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O combate à contrafacção como meio de Inovação e de Crescimento Económico. Dados da Contrafacção Contrafacção em Portugal – União de Marcas A importância da Marca e da PI na economia Os mitos que sustentam a Contrafacção. Dados da Contrafacção
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O combate à contrafacção como meio de Inovação e de Crescimento Económico
Dados da Contrafacção • Contrafacção em Portugal – União de Marcas • A importância da Marca e da PI na economia • Os mitos que sustentam a Contrafacção
Dados da Contrafacção • A contrafacção financia o terrorismo e o tráfico de droga. • Segundo a EU 9% do comércio mundial são produtos falsos. • Só em 2004 a EU apreendeu 103.546.179 produtos falsos. • Reflecte um aumento de 12% de falsos em relação a 2003. • Estima-se que este número de apreensões não represente mais do que 10% de todos os falsos em circulação. • Origem dos falsos: China (+ de 50%) • Tailândia, Taiwan, Hong Kong
Artigos mais falsificados/apreendidos na EU por tipo: • 1º - Cigarros • 2º - Cds, Dvds, software, jogos e brinquedos • 3º - Roupa e acessórios • 4º - Bebidas alcoólicas, alimentos e medicamentos • Marcas com maior número de casos iniciados na EU: • Nike 15% • Vuitton 8% • Adidas 6%
2. Contrafacção em Portugal – União de Marcas Portugal, país de tradição têxtil, vê a sua imagem muito prejudicada pela quantidade de artigos falsos que produz. Este “negócio” tem o seu centro nevrálgico a região norte do país principalmente na zona industrial do Vale do Ave. Este fenómeno subsiste da precariedade do trabalho, salários baixos, fuga aos impostos e de uma mão de obra carênciada.
Desde 2000 até Out 2005 que as empresas que compõe a UdM têm 2.148.087 de peças falsas apreendidas com as suas marcas
Se as apreensões feitas representarem cerca de 10% de todos os falsos em circulação temos um nº de falsos de 21.480.870 Considerando 7 € de valor médio de p.v.p de cada peça falsa temos um negócio de 150.366.090 € (só nestas 8 marcas!!) O que representa uma perda de IVA de 28.569.557 € (ainda a 19%) para além de IRC, IRS, contribuições para Seg.Social etc
E, contudo, continuamos a verificar a propagação quase impune da venda de produtos falsos e imitados de marcas reconhecidas. • Muito devido a estes outros graves problemas: • Falta de consciência da opinião pública para o problema. • Falta de meios materiais e humanos das autoridades policiais. • Inexistência de tribunais especiais e lentidão nestes processos. • Penas de prisão nunca aplicadas e multas insignificantes. • Falta de espaço de armazenamento dos produtos apreendidos.
Daí que marcas, habitualmente concorrentes, hajam decidido associar-se na UNIÃO DE MARCAS para lutar pelo mm objectivo: “Unir esforços na luta contra a contrafacção, imitação e outras acções ilícitas que ofendem os direitos de PI e causam prejuízos gravíssimos às empresas, aos consumidores e ao Estado” A UNIÃO DE MARCAS foi criada em 2001, como ass. informal, é compostas por 9 empresas e 10 marcas (adidas, Nike, Dockers, Levi’s, Lacoste, Reebok, Puma, Pepe Jeans, Burberry e Umbro)
Objectivos da UdM: • Investigação do mercado p/ detectar a origem do produto falso • Preparação de acções conjuntas de fiscalização • Cooperação com as autoridades (IGAE, Brig Fiscal, Alfând, PSP) • 3.1 Assistência em raids de apreensões • 3.2 Acções de formação • 3.3 Partilha de informações • Campanhas nacionais de sensibilização social para o problema • Lobbying junto dos organismos de decisão • Cooperação com outras associações (comerciantes, têxteis, etc)
Porque a contrafacção é cada vez mais “visualmente” enganadora: Falsos verdadeiros Falsos Falsos
Porque os contrafactores recorrem cada vez mais às imitações: verdadeiros imitados
E procuram vingar na área mais “cinzenta” da concorrência desleal:
Porque a contrafacção prejudica TODOS: • O titular da marca protegida; • O consumidor que acaba por ser enganado. E quando não é enganado acaba por comprar um produto mau; • Toda a economia do país pois: • O contrafactor não paga impostos; • O país tem um PIB menor e é mais pobre; • O país que copia não investe em marcas próprias; • A inexistência de livre concorrência é prejudicial;
3. A importância da Marca e da PI na economia A Marca: • É um importante factor de distinção na decisão de compra. • É a garantia de uma determinada qualidade. • Oferece ao consumidor a confiança que ele necessita. • Obriga os seus titulares a uma constante inovação. • Contribui para o aumento da concorrência no mercado. • É o activo + valioso e o + frágil que uma companhia tem.
