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Inclusão de alunos cegos ou com baixa-visão no Ensino Superior

Inclusão de alunos cegos ou com baixa-visão no Ensino Superior. Objetivos.

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Inclusão de alunos cegos ou com baixa-visão no Ensino Superior

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Presentation Transcript


  1. Inclusão de alunos cegos ou com baixa-visão no Ensino Superior

  2. Objetivos Debater a realidade atual do acesso e garantia de permanência de pessoas com deficiência visual à Universidade, com ênfase à formação de recursos humanos, à orientação e mobilidades, aos relatos de experiências e de pesquisas.

  3. Educação Infantil Fundamental I Fundamental II Ensino Médio Ensino Superior • A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis educacionais, abrangendo da educação infantil ao ensino superior. (LDB, 1996)

  4. Assim, cabe à educação especial no ensino superior “direcionar ações para o atendimento às especificidades desses alunos no processo educacional e, no âmbito de uma atuação mais ampla na escola, orientar a organização de redes de apoio, a formação continuada, a identificação de recursos, serviços e o desenvolvimento de práticas colaborativas” (Brasil, 2008).

  5. É fato que a inclusão de estudantes com deficiência vem sendo amplamente discutida no Brasil. No entanto, as políticas públicas e estudos vão se tornando mais escassos à medida que a escolarização avança, ficando o ensino superior com poucos subsídios. As publicações disponibilizadas pelo MEC quase não fazem referência à demanda acadêmica de universitários com necessidades educacionais especiais, apesar de haver legislação para tal (Brasil, 1996; Brasil, 2008).

  6. Durante o levantamento de literatura, realizado no período de julho a novembro de 2012, os dados de busca indicaram poucos artigos sobre , educação especial andensino superior:

  7. Observou-se que a maioria das publicações (52%) está em revistas especializadas em Educação Especial.

  8. Sendo que a Educação Especial busca promover acesso, participação e interação nas atividades acadêmicas dos estudantes com deficiência, seus conhecimentos devem ser disponibilizados a todos que trabalham com alunos com deficiência, em especial os professores. A inclusão de alunos com deficiência requer professores capazes de promover sua aprendizagem e participação. Na universidade, os alunos com deficiência precisam contar com ajuda institucional, que trabalhe no sentido operacionalizar as adaptações necessárias e dissipar informações acerca da educação especial aos professores, aos alunos e aos demais interessados.

  9. Legislação para o Ensino Superior - Leis, Decretos, orientações; Apesar de existirem políticas que garantem aos alunos com deficiência o acesso ao ensino regular, inúmeras barreiras são encontradas para que esse processo se efetive, sendo uma delas a formação do professor. (Reis, Eufrásio & Bazon, 2010) De acordo com Cruz, Schneckenberg, Tassa e Chaves (2011), a questão da formação profissional inicial e/ou continuada encontra-se com frequência nessas discussões e os debates acadêmicos que dão suporte aos professores precisam ser aprimorados e devem estar mais próximos das questões vivenciadas no dia a dia de intervenções profissionais relacionadas às pessoas com deficiência.

  10. Atendimento Educacional Especializado De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, entende-se por atendimento educacional especializado o serviço da Educação Especial, de caráter complementar ou suplementar à formação dos estudantes no ensino regular, voltado para a orientação docente e formação dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação, considerando as suas necessidades específicas de forma a promover acesso, participação e interação nas atividades acadêmicas por meio de procedimentos educacionais diferenciados.

  11. O ingresso de estudantes com deficiência visual ao Ensino Superior é uma realidade nos dias de hoje. O atendimento educacional deve atender às necessidades específicas de cada sujeito, mediante a construção de um processo de ensino e aprendizagem pautado no princípio inclusivo de atendimento a todos.

  12. O que é deficiência visual (MEC) • A deficiência visual é definida como a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão. • O nível de acuidade visual pode variar, o que determina dois grupos de deficiência: Cegueira- há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita. Baixa Visão (BV) ou visão subnormal – há alteração da capacidade funcional da visão decorrente de inúmeros fatores isolados ou associados, tais como: baixa acuidade visual significativa, redução importante do campo visual, dificuldades de adaptação à luz e ao escuro e para a percepção de cores , alterações corticais e/ou de sensibilidade aos contrastes que interferem ou limitam o desempenho individual da pessoa. A perda da função visual se manifesta em nível severo, moderado ou leve, podendo ser influenciada também por fatores ambientais inadequados.

