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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Faculdade de Medicina - FAMED Departamento de Gineco-Obstetrícia. Pré-eclâmpsia grave e associação com trombofilias hereditárias e anticorpos antifosfolípides. Ernesto Antonio Figueiró-Filho. Pré-eclâmpsia. Tríade de sinais – 20 semanas:
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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Faculdade de Medicina - FAMED Departamento de Gineco-Obstetrícia Pré-eclâmpsia grave e associação com trombofilias hereditárias e anticorpos antifosfolípides Ernesto Antonio Figueiró-Filho
Pré-eclâmpsia • Tríade de sinais – 20 semanas: • Hipertensão arterial; • Edema; • Proteinúria; • Acomete 2-7% da população obstétrica; • Importante causa de morbidade e mortalidade perinatal; (Pabinger, 2009; Kahn et al., 2009; Facchinetti et al., 2009)
Pré-eclâmpsia • Fatores de risco • Primiparidade; • Multiparidade • Histórico familiar ou pessoal de pré-eclâmpsia; • Alto IMC; • Tabagismo; • Hipertensão arterial crônica; • Diabetes; • Trombofilias; • SAAF. (Pabinger, 2009; Kahn et al., 2009; Facchinetti et al., 2009)
Trombofilias • Responsável por diversas complicações obstétricas (TEV, abortos de repetição e óbitos fetais) (Pabinger, 2009) • Pré-eclâmpisa e/ou Síndrome HELLP – 1996; (Brenner et al., 1996; Dizon-Townson, et al., 1996)
Trombofilias Hereditárias • Deficiências no fatores de coagulação: • Antitrombina; • ProteínaC; • Proteína S; • Anormalidades nos fatores pró-coagulantes; • Mutações genéticas: • Fator V Leiden; • Gene G20210A da protrombina • Gene C677T da enzima MTHFR; (Kahn et al., 2009; Dusse et al., 2007; De Santis et al., 2006; Robertson et al., 2006)
Anticorpos antifosfolípides • Principais: • Anticorpo anticardiolipina; • Anticoagulante lúpico; • Hiperhomocisteinemia; • Resitência a Proteína C ativada Derivados de fatores hereditários e adquiridos; (Robertson et al., 2006; Walker et al., 2001)
Mecanismos Fisiopatológicos • Interferência com a diferenciação do trofoblasto; • Placentação inadequada; • Trombose vascular; Consequências: • Redução da perfusão placentária; • Estresse oxidativo; • Disfunção endotelial materna; (Kahn et al., 2009; Facchinetti et al., 2009)
Khan et al., 2009. 113 pacientes com pré-eclâmpsia; 443 pacientes controles Não encontrou evidências de que trombofilias hereditárias aumentem o risco para pré-eclâmpsia.
Pabinger, 2009. 109 gestantes com pré-eclâmpsia leve; 134 gestantes com pré-eclâmpsia grave; 57 gestantes com HELLP síndrome; 100 gestantes controles (normotensas) Os níveis plasmáticos de anticorpo anticardiolipina e anti-β2 Glicoproteína I não estiveram aumentados nas pacientes com pré-eclâmpsia leve, grave e HELLP síndrome, quando comparadas a gestantes controle.
Dusseet al., 2007. Mulheres Brasileiras; 30 pacientes com pré-eclâmpsia severa – Grupo de estudo; 83 pacientes normais – Grupo de controle; Sem relação entre mutações no gene do Fator V Leiden, gene da protrombina e metilenotetrahidrofolatoredutase, e a ocorrência de pré-eclâmpsia grave;
Kupfermincet al., 2000 63 gestantes com pré-eclâmpsia severa; 126 gestantes controles Sugere-se a investigação de rotina para trombofilias devido à altas taxas de trombofilias hereditárias;
Facchinetiet al., 2009. 172 mulheres com pré-eclâmpsia em gestação anterior e gestação atual; É aconselhável a pesquisa de trombofilias em pacientes com histórico de pré-eclâmpsia grave anterior;
Robertsonet al., 2006. Metanálise; 25 estudos; 11183 gestantes com pré-eclâmpsia
Pesquisa conduzida HU-FAMED-UFMS Figueiró-Filho et al., 2010 in press
Exames Realizados • Pesquisa de anticorpos antifosfolípide; • Anticorpo anticardiolipina IgM e IgG; • Anticoagulante lúpico; • Anti-2 Glicoproteína I; • Pesquisa de trombofilias; • Dosagem total de Proteína C; • Dosagem total de Proteína S; • Dosagem total de Antitrombina; • Dosagem total de Homocisteína plasmática; • Pesquisa de Mutação no Fator V Leiden;
Grupos 30 pacientes gestantes com pré-eclâmpsia grave em gestação anterior; 30 pacientes com gestação de baixo risco e nenhuma patologia associada;
Associação entre trombofilias hereditárias e/ou presença de anticorpos antifosfolípides em grávidas normais e com história de pré-eclâmpsia grave em gestação anterior. • Teste Qui-Quadrado com correção de Yates: p=0,00003 • RR: 3,00 (1,83<RR<4,92)
Associação entre presença de anticorpos antifosfolípides em grávidas normais e com história de pré-eclâmpsia grave em gestação anterior. • Teste Qui-Quadrado com correção de Yates: p=0,001 • RR: 2,50 (1,78 <RR< 3,51)
Associação entre trombofilias hereditárias em grávidas normais e com história de pré-eclâmpsia grave em gestação anterior. • Teste Qui-Quadrado com correção de Yates: p=0,002 • RR: 2,29 (1,50<RR<3,51)
Frequencia de trombofilias hereditárias e presença de anticorpos antifosfolípides identificadas de forma isolada em gestantes normais e com história de pré-eclâmpsia grave em gestação anterior. Grupo PE Grupo CO n % n % 0 0 5 0 0 2 1 3 0 0 11/30 - - 16,7 - - 6,6 3,3 10,0 - - 36,7 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 2/30 - - - - - 3,3 3,3 - - - 6,6 aCLIgM aCLIgG AL Anti-β2 GPI Deficiência de PC Deficiência de PS Deficiência de AT Hipermocisteinemia Fator V Leiden heterozigoto homozigoto Total
Frequencia de trombofilias hereditárias e presença de anticorpos antifosfolípides identificadas em conjunto em gestantes normais e com história de pré-eclâmpsia grave em gestação anterior. Grupo PE Grupo CO n % n % aCLIgG+ Deficiência AT AL + Deficiência PS + Deficiência AT + Hiperhomocisteinemia Anti-β2 GPI + Hiperhomocisteinemia Deficiência PC + Deficiência PS Deficiência PS + Deficiência AT Total 1 1 1 1 1 1 1 7/30 3,3 3,3 3,3 3,3 3,3 3,3 3,3 23,3 0 0 0 0 0 0 0 0/30 - - - - - - - -
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