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ORGANIZACAO DOS TRABALHADORES DE MOCAMBIQUE CENTRAL SINDICAL RELATORIO NACIONAL. 3. PARTICIPAÇÃO SINDICAL NAS POLÍTICAS MACROECONÓMICAS NACIONAIS, EM PARTICULAR NAS POLÍTICAS DE EMPREGO PARA A REDUÇÃO DA POBREZA. 3.1. Espaços de Participaçao
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ORGANIZACAO DOS TRABALHADORES DE MOCAMBIQUE CENTRAL SINDICALRELATORIO NACIONAL
3. PARTICIPAÇÃO SINDICAL NAS POLÍTICAS MACROECONÓMICAS NACIONAIS, EM PARTICULAR NAS POLÍTICAS DE EMPREGO PARA A REDUÇÃO DA POBREZA 3.1. Espaços de Participaçao • O principal centro de participação do movimento sindical nas políticas macroeconómicas nacionais é a Comissão Consultiva de Trabalho, que é o fórum tripartido de diálogo social • Anualmente debate-se neste fórum: • o relatório do Governo sobre o desempenho da economia de cada ano e as perspectivas para o ano seguinte • Revisão da Lei do trabalho; • Revisão sobre a Legislação sobre segurança social; • Emissão das carteiras profissionais; • Reajustamento do salário mínimo nacional • O observatório da Pobreza, que é um órgão de monitoria da aplicação do Programa de Redução da Pobreza Absoluta é outro fórum em que o movimento sindical tem oportunidade de participar e exercer influência sobre políticas económicas e de luta contra a pobreza. • A sociedade civil torna-se cada vez mais interventiva e organizada, visando fazer valer a visão e as expectativas dos diferentes extractos da sociedade no que respeita ao desenvolvimento económico e social. Podemos citar exemplos das associações GRUPO 20, Grupo Moçambicano da Dívida (GMD), Ambiente, Biodiversidade e Desenvolvimento (ABIODES) e outros em que a OTM-CS faz parte integrante
3.1/1 SECTOR INFORMAL Actualmente o sector informal tem um papel significativo no crescimento da economia nacional, embora não haja dados estatísticos que permitam uma avaliação exacta desta contribuição. A OTM-CS, como forma de organizar este sector e manter o vínculo com os membros dos Sindicatos que perderam os postos de trabalho no sector formal, tem vindo a organizar associações do sector informal.
3.2.1. POLITICA DE EMPREGO • Não existe ainda uma política de emprego acabada, existindo elementos para a sua definição, que são os seguintes: • Plano Económico e social orientado para o desenvolvimento sustentável • Programas de investimento interno e externo tendente a promover a criação de postos de trabalho • Princípio de igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres • Promoção da formação profissional e formação continua de jovens e de trabalhadores que já se encontram no mercado de trabalho.
3.2.2/3 POLITICAS ACTIVAS E PASSIVAS DE EMPREGO • No concernente a politicas activas de emprego destaca-se a existência de serviços de colocação, agências privadas de emprego e Agencias de Desenvolvimento Económico Local, estes últimos com assistência da OIT • Não existe ainda sistemas de assistência financeira para trabalhadores que tenham perdido emprego. • Os programas de assistência social existentes estão direccionados para cidadãos da terceira idade, portadores de deficiência física, (casos elegíveis) por exemplo, deficientes de guerra.
