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Lesão, Reparo e Tratamento de Tecidos Moles

Lesão, Reparo e Tratamento de Tecidos Moles. Prof. Kemil Rocha Sousa. Lesões de Tecidos Moles. Distensão: Alongamento excessivo, esforço exagerado, uso excessivo de tecido mole. Menos grave que entorse.

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Lesão, Reparo e Tratamento de Tecidos Moles

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Presentation Transcript


  1. Lesão, Reparo e Tratamento de Tecidos Moles Prof. Kemil Rocha Sousa

  2. Lesões de Tecidos Moles • Distensão: Alongamento excessivo, esforço exagerado, uso excessivo de tecido mole. Menos grave que entorse. • Entorse: Distensão grave associada sobrecarga intensa, estiramento ou laceração dos tecidos moles, como uma cápsula articular, um ligamento, tendão ou músculo. Usado em referência específica a lesão ligamentar (Grau I ou leve; Grau II ou moderado; Grau III ou grave). • Luxação: Deslocamento de uma parte, geralmente as partes ósseas de uma articulação, que resulta em perda da relação anatômica e leva a dano dos tecidos moles, inflamação, dor e espasmo muscular.

  3. Lesões de Tecidos Moles • Subluxação: luxação incompleta ou parcial das partes moles de uma articulação. • Ruptura ou laceração de músculo/ tendão: • Parcial- a dor ocorre na região da fenda quando o músculo é alongado ou contrai contra a resistência; • Completa: o músculo não exerce tração contra a lesão, o alongamento ou contração do músculo não causa dor. • Lesões tendíneas/ tendinopatia: • Tenossinovite- inflamação da membrana sinovial que recobre um tendão; • Tendinite- degeneração do tendão; pode resultar na formação de cicatriz ou depósitos de cálcio; • Tenovaginite- é a inflamação com espessamento da bainha tendínea; • Tendinose- Degeneração do tendão devido traumas repetitivos. • Sinovite: Inflamação de uma bainha sinovial.

  4. Lesões de Tecidos Moles • Hemartrose: Sangramento dentro de uma articulação, geralmente em decorrência de trauma grave. • Gânglios: Tumefação da parede de uma cápsula articular ou bainha tendínea. Às vezes ocorre na AR. • Bursite: Inflamação de uma bursa. • Contusão: Lesão decorrente de um golpe direto que resulta em ruptura capilar, sangramento, edema e resposta inflamatória. • LER, lesões por trauma cumulativo: Sobrecarga e/ou desgaste por atrito repetido, submáximo, de um músculo ou tendão, que resulta em inflamação e dor.

  5. Condições Clínicas Resultantes de Trauma ou Patologia • Disfunção: Perda da função normal de um tecido ou região. Pode ser causada pelo encurtamento adaptativo dos tecidos moles, aderências, fraqueza muscular ou qualquer condição que resulte em perda da mobilidade normal. • Disfunção articular: Perda mecânica da mobilidade articular normal nas articulações sinoviais; com frequência causa perda de função e dor. Os fatores desencadeantes podem ser trauma, imobilização, desuso, envelhecimento ou uma condição patológica séria.

  6. Condições Clínicas Resultantes de Trauma ou Patologia • Contratura: Encurtamento adaptativo da pele, da fáscia, do músculo ou da cápsula articular que impede a mobilidade normal ou a flexibilidade daquela estrutura. • Aderências: Fixação anormal das fibras de colágeno às estruturas ao redor durante a imobilização, após trauma ou como complicação cirúrgica, restringindo a elasticidade e o deslizamento normal das estruturas envolvidas. • Defesa muscular reflexa: Contração prolongada de um músculo em resposta a um estímulo doloroso. A lesão primária pode ser um tecido próximo ou uma fonte de dor referida. Na dor não referida o músculo imobiliza funcionalmente o tecido lesado contra o movimento. DOR--------------ESPASMO-------------DOR

  7. Condições Clínicas Resultantes de Trauma ou Patologia • Fraqueza muscular: Diminuição na força da contração muscular. Pode ser resultado de lesão sistêmica, química ou local de um nervo do sistema nervoso central ou periférico ou da junção mioneural. • Síndromes compartimentais miofasciais: O aumento da pressão intersticial dentro de um compartimento miofascial fechado, não expansível, compromete a função dos vasos sanguíneos, músculos e nervos. Resulta em isquemia e em perda muscular irreversível se não houver intervenção (fraturas, trauma repetitivo, lesões por esmagamento, tração esquelética, roupas, curativos ou gessos apertados, etc.

