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Disfunções Digestórias

Disfunções Digestórias. Profª . Emanuelle F. de Souza. Disfunções Digestórias. Todas as pessoas necessitam de nutrientes essenciais para sobreviver. Esses nutrientes provêm da metabolização dos alimentos realizada no sistema gastrointestinal.

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Disfunções Digestórias

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Presentation Transcript


  1. Disfunções Digestórias Profª. Emanuelle F. de Souza

  2. Disfunções Digestórias Todas as pessoas necessitam de nutrientes essenciais para sobreviver. Esses nutrientes provêm da metabolização dos alimentos realizada no sistema gastrointestinal. Caso haja alteração em algum dos órgãos que compõe o sistema digestório, a pessoa pode desenvolver alguma das seguintes doenças: Gastrite, Ulceras, Hepatites, Hemorragias Digestivas, Cirrose Hepática, Pancreatites.

  3. Disfunções DigestórIas A degradação dos nutrientes passa pelas seguintes etapas: Ingestão – o alimento vai da boca para tubo digestivo; Digestão – inicia-se na boca com ação das enzimas salivares na quebra dos amidos, seguindo para o estomago sofrendo ação do sulco gástrico e termina no intestino delgado por intermédio de seus sucos. Os nutrientes são absorvidos pela corrente sanguínea, onde serão utilizados pelas células ou armazenados pelo organismo; os resíduos não utilizados serão transformados em fezes, que serão excretadas.

  4. Disfunções Digestórias Gastrite

  5. Definição • É um distúrbio inflamatório da mucosa gástrica, ocorre de forma súbita e pode ser de curta duração ou tornar-se crônica e evoluir para uma úlcera.

  6. Classificação e Etiologia • Gastrite Aguda: agressão direta a mucosa gastrica, podendo ser provocada por: antiinflamatorios, AAS, alcool, fumo, enzimas digestivas do duodeno, condimentos, frituras, gorduras, frutas acidas, situações de estresse. • Gastrite Crônica: diretamente relacionada a presença de Helicobacterpylori.

  7. Obs.: • Helicobacterpylori é uma bactéria que esta presente em grande número de clientes com gastrite e ulcera duodenal, vive abaixo do muco e pode ser encontradas em frutas, verduras e legumes, que devem ser bem lavadas ou cozidas antes de serem consumidas, e também na água. • Quanto mais baixa a condição socioeconômica, maior a incidência de infecção pela bactéria.

  8. Manifestações Clinicas • Dor epigástrica • Náuseas e Vômitos • Eructação • Pirose após refeições • Digestão difícil e demorada • Anorexia • Em casos graves pode levar a hemorragia digestiva.

  9. Diagnostico • Endoscopia com biopsia • Rx contrastado

  10. Tratamento • Antiácidos • Bloqueadores do Suco Gástrico • Antibioticoterapia

  11. Cuidados de Enfermagem • Ingerir dieta branda e fracionada com ausência de alimentos irritantes à mucosa gástricas; • Desenvolver atividades físicas com a finalidade de reduzir o estresse; • Evitar a ingestão de álcool, de café e o uso de tabaco.

  12. Disfunções Digestórias úlceras Pépticas

  13. Definição • As úlceras são definidas como lesões erosivas com perda de tecido. Caracterizam-se por surtos de ativação e períodos de calmaria, com evolução crônica; as áreas mais acometidas são as do estomago e duodeno.

  14. Classificação • Úlcera duodenal: é forma predominante; estando associada a hipersecreção de acido e pepsina pelo estomago que ao chegar ao duodeno gera erosões. • Úlcera gástrica: esta relacionada a deficiência dos fatores de proteção da mucosa gástrica contra ação do ácido clorídrico.

  15. Etiologia Tanto as ulceras duodenais como as gástricas resultam da interação de fatores genéticos, ambientais e emocionais, dentre eles podemos citar: • Fumo • Álcool • Café • AAS • Helicobacterpilory • Estresse • Emoção • Ansiedade

  16. Manifestações Clinicas • Dor em queimação e corrosiva – cólica – relacionada sempre a alimentação. Ulcera gástrica: dor epigástrica irradiada para rebordo costal, diante da presença de alimentos que melhora com vômitos. Ulcera duodenal: dor irradiada para o flanco direito, diante do estomago vazio. Alivia com a ingestão de alimentos. Podendo apresentar náuseas e vômitos e nos casos mais graves melena e hematêmese.