  13. O Papel do Professor • A baixa visão se caracteriza essencialmente pela visão prejudicada à distância. • É importante o professor observar a que distância a pessoa consegue realizar tarefas visuais com boa resolução. Há pessoas que só conseguem discriminar a pouca distância, encostando o material nos olhos ou no nariz. Para essas pessoas, não faz mal aproximar o material, não haverá excesso de convergência, pois essa é a única forma pela qual elas conseguem ver. Outras pessoas podem apresentar alteração de campo visual, isto é, podem perceber os objetos somente em determinadas posições: posição temporal, nasal, inferior ou superior. A partir do momento em que a pessoa adquire a consciência visual da distância e de seu melhor campo visual, o professor poderá ajudá-la afastando objetos já conhecidos para que ela possa exercitar a focalização em diferentes distâncias.

  14. Exemplos de patologias que afetam a visão

  15. Identificar e avaliar o estudante (quais suas necessidades educacionais especiais) • Trabalhar com os docentes: • Reuniões; • Folders • Ofícios; • Palestras; • Seminários...

  16. Estratégias de organização e gestão da sala de aula • Ler em voz alta enquanto escreve no quadro; • Proporcionar informações verbais que permitam ao estudante aperceber-se dos acontecimentos que ocorrem na sala de aula; • Alertar o estudante sempre que ocorram mudanças na disposição da sala de aula; • Usar giz ou marcadores com uma cor que contraste com a cor do quadro (e.g. branco/preto); • Evitar os reflexos da luz no quadro e na superfície de trabalho; • Evitar posicionar-se em frente da janela; • Não posicionar o estudante de frente para uma fonte de luz (natural ou artificial); • Colocar o estudante no lugar na sala de aula que lhe proporciona um melhor campo de visão e permitir que mude de lugar, consoante as tarefas em causa e ou as ajudas ópticas que utiliza; • Estar atento a sinais de fadiga, tais como olhos lacrimejantes, vermelhos ou dores de cabeça, permitindo ao estudante que faça uma pausa quando esses sinais aparecerem; • Alternar as tarefas que exigem maior esforço visual com tarefas não visuais; • Dar algum tempo para que o estudante se adapte às mudanças de intensidade de luz, por exemplo quando vem do exterior; • Reduzir os brilhos e reflexos na sala de aula, fechando as cortinas; • Assegurar-se se o estudante necessita de iluminação adicional (luminária de mesa por ex); • Conferir ao estudante o tempo necessário para que possa realizar tarefas que exijam um grande esforço visual, nomeadamente a leitura;

  17. Evitar fontes cursivas, decorativas, itálicos, etc; • Usar fontes em que o espaçamento entre as letras tenha uma distância superior a normal; • O tamanho da letra deverá ser em média de 16 pontos, há no entanto que ter presente que esta é uma medida relativa, uma vez que o tamanho real difere consoante a fonte usada; • Usar fontes do tipo bold (mais pretas) mas nunca o extra-bolde evitar sublinhados; • Usar espaçamento de pelo menos um e meio (1,5 cm) entre as linhas; • O tamanho da linha não deve exceder os 15 centímetros; • Evitar usar folhas com tamanho superior ao A4 quando o aluno apresentar visão central; • Justificar apenas a margem esquerda do texto; • Nas imagens eliminar os detalhes desnecessários; • Nas respostas de múltipla escolha colocar as caixas, onde o aluno deve assinalar a resposta, no final de cada frase e não no começo; • Nas apresentações em Powerpoint ou outras apresentações usar cores contrastantes, preferencialmente cores claras (branco ou amarelo) sobre um fundo escuro (preto ou azul).

  18. A informática como facilitador da aprendizagem • Pessoas com baixa visão podem se beneficiar da utilização da informática para aprender e facilitar as tarefas referentes à universidade. O estudante pode se utilizar de ferramentas como: • Scanner: Digitalizar um documento pode ser prático para um aluno BV, já que ele poderá ampliar o material na tela do computador • Sistema de voz para computadores: Computadores falantes são baseados em reconhecimento ótico de caracteres que primeiro procura pelo texto em um documento de texto ou página da internet e então converte esse texto em sons. O resultado é uma voz que lê em voz alta não somente o texto do documento, mas também itens importantes de navegação como por exemplo a localização do cursor do mouse, o botão para fechar uma janela ou minimizá-la, etc. Grandes empresas de Software como Microsoft tem esses sistemas disponíveis. Há também programas gratuitos, como por exemplo o software DSpeech. • Lente de aumento virtual disponível em computadores com sistemas Windows ou Macintosh • Opções de contraste e brilho para baixa visão, também disponíveis em sistemas Windows ou Macintosh