4. A ESTRUTURA POLÍTICA, SOCIAL E LABORAL COM UM DESTAQUE NA SITUAÇÃO DO EMPREGO 4.1. Estrutura política Democracia Multipartidaria 30 partidos políticos, todavia no Parlamento estão representados 2 partidos, sendo a Frelimo e a Renamo – União Eleitoral, coligação constituída por 14 partidos políticos da oposição Parlamento com 250 Deputados - 160 da Frelimo e 90 da Renamo. 70 Deputados são mulheres, o que representa 28% O Governo com 25 ministros, dos quais 7 são mulheres - 28%. 11 governadores provinciais, 2 são mulheres - s 18%. O Pais tem também 33 municípios, sendo 4 ganhos pela Renamo-Uniao Eleitoral e 29 pela Frelimo
4.2. Dados sobre o Emprego Moçambique está ainda pobre em termos de estatísticas da área de emprego. Sabe-se que existem no País 18.000.000 de habitantes dos quais 9.000.000 constituem a população economicamente activa. Sabe-se também que apenas 550.000 moçambicanos têm emprego no sector formal, dos quais 120.000 no aparelho do estado, o que representa 6% da população economicamente activa. Nao existem dados sobre o sector informal
4.3. Protecção Social Existem dois tipos de sistemas de segurança social, sendo o dos funcionários do Estado e o Sistema Nacional de Segurança Social (sistema contributivo e obrigatório) que beneficia empresas privadas e públicas. Existem empresas com esquemas próprios de segurança social, considerados de carácter complementares. Está em processo de revisão a legislação sobre a segurança social, numa perspectiva de estabelecimento de uma lei base sobre protecção social que inclui protecção básica, protecção obrigatória e sistemas complementares. A lei moçambicana obriga as empresas a inscrever os trabalhadores no seguro colectivo, o qual visa assegurar a assistência social em casos de acidentes de trabalho.
5. A ESTRUTURA E A ORGANIZAÇÃO DO MOVIMENTO SINDICAL E AS POLÍTICAS DE GÉNERO Estrutura orgânica da OTM-CS: Congresso – Órgão Máximo Conselho Central dos Sindicatos – Órgão Intermédio 27% mulheres Comité Executivo – Órgão deliberativo no intervalo entre as sessões do CCS Secretariado do Conselho Central dos Sindicatos Conselho Fiscal – órgão de fiscalização
SINDICALIZAÇAO OTM-CS congrega 258.766 trabalhadores, dos quais 32.415 são mulheres representando 21.79%. Os dados sobre a mulher trabalhadora não incluem a Função Pública e Marinha Mercante e Pescas, por não possuírem informação estatística. Sindicalizados 98.471 trabalhadores, dos quais 20.511 são mulheres, representando 78.79%. A taxa de sindicalização é de 63.32%, sem incluirmos o Sindicato da função Pública
6. PRIORIDADES ACTUAIS DA OTM-CS O fortalecimento da Organização e do funcionamento dos órgãos e estruturas sindicais; Tornar a acção sindical mais forte e consequente na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, Desenvolvimento da cooperação sindical ao nível regional e internacional. Desenvolvimento de iniciativas para a autofinanciamento; A continuidade dos programas de formação dos dirigentes, quadros e sindicalistas em geral; Promoção da participação da Mulher na liderança e na acção sindical; A luta contra a pandemia do HIV/SIDA
7. DESCRIÇÃO DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO NA ÁREA DE POLÍTICAS DE EMPREGO Criado o CONEFS Objectivo – Formação de dirigentes e quadros sindicais sobre organização, funcionamento, tarefas e plano estratégico da OTM-CS, legislação laboral, negociação colectiva, assistência e aconselhamento jurídico entre outras matérias da actualidade. Existência da Escola Central de Formação de Quadros Insuficiência ainda de materiais para formação sobre politicas de emprego e formação profissional Centro de Formação Profissional Metalo-mecânica
Localizacao – Costa Oriental da Africa, concretamente na África Austral Extensão territorial de 799.380 Km2 Populacao - 18 milhões de pessoas Maputo é capital do País, com mais de 2 milhões de habitantes A sua população é predominantemente rural (70%), sendo a restante, residente em zonas urbanas 1. INTRODUÇÃO SOBRE MOÇAMBIQUE
2. IMPACTO DA GLOBALIZAÇÃO SOBRE O EMPREGO E A POBREZA, ANÁLISE E POSIÇÃO DO SINDICATO EM RELAÇÃO AO DELP • A Liberalização económica, • a reestruturação e privatização de empresas e serviços, • o fluxo de capitais e de novas tecnologias transformando o mundo numa aldeia global como principais características do processo • As experiências existentes indicam que o processo não beneficia de forma equitativa os países envolvidos, sendo os menos beneficiados os países pobres como é o caso de Moçambique • As politicas das instituições monetárias internacionais, nomeadamente o Fundo Monetário Internacional e o Banco mundial, bem como de outros doadores internacionais tem sido muito rígidas e impõem medidas que agravam o desemprego e as diferenças sociais • As injustiças que existem nas regras de comércio internacional bloqueiam o desenvolvimento do empresariado dos países pobres porque não permitem o acesso aos mercados de forma justa e equilibrada.
