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Professor Edley. www.professoredley.com.br. Desigualdades e Globalização. Desigualdades e Globalização. Países Ricos e Pobres. O Abismo Que Separa os Povos do Mundo
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Professor Edley www.professoredley.com.br
Países Ricos e Pobres • O Abismo Que Separa os Povos do Mundo • No Mundo Contemporâneo podemos distinguir pelo menos dois grandes conjuntos de países que foram denominados, há várias décadas, pelas expressõesPrimeiro Mundo e Terceiro Mundo. Vejamos: • Primeiro Mundo • Constituído de um reduzidonúmero de paísescapitalistas desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Inglaterra, Itália e outros países da Europa Ocidental, além de Austrália e Nova Zelândia; • Terceiro Mundo • Composto de um vasto número de países subdesenvolvidosou em desenvolvimento, bastante heterogêneos entre si, espalhados pela África, Ásia, Europa Oriental e América Latina.
Países Ricos e Pobres • Além do Primeiro e do Terceiro Mundo, havia também a expressão Segundo Mundo. • De uso relativamente restrito, foi utilizada par designar os Países Socialistas: • Antiga União Soviética, China e Cuba, entre outros. • Cuja economia era controlada mais diretamente pelo Estado – Planificação Estatal.
Países Ricos e Pobres • Primeiro Mundo • Os Países do Primeiro Mundo caracterizam-se basicamente por apresentar economias industrializadas, além de grande desenvolvimento científico e tecnológico. • Seus indicadores sociais também são elevados, com Índice de Desenvolvimento Humano –IDH – superior a 0,8, expressando a boa qualidade de vida de suas populações: • Baixa mortalidade infantil, elevada expectativa de vida, quase inexistência de analfabetos, alta escolaridade, acesso generalizado a modernos meios de transporte e de comunicação, boas condições de habitação e saneamento básico, etc. • IDH • O Índice de Desenvolvimento Humano, utilizado pela ONU, tem por objetivo avaliar o nível de bem-estar de uma sociedade, considerando três aspectos da população: saúde, e longevidade – expectativa de vida –, grau de conhecimento – escolaridade – e padrão econômico – PIB per capita. A escala do IDH varia de 0 a 1, sendo que quanto mais perto de 1, melhor a qualidade de vida.
Países Ricos e Pobres • De modo geral, também constituem sociedades mais igualitárias, isto é, com maior distribuição de renda e menor desigualdade entre os grupos sociais, se comparadas com os países do Terceiro Mundo. • Predominam nesses países Regimes Democráticos, com grande organização e atuação da sociedade civil. • – Grupo dos Oito (G8) • Na liderança do Primeiro Mundo encontram-se os sete países economicamente mais desenvolvidos do planeta: • Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália e Canadá. • Que juntos com a Rússia compõe o chamado Grupos do Oito ou G8. • Os representantes dos países do G8 reúnem-se, em média, três vezes por ano com o objetivo coordenar ações obre a economia e política internacionais.
Países Ricos e Pobres • Outros temas, porém, têm entrado na pauta de suas reuniões no últimos anos: • Apoio aos sistemas democráticos, combate ao narcotráfico, repressão ao terrorismo, ajuda aos países subdesenvolvidos, etc. • A formação desse grupo ocorreu em 1975, por iniciativa do Presidente da França, Valéry Giscard d’Estaing. • No início, participavam apena seis países, sendo por isso denominados G6. • Com a entrada do Canadá, em 1976, passou a ser reconhecido como G7. • A partir de 1991, a Rússia começou a participar das reuniões do G7, na qualidade de Membro Observador – o G7+1 – tornando-se membro oficial em 1998, conformando-se então o G8. • Embora a Rússia não tenha uma economia capitalista tão desenvolvida, o Governo Russo conseguiu ingressar nesse grupo por ser um interlocutor poderoso, que detém expressivo arsenal nuclear, e membro do Conselho de Segurança da ONU.
Países Ricos e Pobres • Os demais países do G8 controlam 60% da produção econômica mundial, sendo que cerca de 85% das mais poderosas empresastransnacionais têm neles suas matrizes. • Em todos os encontros do G8 ocorrem intensas mobilizações de diversas organizações sociais, que protestam, entre outras coisas, contra a Globalização da Economia, a legitimidade das decisões desse grupo – tomadas sem a participação de todos os interessados – e sua falta de transparência.
