1 / 1

Juliana Cassol Bastos IC-Voluntária Orientador: Milton Carlos Mariotti

A utilização de Atividades Artísticas e Expressivas como Instrumento de Avaliação, Expressão e Intervenção em Terapia Ocupacional. Juliana Cassol Bastos IC-Voluntária Orientador: Milton Carlos Mariotti. Resultados / Discussão

libby
Download Presentation

Juliana Cassol Bastos IC-Voluntária Orientador: Milton Carlos Mariotti

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. A utilização de Atividades Artísticas e Expressivas como Instrumento de Avaliação, Expressão e Intervenção em Terapia Ocupacional. Juliana Cassol Bastos IC-Voluntária Orientador: Milton Carlos Mariotti Resultados/Discussão A partir da análise temática tornou-se eminente os diferentes aspectos relacionados aos possíveis resultados positivos que este recurso pode proporcionar a saúde mental do individuo. Dentre alguns aspectos envolvidos encontra-se: prazer, concentração, realização, distanciamento dos problemas relativos à doença, melhora da auto imagem, espaços para trocas de experiências, diminuição dos sintomas de seus transtornos, melhora no relacionamento interpessoal, etc Os dados coletados foram classificados em categorias de acordo com o processo de analise de dados. A primeira categoria referiu-se a tipos de atividades artísticas, tendo sido elencadas diversas atividades como: desenho, modelagem , grafite e música. Dentro da classificação realizada por Nise da Silveira (1966) no grupo das atividades expressivas se incluem: pintura, modelagem, gravura, escultura em madeira, música (canto e instrumentos), dança, mímica, teatro. Apesar de ser realizada esta classificação relata a possibilidade que outros tipos de atividades possuem de serem expressivas, segundo a autora todas são. Sendo então importante para o Terapeuta Ocupacional saber realizar a observação de como o indivíduo desenvolve uma determinada atividade (SILVEIRA, 1966). A segunda categoria refere-se à autopercepção ao realizar a atividade, e foram citados os seguintes aspectos: prazer, concentração, bem estar, possibilidade de expressão, alívio e realização. Para esta categoria, o S.3 ao falar de outro tipo de atividade apresentou respostas relacionadas á insegurança e medo e quando falado a respeito de outra atividade de seu interesse essa opinião se modifica, tendo uma resposta positiva relacionada a possibilidade de expressão que a atividade gera, assim ajudando a melhorar os sintomas de seu transtorno mental. A resposta se modifica também para o S.2 que apesar de a atividade realizada possibilitar o bem estar, em alguns momentos também aparecem diversos sentimentos sendo citados os negativos como conflitos pessoais sem conseguir explicar o motivo desses sentimentos. O surgimento de certos tipos de sentimentos pode ser caracterizado como conseqüência do tipo de atividade realizada. Falando a respeito da modelagem em argila CHAMONE (1981) afirma que: “esta atividade esta voltada para a expressão profunda do ego”. Conforme o indivíduo cria, passa a este material a leveza de seus pensamentos, criando maior liberdade. Em contato com ele o indivíduo é levado a criar formas sugestivas e estimulantes. Este material é passível de gerar ansiedades, é criador de resistências por suas características, ao entrar em contato com ele gera-se um sentimento de insegurança. Devem-se tomar precauções para sua prescrição, prematuramente indicada pode gerar uma maior resistência. A argila é geradora de uma alta carga expressiva e emocional (CHAMONE, 1981). A terceira categoria envolveu melhoras na saúde mental e foram citados os seguintes aspectos: distanciamento dos problemas , melhora da auto imagem, sentimento de aceitação , possibilidade de espaços para trocas de experiências, diminuição dos sintomas de seus transtornos, possibilidade de diversão , aumento da sua participação social e melhora no relacionamento interpessoal. Alguns autores relatam