 2010 • O Início de 2011 • Perspectivas • Riscos para a Economia Mundial • 4.1.Crise no Oriente Médio e Norte da África • 4.2.Situação do Japão
1. A Economia Mundial em 2010 • Crise financeira provocou recessão em 2009. • PIB se contraiu no mundo desenvolvido • Estratégia de recuperação • Expansão de gastos públicos • Ampliação do Déficit Público e da Dívida Pública
Tabela 1 – Indicadores Fiscais – 2010 Fonte: Eurostat.
Situação da Europa • PIB da zona do euro • 2009 -4,4% • 2010 +1,7% • Desemprego permanece elevado
Tabela 2 – PIB da Zona do Euro Fonte: Eurostat.
Tabela 3 – Taxa de Desemprego (em Porcentagem da Força de Trabalho) Fonte: FMI/POFMI/Panorama Econômico Mundial – Outubro de 2010.
Desequilíbrio fiscal questionamento sobre solvência. • O alvo: PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha) • Risco de “contaminação” • Pressão para ajuste fiscal • Reduzido crescimento limita arrecadação • Questionamento sobre o “estado de bem estar social”
A questão do “estado de bem estar social” • 18% da população da zona do euro tem mais de 65 anos • Em 30 anos esse percentual será de 32% • Em 20 anos, 10% da população européia terá mais de 80 anos (o dobro do atual) • 95% das aposentadorias vem com dinheiro público (nos EUA é 39%) • Reformas fiscais sendo implementadas em quase toda a Europa • Conseqüência: crescimento comprometido nos próximos 3/4 anos.
Situação dos EUA • Governo também ampliou déficit público (10,6% do PIB) e dívida pública (84,0% do PIB) • Ainda existia espaço para incentivos fiscais • Derrota do partido democrata eliminou essa possibilidade • Com juros próximos de zero, alternativa foi emissão monetária (US$ 600 bilhões)
Impacto sobre a demanda doméstica é baixa • Famílias endividadas (procurando se reestruturar) • Crescimento econômico incerto • Não há disposição em tomar crédito • Objetivo real: depreciar o dólar para recuperar crescimento via exportações • Países reagem (China “cola” o câmbio) • G-20 não chegou a acordo • Risco de proliferação do uso de controles de capital • Guerra cambial
Situação dos Emergentes • Emergentes lideraram economia mundial em 2010 • Déficit público e dívida pública muito menores • Sistemas financeiros mais sólidos • Emergentes mais “arrumados” que desenvolvidos
Tabela 4 – PIB dos Países Emergentes – 2010 Fonte: FMI
2. O Início de 2011 • Estados Unidos dão sinais mais claros de recuperação • 4° trimestre de 2010 PIB cresceu 3,2% • Desemprego caiu para 8,9% • Difusão tecnológica • Economia mais dinâmica que européia • Menos comprometimento dos gastos com “economia de bem estar”
Europa continua “derrapando” • Risco de déficit nos PIGS • Gastos públicos comprometidos • Reduzida capacidade de crescimento impõe corte de gastos • Alemanha é exceção (altamente competitiva)
Emergentes • Risco de aceleração da inflação • China, Índia, Turquia..... • Causas • Preço das commodities (alimentos) • Excesso de demanda doméstica • Medidas para conter crescimento • Juros • Compulsórios
3. P e r s p e c t i v a s • Crescimento muito heterogêneo • Os líderes da recuperação: os emergentes • Pouco alavancados. • Potencial de crescimento. • Afluxo de capitais. • Consumidor dos emergentes (principalmente chinês) vai substituir o consumidor americano. • Mundo emergente crescerá 3% a 4% acima do G-7 nos próximos anos.
Tabela 5 – Projeções PIB Fonte: World Bank e FMI.
4. Riscos Para a Economia Mundial4.1. Crise no Oriente Médio e Norte da África • Situação Atual • Líbia responde por 2% da oferta mundial • Produção Mundial: 86 a 87 milhões de barris/dia • Demanda mundial: 85 a 86 milhões de barris/dia • OPEP tem capacidade ociosa de 4 a 5 milhões barris/dia • Movimento de preços • Preços em elevação • Investidores saindo de commodities agrícolas e migrando para commodities energéticas • Perspectivas de preços • Alta volatilidade deve prevalecer • Até US$ 120,00 não deve afetar muito a economia mundial
Condicionantes • Se preço continuar subindo e se mantiver alto vai trazer inflação e desaquecimento da economia mundial • Risco de estagflação • Grande temor: contaminação dos tumultos para Arábia Saudita (desestabilização do mundo árabe)
Se a Crise Proliferar o Brasil Será Impactado • Balança comercial será afetada • Menor crescimento mundial • Queda do preço das commodities • Provável pressão sobre câmbio • Desaceleração mais rápida do nível de atividade
4.2. A Situação do Japão • Volatilidade nos mercados diante das incertezas • Impacto sobre o PIB mundial será pequeno • PIB deve cair cerca de 3% • É o 3º maior PIB do mundo (5% de participação) • Impacto deve ser de -0,2% no PIB mundial • Recuperação deve ser rápida (Kobe em 1995) • Importação de alimentos vai aumentar (estoques foram perdidos) • Impactos sobre o Brasil • Exportação de alimentos aumenta • Importação brasileira vai diminuir (autopeças e eletro-eletrônicos)
Impactos no Longo Prazo • PIB se recupera • Nova estrutura energética, com mais petróleo e menos energia nuclear • Preço do petróleo pode se manter elevado • Impacto favorável ao Brasil Pré-Sal
II – Cenário Brasil Evolução recente Situação atual Perspectivas para 2011 e próximos anos
1. Evolução Recente (2009 e 2010) • País foi afetado pela crise mas se recuperou • Crise forte no 4º trimestre/2008 e 1º trimestre/2009. • Reversão a partir do 2º trimestre/2009 e forte aceleração no final de 2010. • Medidas adotadas pelo governo impactaram nível de atividade • Política fiscal • Política monetária
Tabela 6 – Indicadores Fiscais (Var. % ao ano) Fonte: STN.