  8. Gravidade da Lesão Tecidual • Grau I- dor leve no momento da lesão ou nas primeiras 24 horas. Edema leve, sensibilidade local e dor ocorrem quando o tecido é tensionado. • Grau II- Dor moderada que requer a interrupção da atividade. O alongamento e a palpação do tecido aumentam grandemente a dor. Quando a lesão afeta os ligamentos, algumas fibras são rompidas, o que resulta, por sua vez, em certo aumento da mobilidade articular. • Grau III- Ruptura quase completa ou completa, ou avulsão do tecido (tendão ou ligamento), com dor intensa. O alongamento do tecido é geralmente indolor; a palpação pode revelar a fenda. Um ligamento rompido resulta em instabilidade da articulação.

  9. Estágios de Reparação tecidual • AGUDO (Inflamatório): Sinais cardeais da inflamação (edema, calor, rubor, dor em repouso e perda de função. ADM dolorosa, proteção do paciente contra o movimento antes de completar a ADM. Dor e movimento comprometidos decorrentes do estado químico alterado que irrita as terminações nervosas, aumento da tensão tecidual devido ao edema ou derrame articular e da defesa muscular, que é o modo que o corpo utiliza para imobilizar a área dolorosa (4 a 6 dias).

  10. Estágios de Reparação tecidual • SUBAGUDO (reparo e cicatrização): diminuição gradual e progressiva dos sinais da inflamação. Ao testar a ADM o paciente pode sentir dor em sincronia com o encontro da resistência do tecido no final da ADM disponível. A dor ocorre quando o tecido recém desenvolvido é tensionado além de sua tolerância ou quando o tecido retraído é alongado. Dura 10 a 17 dias (14 a 21 dias após inicio da lesão). Pode durar até 6 semanas em tecidos com circulação limitada como os tendões.

  11. Estágios de Reparação tecidual • CRÔNICO (maturação e remodelamento): Não há sinais de inflamação. Pode haver contratura ou aderências que limitam a amplitude e causam fraqueza muscular, limitando a função normal. O tecido conjuntivo continua a fortalecer-se e remodelar durante este estágio. Uma dor ao alongamento pode ser sentida ao testar estruturas encurtadas no final da ADM disponível. A função pode ser limitada por fraqueza muscular, resistência física precária ou pouco controle neuromuscular. Pode durar de 6 meses a um ano ou mais.

  12. Inflamação Crônica (LER) • Sintomas de aumento da dor, edema e defesa muscular que duram várias horas após uma atividade. Também ocorre uma sensação aumentada de rigidez após o repouso, perda de ADM 24 horas após a atividade e rigidez progressivamente maior do tecido enquanto persiste a irritação.

  13. Síndrome da Dor Crônica • Estado que persiste por mais de 6 meses. Inclui dor que não pode ser linkada a uma fonte de irritação ou inflamação, assim como limitações funcionais e incapacidade, compreendendo parâmetros físicos, emocionais e psicossociais.

  14. Tratamento Durante o estágio AGUDO (diretrizes) • Controlar os efeitos da inflamação, facilitar a cicatrização da ferida e manter a função normal nos tecidos e regiões não afetadas do corpo. • Comprometimentos: • Inflamação, dor, edema, espasmo muscular • Movimentos comprometidos • Derrame articular (articulação lesada ou artrite) • Uso diminuído de áreas associadas

  15. Tratamento Durante o estágio AGUDO (diretrizes) • Orientar o paciente sobre o tempo de recuperação previsto; • Proteção do tecido lesado-para minimizar a dor é necessário proteger a parte afetada pela inflamação por 24 a 48 horas: • Repouso (tala, faixa, gesso, splint, bota inflável) • Ice (Crioterapia, gelo) • Compressão • Elevação • Massoterapia • Oscilações articulares suaves (grau I) • Dispositivos auxiliares de deambulação (muletas, cadeira de rodas, bengala)

  16. Tratamento Durante o estágio AGUDO (diretrizes) • Prevenção de efeitos adversos da imobilidade: • Evitar a imobilização completa ou contínua sempre que possível; • A meta do tratamento a longo prazo é a formação de uma cicatriza forte e móvel no local da lesão de modo que haja restauração completa e indolor da função; • Para influenciar no desenvolvimento de uma cicatriz organizada: cinesioterapia passiva cuidadosamente controlados. • Movimentos específicos para o tecido (contrações isométricas leves ou estimulação elétrica)- não pode aumentar a inflamação. • Intensidade suave de forma a não soltar as fibrilas do local de cicatrização. • Movimento ativo em áreas/ articulações adjacentes ou membro contra-lateral. • Manter a integridade e a função das áreas associadas: CNT ativa-assistida, ativos livres, resistidos ou aeróbicos modificados, dispositivos adaptativos ou auxiliares.

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