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Sistema digestivo Equino. Professor Msc Cléber Cardeal Medicina veterinária Anatomia.
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Sistema digestivo Equino Professor Msc Cléber Cardeal Medicina veterinária Anatomia
O trato gastrointestinal dos eqüinos apresenta características anatômicas e fisiológicas peculiares em relação ao de outras espécies domésticas, sendo classificado como herbívoro monogástrico, apresentando, entretanto, fenômenos de digestão no ceco e cólon maior, semelhante aos poligástricos (THOMASSIAN, 2005).
Meyer (1995) classifica os eqüinos segundo a anatomia do seu trato digestivo, como sendo herbívoros não ruminantes, mais especificadamente podem ser considerados como herbívoros com ceco funcional, estas características anatômicas e fisiológicas permitem que os eqüinos possam absorver os carboidratos contidos nos concentrados energéticos antes do ataque da microflora intestinal.
Lewis (2000) fala que fazem parte do trato gastrointestinal do eqüino. O estômago onde ocorre uma parte da digestão protéica e uma degradação parcial dos alimentos, o intestino delgado onde boa parte das gorduras, proteínas e dos carboidratos solúveis são digeridos, este sendo subdividido respectivamente em duodeno, jejuno e íleo, e o intestino grosso que contém microorganismos que digerem boa parte das fibras, e é subdividido respectivamente em ceco, cólon ventral direito, a flexura interna para cólon ventral esquerdo, a flexura pélvica para cólon dorsal esquerdo, a flexura diafragmática para cólon dorsal direito, cólon menor e o reto.
Segundo Thomassian (2005) para que os alimentos ingeridos pelo cavalo possam servir de substrato às necessidades de mantença do organismo, e de suporte ao metabolismo no trabalho, na gestação e outras atividades do animal, é necessária uma adequada e sincrônica interação entre os fenômenos de digestão propriamente ditos, assim como a resultante motora que possa transportar os alimentos de um segmento digestivo ao outro, para que estes sejam devidamente umectados, desdobrados em componentes nutritivos mais simples, absorvidos e os seus resíduos eliminados como matéria fecal.
O processo digestivo começa com a apreensão dos alimentos, pelos lábios e língua sendo também utilizados os dentes incisivos na ingestão de substâncias mais firmes como tubérculos e ramos. Na boca, eqüinos com dentição funcional e intacta, esmagam e moem os alimentos, liberando proteínas e carboidratos que podem ser prontamente digeridos no estômago e intestino delgado (MEYER, 1995).
A espécie equina possui dentes chamados hipsodontes, ou seja, em constante erupção. Devido a fatores relacionados com a sua domesticação e nutrição, os seus dentes desenvolvempontas aguçadas exageradas que podem ser bastante incomodativas ou mesmo dolorosas e que necessitam ser limadas frequentemente.
Os cavalos têm como nós dentes deciduos ou de leite, e uma dentição permanente que aparece durante os primeiros 6 anos de vida. A erupção da dentição permanente deve ser acompanhada de perto.A nomenclatura utilizada atualmente para identificar os dentes ,esta relacionada a Cada quadrante que é identificado por um número, seguido do número que especifica a posição do dente nesse quadrante. Ex: 101 ou 110 ou 107.
diferentes datas da erupção dentária equina:Descrição no quadrante nº1 (igual para os outros quadrantes): • 1 ano: 109, 105 (dente de lobo) 2 anos: 110 2 1/2 anos: 101, 206 3 anos: 107 3 1/2 anos: 102, 108, 111 4 1/2 anos: 103 4-6 anos: 104.
os cavalos têm uma dentição específica, que, no caso deles, distingue machos de fêmeas.Como?Ora, um cavalo adulto macho tem 40 dentes, enquanto que as fêmeas adultas têm 36. Esta diferença deve-se à ausência dos caninos nas fêmeas.
sua dentição vai sofrendo mudanças ao longo da sua vida, uma vez que sofre desgaste e os seus dentes têm crescimento contínuo. As fases são, no total, 7. Estas mudanças dão-se sempre, mas sempre, das pinças para os cantos, portanto, nos incisivos.
Estrutura de um dente: • Um dente divide-se em 3 partes – a raiz, o colo, e a coroa – e varia de forma consoante a idade do anima, sendo que os dente de leite são mais curtos e redondos e os dos adultos são mais longos e afiados.