a importância que as atividades expressivas proporcionam para a melhora na vida social do individuo com transtorno mental. Falando em específico sobre a música CHAMONE (1981) relata a sua possibilidade para a melhora na vida social do indivíduo, aumentando a auto estima. A música tem a capacidade de organizar grupos e pessoas isoladamente, elas exercem uma forte Influência sobre o homem. Através da música os indivíduos podem expressar sentimentos reprimidos (CHAMONE, 1981). Em relação às diversas atividades artísticas, os sujeitos que vivenciaram a experiência da loucura constroem novos vínculos e relações com o circuito social e incluem-se no mundo da cidadania. Amplia-se, portanto, seu universo de relações, sua circulação social e desenvolvem-se alternativas para a inserção de singularidades na sociedade (LIMA, 2004). A quarta categoria envolveu orientação da atividade pelo terapeuta ocupacional e foram apresentados aqui os seguintes resultados: possibilidade de liberdade de criação, expressão de sentimentos e emoções e a presença/acompanhamento do Terapeuta Ocupacional. A liberdade de criação se torna um potencial para a intervenção em Terapia Ocupacional quando se deseja a expressão do paciente e seu aprendizado.Segundo Chamone (1990) o uso de atividades livres e criativas favorece a ação do paciente sobre o mundo externo, havendo uma compreensão do fazer terapêutico. Não há necessidade que o profissional comande ainda mais a relação do paciente com os materiais no momento em que se esta produzindo. A liberdade segundo este autor não esta relacionada com a ausência de interferências, mas é caracterizada pela possibilidade de o terapeuta ser um facilitador, eliminando os obstáculos existentes para a liberdade do paciente. Os objetivos do fazer livremente envolvem a satisfação de curiosidades, anseios, intenções. (CHAMONE,1990). Em relação a expressão de sentimentos e emoções durante a realização da atividade alguns relatos trouxeram elementos relacionados a saudades da família e a insegurança provocada por situações novas, causando crises depressivas. É através da atividade criativa que se torna possível a expressão emocional, uma comunicação para o paciente psiquiátrico. O contato com esse processo ajuda na assimilação de novas representações psíquicas (AMENDOEIRA, 2006). A arte além de ser uma alternativa para revelar a verdade, representando de forma concreta e figurada o que agita a alma humana, é a própria expressão dessa humanidade. A criação nos torna capazes de compartilhar com os outros nossos medos e encantamentos (AMENDOEIRA, 2006). Em relação a presença/acompanhamento do Terapeuta Ocupacional,de acordo com a resposta do S.3 foi possível constatar que durante a realização da atividade o Terapeuta Ocupacional mesmo deixando a atividade livre observava e auxiliava , acompanhando usuário . A respeito desta observação, pode-se fazer a correlação com o que Nise da Silveira (1966) relata: “O terapeuta que verdadeiramente deseja entrar em contato com seu doente terá de aprender a ler sua expressão corporal, a captar as veladas expressões de suas tentativas de comunicação”. Introdução/Objetivos O tratamento oferecido a pessoas com transtornos mentais passou por diferentes metodologias, focos e contextos até chegar ao modelo atual. Se antigamente o trabalho era o principal meio de tratamento utilizado em hospitais psiquiátricos, em momentos posteriores estudiosos buscaram alternativas para mudar esta realidade. A utilização de atividade artística e expressiva como recurso alternativo de tratamento foi desenvolvido. É importante perceber todo o processo de transformação de sua utilização, a sua grande relação com a psiquiatria, a evolução de seu reconhecimento com o passar do tempo por diversos estudiosos e sua influência para diversos profissionais na mudança do tratamento de pessoas com transtornos mentais. O trabalho desenvolvido por alguns