  19. Recursos Ópticos para BV • São recursos para baixa visão que utilizam lentes ou combinação de lentes para magnificar (ampliar) as imagens que sobre a retina. Como os portadores de visão subnormal enxergam usualmente letras e objetos grandes, e não pequenos, esses recursos aumentam as imagens para facilitar sua visualização. Não devem ser confundidos com óculos comuns. • Nenhum recurso óptico pode ser usado para andar, se locomover de um lugar para o outro. Eles são próprios para atividades específicas, como ler, escrever, fazer trabalhos manuais, etc... • Há, basicamente, cinco tipos de recursos ópticos: - Óculos com lentes de alto grau (diferente de óculos de grau comum) - Lupas de mão - Lupas com apoio - Telescópios - Lupa eletrônica

  20. Figuras dos Recursos 1. Óculos de alto grau 2. Lupa de mão 3. Lupa com apoio 4. Telescópio 5. Lupa eletrônica

  21. Recursos Não Ópticos para BV • São recursos que não utilizam lentes, incluindo todos os materiais que podem auxiliar as pessoas com visão subnormal a utilizarem da melhor forma a sua visão. Por exemplo, livros falados (audiobooks) ou com letras grandes, revistas e jornais impressos com letras maiores, baralhos com figuras e números grandes e cores fortes.  • Como os professores podem auxiliar: • Alocando o aluno BV em posição ideal na sala de aula para que ele consiga enxergar o que está escrito no quadro negro. • Disponibilizar o material digitalizado para o estudante para que o mesmo faça as adaptações necessárias de acordo com sua necessidade. • Imprimir textos e artigos acadêmicos em tamanho ampliado e em cores contrastantes de acordo com as necessidades do estudante.

  22. CARACTERÍSTICAS DE MATERIAL IMPRESSO PARA BAIXA VISÃO- Desenhos sem muitos detalhes (muitos detalhes podem confundir);- Uso de maiúsculas;- Usar a letra Arial ou Verdana;- Tamanho de letra em torno de 20 a 24 (podendo variar de acordo com as necessidades de cada aluno);- Usar entrelinhas e espaços, de pelo menos de 1,5 cm;- Cor do papel e tinta contrastantes (cor clara com cor escura) e devem ser definidos de acordo com as necessidades específicas do estudante. • Formas de Ampliação- Fotocopiadora;- Computador;- Ampliação à mão: deve seguir requisitos como tamanho, espaços regulares, contraste, clareza e uniformidade dos caracteres.

  23. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais sobre Adaptações Curriculares diz-se que: - As adaptações curriculares não devem ser entendidas como um processo exclusivamente individual ou uma decisão que envolve apenas o professor e o aluno. • Realizam-se em três níveis: - no âmbito do projeto pedagógico (currículo escolar); - no currículo desenvolvido na sala de aula; - no nível individual. • As implicações dessas diretrizes para o Ensino Superior incluem pensar na oferta de disciplinas e equipamentos que prevejam a acessibilidade de estudantes com deficiência nos níveis de Ensino, Pesquisa e Extensão.

  24. Os professores precisam ser fmiliarizados com as NEE e com as tecnologias para que possam pensar soluções em sua área de atuação. Em um universo de diferentes cursos de graduação, as possibilidades de adapt~ções são muitas e é preciso criar, inovar.

  25. Desafios • Estabelecer parcerias para suprir a ausência de especialistas nas equipes das universidades; • Aumentar o envolvimento dos docentes para a inclusão de pessoas com deficiência; • Incentivar os estudantes a se autodeclararem.

  26. Contato E-mail: nac@uel.brTelefone: 3371-4148 / 3371-4703 Coordenadora – Psic. Ms. Ingrid Caroline de Oliveira Ausec/ PROGRAD Secretária/Técn. Assuntos Educacionais - Berenice de Sousa Ferreira Barbosa/ PROGRAD Ass. Legislação Acadêmica - Ms. Gino Marzio Ciriello Mazzetto/ Prograd Pedagoga Especialista - HelaineFelipe Contato- LABTED Chefe Div. Bib. Setoriais/UEL - Dirce MissaeSuzuki Profa. Dra. Maria Cristina Marquezine - Depto. de Educação – CECA Profa. Dra. Maura Glória de Freitas - Depto. de PGAC – CCB Profa. Dra. Silvia Nogueira - Depto. de PSI– CCB

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