Altamente seletivo quanto à palatabilidade e alimentos grosseiros • Defeitos dentários podem atrapalhar
A mastigação é acompanhada por uma produção abundante de saliva (40-90ml/min) que possibilita a deglutição, umedecendo o alimento com quantidades de minerais e bicarbonato que servem para neutralizar os ácidos formados na porção inicial do estômago, Meyer (1995) porém a saliva contém uma concentração muito baixa de amilase, praticamente sem tempo de atuar resultando em uma ação pré-gástrica insignificante (TISSERAND, 1983).
No esôfago o alimento é forçado para baixo através de contrações da musculatura. A deglutição no cavalo é feita de maneira irreversível em razão do desenvolvimento do véu palatino, que impede o retorno do bolo alimentar do esôfago para a boca e também impede a expulsão pelas vias nasais (TISSERAND, 1983).
O estômago dos eqüinos tem capacidade para 15 a 18 litros como demonstra a tabela 1, ajustado para uma recepção continua de pequenas quantidades de alimento (THOMASSIAN, 2005)
Tabela 1 - Diferentes segmentos do tubo digestório do cavalo-relação comprimento/capacidade volumétrica. • Segmento Comprimento médio (metros) Capacidade média total (litros) • Estômago 8 a 15 • I. Delgado 22 64 • Ceco 1 30 a 35 • Cólon maior 3 a 4 80 a 90 • Cólon menor 3 - • Cólon menor + reto 3,5 15 • Reto 0,5 - • Fonte: (THOMASSIAN,)
Thomassian (2005) relata a que a digestão gástrica total acontece em 3 fases distintas. A fase cefálica que é mediada pelo nervo vago em razão do olfato e paladar
fase gástrica propriamente dita, que é caracterizada pela distensão do estômago e processos químicos,
e a fase entérica que inicia - se com a passagem do alimento ao intestino delgado.
O mesmo autor explica que a motilidade gastroentéricaé classificada em dois tipos: Movimento segmentar que é o que proporciona a homogeneização da digesta, e o movimento propulsivo ou progressivo que se encarrega de transportar os alimentos aos diversos segmentos aborais.
A passagem pelo estômago e intestino delgado é rápida, de 5 horas em média, considerando que o maior tempo de retenção é registrado no ceco e cólon, de 35 horas, em média. • No estômago há alguma atividade de enzimas e de microorganismos
Kohnker (1992) considera um tempo mínimo de retenção de 20 minutos do alimento no estômago, limitando assim a ação de secreções gástricas. Essa velocidade de trânsito, associada ao pH ácido, restringe a ação da população microbiana na fermentação de açúcares e o amido.
Thomassian (2005) cita que o tempo de permanência dos alimentos no estômago varia de 1 a 5 horas como demonstra a tabela 2. • Tabela 2 - Velocidade normal dos alimentos conforme o segmento gastrentérico. • Segmento Tempo de Trânsito Esôfago 10 a 15 segundos Estômago 1 a 5 horas Intestino delgado 1,5 horas Ceco 15 a 20 horas Cólon maior e cólon menor 18 a 24 horas Reto 1 a 2 horas Tempo total médio 56 horas Fonte: (THOMASSIAN, 2005).
INTESTINO DELGADO • Inicia-se a digestão e absorção • Fonte enzimática da digestão (pâncreas) • Digestão de gordura (ácidos biliares) – O CAVALO NÃO POSSUI VESÍCULA BILIAR!!! • Possui nódulos agregados formados por tecidos linfáticos (Placas de Peyer)
INTESTINO GROSSO • Nos eqüinos: capacidade até de 30 litros • serve de câmara de fermentação para a digestão de celulose • Possui uma prega e um óstiocecocólica;
INTESTINO GROSSO • Cólon: • Eqüinos: cólon ascendente pode ser dividido em: cólon ventral direito, • flexura esternal, • cólon ventral esquerda, • flexura pélvica, • cólon dorsal esquerdo, • flexura diafragmática • cólon dorsal direito
RETO • Última parte do IG • Grande absorção de água e ricamente vascularizado • Não sujeito a torções e intussuscepções, mas....
RETO • Problemas: por tentativas desastradas de atendimento a cólica, ruptura • Solução: fazer enemas não vai solucionar nenhuma cólica, só retira as fezes que já se encontram no reto.