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Estudo da diversidade genética do HIV-1 e resistência primária a anti-retrovirais em pacientes soropositivos do Estado de Santa Catarina. Coordenador: Prof. Dr. Aguinaldo R. Pinto Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia Centro de Ciências Biológicas
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Estudo da diversidade genética do HIV-1 e resistência primária a anti-retrovirais em pacientes soropositivos do Estado de Santa Catarina Coordenador: Prof. Dr. Aguinaldo R. Pinto Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia Centro de Ciências Biológicas Universidade Federal de Santa Catarina
Equipe: Dr. Carlos R. Zanetti – UFSC/SC Dr. Edmundo C. Grisard – UFSC/SC Dr. Luiz Gustavo Escada Ferreira – HRSJ/SC Dra. Mariza Morgado – Fiocruz/RJ Dr. Gonzalo Bello – Fiocruz/RJ Dr. Monique Lindenmeyer Guimarães – Fiocruz/RJ MSc. Tiago Gräf – UFSC/SC Artur Battisti – UFSC/SC
Objetivo Estudar a diversidade viral do HIV-1 circulante no Estado de Santa Catarina e estimar, de forma preliminar e descritiva, a freqüência e diversidade de mutações que conferem resistência primária a anti-retrovirais na população de indivíduos soropositivos desse Estado.
Epidemiologia molecular do HIV-1 no Brasil: • Subtipo B: 70-90% das infecções • Subtipo F1: 3-17% das infecções • Recombinantes BF1: 2-14% das infecções • Subtipo C: 0-3% das infecções • (SA FILHO et al., 2005; GADELHA et al., 2003; CARDOSO et al., 2009; MACHADO et al., 2009) Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste • Região Sul: • Grande prevalência de Subtipo C: 20 a 79% • (SANTOS et al., 2007; LOCATELLI et al., 2008; RODRIGUES et al., 2010; TOLEDO et al., 2010)
TERAPIA ANTIRETROVIRAL • Capaz de aumentar a sobrevida do paciente em muitos anos; • Seis classes de medicamentos disponíveis: • NRTI – Inibidores nucleosídicos da RT • NNRTI – Inibidores não nucleosídicos da RT • PI – Inibidores da protease • INTI - Inibidores da integrase • Inibidores de fusão • Inibidores de entrada • RESISTÊNCIA: • Mutações Resistência primária em indivíduos virgens de tratamento
Brasil • Ministério da Saúde brasileiro disponibiliza sem custos os medicamentos da terapia antiretroviral; • Estudos demonstram taxas de resistência primária em torno de 7-8% (SPRINZ et al., 2009; INOCENCIO et al., 2009); • Santa Catarina • Apenas um estudo realizado em indivíduos virgens de tratamento de Itajaí e Camboriú (BRÍGIDO et. al., 2007): • 8,3% dos indivíduos estudados possuíam pelo menos uma DRM;
Metodologia • Blood samples from 82 HIV-positive patients followed up at public reference services from Florianópolis metropolitan area (Hospital Regional Dr. Homero de Miranda Gomes/São José), were collected from May 2008 to February 2009; • PBMC were isolated and whole DNA were extracted; • Nested-PCR amplification and sequencing of the HIV-1 env-gp120 and pol (protease/reverse transcriptase and integrase) regions; • Alignment using ClustalX and phylogenetic inferences by neighbor joining (NJ) algorithm; • Bootscaning analysis using Simplot program; • Drug resistance profile was analyzed at the Stanford HIV Drug Resistance Database.
Região PR/RT – 82 amostras analisadas • Subtipo B –13,5% • Subtipo F1 – 1,2% • Subtipo C – 74,5% Formas Recombinantes – 10,8% CRF31_BC – 3,6% URF_BC – 6% URF_BF – 1,2%
Resultados e Discussão Fig.1. Frequency of HIV-1 subtypes at the different genomic regions analyzed. HIV-1 subtypes were determined by phylogenetic and bootscaning analyses, as described in Methods.
Resultados e Discussão Table : Epidemiological data of HIV-1 infected individuals according to the virus subtype. Associação altamente significativa (p<0,001) entre subtipo C e mosaico BC com a categoria de exposição heterossexual e subtipo B e categoria HSH
Distribuição dos subtipos e formas recombinantes do HIV-1 nas categorias de exposição Heterossexual, HSH e UDI. • Apenas 5,2% dos Heterossexuais eram infectados pelo subtipo B; • 50% dos indivíduos do grupo HSH eram infectados pelo subtipo C; • Mais de 70% do grupo UDI era infectado pelo subtipo C. Subtipo B quase restrito a categoria HSH e subtipo C circulando em todas categorias de exposição.
Resultados e Discussão Phylogenetic analysis of CRF31_BC-like sequences: Neighbor-joining phylogenetic tree of PR/RT region (2316–3316 nt relative to HXB2), including only the CRF31_BC-like sequences from Santa Catarina (black diamonds) and subtype reference sequences. Reliability was tested with 1000 replicates bootstrapped, values considering significant (above 70%) are shown.
