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Professor Edley. www.professoredley.com.br. O Fim da Guerra Fria e os Conflitos no Oriente Médio.
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O Fim da Guerra Fria e os Conflitos no Oriente Médio Dois tanques israelenses patrulham o leste de Jerusalém, após Israel ter ocupado a Faixa de Gaza e a península do Sinai, no Egito; e a Cisjordânia e o setor árabe de Jerusalém Oriental, no conflito que ficou conhecido como a Guerra dos seis dias. Foto de 1967.
A Crise do Socialismo Soviético A União Soviética tinha uma economia baseada na propriedade estatal dos meios de produção e na distribuição de riquezas de acordo com um plano estabelecido pelo Estado. O governo decidia o que as fábricas iriam produzir, a quantidade de artigos fabricados, o preço das mercadorias, o salário dos trabalhadores, etc. Na política havia um partido único e sem liberdade de oposição. Greves eram proibidas e a produção cultural censurada. Morador de Berlim Oriental colando cartaz para protestar contra a falta de liberdade de expressão, 1948. No cartaz lê-se “Boicote contra o terror”.
A Crise do Socialismo Soviético O controle soviético possibilitou o avanço tecnológico em algumas áreas e a industrialização do país. Isso garantiu o atendimento às necessidades básicas da população. Porém, a falta de concorrência e os baixos salários desestimulavam o trabalho e a produção, com isso os trabalhadores produziam menos do que poderiam e com qualidade inferior. Isso dificultava a expansão econômica do país. Pessoas em fila para comprar alimentos em Moscou, 1990.
As Reformas de Gorbachev e o Fim da URSS O governo de Gorbachev, que se iniciou a partir de 1985, adotou um conjunto de reformas para modernizar as estruturas políticas e econômicas do país. Essas medidas se baseavam em dois princípios: a glasnost (transparência) e a perestroika (reconstrução). A perestroika propunha o fim dos monopólios estatais, o investimento privado, a entrada de empresas estrangeiras no país e a garantia de liberdade dos empresários na economia. A glasnost buscava garantir a abertura política do país, acabar com a perseguição de opositores do regime, libertar presos políticos, abolir a censura, possibilitar a criação de partidos políticos e introduzir a liberdade de imprensa.
As Reformas de Gorbachev e o Fim da URSS Enquanto as reformas não aconteciam, as manifestações contrárias ao regime cresciam nos países do Leste Europeu e na União Soviética. Diante das insatisfações, militares e dissidentes comunistas tentaram dar um golpe de Estado em 1991. O golpe não deu certo, mas mesmo assim Gorbachev renunciou à Presidência e foi declarado o fim da União Soviética. Diversas repúblicas que formavam a URSS se tornaram independentes. A desintegração da União Soviética também significou o fim da Guerra Fria. Trabalhadores em greve sentados no portão do Estaleiro de Lênin, em Gdansk, na Polônia, 1980.
O Leste Europeu e a Queda do Muro de Berlim A crise na União Soviética afetou também os países do Leste Europeu. Entre 1988 e 1990, Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Alemanha Oriental, Romênia e Bulgária tornaram-se independentes e encaminharam-se para a democracia. A Tchecoslováquia se dividiu em dois países: a República Tcheca e a Eslováquia. Já a Alemanha Oriental unificou-se com a Alemanha Ocidental. Berlinenses comemorando com fogos a queda do Muro de Berlim, marco da união das duas Alemanhas,1989.
Os Conflitos no Oriente Médio O Oriente Médio é uma região situada entre a Europa, a África e a Ásia.
O Conflito Árabe-Israelense A Palestina, região situada entre o mar Mediterrâneo e o rio Jordão, abrigou na Antiguidade tanto povos palestinos quanto povos judeus. No ano 70, os romanos destruíram a cidade de Jerusalém e expulsaram os judeus de lá, que se exilaram em diversas regiões do mundo. No século XIX, muitos judeus começaram a voltar para a Palestina e alegar que aquela era a Terra Prometida de Deus aos judeus. Essa migração aumentou bastante na década de 1930, quando os judeus foram perseguidos na Europa. Essa migração desagradou árabes e palestinos que já viviam na região, gerando conflitos cada vez mais graves. Para resolver os problemas na região, a ONU propôs em 1947 criar na Palestina dois Estados independentes: um palestino e outro judeu. Na proposta inicial, o Estado judaico teria 56% do território e o Estado palestino o restante. Entretanto, a população árabe e palestina era duas vezes maior do que a judaica, e, por isso, a proposta foi rejeitada.
O Conflito Árabe-Israelense Em 1948, as lideranças judaicas proclamaram a criação do Estado de Israel. Em resposta, os árabes organizaram a Liga Árabe, uma aliança militar formada pelos governos do Líbano, Síria, Iraque, Egito e Transjordânia (atual Jordânia), e declarou guerra ao Estado judaico. A guerra terminou em 1949, com a vitória de Israel, que anexou territórios que deveriam ficar sob o controle palestino. Egito e Jordânia se apossaram do restante dos territórios palestinos. Dessa forma, a Primeira Guerra Árabe-Israelense, nome que foi dado a esse conflito, resultou na consolidação do Estado de Israel. O Estado palestino não chegou a ser criado e a população luta até os dias atuais para alcançar a soberania.