Terapeutas Ocupacionais brasileiros citados neste estudo são de extrema importância para a verificação, por meio de suas experiências de como a utilização específica das atividades artísticas e expressivas se tornam uma alternativa para o tratamento de indivíduos com transtornos mentais. Este estudo busca revisar a literatura nacional sobre o tema, bem como verificar a percepção de usuários sobre o uso de atividades artísticas e expressivas. Método Para a construção do referencial teórico foram realizadas consultas a livros, artigos científicos, teses e dissertações no portal da Capes. Foram feitos levantamentos nas bases de dados: bireme e Scielo, utilizando-se como descritores os termos: Saúde Mental e Terapia Ocupacional, excluindo-se os temas relacionados a trabalho e lazer e incluindo aqueles que estivessem relacionados a atividades expressivas e artísticas com publicações em português. Para a pesquisa de campo foi utilizada abordagem qualitativa com caráter descritivo e exploratório. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas para coleta de dados e análise temática para o tratamento dos mesmos. Foram entrevistados cinco sujeitos participantes do Programa de extensão da área de Saúde Mental do Curso e Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Paraná, sendo uma entrevista eliminada por o sujeito não apresentar respostas compreensíveis. O estudo é parte da pesquisa aprovada pelo comitê de ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Paraná com o registro do Comitê de Ética e pesquisa em Seres Humanos do Setor de Ciências da Saúde da UFPR - CEP: 1088.013.1103 • Referências • AMENDOEIRA, M. C.R.; MELLO, L. C.; CAVALCANTI, M .T.Esquizofrenia, Criatividade e Envelhecimento em quatro Artistas do Engenho de Dentro. Arquivos brasileiros de psiquiatria, neurologia e medicina Legal, vol 100, nº 01, jan/fev/mar 2006, p.39-43. AMENDOEIRA, M.C. R. A importância da interseção dos campos da arte, psiquiatria e sociologia. Um exemplo no estudo das imagens de uma paciente esquizofrênica: Adelina Gomes. XII Encontro do PPGAV, EBA. UFRJ,2005. • ANDRIOLO, A. A "psicologia da arte" no olhar de Osório Cesar: leituras e escritos. Psicol. cienc. prof. v.23 n.4 Brasília dez. 2003,p.75-80. • BELL, T.Projeto de Pesquisa:Guia para pesquisadores iniciante em educação,saúde e ciências sociais.4 ed.Porto Alegre:Artned,2008,p.15 • BENETTON, J. Trilhas Associativas: Ampliando Recursos na Clínica de Psicose . São Paulo: Lemos, 1991, p.18-34. BEZERRA, D. B;OLIVEIRA.J. M . A atividade artística como recurso terapêutico em saúde mental. Boletim da Saúde, v. 16, n. 2, 2002,p,135,136. BRASIL.Legislação brasileira sobre pessoas portadoras de deficiência. 7. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2011. Disponível em : <http://bd.camara.gov.br/bd/b> Acesso em :13/03/2013 BROCH,A. RUCH,F.Abordagens da Terapia Ocupacional Psicodinâmica.148f. Monografia (Grau em Terapia Ocupacional).Setor ciências da saúde,Faculdades de Ciencias da Saúde de Joinville. , 2007, p. 29,30. Disponível em:<http://pt.scribd.com/doc/6799817/> Acesso em : 20/08/2012 • CASTRO, E. D. LIMA, E. M. F. A Resistência, inovação e clínica no pensar e no agir de Nise da Silveira.Interface (Botucatu) vol.11 no.22 Botucatu May/Aug. 2007,p.366-367,369-370 • CASTRO, E.D;SILVA,D .M. Habitando os campos da arte e da Terapia Ocupacional: percursos teóricos e reflexões. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo v.13 n.1 São Paulo abr. 2002, p.5-7 CERVO, A. L; BERVIAN, P. A; SILVA, R. Metodologia cientifica. 