Distribuição dos subtipos do HIV-1 e formas recombinantes nos estados da região sul do Brasil (RT/protease) • Maior prevalência de subtipo C em Santa Catarina; • Baixa prevalência de CRF31_BC no estado de Santa Catarina; • Grande prevalência de URF_BC em Florianópolis.
Table 2: Primary drug resistance mutations associated to protease, reverse transcriptase and integrase genes among treatment naïve patients. 9/82 PI: protease inhibitors; NRTI: nucleoside reverse transcriptase inhibitors; NNRTI: non-nucleoside reverse transcriptase inhibitors; INTI: integrase inhibitors. ABC: abacavir; AZT: zidovudine; DDI: didanosine; DLV: delavirdine; d4T: stavudine; EFV: efavirenz; ETR: etravirine; NFV: nelfinavir; NVP: nevirapine, TDF: tenofovir; RAL: Raltegravir and ELV: elvitegravir.
Prevalência de DRM em pacientes da região metropolitana de Florianópolis é maior que na maioria das cidades brasileiras (11%); • Média brasileira variando entre 7% e 8% (SPRINZ et al., 2009; INOCENCIO et al., 2009); • Países desenvolvidos: • 22,7% nos Estados Unidos (LITTLE et al., 2002) • 14,2% na Inglaterra (CANE et al., 2005) • Pequena prevalência de DRM para INTI introdução recente Vigilância de transmissão de cepas resistentes a antiretrovirais
Impactos do Projeto – Científico • Grande prevalência de subtipo C em FLN/SC • Baixa frequência de CRF31_BC • Grande número de sequências mosaico BC • Associação entre subtipo C e recombinantes BC com a categoria de exposição heterossexuais, assim como entre subtipo B e a categoria HSH • Prevalência de DRM acima da média brasileira.
Impactos do Projeto – Econômico/Social/SUS As análises do presente estudo fornecem dados preliminares à comunidade médica e científica sobre a resistência primária contra drogas utilizadas no tratamento de indivíduos soropositivos no Estado de Santa Catarina. Estes resultados poderão determinar melhoras no tratamento anti-retroviral, utilizando-se assim, apenas formulações contra as quais o vírus não apresente resistência. A utilização da medicação correta desde o início da terapia anti-retroviral representará para o Estado uma redução nos gastos públicos com medicação e internação dos pacientes HIV positivos. Além disso, o uso de terapia anti-retroviral eficaz torna a carga viral do paciente baixa ou indetectável, isto faz com que paciente permaneça saudável por um maior período, reduzindo o aparecimento de doenças oportunistas causadas pela AIDS e conseqüentemente o número de internações em unidades de saúde pública, bem como diminuir a transmissão de cepas virais resistente a drogas.
Produção Científica • Trabalhos apresentados em Congressos: • Prevalence of protease and reverse transcriptase drug resistance mutations in drug naïve HIV1-positive individuals in metropolitan area of Florianópolis – XXI Encontro Nacional de Virologia, Gramado - RS, 2010. • 2. Characterization of HIV-1 circulating in metropolitan area of Florianópolis confirms the high prevalence of subtype c and recombinants BC in Santa Catarina State - XXI Encontro Nacional de Virologia, Gramado-RS, 2010. 2010. • 3. High prevalence of HIV-1 clade C in the metropolitan area of Florianópolis, Santa Catarina, Brazil – XX Encontro Nacional de Virologia, Brasília – DF, 2009.
Produção Científica Dissertação de Mestrado concluída: Tiago Gräf. Epidemiologia molecular do HIV-1 e resistência primária a anti-retrovirais em indivíduos soropositivos da reigão metropolitana de Florianópolis/SC. 2010. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências/ UFSC. Orientador: Aguinaldo Roberto Pinto e Gonzalo Bello Tese de Doutorado em andamento: Tiago Gräf. Análise da dinâmica de transmissão e disseminação do HIV no Sul do Brasil: uma aplicação da epidemiologia molecular na saúde pública. Início: 2011. Tese de Doutorado em Biotecnologia e Biociências/UFSC. Orientador: Aguinaldo Roberto Pinto.
Produção científica Artigos científicos em revista internacional indexada Gräf & Pinto. The increasing prevalence of HIV-1 subtype C in Southern Brazil and its dispersion through the continent. Critical Reviews in Microbiology, submetido.
Desdobramentos Projeto: Análise da dinâmica de transmissão e disseminação do HIV no Sul do Brasil: uma aplicação da epidemiologia molecular na saúde pública. Objetivo: Caracterizar a dinâmica de transmissão do HIV-1 subtipo C em diferentes cidades da região sul do Brasil, destacando a história migratória deste subtipo e as mutações que conferem resistência a drogas. Equipe: UFSC, Hospital Regional de São José, Fiocruz/RJ, Centro de Desenvolvimento Técnico e Científico (CDCT) da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEEPS) da Secretaria da Saúde RS, Programas municipais de DST/Aids Joinville, Blumenal, Chapecó, Criciúma, Lages, Itajaí, Uruguaiana, Santa Maria, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Porto Alegre, Caxias do Sul e Cruz Alta. Casuística: 300. Aprovado pelo CEP.