  17. Diferença entre úlcera Duodenal e Gástrica

  18. Diagnostico • Endoscopia

  19. Tratamento • Medicamentoso – redução da acidez gástrica ate a cicatrização da ulcera. • Antibioticoterapia – na presença de Helicobacterpilory

  20. Cuidados de Enfermagem • Fazer no mínimo 4 refeições diárias, em intervalos regulares, mastigando bem os alimentos. • Evitar frituras, condimentos (pimenta, alho, cebola), refrigerantes, café, chá, e bebida alcoólica e uso de tabaco. • Modificar o estilo de vida, visando diminuição do estresse. • Não fazer uso de comprimidos sem prescrição. • Observar a presença de sangue nas fezes e vômitos.

  21. Disfunções Digestórias Hepatites

  22. Definição • É uma doença que consiste na inflamação do fígado e pode ser causada por um vírus ou por substancia tóxica. • As manifestações clínicas gerais da pessoa com hepatite referem-se: fadiga, anorexia (falta de apetite), enjôo, vômitos, icterícia, colúria (urina escura) e fezes alcólicas (esbranquiçadas)

  23. Hepatite A • Mais contagiosa e menos grave • Transmissão: água e alimentos contaminados (contaminação oral-fecal) • Vacina: sim, porém só na rede particular • Sintomas: Febre, cansaço e dor abdominal • Prevenção: • Evite o consumo de alimentos e bebidas dos quais não conhece a procedência • Ingerir água clorada e/ou fervida • Lavar as mãos antes das refeições e após utilização do banheiro • Tratamento: Sintomático

  24. Hepatite B • Resulta em danos das células hepáticas, que podem levar à cirrose hepática e ao câncer de fígado. • Transmissão: relação sexual, compartilhamento de material não esterilizado (contaminação contato com secreção) • Vacinação: Disponível para todos nas UBS • Sintomas: febre, enjoo, mal-estar, amarelão na pele e mucosas. • Prevenção: - Vacinação completa • Tratamento:Medicamentoso – Interferon (via subcutânea) e Lamivudina (via oral)

  25. Hepatite C • Se não for curada, a permanência do vírus no organismo pode levar à cirrose hepática ou câncer. • Transmissão: relação sexual, compartilhamento de material não esterilizado (contaminação contato com secreção), transfusão sanguínea. • Sintomas: icterícia, anorexia, fadiga muscular, mal estar e dor abdominal • Prevenção: • Não compartilhar escova de dente, alicate de unha, aparelho de barbear, seringas... • Piercing e tatuagem só com material descartavel. • Tratamento:Interferon + Ribavirina (via oral)

  26. Obs.: Os profissionais de saúde constituem um grupo de risco para adquirir o vírus da hepatite C, devido a manipulação incorreta de material perfurocortante e de fluídos corporais.

  27. Hepatite D • A hepatite Delta é um vírus defectivo, ou seja necessita da presença do vírus B inoculado anteriormente no organismo para sua replicação. • Os fatores de risco, a transmissão e as manifestações clinicas são as mesmas do virus B, e o tratamento é o mesmo para hepatite B e C

  28. Hepatite tóxica Substancia Hepatotóxicas Necrose de celulasHepaticas ou Hepatite Tóxica Tetracloreto de carbono; fósforo; Clorofórmio; componentes com ouro, antibióticos e anestesicos; alcoolismo crônico

  29. Hepatite tóxica • Manifestação clinica e tratamento semelhante aos da hepatite viral, entretanto a cura e o tratamento depende da descoberta recente da patologia, pois não há antídotos eficazes. • Na maioria das vezes o paciente evolui para hepatopatia crônica não cirrótica ou cirrose hepática. O tempo de vida depende o grau da lesão existente no fígado e do uso de álcool.

  30. Disfunções Digestórias Hemorragia Digestiva

  31. Definição • Perda de sangue maciça e rápida devido a algum trauma. • A hemorragia do Sistema digestório é um sinal de problema digestivo, e não uma doença em si.