Uma nova marca/produto gera empregos, receitas públicas e privadas e representa sempre uma evolução para o país; • Os países mais desenvolvidos são os que mais apostam na criação de novas marcas e patentes (ex: França e EUA); • São também eles que lideram a luta contra a contrafacção pois detém as marcas + conhecidas, + valiosas e as + copiadas! • Portugal tem ainda a dar um bom contributo para o grupo das marcas mundialmente conhecidas, mas já tem bons exemplos:
Mas a existência de infra-estruturas têxteis no norte do país com encargos fixos e sem encomendas... Sem marcas próprias... Agravada pela invasão de têxteis asiáticos... Torna mais vulneráveis os empresários têxteis para aceitar encomendas de produtos falsos! FUTURO AUMENTO DA CONTRAFAÇÃO
Mas podemos combater o aumento da contrafacção e utilizar essa luta como meio de Inovação e de Crescimento Económico: • 1- Apoiando a reconversão dessa parte da industria têxtil com: • 1.1. Isenção de taxas na criação de marcas próprias • 1.2. Incentivos fiscais ao investimento e à investigação • 1.3. Apoios no redireccionar da produção de bens de • acordo com procura existente no mercado.
2- Reforçando a fiscalização: IGAE, Brig Fiscal, Alfândegas, polícias: • 2.1. Orientações superiores para ir à fonte (fábricas e distrib.) • 2.2. Dotar estas autoridades de + meios humanos e financeiros • 3-Agilizando o julgamento destas infracções da PI: • 3.1. Com tribunais de comércio próprios para julgar os crimes • 3.2. Atribuição de indemnizações reparadoras às marcas. • 3.3. Aplicando multas sérias, dissuasórias e moralizantes • 3.4. Aplicando fora dos tribunais as multas previstas para as • contra-ordenações de concorrência desleal.
4- Protegendo eficazmente as empresas internacionais que geram • receitas, empregos, apostam na produção nacional e contribuem • para o PIB português (ex: Nike, adidas, Reebok etc.) • 4.1. Informatizando o INPI. Uma busca + fácil por marca ou • titular ajuda nas oposições e também nos novos pedidos. • 4.2. Fazendo uma companha nacional contra a contrafacção. • 4.3. Agilizando a destruição ou reutilização das peças para • garantir espaço de armazenamento a novas apreensões.
4. É fundamental acabar com os mitos que sustentam a Contrafacção: “É defender o rico face ao pobre” NÃO! É CUMPRIR A LEI! É a contrafacção que fomenta a exploração do trabalhador pobre. “É ter as Autoridades a trabalham para as Marcas” NÃO! É CUMPRIR A LEI! Fiscalizar a contrafacção é parte integrante das suas funções.
“Todos ganham. Ninguém é prejudicado” FALSO! Os danos na economia do país são enormes. Compromete-se o futuro quando só se copia e não se cria. Mantemos o país pobre! É continuar a “roubar” o peixe em vez de aceitar que temos de aprender a pescar. Importa começar já hoje a mudar!! Obrigada 30.Nov.2005 União de Marcas