Há necessidade de reversão da atual tendência (26% de expansão real dos gastos públicos nos últimos dois anos) • “Manobras contábeis” afetam credibilidade
Gráfico 1 – Índice do PIB Trimestral – Brasil Fonte: IBGE.
2. Situação Atual • Governo Lula tirou a política econômica dos “trilhos” nos dois últimos anos • Excesso de gastos públicos (26% de expansão real , contra 7% do PIB) • Superávit primário corretamente medido caiu de 4% em 2008 para 1% em 2010 • Conseqüências • Super aquecimento e aceleração da inflação • Situação não sustentável
Há sinais de “superaquecimento” • Inflação crescente • Expectativas de inflação se deteriorando • Causa principal: excesso de demanda • Preços dos serviços subindo a 8% ao ano • Importações crescentes
Gráfico 2 – Evolução da Expectativa do Mercado para o IPCA em 2011 Fonte: BACEN. Elaboração: Bradesco.
Gráfico 3 – Expectativas Médias do Mercado para as Importações – 2008/2012 Fonte: BACEN. Elaboração: Bradesco. (*) Número efetivo
Governo Dilma terá que recolocar a política econômica nos “trilhos” • Inflação está em aceleração • Taxa anualizada já supera 6,0% • Pode romper 6,5% (teto da meta) • Tem que reduzir ritmo de crescimento da economia
Mix de políticas fiscal e monetária • Cortes anunciados (R$ 50 bilhões) são importantes, mas não serão suficientes • Enquanto isso aperta política monetária • Medidas macroprudenciais • Compulsórios sobre depósitos à vista • Compulsórios sobre posições compradas • Elevação de juros
3. Perspectivas para 2011 e Próximos Anos • Premissas básicas • Europa continua “derrapando” (exceto Alemanha) • EUA acelerarão crescimento • Emergentes desaceleram, mas ainda crescem forte • País continuará atraindo dólares • Reservas elevadas • Preço internacional de commodities • Diferencial de juros • Solidez do sistema financeiro
A partir de 2011 crescimento menos pronunciado (7,5% em 2010) • PIB deve crescer 4,0% • Taxa de investimento de 19% do PIB • Outros emergentes crescem mais, porque investem mais • China 40% • Coréia do Sul 33% • Chile 25%
Brasil já investiu 25% do PIB na década de setenta • Causas do menor investimento • Reduzido investimento público • Década de setenta 6% a 7% do PIB • Atualmente 1,0% a 1,5% do PIB • Investimento público em outros países • China = 20% • Índia = 6% • Coréia = 7%
Inflação • Perto do limite máximo da banda • BC terá que fazer o “jogo sujo”. • Tendência de juros • Novo ciclo de alta no início de 2011 • Devem começar a cair em 2012 • A médio prazo juros reais serão menores • Tendência de queda com consolidação da estabilização
Dólar x Real • Tendência de valorização do Real a curto prazo. • Há muitos recursos para entrar: • Juros maiores. • Crescimento maior • Infraestrutura. • Copa do Mundo, Olimpíadas.
Alternativas de Medidas • IOF (nova elevação) • “Quarentena” • Volta do IR • Mas situação não é sustentável a médio prazo • Déficit em conta corrente.
III. Considerações Sobre o Mercado de Implementos Rodoviários 3.1. Mercado de Crédito 3.2. Evolução dos Investimentos e PIB 3.3. Implementos Rodoviários 3.3.1. Relação com o PIB 3.3.2. Relação com os investimentos
3.1. Mercado de Crédito • Cresceu Muito Forte nos Últimos Anos (Média de 23,0% a.a.) • Governo Tomou Medidas Para Reduzir: • Depósitos compulsórios • IOF • Vai Reduzir Ritmo de Expansão em 2011 (+14%) • Ritmo Mais Moderado Deve Se Manter em 2012 • Depois Volta a Crescer Mais rápido.
3.2. Evolução dos Investimentos e PIB • Investimento Envolve: • Bens de capital (produção + importação – exportação) • Construção civil • Investimentos Ampliam os Ciclos Econômicos • Relação Média Foi de 2,0 nos Últimos Sete Anos
3.3. Implementos Rodoviários 3.3.1. Relação com o PIB • Implementos rodoviários também ampliam o ciclo • Relação foi de 5,0 vezes nos últimos quatro anos.
3.3.2. Relação com o Investimento • Implementos rodoviários também ampliam o ciclo dos Investimentos • Relação foi de 2,3 vezes