  32. Etiologia • Ulceras • Álcool • AAS • Queimaduras • Traumatismos cranianos • Cirurgias extensas • Hemorróidas • Fissuras anais • Inflamações • Infecções • Tumores ou pólipos • Tumores benignos ou Cancer

  33. Manifestações Clinicas • Hematêmese (vermelho brilhante ou borra de café) • Melena • Enterorragia • Taquicardia • Dispnéia • Hipotensão • Pele fria • Choque hipovolêmico

  34. Diagnostico • Endoscopia.

  35. Tratamento • Com objetivo de localizar e estancar o sangramento. • Cirurgia de Urgência é indicada.

  36. Cuidados de Enfermagem • Avaliar a quantidade de perda de sangue nas fezes e no vômito • Realizar lavagem gástrica com soro fisiológico gelado, objetivando a hemostasia. • Administre os medicamentos prescritos • Monitorizar os sinais vitais

  37. Obs.: Pela imprevisibilidade da evolução do quadro hemorrágico, todo o cliente com hemorragia digestiva e alterações dos sinais vitais deve ser considerada como tendo uma doença de alto risco e hospitalizado em regime de urgência, e a complicação mais temida é o choque hipovolêmico.

  38. Disfunções Digestóras Cirrose Hepática

  39. Definição Trata-se de uma degeneração difusa, progressiva e crônica do tecido hepático, com desnutrição dos hepatócitos. No processo de cicatrização, o tecido normal e trocado por um tecido fibrosado, incapacitando o fígado de manter suas funções.

  40. Etiologia • Álcool • Exposição a substancia química (clorofórmio) • Insuficiência nutricional • Infecção pelo vírus da hepatite B • Esquissomose

  41. Manifestações Clinicas • Necrose das células hepáticas • Náuseas • Icterícia • colúria, • Dor no fígado • Edema • Ascite • Hérnia Umbilical

  42. Complicações • Varizes esofagianas • Varizes gástricas • Hemorróidas • Hemorragias gastrointestinais • Hepatoesplenomegalia • Encefalopatia hepática • Coma hepática

  43. Cuidados de Enfermagem • Oferecer refeições pequenas e frequentes com a finalidade de facilitar o processo digestivo. • Restringir a ingestão de sal e água • Monitorar sinais vitais • Pesar, medir a circunferência abdominal, diariamente, com o cliente em jejum. • Manter a pele limpa e hidratada, aliviando pruridos e o ressecamento • Realizar balanço hídrico • Avaliar o nível de consciência e administrar os medicamentos conforme prescrição.

  44. Disfunções Digestórias Pancreatite

  45. Definição • É a inflamação do pâncreas, que pode ser aguda ou crônica.

  46. Pancreatite Aguda • Etilogia: • Pedras da vesícula que deslocam e impedem o escoamento das substancias produzidas pelo pâncreas. • Ingestão abusiva de álcool • Corticóide e imunodepressores • Tumores • Traumatismos pancreáticos • Níveis elevados de colesterol e triglicérides • Fatores genéticos

  47. Pancreatite aguda • Manifestações Clínicas • Dor epigástrica – após ingestão de álcool ou alimento • Irradiação no rebordo costal e piora ao deitar ou andar • Aliviando ao sentar ou inclinar-se para frente • Náuseas e Vômitos • Febre • Icterícia • Taquicardia, dispnéia, desorientação, extremidades frias e sudorese.

  48. Pancreatite Aguda • Diagnóstico • Exame de sangue – amilase sérica, leucocitose e glicemia • Rx do torax e abdomem • USG abdominal • TC Abdominal

  49. Pancreatite Aguda • Tratamento • Manutenção do jejum- inibindo a estimulação e secreção de enzimas pancreáticas • Nutrição parenteral • Analgésicos • Antibióticos • Antiácidos • Insulina, se necessário • Cirurgia com remoção total ou parcial do pâncreas

  50. Cuidados de Enfermagem • Administrar analgésico SOS • Explicar a finalidade e importância do jejum • Manter aberta e pérvia a SNG • Realizar higiene oral, mantendo os labios umidificados • Orientar a necessidade de repouso no leito • Medir a circunferência abdominal • Pesar diariamente • Monitorar sinais vitais • Controlar glicemia capilar • Realizar balanço hídrico • Encaminhar o cliente ao grupo de apoio AA e de auto-cuidado para diabetes mellitus

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