Países Ricos e Pobres • Terceiro Mundo • A expressão Terceiro Mundo foi criada pelo Demógrafo Francês Alfred Sauvy (1898-1990), em 1952, e alcançou rápida repercussão. • Originalmente, foi utilizada tendo como referência o TerceiroEstado, isto é, a maioria da população da França que impulsionou a Revolução Francesa. • Na interpretação de Sauvy, do mesmo modo que o Terceiro Estado, o Terceiro Mundo é “ignorado e explorado” pelo Primeiro Mundo. • Atualmente, a expressão Terceiro Mundo é utilizada para distinguir, genericamente, os Países Pobres dos Países Ricos. • Ela se refere a um conjunto tão amplo quanto heterogêneo de países – cerca de 75% a 80% dos países no mundo –, que possuem diferentes características sociais, políticas e econômicas. • Assim, essa noção de Terceiro Mundo tem sido matizada por outras expressões, que procuram dar conta dessa diversidade. Vejamos algumas:
Países Ricos e Pobres • Países em Desenvolvimento • Vários estudiosos preferem o uso desse termo, procurando destacar o esforço de grande parte das nações para sair do subdesenvolvimento; • Países Emergentes • Dentre os países em desenvolvimento, há também um conjunto de nações que têm avançado consideravelmente na industrialização, diversificação produtiva e crescimento de suas economias, como México, Brasil, Indonésia, África do Sul e vários outros. • São, por isso, chamados de países de economia emergente ou simplesmente Países Emergentes; • BRIC • Dentro do grupos das economias emergentes, há países que, por seu tamanho territorial e disponibilidade de recursos, apresentam significativo potencial de crescimentoeconômico e exercem influência no equilíbrio da economia globalizada. É o caso do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China, conhecido pela sigla formada com as iniciais de seus nomes – BRIC.
Países Ricos e Pobres • – Características Gerais • Apesar dessa diversidade, podemos dizer, de modo geral, que as sociedades desse Terceiro Mundo apresentam economias instáveis, com índicesde industrialização baixos a moderados e indicadores sociais também nas faixas baixa ou média – IDH de 0,50 a 0,799 é considerado médio. • Suas sociedades também evidenciam, com freqüência, grande concentração de renda e desigualdade entre os diversos grupos sociais. • E quando há Regimes Democráticos nesses países, suas instituições costumam expressar certa fragilidade, havendo, freqüentemente, pouca participação da sociedade civil nas decisões públicas. • Algumas características comuns entre as trajetórias históricas dos países do chamado Terceiro Mundo ajudam a explicar a origem dos problemas que essas sociedades enfrentam atualmente. • Vejamos um esboço dessas características.
Países Ricos e Pobres • Exploração Colonial • A maioria dos países do Terceiro Mundo foi colonizada por países europeus, e seus recursos naturais e humanos foram explorados em benefício dos Colonizadores. • Especializaram-se na exploração de matérias-primas e na importação de produtos industrializados, numa economia moldada a partir dos interesses estrangeiros. • Dominação Imperialista e das Elites Locais • Mesmo depois da independência política, os países do Terceiro Mundo continuaram submetidos a um processo econômico em que os interesses estrangeiros, aliados aos das elites locais, foram preservados. • Em praticamente nenhum desses países foi implantada uma mudança profunda na estrutura produtiva em busca de um desenvolvimento autônomo, voltado pra beneficiar a maioria da população. • Quase todos mantiveram uma economiapouco diversificada e extremamente dependente dos mercados externos e têm tido dificuldades em sair desse modelo.
Países Ricos e Pobres • Dominação Cultural Externa • Muitas sociedades do Terceiro Mundo também sofreram influência de uma série de valores culturaisexternos. • Hoje em dia, grande parte da moderna tecnologia de comunicação de massa – Internet, Cinema, Televisão, Revistas, Jornais – projeta muitos valores que interessam às sociedades capitalistas mais desenvolvidas e às Elites Locais desses países: • Individualismo extremo, consumismo, ruptura das tradições locais, busca desenfreada do lucro, etc.
