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REDUÇÃO DE DANOS. Maria Beatriz Almeidinha Maia. CONCEITO. Conceito mais amplo: A aplicação de métodos projetados para reduzir o risco do dano associado a certos comportamentos sem diminuição daqueles comportamentos. (Medical Subject Headings 2003)
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REDUÇÃO DE DANOS Maria Beatriz Almeidinha Maia
CONCEITO • Conceito mais amplo: A aplicação de métodos projetados para reduzir o risco do dano associado a certos comportamentos sem diminuição daqueles comportamentos. (Medical SubjectHeadings 2003) • Reduzir os danos à saúde em consequência de práticas de risco(Piconez e Trigueiros & Haiek 2006 • A saude é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção , proteção e recuperação. (Constituição da República Federativa do Brasil 1988)
HISTÓRIA DA RD NO MUNDO • O Reino Unido foi o primeiro a trabalhar com a estratégia de redução de danos (1920 ); • Com o aparecimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida- AIDS em meados de 1980 um novo olhar para a questão das drogas; • Surgem na Holanda e na Inglaterra os primeiros centros de distribuição e trocas de agulhas e seringas entre 1986 e 1987 (Derricott,Prestone Hunt 1999 apud Araujo et al 2008); • Participação importante dos usuários na história da redução de danos
BREVE HISTÓRICO DA RD NO BRASIL Breve Histórico da RD no Brasil 1989 - primeiras iniciativas de RD com a distribuição de equipamentos para uso seguro para UDI (Piconez e Trigeuiros & Haiek,2006 apud Araujo et al 2008); 1990 - na clandestinidade ONG IEPAS foi para as ruas distribuindo seringas limpas pra UDI e ensiná-los a limpar o equipamento de uso; 1991 - PROAD iniciou um trabalho onde os pacientes atendidos eram treinados para distribuir hipoclorito de sódio e orientar UDI (Piconez e trigueiros & Haik,2006 apud Andrade, 2008). 1993 - início ao primeiro projeto oficial no Brasil, projeto este desenvolvido com UDI e ex UDI para juntos trabalharem em programas de prevenção e educação para a saúde (Bastos & Mesquita, 2001 apud Andrade, 2006); 1994 – o MS retomou com alguns parceiros a estratégia de RD (Flach, 1196 apud Araujo e, 2008).
1997 –criada a ABORDA 1998 – grandes avanços , fundação RELARD e a IX Conferência Internacional de Redução de Danos em São Paulo, foi feito o informe sobre a regulamentação da Lei nº 9.758 de 17 de setembro de 1197 que autoriza a Secretaria de Saúde de São Paulo a distribuir seringas descartáveis aos usuários de drogas , lei esta, em vigor até hoje. 1998 - criada a Rede Brasileira de redução de danos ( REDUC) atualmente Rede Brasileira de Redução de Danos e Direitos Humanos; 2002 – MS e MG regulamentaram a política de RD 2005 - publicou as seguintes portarias
Portaria nº 1.028/GM, de 1º de julho de 2005, que determina o regulamento das ações que visam à redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de produtos, substâncias ou drogas que causam dependência. Portaria nº 1.059 /GM, de 4 de julho de 2005, que destina incentivo financeiro para o fomento de ações de redução de danos em Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras drogas – Caps ad. 2010 a Presidência da República lançou o Decreto Presidencial 7179 instituindo o Plano de Enfrentamento ao Crack e outras drogas em dezembro de 2011 foi assinado o DP 7637 que faz algumas alterações ao anterior os dois decretos disciplinam ações e financiamento específicos para atuação com usuários ( Brasil 2011)
RD – DROGAS INJETÁVEIS • Quando o uso de drogas é feito por meio endovenoso/parenteral por meio de seringas e agulhas. • Drogas mais comum no Brasil – cocaína ( estimulante do sistema nervoso central • Efeitos que podem dificultar o acesso ao usuário: fissura e paranóia • Ação de RD: não compartilhamento de seringas, não reaproveitar insumos mesmo que tenha sido o único a usar, informação sobre os riscos de compartilhar insumos, fornecer / trocar as seringas a UDI.
DROGAS INGERIDAS • Álcool, substancias encontradas na natureza ( chá de cogumelos ,ayuasca? E os sintéticos (LSD, Ecstasy) medicamentos(benzodiazepínicos, antiparkinsonianos,analgésicos, opióides, antiflamatórios e as anfetaminas. • Ações de RD: informação aos usuários sobre os riscos, evitar uso de não benzodiazepínicos , não ingerir álcool concomitantemente quando estiver fazendo uso da medicação, melhor controle da prescrição e da venda de medicamentos,
ÁLCOOL • Procurar estbelecer antes de uma ocasião social o quanto vai beber; • Beber lentamente e tentar aumentar o intervalo entre uma dose e outra; • Alternar bebidas alcóolicas com água; • Não beber de estomago vazio; • Não é verdade “quanto mais melhor”, quanto mais depressa e maior a quantidade ingerida mais o álcool atua como depressor e não como estimulante; • Aprender a beber menos e a recusar bebida • Se beber vá de carona.
RD PARA DROGAS INALADAS E/OU ASPIRADAS • Não compartilhamento de insumos; • Distribuição do kit que é composto por : canudo, chapa de alumínio que serve de bandeja para a cocaína, cartão para separar as carreiras, folheto explicativo. Preservativos, soro fisiológico para limpeza das narinas • Não use notas de dinheiro, Em caso de algum mal estar procure imediatamente um médico e informe quanto usou e do que fez uso • Em caso de uso de solvente não faça uso desacompanhado e é importante que o acompanhante caso você passe mal informe o que usou para que o tratamento seja mais eficaz, • Evite o uso de álcool
RD PARA DROGAS FUMADAS • Não compartilhamento de insumos • Fazer uso do cachimbo ( de coco) ao invés de fazer uso na lata ou pipa; • Kits informativos; • Alimentar-se antes de fazer uso • Beber água antes durante e depois de uso; • No caso do tabaco não fumar em locais fechados; • Fiscalização da venda a menores de 18 anos.
REFERÊNCIAS Maia, M.B.A – REDUÇÃO DE DANOS:UM OLHAR DAS FONTES PRIVILEGIADAS- Monografia apresentada na Especilaização Saúde Mental e Atenção Psicosscial – ENSP/ ESP/MS 2012 Neil, M S, Xavier Dariu –DROGAS E REDUÇÃO DE DANOS: UMA CARTILHA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE SP 2008