(2/1) PAPEL DO MOVIMENTO SINDICAL ACTUAL O movimento sindical tem hoje o grande desafio de se unir e fortalecer a sua capacidade de intervencao ao nível nacional e internacional para promover e defender os direitos e interesses dos trabalhadores.
(2/2) O CONTEXTO NACIONAL Indicadores económicos indicam crescimento, o qual é considerado exemplar na África Subsahariana Os indicadores de pobreza indicam que em 5 anos a pobreza reduziu 16% em Moçambique (dados do Observatório de Pobreza Investimentos de vulto como é o caso da Fundição de Alumínio MOZAL, da exploradora do gás natural SASOL, reactivação da indústria açucareira e outros investimentos que criaram postos de trabalho e influenciam significativamente os indicadores macroeconómicos. Existe no País o Plano de Acção de Redução da Pobreza Absoluta (PARPA) cuja monitoria e acompanhamento é feita através do Ministério das Finanças com envolvimento da sociedade civil que é representada no Observatório de Pobreza
(2/3)AS CRITICAS DO MOVIMENTO SINDICAL Apesar de o movimento sindical reconhecer os esforços feitos pelo Governo mocambicano, tem tido um posicionamento crítico em relação a situação económica e social do País Redução de postos de trabalho devido ao encerramento de muitas empresas do sector industrial e aos processos de redimensionamento empresarial que têm como componente principal a redução da força de trabalho em particular as indústrias do caju com perda de 12.000 postos de trabalho, indústria têxtil 30.000, Portos e Caminhos-de-Ferro 25.000. Depois do último reajustamento feito em Abril de 2005, o salário mínimo em Moçambique corresponde a US$50, sendo menos de 50% das necessidades básicas para a sobrevivência de um agregado familiar de 5 pessoas No geral mais de 54% dos moçambicanos vivem abaixo da linha de pobreza absoluta, com um rendimento inferior e US$1 por mês (dados do Observatório da Pobreza).
(2/4) POSICAO DO MOVIMENTO SINDICAL Necessidade de se combater a pobreza através de medidas efectivas para o crescimento do sector produtivo. Prestar maior atenção ao sector agrícola, Já que 80% da população vive nas zonas rurais. Criar apoios e incentivos a agricultura comercial e incentivar o crescimento do operariado agrícola, e apoiar a agricultura familiar e criar condições em termos de infra-estruturas e vias de acesso para o desenvolvimento da comercialização agrícola. É necessário apoiar o surgimento de agro-indústrias que servirão de factores de incentivo.
(2/4/1) CONTINUACAO Desenvolver a indústria moçambicana através de maior abertura para investimentos, através de políticas de incentivo apropriadas sobretudo no que concerne a política fiscal, políticas de crédito e algumas medidas de protecção contra a concorrência desleal. O PARPA I consagra áreas sociais como fundamentais no contexto da luta contra a pobreza absoluta e coloca o emprego no conjunto de outras áreas. A OTM-CS defende a posição de que no PARPA II o emprego deve ser considerado uma das áreas prioritárias pois tem uma relação directa e estratégica com a luta contra a pobreza absoluta.