Países Ricos e Pobres • Desigualdade no Mundo • Como a riqueza material produzida nos países capitalistas não é distribuída de forma equilibrada entre as populações do mundo inteiro, há um abismo entre as sociedades dos países ricos e a dos países pobres. • Calcula-se que 80% da renda produzida no mundo concentra-se nas mãos de 15% da população do planeta, que vive, em sua maioria, nos países ricos. • Enquanto isso, mais da metade da humanidade enfrenta problemas como fome, falta de moradia, desamparo à saúde, baixos salários e desemprego. • Esse desnível socioeconômico entre paísesricos e pobres reflete-se também no tempo médio de vida dos habitantes. • Por exemplo: no final do Século XX, no Japão, as pessoas viviam em média, 80 anos; já em Serra Leoa, um dos países mais pobres da África, a expectativa média de vida era de 36 anos.
Objetivos do Milênio • Em setembro de 2000, chefes de Estado dos países-membros da ONU reuniram-se n a chamada Cúpula do Milênio, nas quais discutiam os problemas sociais de muitos países do mundo. • Foram definidos Oito Objetivos considerados prioritários para a superação da pobreza e a redução das grandes desigualdades existentes no mundo atual. • São os chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM – que estabelecem regras que devem ser alcançadas até 2015 e indicadores para sua medição. • Vejamos quais são estes Oito Objetivos: • 1 – Erradicar a extrema pobreza e a fome; • 2 – Atingir o ensino básico universal; • 3 – Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; • 4 – Reduzir a mortalidade infantil; • 5 – Melhorar a saúde materna; • 6 – Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças; • 7 – Garantir a sustentabilidade ambiental; • 8 – Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Globalização • O Processo de Integração da Economia Mundial • A partir da Década de 1970, iniciou-se uma reorganização das Força Produtivas, em termos internacionais. • Trata-se da chamada Globalização, um processo amplo, com dimensões econômicas, políticas e culturais. • Em seus desdobramentos, podemos dizer que a Globalização é o processo que visa atingir “todo o mundo, tratando o mundo como um todo”. • O Processo de Globalização apóia-se numa série de práticas políticas, econômicas e culturais que envolvem os setores público – Estado – e privado – Empresas –, além de diversos organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio – OMC – que entrou em vigor em 1995. • Entre os fatores que contribuíram para acelerar a Globalização Econômica nesse período, podemos destacar:
Globalização • Abertura Econômica dos Países do Antigo Bloco Socialista • A partir de 1991, com o fim da Guerra Fria e a Queda dos Regimes Socialistas, a economia de mercado alcançou uma dimensão quase mundial, por meio da expansão mais agressiva do capitalismo e a integração dos mercados de quase todas as regiões do planeta. • Avanços das Tecnologias de Comunicação dos Meios de Transporte • Permitiram a intensificação das relações internacionais entre representantes de Estados, empresas, universidades e uma imensa rede de pessoas e instituições, bem como a circulação pelo mundo inteiro de informações, bens e serviços, de forma cada vez mais rápida e eficiente.
Globalização • Mudanças Econômicas • A globalização pode ser observada em diversas mudanças ocorridas na Economia Mundial ao longo dos anos, como o Crescimento do Comércio Internacional, a Produção Mundializada, o Aumento do Fluxo Financeiro Internacional e a criação de Blocos Econômicos Macrorregionais. • – Comércio Internacional • Nas últimas décadas, as trocas comerciais em todo o mundo multiplicaram-se imensamente. • Em 1985, o valor da exportações de todos os países chegava a 1,9 Trilhão de dólares. • Já no ano 2000, esse total triplicou, chegando a 6,3 Trilhões de dólares. • Entre os fatores que explicam esse crescimento, podemos citar:
Globalização • – Desenvolvimento de Países de Industrialização mais recente, como Brasil, Hong Kong (região administrativa especial da China desde 1997) e a própria China, Taiwan, Cingapura, Coréia do Sul e México; • – Expansão da empresas Transnacionais, também chamadas de Multinacionais (isto é, têm sede em um país e atuam em vários outros); • – Acordos feitos pelos Governos dos Países em Órgãos Internacionais, como a OMC; • – Desenvolvimento de Novas Tecnologiasde Comunicação, como fax, telefone celular, internet, etc.; • – Redução do Custo de Transporte. • Calcula-se que a maior parte do Comércio do Mundo Capitalista seja dominada por 300 Multinacionais, dos quais 200 tem Sede nos Estados Unidos. Estima-se que estas empresas sejam responsáveis por aproximadamente Metade da Produção Industrial do Mundo.