6 ed. SP: Pearson Prenntce Hole,2006,p. 61-62. FORTUNA, S. M. C .B.Doença de Alzheimer, Qualidade de vida e Terapias Expressivas.Campinas,SP, Ed Alinea, 2005,p.39 FERRARI, S. M. L.Terapia Ocupacional espaço da narrativa entre forma e imagem. Revista do Centro de Estudos de Terapia Ocupacional - ano 4 - nº4 – 1999,p.6-8. FRANCISCO, B,R.Terapia Ocupacional.2 Campinas,SP:Papirus,2001,p.40-43. JORGE ,R,C. Chance para uma esquizofrênica.Belo Horizonte: Oficial,1981,p.37,38,41,43,45,51,52. JORGE ,R,C.OObjeto e a Especificidade da Terapia Ocupacional.Belo Horizonte: GESTO, 1990 ,p.13,18,19,63,65. LIMA, E, A. Arte Clínica e Loucura: Um território em mutação. São Paulo: Summus ,2009,p. 24,25. LIMA, E. A. Oficinas, Laboratórios, Ateliês, Grupos de Atividades: Dispositivos para uma clínica atravessada pela criação. Publicado em COSTA, Clarice Moura e FIGUEIREDO, Ana Cristina. Oficinas terapêuticas em saúde mental - sujeito, produção e cidadania. Coleções IPUB. Rio de Janeiro, Contra Capa Livraria, 2004, 59-81. MACHADO, R. et al. Danação da norma: medicina social e constituição da Psiquiatria no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1978,p. 154,458-460 MARCONI, M. A ; LAKATOS,E .M. Metodologia cientifica.5 ed.SP:Atlas S.A,2010,p. 268,270,279. • MARIÓTTI, M.C. Atividades Artísticase Saúde Mental em Terapia Ocupacional Dissertação. Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná, 1999, p. 28,29,33. MARTINS, D. L. S.S; NALASCO, L. F. Reflexões do uso da arte como recurso terapêutico ocupacional. Publicado: Revista do Hospital Universitário; UFMA-Vol .8(1),JAN-JUN,2006,p.27. MINAYO, M. C. S. O Desafio do Conhecimento. Pesquisa Qualitativa em Saúde. São Paulo-Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco,1993,p.208-211 PÁDUA,F. H. P.MORAIS,M. L .S. Oficinas Expressivas: Uma Inclusão de Singularidades.Psicologia UsP, São Paulo, abril/junho, 2010,p.462. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/pusp/v21n2/v21n2a12.pdf > Acesso em :28/02/2013 RIBEIRO, M. B.C;OLIVEIRA,L.DE ROBERTO.Terapia Ocupacional e Saúde Mental. Comunic, Saúde, Educ, v.9, n.17, p.425-31, mar/ago 2005,p.427 • RIBEIRO,S. F. R. Grupo de expressão: uma prática em saúde mental.Rev. SPAGESP v.8 n.1 Ribeirão Preto jun. 2007,p.26-27 SILVEIRA, NISE DA. Terapia Ocupacional: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: casa das palmeiras, 1966, p.29-33 Conclusão Através deste estudo pode-se conhecer e confirmar as potencialidades que a utilização de atividades expressivas e artísticas detém para ajudar na melhora da saúde mental desses indivíduos sendo possível uma correlação com o que foi descrito pelos autores estudados acerca do assunto abordado. Com este estudo foi possível aproximar-se da percepção que os indivíduos com transtornos mentais atendidos por Terapeutas Ocupacionais expõem acerca da utilização das atividades artísticas e expressivas, auxiliando assim para um melhor reconhecimento do profissional acerca de sua atuação e como a mesma pode ser potencializada de acordo com as necessidades de cada individuo. Constatou-se que os resultados encontrados são diversificados, mas em sua maioria positivos. Os sujeitos entrevistados revelaram que as produções de atividades artísticas e expressivas se tornam uma alternativa a ser aliada ao tratamento. Mesmo havendo em algumas respostas conteúdos de conflitos e inseguranças, de alguma forma isto os ajudou a expressar seus sentimentos, permitindo criar alternativas para o enfrentamento de seus medos e melhorarem sua saúde mental. São diversos os ganhos que estes indivíduos têm a partir desta pratica. Há possibilidade de enriquecer as relações desses sujeitos favorecendo sua vida social, gerando educação, autoconhecimento entre outros ganhos. Compreende-se então que o Terapeuta Ocupacional é uma peça importante para se chegar a esses resultados e deve ter a sensibilidade em analisar e selecionar a atividade que melhor se encaixa com as necessidades do paciente. Através deste estudo fica clara as potencialidades da intervenção da Terapia ocupacional através do uso de atividades artísticas e expressivas, a importância da relação terapeuta e paciente, do apoio que este deve dar ao mesmo, também para a melhor escolha das atividades que possibilitem a expressão e melhora na saúde metal.

More Related