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SONDAGEM NASOGÁSTRICA. PROFª ADRIANA DALL’ASTA PEREIRA. Introdução. Desde as eras mais antigas, buscavam-se outras vias para alimentar pacientes impedidos de comer pela boca. Os egípcios alimentavam seus pacientes através de sondas retais e, com o passar dos anos,
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SONDAGEM NASOGÁSTRICA PROFª ADRIANA DALL’ASTA PEREIRA
Introdução • Desde as eras mais antigas, buscavam-se outras • vias para alimentar pacientes impedidos de comer • pela boca. Os egípcios alimentavam seus pacientes • através de sondas retais e, com o passar dos anos, • houve empenho em se fabricarem tubos de alimenta- • ção, que possibilitassem maior conforto aos pacientes. • Muitos materiais foram utilizados para a confecção de • sondas nasoentéricas, entre eles a borracha, o polietileno • e, mais recentemente, o poliuretano e o silicone(1). • Ao mesmo tempo em que se buscava melhorar as sondas, • também houve progresso nas formulações dieté- ticas para a terapia nutricional enteral.
Na década de setenta, Liffmann & Randall(1) e • Dobbie & Hoffmeister(4) construíram sondas de • jejunostomia e sondas nasais de fino calibre, com uma • ogiva distal que possibilitava o posicionamento delas • além do esfíncter piloro e permitia a administração de • dietas de maneira mais confortável e segura principalmente • nos pacientes idosos, acamados e com reflexos • diminuídos. • Esse tipo de sonda passou a ser • conhecido como sonda de DOBBHOFF, que, hoje, são • fabricadas em poliuretano e silicone, materiais que não • sofrem alteração física na presença de pH ácido, conservam • flexibilidade, maleabilidade e durabilidade, não • irritam a mucosa digestiva, e, por serem de pequeno • calibre, permitem o fechamento dos esfíncteres cárdia
MRDL Unamuno e JS Marchini • e piloro(5,6,7). Com isso, os efeitos colaterais, que ocorriam • freqüentemente, com o uso das antigas sondas • calibrosas de polivinil, como, por exemplo, aspiração • pulmonar, irritação nasofaríngea e refluxo gastroesof • ágico, diminuíram. Procedimentos corretos e cuidados • na instalação da sonda e na administração da • dieta, porém, são de vital importância para evitar as • complicações e fazer com que o paciente receba os • benefícios da terapia(5,8).
No ano de 1999, o Ministério da Saúde, através • da Portaria 337 e da Resolução 63 de 2000, normatizou • a Terapia Nutricional Enteral e oficializou as atribui- • ções de cada profissional dentro da equipe multiprofissional • especializada, que obrigatoriamente deve estar • presente nas instituições que usam a prática da • nutrição por meio de sondas digestivas e cateteres • venosos. Alimentar um paciente por sonda, seja por • via nasal ou ostomia, necessita de cooperação do paciente • e de seus familiares, principalmente quando • existe indicação dessa terapia no domicílio.
A motivação individual desempenha papel importante • no comportamento do paciente. Um dos meios • para isso é melhorar a qualidade de informação e a • compreensão do paciente sobre sua enfermidade e • salientar a necessidade da terapia nutricional. Estimular • e ensinar o paciente e seus familiares a participar • dos cuidados com as sondas e administração das • dietas ajudará na redução da ansiedade e aumentará • a segurança deles, garantindo um melhor resultado no • seu estado nutricional, reduzindo-se riscos de complica • ções.
PROCEDIMENTO • 1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao acompanhante; • 2. Reunir o material; • 3. Colocar biombos em volta do leito; • 4. Lavar as mãos • 5. Colocar o paciente em posição de Fowler alta – 45º, caso isso não seja possível, posicioná-lo em decúbito dorsal com a cabeça lateralizada para evitar possível aspiração; • 6. Inspecionar as narinas quanto à presença de obstrução e fratura, com o objetivo de determinar qual é a mais adequada.
7. Limpar a cavidade nasal e remover a oleosidade da pele, tanto do nariz quanto da testa, usando álcool à 70%; • 8. Calçar as luvas de procedimento; • 9. Verificar se a sonda está íntegra; • 10. Verificar o comprimento da sonda que será introduzida, sem tocar no paciente. Medir a distância da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e, do lóbulo da orelha até o apêndice xifóide. Acrescentar 10 cm a esta medida para um bom posicionamento no estômago. Marcar essa distância na sonda utilizando fita adesiva.
Se nasoentérica • Verificar o comprimento da sonda que será introduzida, sem tocar no paciente. Medir a distância da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e, do lóbulo da orelha até o apêndice xifóide. Acrescentar 25 cm a esta medida para um bom posicionamento no intestino. Marcar essa distância na sonda utilizando fita adesiva ou observar a marcação. Algumas sondas vêm demarcadas com pontos pretos, enquanto outras apresentam numerações. • 11. Colocar a cuba rim sobre o tórax do paciente para o caso de possível regurgitação; • 12. Pulverizar com xylocaína spray a cavidade oral do paciente;
16. Introduzir a sonda no interior da narina selecionada e avançar delicadamente ao longo do assoalho do nariz. Quando a sonda passar pela orofaringe, fazer uma pausa para diminuir a possibilidade de vômito. Examinar a orofaringe para certificar-se de que a sonda não se encontra enrolada. A partir deste momento, observar se há presença de sinais que possam indicar que a sonda foi introduzida nas vias aéreas, como cianose, dispnéia ou tosse. Pedir ao paciente que flexione levemente a cabeça para frente. Continuar delicadamente a introdução da sonda, solicitando ao paciente que realize movimentos de deglutição, até a sonda atingir a faringe. • 17. Avançar a sonda delicadamente até a marca pré-determinada;
18. Fixar a sonda ao nariz e à testa utilizando fita adesiva, com o cuidado de não tracionar a narina. • 19. Conectar a seringa de 20 mL na ponta da sonda. Posicionar o diafragma do estetoscópio na região epigástrica e introduzir, de forma rápida, 20 mL de ar, para auscultar o som da entrada do ar no estômago; • 20. Utilizar a seringa de 20 mL para aspirar parte do suco gástrico, com o objetivo de certificar-se do posicionamento correto da sonda; • 21. Limpar as narinas do paciente, removendo o excesso de xylocaína;
22. Posicionar o paciente confortavelmente; • 23. Deixar a unidade em ordem; • 24. Registrar o procedimento;
OBSERVAÇÕES • - Se a sonda for permanecer aberta, conectá-la ao frasco coletor e posicionar este em nível inferior ao paciente para drenagem por gravidade.- É importante que, diariamente, seja realizada a limpeza das narinas e a troca da fixação para evitar a formação de lesões na região.- Antes de iniciar a dieta, realizar o teste da ausculta e o da aspiração de suco gástrico para confirmar o correto posicionamento da sonda.- Antes e após o término da administração da dieta ou de medicamentos, lavar a sonda com 20 mL de água potável.
13. Enrolar a sonda na mão dominante deixando livre 10 cm da extremidade; • 14. Pedir auxílio para colocar a xylocaína gel no dorso da mão não dominante; • 15. Lubrificar os 10 cm da extremidade da sonda, utilizando a xylocaína gel que foi colocada no dorso da outra mão;
Considerações importantes • A identificação de pacientes com alto risco de desnutrição e o conhecimento da equipe multiprofissional sobre as técnicas de terapia nutricional, oferecida através de sondas, garantem uma melhor recuperação de pacientes internados em hospitais e também dos que estejam em seu domicílio