Globalização • – Produção Mundializada • Nas últimas décadas, além de dominar a maior parte do comércio e da produção industrial no mundo, as multinacionais têm promovido uma nova Divisão Internacional do Trabalho. • Como uma mesma Empresa Transnacional atua em diversas regiões do mundo, com freqüência ela divide entre suas filiais as fases de feitura do produto. Ou seja, a Produção de um mesmo Bem torna-se Globalizada. • Assim, uma fábrica de Eletrônicos pode instalar sua unidade de produção na China, seu departamento de vendas e contabilidade na Índia e sua administração na Inglaterra. • Uma Indústria Automobilística pode, por exemplo, projetar veículos no Japão e montá-los no Brasil, com peças fabricadas nos Estados Unidos. • Essa divisão é definida levando-se em conta as características mais vantajosas de cada País: • Custo da mão de obra, qualificação profissional, carga tributária, existência de infra estrutura, incentivos fiscais, etc.
Globalização • – Fluxo Financeiro • Outro aspecto econômico que reflete a globalização da economia é o aumento do fluxo financeiro internacional das últimas décadas. • Na atualidade, trilhões de dólares giram diariamente pelos bancos, bolsas de valores e mercados de investimentos de todo o mundo. • Este capital é Especulativo, ou seja, seus Administradores aplicam em determinado País em busca do Lucro Rápido e, quando se sentem ameaçados por problemas locais – como a instabilidadepolítica ou econômica – transferem suas aplicações para mercados mais atraentes no momento seguinte. • Essa entrada e saída de capitais pode conduzir países de uma economia mais frágil a uma crise econômica. • Foi o que sofreram, por exemplo, as Sociedades Russa e Brasileira, em 1998-1999, e a Argentina, em 2001-2002. nesse período Bilhões de Dólares deixaram de ser investidos nesses países por Especuladores Estrangeiros e Nacionais, que , inseguros com a situação político-econômica desses países, foram em busca de estabilidade em outros mercados.
Globalização • – Blocos Econômicos Macrorregionais • Uma das principais Tendências Econômicas das últimas décadas tem sido a formação de Blocos Macrorregionais de Países com o objetivo de reduzir as Barreiras Alfandegárias e facilitar a trocas comerciais e financeiras entre eles. • Assim, nessas grandes unidades econômicas, são cada vez mais livres a circulação de capitais e as associaçõesentreempresários. • Isso tem estimulado – ao mesmo tempo em que caracteriza – o processo de globalização da economia. • Existem diferentes tipos de Blocos Macrorregionais, como áreas de livre comércio, união aduaneira e mercado comum, cada qual com seus objetivos distintos. • Atualmente, destacam-se Três Grandes Blocos Econômicos nas seguintes regiões:
Globalização • América do Norte • Conhecido como Nafta – North AmericanFreeTradeAgreement ou Tratado Norte-Americano de Livre Comércio – formado em 1994. • Abrange as economias dos Estados Unidos, do Canadá e do México; • Pacífico • Conhecido como APEC – Ásia-PacificEconomicCorporationou Corporação Econômica da Ásia e do Pacífico – formado em 1993. • Reunia inicialmente países do Sudeste Asiático, como Japão, Coréia do Sul, Cingapura, Hong Kong e Taiwan. • Atualmente incorpora outras Nações da Ásia, como a Rússia, da Oceania, como a Austrália e AmericanasBanhadas pelo Oceano Pacífico, como Chile, Peru e as nações Norte-americanas, totalizando 21 Países-membros até 2007.