O Conflito Árabe-Israelense Em 1967, outro conflito abalou a região. A Guerra dos Seis Dias entre Israel e uma coalizão de países árabes. Israel e os territórios palestinos
O Conflito Árabe-Israelense Em 1973, em um novo conflito, Egito e Síria atacaram Israel na Guerra do Yom Kippur. Nesse caso, a ONU interveio e impôs um cessar-fogo. Terminada a Guerra Fria, os conflitos entre palestinos e israelenses perduraram e se mantêm até os dias atuais. Palestinos vivem em campos de refugiados em vários países do Oriente Médio, o que tem estimulado a radicalização política e a formação de grupos armados que cometem atentados contra Israel. Israel, por sua vez, promove constantemente investidas militares contra os palestinos, causando grande número de mortos.
A Revolução Iraniana Entre 1941 e 1979, o Irã foi governado pelo xá Mohamed Reza Pahlevi. Pahlevi era influenciado pelos costumes ocidentais e procurou modernizar o país por meio da industrialização, reformas educacionais e reformas políticas. Ele também era adepto à emancipação feminina. A modernização, entretanto, se restringia à burguesia e aos grandes proprietários de terra. Grande parte da população vivia em condições de pobreza, muitas vezes morando ao lado de prédios luxuosos. Pahlevi também governava de forma autoritária, sem dar espaço para a oposição. Por essas razões, as camadas pobres e médias da população estavam cada vez mais descontentes.
A Revolução Iraniana Em 1978, a insatisfação popular era tão grande que os protestos saíram do controle do governo. Em 1979, sem saída, o xá fugiu do Irã, possibilitando que o líder da oposição, o aiatolá Ruhollah Khomeini, assumisse o poder e proclamasse a República Islâmica do Irã. Mulheres iranianas vão às ruas em apoio ao aiatolá Khomeini durante a Revolução Iraniana, 1979.
A Revolução Iraniana No poder, Khomeini organizou uma verdadeira revolução política e social: • organizou um governo baseado em ensinamentos muçulmanos; • apoiado pela população, passou a combater os costumes ocidentais; • proibiu a divulgação de música secular (não religiosa); • obrigou as mulheres a usar um véu sobre os cabelos em lugares públicos; • proibiu o uso de certas roupas.
A Guerra Irã-Iraque (1980-1988) A Revolução Iraniana provocou receio na Europa ocidental e nos Estados Unidos. Havia um temor de que os países muçulmanos seguissem o mesmo caminho; com isso passaram a isolar o Irã do cenário internacional. Esse isolamento, somado ao fato de que, após uma revolução grandiosa é necessário um tempo para o país se reorganizar, deixou o Irã vulnerável. Diante disso, o Iraque decidiu invadir o Irã. Saddam Hussein, líder do Iraque, contava com um Exército bem equipado e o apoio dos Estados Unidos. O conflito durou de 1980 a 1988 e a guerra terminou sem nenhum vencedor. Os dois países saíram endividados e em grave situação financeira.
A Guerra do Golfo Pérsico (1991) O poderio militar do Iraque estimulou os interesses expansionistas de Saddam Hussein. Saddam desejava anexar o Kuwait, um pequeno país rico em petróleo e com saída para o golfo Pérsico. Em agosto de 1990, tropas iraquianas invadiram o Kuwait. No entanto, países ocidentais – liderados pelos Estados Unidos – reprovaram a invasão e se articularam para promover uma ofensiva militar contra o Iraque. A ação foi aprovada pela ONU. A partir de janeiro de 1991, o Iraque sofreu intenso bombardeio. Incapaz de revidar o poderio da união de diferentes nações, o Exército iraquiano se retirou do Kuwait e a guerra terminou.
O Fim do Comunismo na Iugoslávia Entre 1945 e 1980, a Iugoslávia era governada pelo comunista marechal Tito. Com a morte de Tito em 1980, conflitos locais em busca de autonomia e independência voltaram a aparecer. Entre 1991 e 1992, Croácia, Eslovênia, Macedônia e Bósnia-Herzegovina declararam a independência. Com isso tiveram início guerras entre separatistas e o Exército da Sérvia. Em 1997, a população albanesa da província sérvia de Kosovo se revoltoue reivindicou a emancipação. O novo conflito foi interrompido pela ONU em 1999. Esses conflitos provocaram a desintegração da Iugoslávia, e somente Kosovo ainda não é inteiramente reconhecido pela comunidade internacional. Em todos os países foi adotada a democracia.
Referência Bibliográfica • Projeto Teláris: História / Gislane Campos de Azevedo, • Reinaldo Seriacopi. – 1ª Edição – São Paulo: Ática, 2012.
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