Globalização • Europa • Conhecido como União Européia – UE – instituído em 1992, embora seu processo de constituição tenha se iniciado em 1951. • Abrange quase todos os países da Europa Ocidental e boa parte dos da Europa Oriental, totalizando 27 Países-membros até 2007. • Além desses blocos mais poderosos, destaca-se no continente americano o Mercado Comum do Sul – Mercosul – bloco econômico formado por Brasil, Paraguai, Argentina, e Uruguai desde 1991, além da Venezuela, cuja adesão ocorreu em 2006. • A partir de 1996, o bloco passou a contar com a participação de Chile e da Bolívia como membros-associados, mesma condição adquirida pelo Peru, Em 2003, além da Colômbia e do Equador, em 2004.
Globalização • Impactos Socioambientais • A Globalização é um processo de dimensões variadas e impactos amplos. • Muitas de suas conseqüências ainda não foram suficientemente avaliadas, mas já se observam alterações nos modos de vida de populações inteiras, afetando instituições e indivíduos em partes distintas do mundo e até mesmo o próprio planeta. • Vejamos algumas dessas alterações: • – Mundo Interligado • Uma das principais mudanças tem sido o aumento da velocidade não apenas dos meios de transporte – muito mais rápidos que décadas atrás –, mas principalmente nos meios de comunicação. • Isso se deve às chamadas Novas Tecnologiasde Informação de Comunicação – NTIC –, que vêm promovendo a conexão de pessoas de todo o planeta.
Globalização • Embora sejam consideradas um dos fatores que contribuíram para o rápido avanço do processo de Globalização, as novas tecnologias se retroalimentam com as necessidades do mundo globalizado, sendo, desse modo, também determinadas por elas. • Entre as NTIC, destaca-se a Rede Mundial de Computadores, conhecida como Internet. • Junto com as transmissões ao vivo das rádios e televisões, a Internet permite que as notícias sejam difundidas quase que instantaneamente em todos os lugares. • Ela também facilita a troca de informações, o que trouxe muitas mudanças par ao ambiente de trabalho: • Com a Internet, pessoas de diferentes regiões do planeta, separadas por milhares de quilômetros, passaram a trabalhar e tomar decisões conjuntamente, como se estivessem numa mesma sala de escritório.
Globalização • Nesse mundo interligado a opinião pública organizada passa a ter uma força cada vez maior, podendo difundir suas propostas ou reivindicações para um maior número de pessoas e exercer, assim, pressão sobre Governos e Instituições para a solução de Problemas Urgentes. • O acesso essas novas tecnologias e possibilidades de comunicação está ocorrendo, porém, de forma desigual. • Dados correspondentes a junho de 2007 estimavam que 17,6% da população mundial– pouco mais de 1,1bilhão de pessoas – usavam a Internet. • Mas enquanto 69,5% dos Estadunidenses e 39,8% dos Europeus eram usuários da rede, apenas 19,8% da população Latino-americana e 3,6% da Africana tinham acesso a esse meio. • Essa Brecha Digitalé um aspecto que reflete – ao mesmo tempo em que promove – a desigualdade entre as sociedades distintas nesse mundo globalizado • Brecha Digital • Expressão usada para designar a diferença existente entre grupos sociais distintos no acesso às novas tecnologiasda informação, como a Internet, ou o domínio de outras ferramentas básicas de informática, como computadores, softwares, etc.
Globalização • – Aumento do Desemprego • Se essa conectividade pode ser vista como um lado positivo da globalização, também há aspectos negativos. O que mais chama a atenção nas últimas décadas é o aumento do desemprego. • Os Economistas apontam, de modo geral, dois tipos básicos de desemprego: • Estrutural • Ocorrem quando as indústrias substituem mão de obra por máquinas automatizadas ou robôs; • Conjuntural • Ocorre quando empresas menos competitivas – isto é, que não foram capazes de se adequar ao novo contexto econômico – acabam dispensando grande número de trabalhadores. • Na produção globalizada, ocorrem esses dois tipos de desemprego.
Globalização • O emprego, por exemplo, de um trabalhador numa indústria automobilística instalada no Brasil pode deixar de existir se a Matriz da empresa – situada, digamos, na Alemanha – decidir que é mais conveniente fechar a fábrica aqui e instalá-la em outro país, reduzir o número de funcionários ou substituir uma parcela da mão de obra por equipamentos eletrônicos sofisticados, objetivando ampliar os lucros. • No final do Século XX, já havia, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho – OIT –, cerca de 1 bilhão de pessoas desempregadas ou subempregadas no Mundo.
Globalização • – Baixos Salários • Nas últimas décadas, empresas instaladas em países como Coréia do Sul, China e Brasil, bem como em Hong Kong, passaram a produzir bens similares aos fabricados, por exemplo, no Japão, nos Estados Unidos e na Alemanha. • Só que os custos de mão de obra em alguns desses países de industrialização recente são em geral mais baixos, de tal modo que as empresas neles instaladas ganharam em competitividade. • Isso significa que, se os trabalhadores dessas economias emergentes recebem salários bastante inferiores aos de seus colegas nos países mais desenvolvidos, a globalização não está contribuindo para melhorar significativamente o padrão de vida desses trabalhadores – que se mantém em níveis que vão de baixo a moderado.
Globalização • Com relação às Sociedades do Primeiro Mundo, é preciso destacar, no entanto, que a conjuntura da produção globalizada também está gerando alguns problemas para suas populações. • Em vários países, tem havido o aumento do desemprego – estruturale conjuntural –, o que vem pressionando a baixa dos salários e a supressão de vários direitos conquistados durante décadas por seus trabalhadores. • Isso confirma uma tendência geral de queda no valor do trabalho, o que vem afetando, sobretudo, as classes médias em várias partes do planeta.
Globalização • – Concentração de Riquezas • Apesar das grandes transformações ligadas ao processo de globalização, a maioria dos países do Terceiro Mundo ainda continuam desempenhando o papel de exportador de matérias-primas e sofrendo as conseqüências de seu atraso tecnológico. • Paralelamente, seus mercados foram inundados por produtos mais baratos feitas em outra parte do mundo, sem que suas exportações aumentassem na mesma medida. • Assim, podemos concluir que as mudanças decorrentes da globalização não vêm se traduzindo em ganhos econômicos e sociais na maior parte do mundo. • Como observou o Sociólogo Alemão HeinzSonntag, o processo atual da globalização da economia tem favorecido ainda mais a concentração de riquezas, ampliando a distância entre ricos e pobres,seja em termos nacionais, seja internacionais.
Globalização • Vivemos, assim, num mundomarcado por imensos contrastes: • De um lado, temos realidades cada vez mais homogêneas, padronizadas – shoppings, comidas sofisticadas, roupas de grife, aeroportos, hotéis luxuosos, automóveis, computadores, telefones celulares. • Produtos do mundo globalizado, esses bens e lugares são desfrutados por grupos restritos de indivíduos – Os Incluídos. • De outro lado, encontramos inúmeros problemas, carências e mazelas, vividas diariamente por bilhões de seres humanos que não usufruem dos benefícios da globalização – Os Excluídos.
Globalização e Exclusão Social • O Geógrafo Brasileiro Milton Santos fez observações contundentes a respeito do processo de globalização, que acentuou os contrastes sociais por todo o mundo. Leia um trecho de suas análises. • A fome deixa de ser um fato isolado ou ocasional e passa a ser um dado generalizado e permanente. Ela atinge 800 milhões de pessoas espalhadas por todos os continentes. Quando os progressos da medicina e da informação deviam autorizar uma redução substancial dos problemas de saúde, sabemos que 14 milhões de pessoas morrem todos os dias, antes do quinto ano de vida. • 2 milhões de pessoas sobrevivem sem água potável. O fenômeno dos sem-teto, curiosamente na primeira metade do Século XX, hoje é um fato banal, presente em todas as grandes cidades do mundo. O desemprego é algo tornado comum.. A pobreza é algo que também aumenta. No fim do Século XX havia mais de 600 milhões de pobres do que em 1960; e 1,4 bilhão de pessoas ganham menos de um dólar por dia. • O fato, porém, é que a pobreza, tanto quanto o desemprego, são considerados como algo “natural”, inerente a seu próprio processo. Junto ao desemprego e à pobreza absoluta, registre-se o empobrecimento relativo de camadas cada vez maiores graças à deterioração do valor do trabalho.
Globalização • – Crise Ambiental • Outro problema que pode ser vinculado à expansão do capitalismo e à globalização econômica é a crise ambiental que ameaça a sobrevivência do planeta e da humanidade. • Um dos principais problemas apontados nesse sentido é o fenômeno da mudança climática conhecido como Aquecimento Global. • Cientistas calculam que as temperaturas médias superficiais do planeta vê aumentando nos últimos 150 anos, período correspondente ao da Revolução Industrial. • Esse fenômeno está sendo relacionado pelos cientistas com outro, atmosférico, o Efeito Estufa, que ocorre a milhões de anos na Terra, mas se acentuou principalmente nos últimos 50 anos, devido à emissão na atmosfera de grandes quantidades de gases, como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o ozônio (O3).
Globalização • A emissão desses gases costuma ser vinculada à ação humana ocorrendo principalmente na produção industrial e no consumo de petróleo. • Na opinião de muitos especialistas, os países desenvolvidos – suas populações, empresas e governos – são os maiores responsáveis pela deterioração ambiental, sobretudo os Estados Unidos, por sua produção, seu consumismo e o modelo econômico que implementaram e impõe. • No entanto, esses mesmos especialistas alertam para o fato de que a situação está se agravando com a ascensão das economias de países emergentes, principalmente a China e a Índia, que entraram com muita força no mercado globalizado. • Esses países já estão gerando grande impacto ambiental, pois apresentam, juntos, uma população de 2,5 Bilhões de Pessoas, que começaram a adotar os mesmos hábitos de consumo do mundo ocidental, além de consumir e poluir.
Globalização • Assim, o problema, que já é grande, pode ser tornar bem maior: • Se mais Nações, passarem a produzir e a consumir com a mesma intensidade das Nações Desenvolvidas, o mundo entrará em colapso rapidamente, conforme advertem os cientistas e pessoas de bom senso.
Carta da Terra • Nos primeiros anos do Século XXI foi elaborada por uma Comissão Internacional de Estudiosos, sob os auspícios da ONU, a Carta da Terra. • Trata-se de um documento que pretende ser um código de ética planetário, capaz de orientar pessoas e povos do mundo inteiro na busca de um desenvolvimento sustentável, que não seja apenas econômico, mas também social e humano. • Transcrevemos parte do preâmbulo dessa Carta, em que se destacam valores éticos como a integridade ecológica, a justiça social e econômica, a democracia e a paz. • Preâmbulo • Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum... • Terra, Nosso Lar • A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, Nosso Lar, está viva, com uma comunidade de vida única.
Carta da Terra • A Situação Global • Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. • Desafios Para o Futuro • A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da terra e uns aos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. • Responsabilidade Universal • Para realizar essas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas.
Potências Econômicas • As Maiores Beneficiárias da Globalização • Vejamos a seguir alguns aspectos históricos recentes dos centros capitalistasmais ricos do mundo – Estados Unidos, União Européia e Japão –, principais beneficiários do atual processo de Globalização. • – Estados Unidos • Depois da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos consolidaram-se como Superpotência Capitalista, espalhando sua influência nos campos econômico, militar e cultural por boa parte do planeta. • Investindo na reconstrução da Europa – Plano Marshall –, do Japão e dosudeste da Ásia – Plano Colombo –, o Governo e os Banqueiros dos Estados Unidos converteram-se nos maiores credores mundiais.
Potências Econômicas • Maior Economia do Mundo • Com base na supremacia econômica dos Estados Unidos no pós-guerra, sua moeda o Dólar, tornou-se a moeda padrão das Transações Internacionais. • O país passou a exercer enorme influência em organismos econômicos como o Fundo Monetário Internacional (FMI), criado em 1945 e a Organização Mundial do Comércio (OMC), criada em 1995. • Atualmente, a economia dos Estados Unidos é a maior do planeta, respondendo por mais de 28% do PIB Mundial, seguida de longe pela economia do Japão, com 11%. • Essa riqueza econômica, porém, distribui-se de forma desigual entre sua população. • No começo do Século XXI (2001), os 5% mais ricos da população dos EUA ficavam com 22% da renda do país, enquanto que os 40% mais pobres detinham 12%.